segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sábado, 29 de janeiro de 2011
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Indústria
Cerveja ainda depende de lata importada
Autor(es): Lílian Cunha | De São Paulo |
Valor Econômico - 12/01/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/12/cerveja-ainda-depende-de-lata-importada |
Terminou em 31 de dezembro o prazo para importar latas para embalar bebidas, pagando-se alíquota de 2%. Desde então, o imposto de importação voltou a 16%, patamar cobrado até maio de 2010, quando a Câmara de Comércio Exterior (Camex) determinou a redução. Mas a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas) vai pedir hoje à Camex, em uma reunião em Brasília, que estenda o benefício por mais três meses. Os fabricantes de bebidas, principalmente a de cerveja, ainda sente um déficit no fornecimento de latinhas - estimado pela Abralatas em 800 milhões de unidades de janeiro a março. "Depois desses três meses, a indústria de latas nacional já deverá estar produzindo com a capacidade aumentada", afirma o diretor executivo da Abralatas, Renault de Freitas Castro. "Mas por enquanto, ainda não há latas suficientes para suprir a demanda, principalmente da indústria de cerveja", acrescenta ele. A falta de latas é concentrada em cervejas por dois motivos: as cervejarias usam proporcionalmente mais latas que a indústria de refrigerantes e o crescimento de vendas da bebida vem sendo superior ao de outras, como sucos e bebidas carbonatadas (refrigerantes). No Brasil, as latas representam 30% das vendas de cerveja em volume. Essa fatia é de 10% para os refrigerantes. Em sucos, é ainda menor: mais de 95% do volume é vendido em embalagens acartonadas. Conforme fontes do setor, as vendas de cerveja em 2010 tiveram um crescimento de 12% em volume em relação a 2009. Sucos e refrigerantes também venderam mais que em 2009, mas a alta não chega a 10%, conforme fontes ligadas aos fabricantes. De maio a dezembro de 2010, segundo a Abralatas, foram importadas 1,1 bilhão de unidades. Pelo acordado com a Camex, a importação com imposto de 2% poderia ter chegado a 1,9 bilhão até dezembro. Essa diferença, de 800 milhões de latas, é que a Abralatas está pleiteando para ser feita até março. "Estamos otimistas em relação à prorrogação", diz Castro. Mas nem todos concordam. "Tudo isso é um "lobby" para beneficiar grandes empresas", diz Fernando Bairros, presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), que representa produtores regionais. "Com o dólar em baixa, as empresas preferem trazer latas importadas, sai mais barato. E se for pagando menos impostos, melhor ainda para elas", diz ele. As cervejarias não comentaram o assunto. |
Finanças
Bancos do Brasil lideram crescimento dos ativos
Bancos brasileiros lideram em crescimento de ativos no mundo |
Autor(es): Assis Moreira | De Basileia |
Valor Econômico - 12/01/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/12/bancos-do-brasil-lideram-crescimento-dos-ativos |
Os ativos dos grandes bancos brasileiros estão entre os que mais cresceram no ano passado, em dólar, na comparação com os principais sistemas bancários do mundo e só foram superados pelos japoneses, revela o Instituto Internacional de Finanças (IIF), que reúne as maiores instituições financeiras globais. Desde o fim de 2009, os ativos (dinheiro, títulos, empréstimos para empresas, famílias, setor público e imobilizações) dos principais bancos brasileiros cresceram 17,7%, muito próximo aos 18,27% dos japoneses e bem acima dos 12,3% dos chineses. Na Europa, houve forte contração. Os ativos dos grandes bancos brasileiros estão entre os que mais cresceram no ano passado, em dólar, na comparação com os principais sistemas bancários do mundo, só superados pelos japoneses, revela um relatório do Instituto Internacional de Finanças (IIF), entidade das maiores instituições financeiras globais. Desde o fim de 2009, os ativos (dinheiro, títulos, os empréstimos para empresas, famílias e entidades do setor público, e imobilizações) dos principais bancos brasileiros cresceram 17,70%, próximo, dos 