terça-feira, 10 de janeiro de 2012

MT:aumento no abate de fêmeas em 2011

postado há 8 horas e 17 minutos atrás

Oferta e demanda

O rebanho abatido em Mato Grosso no mês de novembro chegou a 419,8 mil cabeças, 24,3% superior ao mesmo período de 2010. Com isso, no acumulado de janeiro a novembro de 2011, o abate no Estado chegou a 4,44 milhões de cabeças, número 11,5% superior ao registrado no mesmo período de 2010. Desse modo, o número total de bovinos abatidos em 2011 deve ficar próximo de 4,8 milhões de cabeças, registrando o terceiro maior resultado da história e o maior desde o ano de 2007.

No mês de novembro, assim como o observado em todo o ano de 2011, o maior volume de animais abatidos foi possível graças ao aumento da participação de fêmeas nas escalas de abate. Com isso, as vacas abatidas representaram 39,4% do total de novembro, resultando em aumento de 38,0% na comparação com o mesmo mês de 2010, enquanto que, o número de machos evoluiu 25,8% no mesmo período.

Sendo assim, analisando-se o período entre janeiro e novembro, no ano de 2011 a participação das fêmeas no total abatido foi de 44,4%, incremento de 10,7% em relação a 2010.





Preços da semana

Neste início de ano, a arroba do boi gordo à vista está cotada a R$ 88,61, variação de 1,03% no preço do boi em relação à última semana verificada. Enquanto isso, no mercado da vaca gorda, a precificação foi de R$ 82,22 à vista, um acréscimo de R$ 1,03 no preço médio e sinalizando uma alta de 1,27%.

Noroeste: nesta região do Estado, o preço médio do boi gordo foi de R$ 88,53/@, uma alta de 1,44% frente à média da semana anterior, quando o boi esteve cotado a R$ 87,27/@.

Norte: finalizando a semana com um valor de R$ 89,51 na arroba do boi gordo à vista, o mercado sinalizou uma alta de 0,99% na média semanal da região.

Nordeste: com uma alta de 0,38%, o nordeste do Estado obteve a menor valorização entre as regiões verificadas, obtendo uma média de R$ 87,25/@ no mercado do boi gordo.

Médio-Norte: com um acréscimo de R$ 0,61 em relação à última semana cotada no preço médio da semana, o boi gordo à vista foi cotado a R$ 88,85/@.

Oeste: o preço comercializado na arroba do boi gordo à vista na região oeste ficou em R$ 88,50, um acumulado de R$ 1,35 na variação do preço médio em relação à última cotação. Representando uma alta de 1,55% no valor médio semanal, a região obteve a maior valorização dentre as cotadas.

Centro-Sul: com um acúmulo de R$ 0,85 no valor da média semanal, o valor encontrado no mercado do boi gordo à vista foi de R$ 89,08/@, representando uma alta de 0,96% em comparação à média da última semana cotada. Foram realizados negócios em Tangará da Serra a R$ 88,00/@, na última quarta-feira.

Sudeste: com a arroba do boi gordo sendo comercializada a R$ 89,00, na última quinta-feira, em Rondonópolis, a média da semana nesta porção do Estado estava em R$ 88,86, demonstrando um crescimento de 1,05% no valor médio entre os dias cotados.





Reposição

Nos últimos três meses de 2011 o mercado de reposição reagiu e registrou uma ligeira valorização de 1,8% do bezerro de 12 meses. Após alcançar o pico de R$ 705,99/cabeça em abril o mercado passou a registrar queda, porém, o mercado ainda se manteve em um patamar elevado se comparado ao encontrado no primeiro semestre de 2010.

Apesar da valorização do bezerro no ano passado, o aumento no preço pago pela arroba do boi gordo fez com que a relação de troca trabalhasse em boa parte do ano acima de 2 bezerros/boi gordo. Em dezembro de 2011, a média do bezerro em Mato Grosso estava cotada a R$ 701,79/cabeça, enquanto o boi gordo era negociado com o preço médio de R$ 88,67/@, com a relação de troca registrando o número de 2,02 bezerros/boi gordo
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Fonte: IMEA, adaptada pela Equipe BeefPoint.



Uruguai: projetos de capitalização no setor pecuário captam mais investidores

postado em 10 de janeiro de 2012


Crescem os pecuaristas sem fazenda que apostam em ganhar dinheiro investindo na cria e engorda de bovinos no Uruguai. Desses, 90% são uruguaios e vivem na cidade. As empresas que oferecem projetos no mercado captaram mais investidores durante 2011.

Com uma receita média por tonelada de carne bovina de US$ 3.980 em todo o ano de 2011, que superou em 22,4% o valor registrado em 2008 (US$ 3.249), com um preço histórico para o boi gordo (nos primeiros 9 meses de 2011 cresceu 33% em relação ao mesmo período de 2010) e com 36% de aumento no preço da vaca gorda, os investimentos em projetos de capitalização em pecuária não pararam de crescer.

Cada vez há mais pessoas que vivem na cidade que pensam em investir em produtos agropecuários, porque a carne, lácteos e outras commodities seguem com valores historicamente altos apesar da crise econômica da União Europeia (UE) e outros países.

No caso, o Club Portfolio Ganadero - que impulsiona a empresa Berrutti United Breeders & Packers - lançou no ano passado novos sistemas de capitalização pecuária para criar e engordar bezerros, vacas de descarte e até a opção de trabalhar em fazendas em confinamento, associando-se com a indústria frigorífica. A resposta foi tão boa que captou mais 107 investidores que em 2010. Antes, a empresa se dedicava somente à engorda de vacas. Comparado com o ano anterior, os investimentos cresceram em 200%.

