terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Produção de grãos cai 2,8% em relação à safra passada, mostra Conab

http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2012/01/producao-de-graos-cai-2-8-em-relacao-a-safra-passada-mostra-conab-3626356.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+RuralBR+%28Not%C3%ADcias+-+RuralBR%29

Milho e soja são as produções mais representativas, somando 130,962 milhões de toneladas ou 83% de toda a safra


Foto: Divulgação / Agência Brasil
Produção nacional de grãos da safra 2011/2012 deve chegar a 158,433 milhões de toneladas
produção nacional de grãos da safra 2011/2012 deve chegar a 158,433 milhões de toneladas, uma redução de 2,8% se comparada à safra anterior, que foi de 162,96 milhões de toneladas. A projeção é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e foi divulgada nesta terça, dia 10, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).  Em relação ao último levantamento, realizado em dezembro de 2011, houve uma redução de 0,4% ou 646 mil toneladas. A diminuição é atribuída a fatores climáticos adversos, ocorridos principalmente na região Sul.
O resultado da safra consta no quarto levantamento feito pela Conab e a confirmação da estimativa depende de fatores de produção que interferem na produtividade durante todo o ciclo. Os dados serão consolidados à medida em que estes fatores perderem a interferência.
Milho 
As culturas mais representativas, o milho e a soja somam 83% de toda a safra, com uma produção de 130,962 milhões de toneladas
O milho pode crescer 2,9%, considerando apenas a participação do de Primeira Safra. O de Segunda Safra, no entanto, só terá definida a situação a partir deste mês. A área plantada deve ficar em torno de 50,447 milhões de hectares, com um crescimento de 1,1%, o que representa 528,2 mil hectares a mais do que a safra anterior, que alcançou 49,919 milhões de hectares. O milho Primeira Safra e a soja são as culturas que devem contribuir para esse resultado, com um aumento de 9,1% e 1,9%, respectivamente.
Arroz
O grão deve perder 267,3 mil hectares em relação ao cultivo anterior, quando chegou a 2,820 milhões de hectares. A queda mais acentuada ocorre no Rio Grande do Sul, que deixa de cultivar 118,6 mil hectares. 
Feijão
O feijão Primeira Safra também apresentou redução. Em relação ao cultivo anterior de 1,420 milhão de hectares, houve uma queda de 147,9 mil hectares. O Paraná, maior produtor nacional, deixou de cultivar 93,5 mil hectares. Na safra anterior, semeou 344,1 mil hectares.
Trigo
produção nacional de trigo 2011, atingiu 5,788 milhões de toneladas, 1,6% menor que a da safra anterior, quando alcançou 5,881 milhões de toneladas. A produtividade das lavouras do cereal caiu 2,3%, de 2,736 mil quilos por hectare na safra anterior para 2,672 mil quilos por hectare nesta safra. A colheita já foi encerrada no país.
Na região Nordeste, o quarto levantamento considerou apenas o oeste da Bahia, o sul do Maranhão e do Piauí. E, para a região Norte, foram considerados somente os Estados do Tocantins e de Rondônia. Para as demais regiões, foram mantidas as áreas da safra anterior, uma vez que o plantio só começa este mês.
Café em 2012
produção nacional de café da safra 2012 está estimada entre 48,97 e 52,27 milhões de sacas beneficiadas. O resultado representa crescimento entre 12,6 e 20,2%, quando comparado com a safra anterior, que foi de 43,48 milhões de sacas de 60 quilos.
A pesquisa foi realizada por 60 técnicos, entre os dias 15 e 19 de dezembro, após ouvirem representantes de órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola em todos os Estados produtores. Conforme o gerente de Levantamento de Safras da Conab, Carlos Bestetti, a quebra pode ser ainda mais acentuada, em função da estiagem no Sul do país.
– Nós estamos encaminhando técnicos para essa região, selecionando agrônomos, para que a gente possa investigar o que está acontecendo e trazer um dado representativo. Hoje, se falar em números, é estimativa, porque os efeitos ainda não pararam – explica.
Além das medidas emergenciais de auxílio ao produtor, o governo promete lançar no meio do ano um programa nacional de agricultura irrigada. A ideia é capacitar produtores rurais e disponibilizar crédito para investimentos em maquinário e tecnologia, de acordo com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha.
– Que esses investimentos de crédito também valorizem a assistência técnica, fortalecimento da tecnologia e um programa de capacitação do produtor para investir na agricultura irrigada – diz.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, COM INFORMAÇÕES DA CONAB