18,27% dos japoneses e superando largamente os 12,3% dos chineses, enquanto a contração foi forte em boa parte dos bancos europeus. Quando se leva em conta a variação cambial desses países, fica mais evidente a liderança dos bancos brasileiros em termos de crescimento de ativos em 2010. Levantamento do Valor Data indica que a valorização do real frente ao dólar foi de 5% no ano passado. Já o iene avançou 14,7% e o yuan, 3,3%. Ou seja, se fosse descontado o efeito do câmbio de cada país, o Brasil provavelmente assumiria a liderança do ranking. Numa comparação dos países que compõem os Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), feita para um período mais longo, o IIF mostra que, entre 2005 e 2010, a elevação dos ativos foi acima de 300% no caso dos cinco maiores bancos brasileiros, superando largamente a expansão registrada nos balanços das instituições dos demais países, que mais que dobraram os ativos no mesmo período. Sempre pelo cálculo em dólar, em volume, os cinco principais bancos do Brasil saltaram de US$ 420 bilhões para US$ 1,73 trilhão de ativos entre 2005 e 2010. A China, que mantém a moeda desvalorizada, registrou alta significativa dos ativos de seus bancos na comparação internacional na moeda americana. Em volume, as cinco maiores instituições chineses aumentaram os ativos de US$ 2,72 trilhões para US$ 6,94 trilhões entre 2005 e 2010. Os ativos dos grandes bancos do Oriente Médio e da África dobraram entre 2005 e 2007, mas o ritmo de expansão diminuiu desde então. Nos últimos tempos, os bancos americanos procuraram preservar os balanços que tinham antes da crise. Já na Europa, a contração nos sistemas bancários foi forte, com exceção da Alemanha e Suécia. Para analistas, a forte valorização do real explica em boa parte o desempenho dos brasileiros. Reflete também o crescimento vigoroso da economia do país nos últimos anos, enquanto boa parte do mundo estava em recessão. Bernhard Speyer, do Deutsche Bank, destaca o forte avanço do crédito no país, e o apetite dos investidores que mantém o persistente fluxo de capital para o mercado brasileiro. "O fato de a relação créditos/depósitos dos bancos brasileiros ser inferior a 100% faz com que possam expandir crédito sem restrições de financiamento", concorda Carlos Joaquim Peixoto, analista do banco BPI, de Lisboa, que acompanha também a situação das instituições brasileiras. "Na Europa, ocorre o inverso". Na Europa, muitos bancos continuam tendo problemas sérios de funding e tiveram de cortar ativos. Na Irlanda, a contração foi de 15,9% desde fim de 2009. Mas parte disso é resultado de estatística, com a criação pelo governo do "banco podre", que pegou créditos que não valiam nada dos balanços das principais instituições do país para tentar evitar a falência. Em sua avaliação atual sobre os bancos, o IIF mostra que o ritmo de empréstimos dos bancos americanos para o setor privado aumentou ligeiramente em novembro, enquanto na Grã-Bretanha está virtualmente estagnado. Na zona euro, registrou modesto crescimento. Bancos de vários paises desenvolvidos aproveitaram a melhor rentabilidade no primeiro semestre de 2010 para reforçar o nível de capital, ajudados por menos provisões para perdas de créditos. A Irlanda é a exceção. Embora boa parte dos bancos americanos e europeus não tenha retornado aos níveis de lucratividade de antes da crise, as grandes instituições espanholas se beneficiaram da "regulação prudente" e exposição à América Latina. As operações do Santanderno Brasil já são mais importantes que as da Espanha. As necessidades de refinanciamento por parte dos bancos nos EUA e na Europa são mais altas do que habitualmente. A preocupação é maior em relação aos europeus. Eles têm necessidade de refinanciar €1,1 trilhão em 2011 e 2012. Aqueles com mais operações internacionais já conseguiram levantar mais de €7 bilhões no mercado na primeira semana deste ano. Mas o funding é bastante difícil para instituições da periferia da Europa, incluindo os portugueses. |
Japão vai socorrer europeus
Correio Braziliense - 12/01/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/12/japao-vai-socorrer-europeus |
