terça-feira, 10 de janeiro de 2012

FMC monta centro de pesquisa no Rio

Autor(es): Por Cláudia Schüffner e Marta Nogueira | Do Rio
Valor Econômico - 10/01/2012
 

A FMC Technologies, fabricantes de equipamentos e uma das maiores fornecedores da Petrobras, inaugurou ontem no Parque Tecnológico da Cidade Universitária (na ilha do Fundão, zona norte) seu terceiro centro de tecnologia - ela já tem dois instalados na Noruega e Estados Unidos. Paulo Couto, vice-presidente de Tecnologia da FMC no Brasil, definiu o local como a "disneylândia da engenharia submarina".
A FMC tornou-se a terceira empresa estrangeira a se instalar no Parque Tecnológico do Fundão, seguindo os passos da Schlumberger e da Baker Hughes. E como é costumeiro nessa indústria, atraiu seus fornecedores, como a Teledyne, cuja divisão de desenho oceânico presta serviços para a FMC Brasil.
Em cerimônia concorrida, com a presença de executivos do setor e da Petrobras, John Gremp, presidente global da FMC Technologies, disse que a companhia espera exercer a opção de compra dos 55% de ações da americana Schilling Robotics até 30 de março e assumir o controle da companhia.
Segundo o executivo, a sinergia entre as duas empresas já deu resultados. A FMC vai utilizar pela primeira vez engenharia robótica submarina da Schilling no país. Os equipamentos serão instalados para estimular a produção de dois campos maduros da Petrobras na bacia de Campos, Congro e Corvina. O vice-presidente de Tecnologia da FMC Brasil, Paulo Couto, explicou que os equipamentos deverão ser instalados nos dois campos até 2013. A operação teve início em 2008, quando a FMC adquiriu 45% da Schilling por US$ 116 milhões e não são conhecidos os valores da opção de compra.
"O projeto dos campos de Congro e Corvina são os próximos grandes projetos de separação [de água e óleo] com a Petrobras", afirmou Couto. De acordo com ele, a previsão é aumentar o número de pesquisadores dos atuais 200 para 300 nos próximos anos. A FMC investe anualmente 5% do seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento. No Brasil, dos R$ 200 milhões previstos para investimentos entre 2010 e 2012, foram destinados R$ 70 milhões ao centro de pesquisas.
Gremp frisou que os investimentos feitos no território brasileiro são muito similares aos empenhados em outras regiões do mundo com forte potencial de exploração de óleo em águas profundas. Além disso, o presidente destacou a parceria com a Petrobras como um dos principais motivos para continuar crescendo no país. "O Brasil está crescendo, o mercado de águas profundas está crescendo e novas tecnologias são necessárias para o desenvolvimento do mercado", disse.
José Formigli, gerente-executivo de exploração e produção do pré-sal da Petrobras, mencionou que ao se instalar no Brasil, a FMC pode fornecer tecnologia "customizada". A nova unidade da FMC ocupa 22 mil metros quadrados e foi projetada para testar protótipos em escala real dos equipamentos fabricados pela empresa. O primeiro a ser testado foi o Separador Submarino Água-Óleo (SSAO) encomendado pela Petrobras e que está em fase de testes no campo de Marlim Sul.

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