10/01/2012 | 10h31

Conab prevê produção de soja 4,7% menor na safra 2011/2012

Safra está estimada em 71,75 milhões de toneladas, 3,57 milhões de toneladas a menos que a safra anterior

  • Tomas Okuda
Foto: Mauro Vieira / Agencia RBS
Produção de soja na safra 2011/2012 deve atingir 71,75 milhões de toneladas
A produção de soja na safra 2011/2012 está estimada em 71,75 milhões de toneladas, resultado 4,7% (3,57 milhões de toneladas) inferior à produção da safra anterior, quando foram colhidas 75,32 milhões de toneladas. De acordo com o quarto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça, dia 10, a área de plantio está definida em praticamente todos os Estados, faltando apenas Roraima, localizado no Hemisfério Norte, com o plantio realizado nos meses de abril e maio. A área com soja está projetada em 24,63 milhões de toneladas, 1,9% (453,7 mil hectares) superior à cultivada na safra anterior.
Segundo a estatal, o desenvolvimento das lavouras na região Centro-Sul passa por situações distintas. Na região Sul, especificamente no Estado do Rio Grande do Sul, a partir de meados de novembro passado, as condições climáticas desfavoráveis, como chuvas escassas e temperaturas elevadas, prejudicam o desenvolvimento da cultura, diminuindo o porte das plantas, justificando "a redução de 15,6% prevista na produtividade em relação à safra passada". Para o Estado do Paraná, estima-se uma quebra de 10,7% e de 7,7% em Santa Catarina.
Na região Centro-Oeste, nos Estados de Mato Grosso e Goiás, as condições climáticas, de modo geral, estão favorecendo as lavouras.
– Houve estiagens, porém, em pontos isolados, causando perdas e replantios – comentam os técnicos.
No sudoeste do Estado de Mato Grosso do Sul, as poucas chuvas causam apreensão aos produtores. As plantas estão com porte abaixo do normal indicando indícios de uma produtividade menor.
Na região Norte-Nordeste, a região de maior produção denominada de Matopiba (sul do Maranhão, sul do Piauí, Tocantins e oeste da Bahia), predomina a fase de desenvolvimento vegetativo e as condições climáticas, até o momento, estão beneficiando as lavouras, informa a Conab.
Clima
As condições climáticas foram desfavoráveis às lavouras em dezembro, principalmente para as culturas de milho e de soja, "sobretudo nos Estados da região Sul, parte da Sudeste e no sudoeste de Mato Grosso do Sul", informam os técnicos da Conab. De acordo com a estatal, a gravidade climática de falta de chuvas prejudica em especial as lavouras de milho no Rio Grande do Sul, "uma vez que se encontram predominantemente nas fases críticas de floração e frutificação", explicam os técnicos.
A soja, que em sua maioria se encontra na fase final de desenvolvimento vegetativo, também é motivo de preocupação.
– A normalidade climática é fundamental para as fases seguintes, de floração e de frutificação – comentam.
Segundo a Conab, os reflexos decorrentes desta situação climática adversa serão apuradas no próximo levantamento de campo, programado para a segunda quinzena deste mês.