A exemplo do que fez Pequim, Tóquio promete comprar títulos da dívida de países da Zona do Euro para ajudá-los a saírem do atoleiro Para ajudar a Europa a contornar a sua crise da dívida, o Japão prometeu comprar bônus da Zona do Euro neste mês. O ministro das Finanças japonês, Yoshihiko Noda, disse a jornalistas após uma reunião de governo que Tóquio está considerando comprar cerca de 20% dos bônus de países da região, que forem emitidos em janeiro, com o objetivo de levantar fundos e ajudar a Irlanda. O Japão usaria as reservas em euro para pagar pela dívida. “Eu acho apropriado para o Japão comprar uma certa quantia de bônus e impulsionar a confiança no Instrumento Europeu de Estabilidade e fazer uma contribuição como um país”, disse Noda. Na semana passada, a China já havia prometido que compraria títulos espanhóis. Para as duas potência asiáticas, é importante que seja mantida a estabilidade da Zona do Euro, importante polo das exportações chinesas e japonesas. Os ministros das Finanças da Zona do Euro vão considerar na próxima semana a opção de elevar a capacidade efetiva de empréstimos do fundo de resgate da região para seu valor nominal total de 440 bilhões de euros, dos cerca de 250 bilhões de euros no momento, como parte dos esforços para acalmar os mercados de dívida soberana. Dificuldades As preocupações estão voltadas para Portugal e Espanha, que apresentam dificuldade em pagar suas dívidas. Ontem, o governo português trouxe relativo alívio ao mercado, ao anunciar que o país conseguiu reduzir o deficit orçamentário do ano passado para abaixo da meta de 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB). “É um resultado excelente para Portugal”, disse o primeiro-ministro José Sócrates a jornalistas. Em 2009, o deficit foi de 9,3% do PIB. Sócrates negou, novamente, que Portugal estaria sob pressão para pedir ajuda financeira. Ele disse que Portugal continuará financiando-se nos mercados e mostrou confiança sobre a emissão de bônus que o país fará hoje, de até 1,25 bilhões de euros. A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou que Portugal adotou “medidas muito importantes” em meio aos problemas de dívida. O banco central português, no entanto, previu que a economia do país deve encolher 1,3% neste ano, após ter crescido 1,3% em 2010. Em relatório divulgado ontem, a instituição avaliou ainda que os bancos portugueses continuarão dependendo da ajuda do Banco Central Europeu para continuar mantendo a sua liquidez. |
Movimentos
Curtas
Valor Econômico - 12/01/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/12/curtas | ||||||||
Cesta básicaO custo da cesta básica de alimentos apresentou forte alta em 2010, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em 14 das 17 capitais pesquisadas, os aumentos ultrapassaram 10% no ano passado. A maior elevação foi verificada em Goiânia, onde a cesta básica ficou 22,9% mais cara. Em São Paulo, o aumento foi de 16,20%; no Rio de Janeiro e em Brasília, houve elevação de 13,74% e 5,15%, respectivamente. Aracaju foi a cidade em que os reajustes foram menores - de 3,96% em 2010. Cesta básica subiu mais de 10% em 2010
Desvalorizada, batata vira ração de gado ou vai para o lixo em MG
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Agronegócios
'Dança das cadeiras' ameaça política agrícola
Autor(es): Mauro Zanatta | De Brasília |
Valor Econômico - 12/01/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/12/danca-das-cadeiras-ameaca-politica-agricola |
