segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Cameron veta imposto financeiro

O Globo - 09/01/2012
 

LONDRES. O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse ontem, pela primeira vez, que vetará um imposto europeu sobre transações financeiras, a menos que a medida seja imposta globalmente, aprofundando o confronto com Alemanha e França.
Cameron afirmou, ainda, que a França deveria ser deixada à vontade para introduzir um imposto desse tipo no país, por conta própria, se desejar.
Paris e Berlim têm pressionado por um imposto sobre transações financeiras para toda a UE, mas os britânicos resistem, temendo que isso prejudique a City londrina.
- A ideia de um novo imposto europeu, senão estiver estabelecido em outros lugares, não acho que seja sensata e, portanto, eu vou bloqueá-la - declarou o premier britânico à BBC.
Cameron também disse que o governo estuda introduzir leis para dar aos acionistas de empresas poder de vetar pacotes de remuneração de seus executivos, num discurso para atender à reação pública contra bônus exagerados.

Imposto divide Europa

Correio Braziliense - 09/01/2012
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/9/imposto-divide-europa
 

Londres — Em meio à crise econômica que assola a Europa, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, aprofundou ontem o confronto com a Alemanha e a França. Pela primeira vez, o premiê anunciou que vetará um imposto europeu sobre transações financeiras, a não ser que a medida seja imposta globalmente. "Não considero sensata a ideia de um novo imposto europeu, quando ele não será estabelecido em outros lugares. Portanto, vou bloqueá-lo", disse.
Para o líder britânico, a contrapartida do novo imposto seria o corte de empregos e de receitas, além da quebra de instituições financeiras, o que seria desastroso para toda a Europa. Desde o ano passado, os governos alemão e francês encamparam o projeto de uma taxação que se aplicaria sobre as movimentações financeiras a partir de 2014. O objetivo é formar um fundo destinado a evitar crises, como a enfrentada atualmente na Zona do Euro, e financiar projetos de desenvolvimento econômico.
A proposta, no entanto, acaba de alimentar a nova polêmica. O temor de Cameron é de que a taxação prejudique a City londrina, um centro financeiro global sobre o qual uma medida como essa pesaria mais fortemente. Além de prometer barrar o imposto, Cameron defendeu que a França deve ser deixada à vontade para introduzir a tributação, mas apenas em seu território. Na sexta-feira, embora não tenha definido uma data, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que não esperaria o restante dos sócios europeus para adotar a medida.

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