IBGE aponta aumento de 4,7% na área colhida em 2011

Resultado é 0,2% maior do que a estimativa feita em novembro, de 39,3 hectares

  • Daniela Amorim

A área da safra colhida em 2011 foi de 48,7 milhões de hectares, uma expansão de 4,7% frente à área colhida em 2010, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de dezembro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 0,2% maior do que a estimativa feita em novembro, de 39,3 hectares.
As três principais culturas, que somadas representaram 90,3% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas - arroz, milho e soja - responderam por 82,4% da área colhida, registrando, em relação ao ano anterior, variações positivas de 1,7%, 3,5% e 3,3%, respectivamente. No que se refere à produção, o arroz, o milho e a soja mostram expansão de 19%, 0,1% e 9,2%.
Produção
O levantamento de dezembro também registrou expansão na produção em 16 dos 25 produtos selecionados em 2011, ante 2010, segundo o IBGE. Houve aumento de produção no algodão herbáceo em caroço (72,6%); amendoim em casca 1ª safra (27,3%); arroz em casca (19,0%); batata-inglesa 1ª safra (13,3%); batata-inglesa 2ª safra (7,6%); batata-inglesa 3ª safra (6,1%); cacau em amêndoa (6,3%); cevada em grão (9,3%); feijão em grão 1ª safra (31,2%); laranja (2,8%); mamona em baga (24,7%); mandioca (7,3%); milho em grão 1ª safra (3,3%); soja em grão (9,2%); sorgo em grão (29,5%); e triticale em grão (25,2%).
Os produtos que tiveram recuo na produção em relação a 2010 foram amendoim em casca 2ª safra (39,8%); aveia em grão (7,4%); café em grão (7,1%); cana-de-açúcar (11,7%); cebola (9,8;feijão em grão 2ª safra (7,4%); feijão em grão 3ª safra (8,2%); milho em grão 2ª safra (4,6%); e trigo em grão (6,5%).



Exportações do agronegócio somam US$ 94,59 bilhões e registram novo recorde

Desempenho é o melhor para a balança comercial do agronegócio desde 1997

Foto: Nauro Júnior / Agencia RBS
Os principais destinos das exportações brasileiras do agronegócio em 2011 foram os mercados da Ásia e União Europeia
As exportações brasileiras do agronegócio registraram um novo recorde histórico em 2011, somando US$ 94,59 bilhões, valor 24% superior ao alcançado em 2010 (US$ 76,4 bilhões). O bom desempenho fez de 2011 o melhor ano para a balança comercial do agronegócio desde 1997. Segundo o ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho, as exportações brasileiras deverão continuar a crescer neste ano. 

– Temos como meta para 2012 ultrapassar a barreira dos US$ 100 bilhões. Isso significa um crescimento de 5,7% apenas. Francamente, temos condições de alcançar – disse o ministro.
Os produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) foram os que mais contribuíram para o crescimento nas vendas externas e os que registraram o maior valor de exportação. Complexo sucroenergético e carnes também se destacaram nas exportações. Os principais destinos dos embarques de produtos nacionais foram os mercados da União Europeia, China, Estados Unidos, Rússia e Japão.
As importações brasileiras de produtos agropecuários atingiram US$ 17,08 bilhões (valor 28% superior ao registrado em 2010), resultando em um superávit de US$ 77,51 bilhões na balança comercial do agronegócio de 2011. O saldo do setor agropecuário é quase três vezes superior ao acumulado no resultado global da balança comercial brasileira, que fechou o ano de 2011 com superávit de US$ 29,8 bilhões.
Destaque
Os produtos do complexo soja foram os que mais contribuíram para a expansão das vendas externas no último ano, sendo responsáveis por 38,7% do crescimento total de US$ 18,15 bilhões no agronegócio. Em seguida encontram-se o café (16,4%), os produtos do complexo sucroenergético (13,2%), as carnes (11,1%) e os cereais, farinhas e preparações (8%).
Na comparação com 2010, as exportações de soja em grãos cresceram 47,8% em valor (US$ 11,03 bilhões para US$ 16,31 bilhões), devido ao crescimento de 30,3% no preço médio de venda. Em volume, o aumento foi de 13,5%. As exportações de farelo e óleo de soja somaram, respectivamente, US$ 5,69 bilhões e US$ 2,13 bilhões em 2011.
O complexo sucroenergético teve receita de US$ 16,18 bilhões com vendas externas em 2011 (17,45% superior em relação ao ano anterior). O crescimento se deu em função do aumento de 29,9% no preço de venda, apesar da queda de 9,6% na quantidade exportada no período (29,52 milhões para 26,70 milhões de toneladas).
As carnes foram o terceiro setor de maior exportação, com vendas de US$ 15,64 bilhões, o que representa 14,8% de expansão em relação a 2010. Esse crescimento ocorreu em função da elevação de 16,6% no preço médio do produto, o que compensou uma queda de 1,6% na quantidade exportada em relação a 2010. O setor foi responsável por 16,5% do montante total das vendas externas do agronegócio em 2011, com destaque para a carne de frango, cujas vendas somaram US$ 7,49 bilhões, 19,9% a mais do que o ano anterior.
Os produtos florestais ficaram em quarto lugar no ranking de exportações do agronegócio, com US$ 9,64 bilhões e 3,8% de crescimento em relação ao ano anterior. Destaca-se ainda o café, que atingiu a cifra de US$ 8,73 bilhões (51,5% superior ao ano anterior).
 