As esperadas mudanças no segundo escalão e nas empresas estatais ameaçam deixar o setor rural sem alguns de seus principais formuladores na política agrícola. No momento em que produtores e industriais reclamam mais mediação do Estado, além de uma ampla reforma das regras de financiamento e comercialização, estão no jogo político cargos-chave nos ministérios da Agricultura, Fazenda, Desenvolvimento Agrário, na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Banco do Brasil. A pressão dos alimentos sobre os índices de inflação nos próximos meses, a administração de uma nova safra recorde e as gestões do setor privado por recursos e subsídios exigirão planejamento e sintonia fina na execução das políticas públicas para o setor em 2011. E a "dança das cadeiras" na Esplanada dos Ministérios, alertam dirigentes do setor de forma reservada, pode comprometer um ano de bons resultados. "Não é hora para mudanças bruscas", diz um líder ruralista. "Ganhamos dinheiro em 2010, fomos bem. Mas essa área é sensível. Não queremos ver esses cargos como moeda de troca de partidos", afirma um dirigente. No Ministério do Desenvolvimento Agrário, o secretário de Agricultura Familiar, Adoniram Sanches Peraci, deixou o posto para assumir cargo no escritório regional da FAO, braço das Nações Unidas na área, em Santiago do Chile. Em seu lugar, deve assumir o coordenador internacional do ministério, Laudemir Müller. Peraci foi responsável pela abertura do MDA às grandes cooperativas agropecuárias, que têm milhares de médios produtores associados. Antes, apenas cooperativas de pequenos produtores tinham acesso a subsídios e programas com juros baixos operados pelo MDA. A difícil troca de ministros já tinha causado questionamentos de movimentos sociais da agricultura familiar e da reforma agrária. Um dos principais formuladores do governo na área, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães, também deve deixar o posto ocupado desde 2006. Há fortes pressões do PMDB para instalar um afilhado em seu lugar. Está cotado o superintendente de Operações Comerciais da Conab, João Paulo de Moraes Filho, que se tornou próximo do ministro Wagner Rossi e do presidente da empresa, Alexandre Magno Aguiar. Mas a bancada na Câmara se movimenta para indicar nomes. Na Conab, o diretor de Política Agrícola, Silvio Porto, luta para virar presidente. Apoiado por ministros do PT, movimentos sociais e parte do setor privado, Porto responde pela "costura" das políticas na agricultura familiar. Mas a briga partidária pode comprometer essa formulação setorial, sobretudo no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que deve ter orçamento de R$ 2 bilhões. O secretário-executivo da Agricultura, Gerardo Fontelles, um dos mais respeitados especialistas do governo, também deve ceder o cargo a um nome mais próximo de Rossi. O principal cotado é o atual chefe de gabinete do ministro, Milton Elias Ortolan. Mas a bancada na Câmara quer emplacar o deputado Silas Brasileiro (PMDB-MG). No Banco do Brasil, uma disputa de bastidores pela vice-presidência de Agronegócios também pode "esterilizar" outro preparado formulador da política agrícola. O atual ocupante, o ex-ministro Luís Carlos Guedes Pinto, enfrenta a candidatura do secretário-adjunto de Política Econômica da Fazenda, Gilson Bittencourt, cujo preparo técnico o credencia para reivindicar o posto. Ele tem apoio de ministros do PT, mas a bancada ruralista é contrária ao seu nome. |
Exportação de carne suína tem queda de 11% em 2010
Autor(es): Alda do Amaral Rocha | De São Paulo | ||||||||
Valor Econômico - 12/01/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/12/exportacao-de-carne-suina-tem-queda-de-11-em-2010 | ||||||||
O setor exportador de carne suína fechou 2010 com exportações de 540,4 mil toneladas, um recuo de 11,04% sobre o ano anterior e também abaixo da estimativa feita em dezembro passado. Naquela ocasião, a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) havia previsto vendas externas de 560 mil toneladas do produto. Segundo a Abipecs, a oferta ajustada à demanda externa, a forte expansão do consumo interno, a valorização do real, a alta dos preços nos mercados interno e externo e a maior concorrência internacional influenciaram as exportações de carne suína em 2010. Enquanto os volumes caíram, a receita com as exportações cresceu 9,32%, saindo de US$ 1,23 bilhão, em 2009, para US$ 1,34 bilhão no ano passado. Os números mostram uma recuperação de 22,9% nos preços médios na exportação, mas, conforme a Abipecs, os valores ainda estão aquém dos preços obtidos no período de janeiro a outubro de 2008, antes do início da crise financeira