quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sudeste é responsável por alta da produção industrial

Autor(es): DANIELA AMORIM
O Estado de S. Paulo - 11/01/2012
 
A região Sudeste foi a responsável pela recuperação da produção da indústria na passagem de outubro para novembro. Todos os Estados da região tiveram crescimento, até mesmo São Paulo, que viu sua atividade industrial subir 1,9%, após uma perda acumulada de 7,5% nas duas últimas leituras (-2,6% em outubro e -5,1% em setembro).
Em São Paulo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) verificou uma reação nos setores de vestuário e acessórios, edição e impressão, farmacêutico e produtos de metal. No entanto, o resultado não pode ser comemorado, já que o maior parque industrial do País, o paulista, teve uma queda de 4,9% na produção quando comparada ao mesmo período de 2010. "No Brasil, a queda na produção foi de 4,4% no período, então esse recuo deve ter influência da queda de São Paulo", analisou Rodrigo Lobo, economista da Coordenação de Indústria do IBGE.
A principal perda na indústria paulista foi da atividade de veículos automotores, de 13,5%. Também registraram recuos as atividades de outros produtos químicos (-6,7%) e máquinas e equipamentos (-6,1%).
Os dados do IBGE confirmam uma tendência de queda na indústria nacional. Enquanto a produção industrial paulista registrou recuo de 0,2% no terceiro trimestre do ano, a queda acumulada nos meses de outubro e novembro já chega a 4,7%, na comparação com o mesmo período de 2010. No total nacional, a indústria fechou o terceiro trimestre com crescimento nulo (0,0%), e o bimestre outubro-novembro com queda de 2,4%.
Para Lobo, os números mostram que o quarto trimestre pode ter resultado negativo. "É uma sinalização do que deve acontecer no fechamento do quarto trimestre. Se a tendência se mantiver, o resultado deve vir ligeiramente negativo."
Na passagem de outubro para novembro, a produção industrial cresceu em oito dos 14 locais pesquisados: Goiás (11,6%), Paraná (5,4%), Espírito Santo (4,7%), Minas Gerais (4,6%), Rio de Janeiro (3,9%), São Paulo (1,9%), Santa Catarina (1,6%) e Pará (0,5%).

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