Em conjunto, os cinco principais setores (complexo soja, complexo sucroenergético, carnes, produtos florestais e café) somaram US$ 74,33 bilhões em exportações, sendo responsáveis por 78,6% do total das vendas externas de produtos brasileiros agropecuários em 2011. Essa participação representa um aumento na concentração da pauta exportadora. Em 2010, os mesmos setores foram responsáveis por 77,9% dos embarques
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Principais destinos
Em 2011, as vendas externas concentraram-se, principalmente, em mercados como Ásia e União Europeia, responsáveis, em conjunto, por 57,4% do total exportado pelo agronegócio brasileiro (US$ 54,34 bilhões) – fatia maior que os 56,8% registrados em 2010 (US$ 43,38 bilhões). Em seguida, destaca-se a participação do Oriente Médio (10,1%), dos países do Nafta - Estados Unidos, México e Canadá - (8,5%) e da África, excluindo Oriente Médio (8%).
A maior expansão, em relação ao ano anterior, ocorreu na Oceania (55,8% superior), seguida da África excluindo Oriente Médio (43,4% superior) e da Ásia (33,3% superior). Houve redução da participação apenas nos demais países das Américas (com redução de 6,6%). A União Europeia foi responsável por 18,3% do incremento de US$ 18,15 bilhões ocorrido nas vendas externas em 2011 na comparação com o ano anterior.
Na análise por país, destacam-se as exportações para a China, com US$ 16,51 bilhões em 2011, seguida de Estados Unidos (US$ 6,70 bilhões), Países Baixos (US$ 6,36 bilhões), Rússia (US$ 4,05 bilhões), Japão (US$ 3,52 bilhões) e Alemanha (US$ 3,50 bilhões). O bom desempenho nas exportações para a China se deve, em grande parte, às vendas de soja em grãos (US$ 10,96 bilhões), celulose (US$ 1,3 bilhão) e açúcar (US$ 1,22 bilhão). Esses produtos representaram, em conjunto, 81,6% do total das exportações do agronegócio para o país no período.
Dezembro
No último mês de 2011, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor de US$ 7,01 bilhões, o que significou um crescimento de 15,7% em relação aos US$ 6,06 bilhões exportados no mesmo mês do ano anterior.
Os principais setores responsáveis pelos US$ 949,5 milhões de incremento verificados nas exportações agrícolas brasileiras em dezembro foram: complexo soja (US$ 599 milhões ou 63,1%); carnes (US$ 155,8 milhões ou 16,4%); e fibras e produtos têxteis (US$ 149,9 milhões ou 15,8%).
O setor de carnes foi o principal exportador do agronegócio no mês de dezembro de 2011, com um patamar de US$ 1,28 bilhão em vendas ao Exterior, ou 18,3% do total exportado pelo agronegócio brasileiro no período. Esse valor representou um crescimento de 13,8% em relação aos US$ 1,12 bilhão exportados pelo setor em dezembro de 2010.
Os principais responsáveis pelos valores comercializados foram a carne de frango, com US$ 650,1 milhões em vendas, e a carne bovina, com US$ 413,7 milhões exportados. Em dezembro de 2011, o setor de carnes registrou crescimento tanto das quantidades embarcadas (6,1%) quanto do preço médio comercializado (7,3%).