mundial. Segundo a Abipecs, a Rússia foi o principal mercado para a carne suína brasileira em 2010, com a importação de 233,9 mil toneladas ou 43,30% do total. O segundo maior importador foi Hong Kong, com 99,7 mil toneladas ou 18,46% do total. Outra razão para a queda nas exportações de carne suína no ano passado foi a perda de competitividade do Brasil, em mercados como a Rússia. Com a valorização do real ante o dólar, concorrentes como os EUA e países da União Europeia ficaram mais competitivos, argumenta a associação. Para Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, este ano deve ser novamente de demanda forte no mercado interno para a carne suína. Para as exportações, a previsão é alcançar 600 mil toneladas. "Precisamos abrir mercados de preços mais altos", disse. Segundo ele, a expectativa é concluir processos de abertura de mercados em países como Coreia, Japão e também com União Europeia. A Coreia, um desses mercados de bons preços, enfrenta atualmente uma epidemia de febre aftosa e precisa de carne suína importada. O país negocia a abertura de seu mercado à carne suína de Santa Catarina, mas o processo está paralisado pois a Coreia aguarda uma resposta do governo brasileiro em relação ao trânsito indevido de carne bovina gaúcha no Estado. Como Santa Catarina é reconhecida como livre de aftosa sem vacinação, o trânsito de produto de Estados com status diferente não é permitido. Transformação do CTC em S.A. deve ser decidida hoje
Ferrovia levará 50% mais açúcar a Santos
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Indústria
Importações saltam 62% na Zona Franca
Autor(es): Marcelo Rehder |
O Estado de S. Paulo - 10/01/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/10/importacoes-saltam-62-na-zona-franca |
Principal polo de eletroeletrônicos do País, a Zona Franca de Manaus importou o equivalente a US$ 10,2 bilhões, de janeiro a novembro de 2010, um salto de 62,17% (sem contar os efeitos da valorização do real) em relação aos US$ 6,4 bilhões do mesmo período do ano anterior. Em 2008, as importações somaram US$ 9,4 bilhões em onze meses. "A indústria de componentes eletroeletrônicos é a que mais tem sofrido", diz o presidente do Sindicato de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Amazonas, Wilson Perico. O real valorizado encarece as exportações ao mesmo tempo em que torna as importações mais baratas. Com os custos da produção pressionados para cima pela carga tributária, logística, energia e mão de obra, entre outros fatores, as empresas aceleraram a importação de componentes na tentativa de manter a parcela de mercado. "Nos últimos três anos, cerca de dez empresas deixaram o polo, mas continuaram abastecendo o mercado com produtos importados de outras filiais, principalmente da Ásia", conta o presidente do Sinaees. Entre outros, ele cita a fabricante de condutores elétricos Gatesby, a Panasonic Componentes e a Molex. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que apenas dez empresas instaladas em Manaus responderam por 55% das importações, a maioria de eletroeletrônicos. A liderança é da Samsung (US$ 1,357 bilhão), seguida pela LG ( US$ 908,9 milhões). A China continua sendo o principal fornecedor de produtos, seguida de Coreia do Sul e Japão. Os próprios fabricantes de bens de consumo diminuem a produção e passam a importar toda a linha, ou parte dela, para não perder mercado. "Alguns produtos que já foram carro chefe de muitas empresas hoje praticamente desapareceram, como os aparelhos de DVD e de áudio, que passaram a ser importados", cita Perico. "O risco de isso vir a acontecer com outros produtos é grande." |
Agronegócios
Cana e laranja puxam alta de 14% do valor da produção de SP
Autor(es): Fernando Lopes | De São Paulo |
Valor Econômico - 10/01/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/10/cana-e-laranja-puxam-alta-de-14-do-valor-da-producao-de-sp |