"Em 2011, foram superadas todas as nossas expectativas e os próprios investidores se surpreendem de que haja tanta gente apostando na proposta", disse um dos gerentes da empresa, Alejandro Berrutti.

Antes, o investimento mínimo exigido era um caminhão de 30 cabeças, o que demandava no mínimo US$ 13.000. Nesses fundos de investimento, a maior garantia é a propriedade dos animais. Agora, a nova proposta, tem investimento mínimo de US$ 10.000, estando aberta a pessoas físicas e empresas.

"Abriu-se o espectro de ação com negócios de curto e longo prazo. Engordam-se vacas em três ou quatro meses, dependendo do peso em que estão entrando no sistema. Vacas que entraram em julho, já em setembro saíram para a indústria. São negócios muito curtos e o dinheiro gerado volta a entrar para a compra de gado", explicou Berrutti. O negócio mais longo é de 30 meses, que é a engorda dos bezerros com destino ao abate.

Segundo o empresário, "97% dos investidores são uruguaios - deles, 70% são homens e 30% mulheres - de todas as idades. Temos investidores de 18 anos e de mais de 80 anos".

Uma nova modalidade é que alguns investidores fazem aportes mensais, que complementam o pagamento inicial. "Alguns tomaram o empreendimento como uma poupança, onde todos os meses depositam uma quantidade de dinheiro variável
".

Outra proposta de capitalização na pecuária é a da Conexión Ganadera. Nesse caso, também cresceu a quantidade de investidores. A empresa foi criada em 1999, por Gustavo Basso e Pablo Carrasco, visando a conectar o capital financeiro com o setor produtor, bem como o dos próprios produtores agropecuários entre si. "A gente está aprendendo que o gado, a terra e o ouro, diante da crise, oferecem uma boa opção para refugiar capitais. Durante o segundo semestre de 2011, o número de investidores cresceu", disse Carrasco. Também nesse caso, 90% dos investidores são uruguaios, com valor médio de US$ 30.000 a US$ 40.000.

A gama de investidores é muito grande, pequenos empresários, bancários e assalariados. Cerca de 60% são de Montevidéu, 30% do interior e 10% do exterior.

Agora, a Conexión Ganadera finaliza os detalhes para lançar nos Estados Unidos a primeira carne moída com rastreabilidade a partir de carne bovina processada e exportada por frigoríficos uruguaios. "Esperamos começar em abril de 2012, já estão contratados os vendedores e estão trabalhando na coordenação conosco. A ideia é fechar os negócios entre fevereiro e março e, em abril, faríamos o primeiro embarque", disse Carrasco. Depois, o mercado é que determinará o ritmo de crescimento dos embarques.

A empresa visa sair da exportação de commodities e mira um consumidor específico, além do fato de o preço da carne nos Estados Unidos estar mais alto ou mais baixo. Carrasco recordou que desde 2002 até agora, o preço médio do gado aumentou 18% anualmente, mas nos últimos dois anos, subiu 80%, seguindo o aumento de preço da tonelada exportada. "Estimo que o preço da tonelada de carne bovina exportada pelo Uruguai ficará em US$ 4.000 e depois dará outro salto".

A reportagem é do site El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.



Exportação de carne bovina da Austrália atinge recorde em dezembro

Grande volume das exportações fez o país liderar o fornecimento global de carnes

  • Filipe Domingues

Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
Embarques totalizaram 82,05 mil toneladas de carne sem osso
As exportações de carne bovina da Austrália alcançaram em 2011 o maior nível já registrado para o mês de dezembro. Os embarques totalizaram 82,05 mil toneladas de carne sem osso, o que representa uma queda de 8,6% ante o mês anterior, mas um aumento de 6% no ano, de acordo com dados oficiais divulgados na sexta, dia 6. O resultado indica um bom presságio para 2012, afirmou o analista-chefe da companhia de pesquisa e desenvolvimento do setor Meat & Livestock Australia, Tim McRae.
Segundo informações da Dow Jones, nos últimos meses, o grande volume das exportações da Austrália fez o país liderar o fornecimento global de carnes, superando o Brasil. As exportações, que foram avaliadas em 4,5 bilhões de dólares australianos no ano encerrado em 30 de junho de 2011, geralmente perdem força em dezembro, pois os abatedouros fecham para manutenção e para os feriados de fim de ano.
No ano de 2011, as exportações de carne bovina australiana totalizaram 949,19 mil toneladas, um aumento de 2,9% sobre 2010, de acordo com dados do Departamento de Agricultura, que não comentou os números. O Japão continuou sendo o seu maior mercado, comprando 30,2 mil toneladas. Em 2011, a exportação para o Japão totalizou 342,19 mil toneladas, uma queda de 3,9% ante o ano anterior.
As vendas para os Estados Unidos em dezembro saltaram 81% na comparação com o mesmo mês de 2010, alcançando 15,97 mil toneladas. Mas o total embarcado em 2011, de 167,82 mil toneladas, ainda foi 9,3% menor no ano completo.
Para a Coreia do Norte, a Austrália enviou 12,35 mil toneladas em dezembro e 146,35 mil toneladas em 2011, um aumento de 18% no ano. Entre outros grandes mercados estão a Rússia, cujas compras recuaram 2,7%, para 55,11 mil toneladas. As exportações da Austrália para a Indonésia caíram 18%, para 39,59 mil toneladas. Já as vendas para Taiwan aumentaram 19% e somaram 36,75 mil toneladas.
Agência Estad
o

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