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA




Exportações do agro registram recorde de US$ 94 bilhões
Resultado foi 24% superior ao de 2010 e garantiu superávit comercial para o País
As exportações brasileiras do agronegócio registraram um novo recorde histórico em 2011, somando US$ 94,59 bilhões, valor 24% superior ao alcançado em 2010 (US$ 76,4 bilhões). O bom desempenho fez de 2011 o melhor ano para a balança comercial do agronegócio, e o Ministério da Agricultura espera que 2012 seja ainda melhor. A meta é ultrapassar US$ 100 bilhões, com estimativa de 5,7% de crescimento.
O aumento nas cotações internacionais dos produtos agropecuários foi o principal responsável pelo crescimento das exportações, mas os volumes embarcados para o exterior também cresceram. União Europeia, China, Estados Unidos, Rússia e Japão, nessa ordem, foram os principais destinos dos produtos nacionais.
Os produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) foram os que mais contribuíram para o crescimento nas vendas externas e os que registraram o maior valor de exportação. Café, açúcar e carnes também se destacaram.
De outro lado, as importações brasileiras de produtos agropecuários cresceram 28%, atingindo US$ 17,08 bilhões. Subtraindo esse valor do total exportado, o agronegócio gerou um saldo comercial positivo de US$ 77,51 bilhões para o País em 2011. Esse saldo é quase três vezes superior ao acumulado no resultado global da balança comercial brasileira, que fechou o ano de 2011 com superávit de US$ 29,8 bilhões.
Destaques
Os produtos do complexo soja responderam por 38,7% do crescimento total das exportações do agronegócio. Em seguida vieram o café (16,4%), os produtos do complexo sucroalcooleiro (13,2%), as carnes (11,1%) e os cereais, farinhas e preparações (8%).
Na comparação com 2010, as exportações de soja em grãos cresceram 47,8% em valor (de US$ 11,03 bilhões para US$ 16,31 bilhões), devido ao crescimento de 30,3% no preço médio de venda. Em volume, o aumento foi de 13,5%. As exportações de farelo e óleo de soja somaram, respectivamente, US$ 5,69 bilhões e US$ 2,13 bilhões em 2011.
O complexo sucroalcooleiro teve receita de US$ 16,18 bilhões com vendas externas em 2011 (17,45% superior em relação ao ano anterior). O crescimento se deu em função do aumento de 29,9% no preço de venda, apesar da queda de 9,6% na quantidade exportada no período (de 29,52 milhões para 26,70 milhões de toneladas).
As carnes foram o terceiro setor de maior exportação, com vendas de US$ 15,64 bilhões, o que representa 14,8% de expansão em relação a 2010. Esse crescimento ocorreu em função da elevação de 16,6% no preço médio do produto, o que compensou uma queda de 1,6% na quantidade exportada em relação a 2010.
O setor foi responsável por 16,5% do montante total das vendas externas do agronegócio em 2011, com destaque para a carne de frango, cujas vendas somaram US$ 7,49 bilhões, 19,9% a mais do que o ano anterior.

Os produtos florestais ficaram em quarto lugar no ranking de exportações do agronegócio, com US$ 9,64 bilhões e 3,8% de crescimento em relação ao ano anterior. Destaca-se ainda o café, cujas exportações subiram 51,5% sobre 2010.

Em conjunto,
os cinco principais setores (complexo soja, complexo sucroalcooleiro, carnes, produtos florestais e café) somaram US$ 74,33 bilhões em exportações, sendo responsáveis por 78,6% do total das vendas externas de produtos brasileiros agropecuários em 2011.
Essa participação representa um aumento na concentração da pauta exportadora. Em 2010, os mesmos setores foram responsáveis por 77,9% dos embarques.

Principais destinos
Em 2011, as vendas externas concentraram-se, principalmente, em mercados da Ásia e da União Europeia, responsáveis, em conjunto, por 57,4% do total exportado pelo agronegócio brasileiro (US$ 54,34 bilhões) – fatia maior que os 56,8% registrados em 2010 (US$ 43,38 bilhões).
Em seguida, destaca-se a participação do Oriente Médio (10,1%), dos países do Nafta – Estados Unidos, México e Canadá – (8,5%) e da África, excluindo Oriente Médio (8%).

A maior expansão, em relação ao ano anterior, ocorreu na Oceania (55,8% superior), seguida da África excluindo Oriente Médio (43,4% superior) e da Ásia (33,3% superior). Houve redução da participação apenas nos demais países das Américas (com redução de 6,6%). A União Europeia foi responsável por 18,3% do incremento de US$ 18,15 bilhões ocorrido nas vendas externas em 2011 na comparação com o ano anterior.