Com aumentos de produção e preços, cana-de-açúcar, laranja destinada às indústrias de suco e café beneficiado lideraram o forte incremento do valor bruto da produção agropecuária e florestal (VBP, da "porteira para dentro") de São Paulo no ano passado. Conforme estimativas preliminares do Instituto de Economia Agrícola (IEA), vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado, o VBP paulista, o maior do país, como atestam estatísticas do Ministério da Agricultura, totalizou R$ 49,5 bilhões em 2010, 14,1% mais que em 2009 (R$ 43,4 bilhões). Para a cana, carro-chefe do agronegócio estadual, o valor da produção foi estimado em R$ 20,7 bilhões, 13,6% superior ao do ano anterior. Segundo o IEA, o resultado foi determinado por aumentos tanto do volume produzido quanto do preço médio no mercado - 1,2% e 12,3%, respectivamente. "Apesar da queda dos investimentos em 2009, por causa dos reflexos da crise financeira internacional, em 2010 o mercado doméstico cresceu para açúcar e etanol e colaborou para o desempenho observado. No caso do açúcar, a quebra da oferta internacional também ajudou a elevar a demanda e os preços das exportações", lembra João Sampaio, secretário da Agricultura de São Paulo. No caso da carne bovina, segundo produto agropecuário no ranking do VBP paulista, o valor estimado pelo IEA para 2010 foi de R$ 4,9 bilhões, 4,2% superior ao de 2009. O volume produzido subiu 2,3%, enquanto o preço médio no ano foi 1,5% maior. "É uma cadeia que continuará sendo importante, mas há desafios tributários [ligados à cobrança de ICMS] à vista, já que o Estado perdeu força como criador e ganhou como abatedor", afirma Sampaio. O acelerado avanço da produção de madeira de eucalipto no Estado - em 2010 o salto foi de 19,6% - rendeu a este segmento um incremento de 28,5% do VBP em relação a 2009, para quase R$ 4 bilhões. Trata-se de uma atividade bastante concentrada nas mãos de grandes empresas de papel e celulose, mas ainda assim uma alternativa relevante que ganhou força, inclusive no arrendamento de terras. Mas talvez o maior destaque do levantamento preliminar do IEA tenha sido a laranja. Impulsionados pela valorização do suco no mercado internacional, o preço médio da fruta destinada às indústrias subiu 75,8% no ano passado. A produção aumentou 1,6%, e desta conjunção resultou uma expansão de 78,6% do VBP nesta frente, para R$ 3,4 bilhões. Como os respingos desse cenário ampliou o valor da produção da laranja para mesa em 71,7%, para praticamente R$ 1 bilhão, depreende-se que o VBP total da fruta chegou a R$ 4,4 bilhões, devolvendo à citricultura um status perdido em 2009, por causa dos baixos preços. "Foi um ano de boas notícias para a laranja", afirma Sampaio. O secretário costurou em 2010 a aproximação entre indústrias de suco e citricultores para a criação do Consecitrus, "ambiente" para as partes discutirem os rumos da área. Um protocolo de intenções nesse sentido foi assinado no fim do ano passado. A carne de frango completa a lista dos cinco principais produtos agropecuários paulistas em valor da produção. De acordo com o IEA, foram R$ 2,3 bilhões no ano passado, mas aqui houve queda na comparação com 2009, de 1,5%, por conta de uma retração de 8,5% nos preços. O secretário também realçou a relevância dos segmentos de ovos e café no Estado, ao mesmo tempo em que voltou a destacar o avanço das frutas. Em número de produtos, é possível dizer que o campo de São Paulo continua sendo um dos mais diversificados do país, mas a concentração do VBP ainda preocupa, sobretudo pelos eventuais efeitos em economias regionais de crises em uma das âncoras. Sozinha, a cana representou 41,7% do valor total da produção agropecuária estadual em 2010, ante 41,9% em 2009. A fatia conjunta dos cinco principais produtos engordou de 69,6% para 71,3%. |
Movimentos
População da zona rural diminui
Valor Econômico - 11/01/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/11/populacao-da-zona-rural-diminui | |||
