terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Finep cria crédito permanente para grandes empresas

Jornal da Ciência (JC E-Mail)
====================================================
Edição 4413 - Notícias de C&T - Serviço da SBPC
==================================================== 




 Com mais R$ 3 bilhões do BNDES neste ano, agência quer incentivar investimento privado em pesquisa e desenvolvimento.
 A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vai criar um programa de  crédito permanente para ajudar empresas a manter investimentos constantes em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Segundo o presidente  da agência, Glauco Arbix, a ideia é trocar a lógica de apoio isolado a  projetos por uma espécie de crédito pré-aprovado para um suporte  financeiro global à atividade de inovação.

  Cada operação da conta Inova Brasil P&D poderá chegar a R$ 200  milhões. O programa, que deverá ser lançado nos próximos dias, foi  apresentado ontem à diretoria da Finep. Identificada com o fomento de  empresas de base tecnológica, a instituição ligada ao Ministério da  Ciência e Tecnologia quer alcançar mais companhias de grande porte com  um instrumento concreto para convencê-las a manter e ampliar os  aportes em inovação e competitividade, diretriz do Plano Brasil Maior,  sobretudo em meio à crise internacional.

  Figuram entre os tomadores recorrentes da Finep grandes empresas como  Embraer, Vale, Fibria, IBM, Totvs, Petrobrás e Braskem, mas a agência  tem de avaliar cada projeto. Segundo Arbix, o programa foi desenhado  para as companhias que investem em P&D de forma sistemática. A empresa  poderá obter uma linha de crédito de 3 a 5 anos. No primeiro, receberá  o equivalente à média do que aplicou em P&D nos últimos dois anos. Se  cumprir os projetos, terá 10% a mais no ano seguinte.

  As interessadas poderão ainda aumentar em 5% o limite de crédito cada  vez que cumprirem uma das exigências criadas pela Finep para  incentivar indicadores como: aumento da média de escolaridade dos  funcionários, internalização de processos de tecnologia e engenharia,  contratação de mestres e doutores, inclusão de pequenas empresas de  base tecnológica entre os fornecedores e parceria com instituições  científicas.

 "Se cumprir todos esses itens, a empresa poderá chegar a transformar  135% do seu investimento em inovação em crédito automático. Além de  reduzir a burocracia da análise de cada projeto, esse programa dá  impulso concreto à formação de um grupo de empresas que investem  regularmente em P&D, que é a grande dificuldade do Brasil. O  investimento em inovação ainda é muito intermitente", afirmou Arbix,  em entrevista ao Estado.
 
Reforço - Os recursos repassados pela Finep virão do Programa de  Sustentação do Investimento (PSI), pelo qual o Banco Nacional de  Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) oferece taxas de 4% ao ano  com subsídio do Tesouro Nacional, como já tem sido feito pela  instituição para aumentar os desembolsos desde o ano passado.
 
Em 2011, a Finep acumulou uma carteira de R$ 9 bilhões em diferentes  fases de tramitação, da qual quase R$ 3 bilhões foram contratados. As  liberações alcançaram R$ 1,87 bilhão, 56% acima do desembolso de 2010,  com a redução de quase dois terços do tempo médio de análise dos  projetos. No fim do ano, a Fazenda aprovou a liberação de novo repasse  de R$ 2 bilhões do BNDES/PSI para a Finep, que espera receber mais R$  3 bilhões este ano.
 
Arbix conduz o processo de transformação da Finep numa agência de  fomento com status de instituição financeira e gestora de recursos em  5 anos, tentando prepará-la para a demanda das grandes empresas. A  carteira atual de R$ 6 bilhões pode superar R$ 10 bilhões este ano.
(O Estado de São Paulo)
 
----------------


 INPI fecha ano com recorde de pedidos de marcas e patentes

 Os números preliminares de pedidos de registro de marcas e patentes  mostram que 2011 foi um ano bom para a inovação brasileira apesar da  crise internacional que se agravou no fim do ano. Os indicadores de  propriedade intelectual atingiram recordes históricos.
 Foram feitos 31.924 pedidos de patentes no ano passado, contra 28.052  solicitados em 2010. Os índices são ainda mais expressivos quando se  compara 2011 com 2010. São 152.735 pedidos, ou seja, 23.115 a mais que  os registrados no último ano do governo Lula.
 
  "Os índices revelam o bom momento do país, mas também a  conscientização da sociedade brasileira sobre a importância da  propriedade intelectual", avaliou o presidente do INPI, Jorge Ávila.  O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) estima que os  números ainda devam aumentar. O total de pedidos de patentes  depositadas pode chegar a 35 mil. Isso porque os dados dos pedidos  feitos pelo sistema PCT, usado para registrar o depósito internacional  de patentes, ainda não foram computados.
 
  Para facilitar ainda mais o acesso dos brasileiros ao sistema de  patentes, o instituto lançará, em 2012, o sistema e-Patentes, que  permitirá o depósito do pedido via internet.
(Gestão C&T com informações do INPI)

Nenhum comentário:

Postar um comentário