Na análise por país, destacam-se as exportações para a China, com US$ 16,51 bilhões em 2011, seguida de Estados Unidos (US$ 6,70 bilhões), Países Baixos (US$ 6,36 bilhões), Rússia (US$ 4,05 bilhões), Japão (US$ 3,52 bilhões) e Alemanha (US$ 3,50 bilhões).
O bom desempenho nas exportações para a China se deve, em grande parte, às vendas de soja em grãos (US$ 10,96 bilhões), celulose (US$ 1,3 bilhão) e açúcar (US$ 1,22 bilhão). Esses produtos representaram, em conjunto, 81,6% do total das exportações do agronegócio para o país no período.
* Com informações do Ministério da Agricultura

Veículo:
JORNAL DO COMÉRCIO - RS 
Editoria:
ECONOMIA  
Data:
10/01/2012 
Assunto:
CONAB 
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Produção de trigo cai 1,6% em 2011, informa Conab
A produção nacional do trigo 2011, safra 2011/12, atingiu 5,788 milhões de toneladas, 1,6% menor que a da safra anterior, quando alcançou 5,881 milhões de toneladas, de acordo com dados da COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). A produtividade das lavouras do cereal caiu 2,3% para 2.672 quilos por hectare, de 2.736 kg/ha na safra anterior. A colheita já foi encerrada no País.
Na safra 2011, a área cultivada ficou em 2.166,2 mil hectares, 0,8% maior que a área cultivada na safra 2010/11, que foi de 2.149,8 mil hectares. Os Estados que apresentaram crescimento foram apenas Minas Gerais (2,2%), Distrito Federal (11,6%), São Paulo (6,1%) e Rio Grande do Sul (17,6%).

No Paraná, a área recuou 9,1%, para 1,042 milhão de hectares, e a produção cedeu 24,6%, para 2,501 milhões de toneladas. No Rio Grande do Sul, a área cresceu 17,6%, para 932,4 mil ha, e a produção avançou 38,9%, para 2,742 milhões de toneladas.



Agro bate recorde e exporta US$ 94,6 bi

Autor(es): Rosana Hessel
Correio Braziliense - 11/01/2012
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/11/agro-bate-recorde-e-exporta-us-94-6-bi