As pequenas cidades seguiram a tendência de urbanização do país, mas isso não se traduziu, necessariamente, em uma economia mais dinâmica para o município. Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE), a taxa de urbanização da população aumentou de 81% para 84% na última década. Em Nova Canaã Paulista, no interior de São Paulo, a população rural ainda é predominante, mas o município segue a tendência de maior urbanização. No ano 2000, os moradores da região urbana representavam 33,1% da população da cidade. Pelo último censo, a população urbana avançou para 41,6%. Tendência semelhante segue a pequena Cássia dos Coqueiros, cuja população urbana cresceu de 58% do total dos moradores da cidade no ano 2000 para 68,1% no ano passado. Em nenhum dos dois municípios, porém, a migração dos habitantes para a zona urbana foi resultado um processo de dinamização da economia na região mais central da cidade. O agricultor Gustavo Paes, de 28 anos, por exemplo, deixou o sítio no qual morava na zona rural de Cássia dos Coqueiros e passou a morar na área urbana há cerca de três anos. Continuou, porém, com a atividade que sempre exerceu desde que começou a trabalhar: o cultivo de braquiária, semente de capim. Paes nasceu em Arthur Nogueira e mora em Cássia dos Coqueiros desde os dez anos de idade, quando chegou à cidade com os pais. Ele conta que se mudou para a parte urbana quando se casou. Atualmente, reside numa casa alugada e diariamente vai ao campo para cuidar das plantações. O agricultor decidiu morar na região central da cidade para facilitar o trabalho de sua mulher, que é professora, embora ela não esteja exercendo a profissão no momento. Tanto em Cássia dos Coqueiros como em Nova Canaã Paulista a taxa de urbanização da população aumentou porque o ritmo de redução dos moradores da zona rural foi maior do que o do crescimento dos habitantes na área urbana. Em Cássia dos Coqueiros o número de habitantes da zona urbana aumentou 7,5% enquanto a população da área rural caiu 30,6%. Em Nova Canaã Paulista a quantidade de moradores da parte urbana teve uma expansão de 7,1% enquanto a do campo apresentou queda de 25,7%. Altamente dependentes das transferências de recursos federais, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), as cidades muito pequenas acabam não registrando nenhum impacto em suas receitas com a queda de população. O FPM é rateado entre os municípios de acordo com o número de habitantes. O coeficiente mínimo, porém, de 0,6% é aplicado a todos os municípios com até 10.188 habitantes. As prefeituras costumam acompanhar a contagem de moradores nos levantamentos do IBGE para não reduzir sua conta de participação no FPM. Cidades que estão bem abaixo do limite mínimo de 10.188 habitantes, porém, acabam não sofrendo impacto com a redução de população. Como sua arrecadação própria é baixa, a máquina administrativa não sente a queda de receitas tributárias com a evasão de moradores. As prefeituras que percebem aumento de população na cidade, porém, passam a ter preocupação maior não só em receber maiores cotas dos repasses federais como também em atrair empreendimentos para elevar a arrecadação própria. Isso porque o aumento de população gera demandas e custos maiores em serviços públicos. Reunião anual da SBPC será sobre o bioma Cerrado
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Finanças
Diminui distância entre salários de SP e outras regiões metropolitanas
Autor(es): Chico Santos | Do Rio | |||||||||||||||||||||||
Valor Econômico - 11/01/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/11/diminui-distancia-entre-salarios-de-sp-e-outras-regioes-metropolitanas | |||||||||||||||||||||||
Uma análise dos números do rendimento do trabalho nos últimos oito anos mostra que diminuiu a diferença entre os salários pagos em São Paulo e nas demais regiões metropolitanas. