sábado, 7 de janeiro de 2012

Tecnologia expande produção de áreas de fronteira agrícola

 Publicado em 07/01/2012 na seção noticias :: Versões alternativas: Texto PDF




As projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) mostram que o Brasil será um importante fornecedor de alimentos. A região do Matopiba, área compreendida pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, apresenta potencial de crescimento de produção de grãos e se destaca no cenário agropecuário brasileiro para os próximos anos. A tendência consta do estudoBrasil - Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021, divulgado pelo MAPA, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

"A tecnologia tem sido fator de expansão nesta nova área de fronteira agrícola, com elevados investimentos em terras, equipamentos e capital humano", analisa o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Garcia Gasques. O coordenador acrescenta que os benefícios dessas novas áreas são o crescimento econômico e a geração de renda.

A produtividade das lavouras de soja, algodão, café e milho nesta região é elevada e se favorece por pesquisas realizadas pela Embrapa. As áreas que vem sendo ocupadas têm características essenciais para a agricultura moderna. São planas e extensas, solos produtivos, disponibilidade de água e clima propício, com dias longos e intensidade de sol. Gasques ressalta que as maiores limitações são as precárias condições de logística, especialmente, no transporte terrestre, portuário, comunicação e, em algumas regiões, ausência de serviços financeiros.

Entre os quatros estados, Bahia é o mais expressivo na produção agrícola. O coordenador cita, por exemplo, os três municípios baianos com maior produção de soja: Formosa do Rio Preto, São Desidério e Luís Eduardo Magalhães. De acordo com Gasques, o desenvolvimento do Matopiba nos próximos anos se confirmará com investimentos em infraestrutura, pesquisa e definição de políticas adequadas.


Projeções mostram Brasil como grande fornecedor de alimentos



O Brasil será um dos importantes fornecedores de alimentos nos próximos anos, junto com os Estados Unidos, Austrália e Argentina. As projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(MAPA) para os próximos 40 anos mostram que a produção de grãos no país deve saltar dos atuais 159 milhões de toneladas para 299,5 milhões de toneladas. Esse aumento representa acréscimo de 140,5 milhões de toneladas de arroz, feijão, trigo, milho e soja, ou 88% de incremento.

A produção de carnes também deve apresentar forte aumento nos próximos anos. A previsão é que o país produza 52,6 milhões de toneladas em 2050. O aumento é de 98% em relação à produção de 26,5 milhões de toneladas, em 2011. O preço da terra têm sido um dos fatores atrativos para o deslocamento da agricultura e pecuária para novas áreas, especialmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Outro ponto é que como essas novas regiões de expansão da agropecuária apresentam maiores riscos de variações climáticas, especialmente secas, a tecnologia é um fator essencial para reduzir esses impactos.

A análise dos dados agropecuários foram apresentados pelo coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Garcia Gasques, na 2ª Conferência do Desenvolvimento, organizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em novembro de 2011, em Brasília.

De acordo com Gasques, os resultados da produtividade total dos fatores nos últimos anos têm crescido a uma taxa de 3,6%. "Essa taxa é um das mais elevadas do mundo, superando, inclusive a taxa da produtividade nos Estados Unidos que tem sido nos últimos anos de 1,95%", destaca. A produtividade total dos fatores na agricultura considera todas as lavouras, a produção animal e o conjunto dos insumos utilizados na produção.

Os resultados desse indicador mostram que o crescimento da agropecuária no Brasil tem-se dado principalmente pela introdução de novas tecnologias, melhoramento do processo de gestão, maior qualificação da mão-de-obra, entre outros fatores. O coordenador acrescenta que o crescimento baseado na produtividade projeta para 2050 um aumento de área da ordem de 39%, o que significa passar dos atuais 46,4 milhões de hectares para 64,5 milhões de hectares.

Vários estudos apontam que os preços agrícolas em todo o mundo vão permanecer altos nos próximos anos. Apesar das boas estimativas, existem muitos fatores que influenciam os preços e a produção. Gasques destaca as mudanças climáticas severas em alguns países; os baixos estoques mundiais de milho, arroz, trigo e soja; a pressão dos biocombustíveis; o aumento de renda e da população.

"A volatilidade dos preços mundiais de alimentos tem decrescido e os resultados obtidos para os preços internos do Brasil, como milho e soja, mostram também que a volatilidade se reduziu nos anos recentes", conclui.

FONTE

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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