As exportações do agronegócio brasileiro em 2011 somaram US$ 94,6 bilhões, o melhor desempenho já registrado desde o início da contabilização dos dados, em 1997, pelo Ministério da Agricultura. As vendas externas do setor foram 24% superiores ao desempenho de 2010, que registrou um resultado de US$ 76,4 bilhões. Para este ano, a expectativa da pasta é de que os embarques de produtos agrícolas avancem pelo menos 5,7% e ultrapassem a casa dos US$ 100 bilhões.
"A média de crescimento no valor acumulado com vendas externas nos últimos 10 anos ficou em torno de 10%, então, é bastante aceitável alcançarmos a meta prevista", afirmou, ontem, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro. A União Europeia continuou como o maior comprador da agroindústria nacional, superando até a China, principal destino das exportações brasileiras — no ano passado, o gigante asiático recebeu 16,5% de todos os embarques que tiveram o Brasil como origem.
Em 2011, a UE importou US$ 16,5 bilhões de produtos agrícolas brasileiros, registrando aumento de 50% sobre os US$ 11 bilhões computados um ano antes. Os principais itens importados pelos europeus foram café (US$ 4,29 bilhões), farelo de soja (US$ 4,01 bilhões) e carnes (US$ 2,48 bilhões). Depois da Europa, a China, os Estados Unidos, a Rússia e o Japão também se destacaram como destino das exportações brasileiras.
Encarecimento
Os produtos que mais contribuíram para o crescimento nas vendas externas do setor agrícola foram os do complexo da soja (grão, farelo e óleo), seguidos pelos do setor sucroalcooleiro, as carnes, os produtos florestais e o café. Juntos, eles somaram US$ 74,3 bilhões e foram responsáveis por 78,6% dos embarques para o exterior. Devido ao encarecimento de 30,3% no preço médio da soja, as exportações do produto avançaram 47,8% na comparação com o ano passado, de
US$ 11 bilhões para US$ 16,3 bilhões.
As vendas do setor de carnes no exterior também avançaram 14,7%, passando de US$ 13,6 bilhões para US$ 15,6 bilhões, mesmo com a queda de 0,4% nos embarques para a Rússia por conta do embargo a vários frigoríficos brasileiros desde junho de 2011. O ministro da Agricultura aguarda, para os próximos dias, um relatório detalhado sobre a missão de técnicos russos realizada no Brasil em novembro. Na próxima semana, Ribeiro deverá se reunir, em Berlim, com autoridades russas para tentar suspender as barreiras ao produto brasileiro.
Já as importações de produtos agropecuários avançaram 28% no ano passado e somaram US$ 17,1 bilhões. Com isso, o superavit na balança comercial do agronegócio de 2011 ficou em US$ 77,5 bilhões, um saldo quase três vezes superior ao acumulado pelo total da balança comercial, de US$ 29,8 bilhões.
Carne suína brasileira nos EUA
O Ministério da Agricultura informou ontem que poderá, pela primeira vez na história, exportar carne suína in natura para os Estados Unidos, a maior economia do planeta. Os frigoríficos e matadouros de Santa Catarina tiveram o reconhecimento do Departamento de Agricultura dos EUA para a exportação do produto refrigerado. Os embarques terão início assim que o órgão brasileiro habilitar os estabelecimentos, o que deverá ocorrer ainda nesta semana. Inicialmente, seis empresas receberão autorização para exportar, informou o ministério. Os norte-americanos também ampliaram a autorização para a exportação de carne suína cozida e processada de outros estados brasileiros livres de aftosa e com vacinação, desde que a industrialização ocorra em locais com habilitação do governo.

Alimentos derrubam inflação das famílias de baixa renda em 2011

O Estado de S. Paulo - 11/01/2012
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/11/alimentos-derrubam-inflacao-das-familias-de-baixa-renda-em-2011

Índice que calcula preços para famílias com renda até 2,5 salários mínimos recuou de 11,33% em 2010 para 5,98% em 2011

Alimentos mais baratos em 2011 derrubaram a inflação percebida pelas famílias de baixa renda no ano. A variação de preços neste setor acumulou alta de 5,45%, enquanto em 2010 o aumento havia sido de 11,03%.
Porém, foi justamente o item alimentação o que mais contribuiu para o avanço de preços entre os mais pobres entre novembro e dezembro.
A variação do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que abrange famílias com renda de até 2,5 salários mínimos mensais, desacelerou de 11,33% para 5,98% de 2010 para 2011. Mas, de novembro para dezembro, o indicador dobrou, de 0,5% para 1%, com grande contribuição do grupo alimentação, que passou de 0,63% para 1,74% entre um mês e outro.
No ano passado, a perda de dinamismo da economia global e a piora da crise europeia levaram ao arrefecimento dos preços das commodities, em particular as agropecuárias. Os alimentos ficaram mais baratos no mercado doméstico. Ao mesmo tempo, não houve quebras de safras expressivas no País, que poderiam causar redução na oferta.
Mas, de novembro para dezembro, aspectos sazonais como maior consumo de carnes e períodos de entressafra de alguns produtos levaram a uma redução de oferta em itens mais consumidos na cesta básica dos mais pobres.
Perspectiva. Para 2012, a perspectiva é de inflação mais baixa, já que os alimentos devem continuar mais em conta para o consumidor. Entre as famílias mais pobres, as compras com alimentos respondem por 40% do orçamento mensal. Ou seja: a trajetória da inflação dos alimentos determina o IPC-C1.
"Os preços dos alimentos in natura podem subir mais no começo do ano, como sempre sobem, devido a problemas climáticos. Mas isso não vai impedir que, em um horizonte mais longo, os preços dos alimentos como um todo sigam trajetória mais bem comportada", acrescentou. / A.S.