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) feita pelo IBGE, a região metropolitana de São Paulo foi onde houve a menor elevação dos rendimentos, quando se compara a média dos 11 primeiros meses de 2003 com a dos mesmos meses de 2010 em valores atualizados para novembro do ano passado. O aumento da renda média real das pessoas ocupadas na capital paulista e arredores foi de apenas 12,65%, menos da metade do crescimento no Rio de Janeiro (26,74%) e Belo Horizonte (26,04%) e quase a metade da elevação na região metropolitana de Salvador (24,21%). Com isso, a diferença entre os salários pagos nos diferentes polos diminuiu. Em 2003, na média até novembro, o salário pago aos trabalhadores na região metropolitana do Rio de Janeiro representava 84,6% do pago em São Paulo, uma diferença de 15%. No ano passado, na mesma comparação, a diferença caiu para menos de 5%. Esse movimento aconteceu em todas as regiões - em Recife, a menor queda, a diferença passou de 38% para 35%, enquanto em Porto Alegre ela diminuiu de 18% para 9%, sempre na comparação entre os salários médios de 2003 e 2010. Além disso, o baixo crescimento dos rendimentos do trabalho em São Paulo e região, que foi persistente ao longo dos oito anos analisados, provocou um fenômeno inédito ao longo da pesquisa do IBGE, pelo menos na série atual, iniciada em março de 2002. Em novembro do ano passado, pela primeira vez, o rendimento das pessoas ocupadas na região metropolitana do Rio de Janeiro ( R$ 1.616,60) foi maior do que o da grande São Paulo (R$ 1.611,80). Quando considerada a média de janeiro a novembro de 2010, São Paulo segue na liderança. Para Cimar Azevedo, gerente do IBGE responsável pela PME, o movimento está relacionado com os esforços distributivos da renda no país, como os seguidos aumentos reais do salário mínimo e os programas de distribuição de renda do tipo Bolsa Família. Embora o programa do governo federal não seja computado na renda do trabalho, Azevedo argumenta que ele dá ao trabalhador de baixo rendimento o poder de barganha para reivindicar melhores salários para continuar trabalhando. Os números da pesquisa do IBGE mostram que no período pesquisado foi justamente a renda dos que têm seus ganhos próximos ao limite do salário mínimo ou do direito a receber os benefícios sociais do Estado que mais aumentou em quase todas as seis regiões metropolitanas pesquisadas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), inclusive na capital paulista. A renda dos prestadores de serviços domésticos cresceu 42,35% em Recife, 48,34% em Salvador e 47,69% em Belo Horizonte. Os dados evidenciam também que o segmento que envolve funcionários públicos civis e militares e trabalhadores em saúde e educação, justamente o grupamento de maior renda no conjunto das regiões metropolitanas pesquisadas, teve papel importante na gradativa queda da diferença da renda do trabalho entre São Paulo e as demais regiões do país. Os ganhos reais desse grupo de atividade aumentaram apenas 12,22% em São Paulo, ante 38,69% em Salvador, 27,07% no Rio e 26,66% em Recife. Segundo Azevedo, a aproximação gradativa entre a capital paulista e as demais regiões do país, estimulada pelo crescimento econômico que tem mostrado regiões como a do Rio de Janeiro, vem sendo impulsionada também pelo aumento da formalização do trabalho em regiões menos desenvolvidas do que a capital paulista. Essa formalização, segundo ele, está levando para outras capitais o crescimento de relações de trabalho há muito enraizadas em São Paulo, como a terceirização de serviços, um processo que, segundo ele, contribui para a formalização do trabalho (carteira assinada). Embora os dados mensais isolados da PME não sejam adequados para medir os avanços ou recuos nas várias regiões, quando se comparam os números relativos aos rendimentos das pessoas ocupadas referentes a novembro de 2002 e a novembro de 2010, observa-se que o maior crescimento entre um mês e outro ocorreu justamente nas cidades mais pobres, Salvador (22,89%) e Recife (20,32%). Em São Paulo, o rendimento cresceu apenas 3,35% quando se compara o primeiro com o último novembro da pesquisa. O economista Oswaldo Guerra, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), concorda com Azevedo, do IBGE, ao dizer que a política de reajustes reais do salário mínimo praticada no governo passado, seus reflexos sobre a renda dos aposentados, e os programas sociais de distribuição de renda têm peso decisivo na nova geografia da renda do trabalho. Empresas fazem proteção parcial da dívida externa
Crescimento global
Emergentes dão basta à era das cópias [exagero...]
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