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O ESTADO DE S. PAULO - SP 
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Data:
11/01/2012 
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As safras de dólares (Editorial)
O agronegócio exportou US$ 94,6 bilhões no ano passado, 23,7% mais que em 2010, e poderá ultrapassar US$ 100 bilhões neste ano, segundo o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, numa previsão pouco otimista para o comércio exterior brasileiro.
Se ficar em US$ 100 bilhões, o aumento será de apenas 5,7%. Em 2011 o Brasil faturou US$ 256 bilhões com as vendas externas e acumulou um superávit de US$ 29,8 bilhões na conta de mercadorias.Osaldo comercial do agronegócio, de US$ 77,5 bilhões, cobriu com grande folga o déficit da indústria manufatureira. A receita do setor agropecuário dependeu principalmente dos preços internacionais, garantidos pela fome de matérias-primas de algumas economias - com destaque para a chinesa - e pelas condições um tanto apertadas da oferta global. Se a crise externa esfriar os mercados neste ano, as vendas de produtos agropecuários serão afetadas, o comércio de mercadorias terá um saldo bem mais modesto que o dos últimos anos e o déficit em conta corrente poderá aproximar-se de US$ 70 bilhões.
Se a receita de 2011 dependesse principalmente do volume embarcado, teria sido muito menor. Entre 2010 e o ano passado a venda de soja e derivados aumentou 10,8%, enquanto o preço médio subiu 27,4%. No caso das carnes, a tonelagem diminuiu 1,6%, mas o valor médio elevou-se 16,6%. O complexo sucroalcooleiro embarcou 9,5% menos que em 2010, mas faturou 17,5% mais, graças a preços 29,9% maiores. As vendas de café ficaram praticamente estáveis em volume, com acréscimo de apenas 0,1%, mas a cotação média foi 51,3% superior à do ano anterior.
Já houve uma acomodação de preços em dezembro. Muitos analistas continuam projetando cotações estáveis ou menores que as de 2011 nos próximos meses. O otimismo do governo brasileiro quanto à inflação neste ano é baseado, em boa parte, nessa perspectiva. A expectativa de um mercado internacional muito menos dinâmico tem moldado também as projeções da balança comercial divulgadas nos últimos dois ou três meses.
O Banco Central (BC) estimou um aumento de apenas 4,3% para a receita comercial de 2012, em contraste com uma elevação de 7% para o gasto com importações. Essa projeção inclui uma redução do saldo comercial para US$ 23 bilhões.
Há cerca de um mês, economistas de consultorias e do mercado financeiro previam um saldo comercial de US$ 17,4 bilhões (mediana das projeções coletadas na pesquisa Focus do BC). Essa previsão foi elevada para US$ 19,4 bilhões na pesquisa do dia 6 de janeiro.
Os números calculados pelas várias fontes podem ser diferentes, mas a tendência geral é a mesma: uma diminuição significativa do saldo comercial em 2012, resultante de um estreitamento maior dos mercados e, de modo especial, de uma evolução bem menos favorável das cotações dos produtos básicos.
Tanto especialistas do mercado quanto economistas do governo têm cometido grandes erros em suas projeções do comércio exterior brasileiro. Isso pode estar ocorrendo mais uma vez, mas, de toda forma, ninguém dispõe de recursos técnicos melhores para esse tipo de estimativa.
Mas é possível apontar, neste momento, pelo menos um fator contrário às projeções dos especialistas. A seca no Sul do Brasil e em boa parte da Argentina poderá afetar a oferta de GRÃOS e oleaginosas e, portanto, afetar os preços de uma forma até há pouco tempo imprevista.
COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB) acaba de divulgar uma previsão de safra de 158,4 milhões de toneladas de algodão, soja, milho, arroz, feijão, trigo e GRÃOS menos importantes, mas esse cálculo foi baseado num levantamento concluído em 19 de dezembro. As chuvas no Sul poderão continuar abaixo da média ainda por uns três meses, segundo observou o gerente de levantamento de safras da CONAB, Carlos Roberto Bestetti. É muito cedo, portanto, para uma avaliação dos danos e de seus efeitos nos preços.
Se os estragos forem consideráveis no Brasil e na Argentina, será preciso refazer os cálculos dos preços e da receita de exportações. Mas o governo e o BC precisarão, também, rever a política anti-inflacionária.

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