domingo, 9 de janeiro de 2011

Agronegócios

4/1/2011
 
Suzano Papel e Celulose faz frente à concorrência estrangeira
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=39532
 
Suzano Papel e Celulose deu um passo no projeto de se tornar consolidadora do mercado de papel na América Latina, ao assumir a totalidade do Conpacel (Consórcio Paulista de Papel e Celulose), a antiga Ripasa. A companhia, que já detinha metade do consórcio, pagou R$ 1,45 bilhão pelos 50% da Fibria - empresa resultante da fusão entreVotorantim Celulose e Papel e Aracruz  no Conpacel.
A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo, 23-12-2010.
Suzano e a então VCP eram sócias no consórcio desde 2005, quando fizeram uma oferta pela Ripasa para frear o avanço de estrangeiros - a sueco-finlandesa Stora Enso e a norte-americana International Paper também tinham interesse nos ativos.
Agora, a Suzano mais uma vez se posiciona contra a concorrência estrangeira. "O mercado de papel é muito competitivo e esse ganho de escala vai aumentar nossa capacidade de disputá-lo com a IP, que é um player mundial e dá prioridade ao Brasil", diz Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano.
Líder global na produção de papel, a IP planeja expandir sua fábrica em Três Lagoas (MS) e quer entrar no mercado de embalagens no país - mas ainda não definiu um prazo para as ações.
A fábrica do Conpacel, localizada em Limeira (interior de São Paulo), tem capacidade para produzir 390 mil toneladas de papel e 650 mil toneladas de celulose por ano. A aquisição também abrange ativos florestais, cada vez mais valorizados no mercado. No total, o Conpacel tem 71 mil hectares de plantio, sendo 53 mil hectares em oito áreas próprias e 18 mil hectares arrendados.
Por mais R$ 50 milhões, a Suzano levou ainda a distribuidora de papel KSR. A empresa usará recursos em caixa para pagar R$ 1,5 bilhão à Fibria, que deve usá-lo para reduzir sua dívida. A Fibria informou que pretende concentrar esforços no negócio de celulose. Pelo desinteresse da empresa em papel, a venda do Conpacel para a Suzano já era esperada.
Na segunda-feira, o BNDES liberou um financiamento de R$ 2,7 bilhões para a Suzano, para a construção de uma fábrica no Maranhão. Segundo Maciel, no entanto, a aquisição do Conpacel não tem relação com esse crédito. "Se não tivéssemos estruturado financeiramente a operação no Maranhão, teríamos de esperar para comprar oConpacel", disse.
BNDES detém cerca de 4% do capital total da Suzano, mas pode aumentar a fatia para 10% caso opte por converter em ações debêntures que serão emitidas pela empresa, no valor de R$ 1,2 bilhão, previstas na transação com o banco.



Em decorrência da menor disponibilidade de matéria-prima em 2010, os preços da mandioca seguiram com altas significativas para a indústria de fécula. A média acumulada de 2010 foi de R$ 251,01/t, 50% maior que a de 2009 (R$ 167,27/t), e a mais alta desde 2004, período em que a produção de mandioca teve forte queda. Vale ressaltar ainda que problemas climáticos limitaram a entrega do produto para a indústria, principalmente em parte do segundo semestre.
Somente em janeiro, com poucas fecularias ativas, houve algum excedente para aquelas que operavam normalmente no mercado. A partir de então, as cotações seguiram em alta e atingiram a maior média mensal do ano (R$ 269,05/t) em março, início da temporada. Em períodos de pico de safra, houve maior pressão sobre as cotações do produto, movimento que seguiu também em abril e maio.
Passado o período próspero, a oferta voltou a ser menor, levando à recuperação de preços. Em junho, o valor médio chegou a R$ 258,90 por tonelada. Vale destacar que, em termos reais, este foi o maior valor para o mês de junho desde o início da série do Cepea, em 2002. Diante da oferta restrita, a média do primeiro semestre, em termos reais (deflacionada pelo IGP-DI de novembro), foi de R$ 246,24/t.
Além da indisponibilidade de raízes de segundo ciclo, visto que houve pouco avanço na área cultivada entre 2008 e 2009, e da produtividade foi aquém da esperada, problemas climáticos prejudicaram o avanço da colheita na segunda metade de 2010. Vale ressaltar ainda que a demanda por amidos esteve melhor, o que intensificou a disputa por matéria-prima entre as empresas. Deste modo, no segundo semestre, o preço médio da raiz foi de R$ 255,43/t, aumento de 3,7% em relação ao verificado na primeira metade do ano.
Entre a última semana de 2009 e igual período de 2010, a tonelada de mandioca para fecularias teve aumento de 22,5%. O acréscimo mais expressivo ocorreu no estado de São Paulo, de 63,7%. Paraná e Mato Grosso do Sul tiveram respectivos acréscimos de 34,3% e 24,8% em igual período.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção brasileira de mandioca em 2010 deve ser de 25,7 milhões de toneladas, quantidade 0,9% menor que a obtida no ano anterior (26,0 milhões). Quanto à área cultivada, deve passar de 1,87 milhão de hectares em 2009 para 1,83 milhão em 2010, baixa de 2%. Em relação à produtividade, para o mesmo período de comparação, o crescimento deve ser de apenas 1,1%, podendo atingir 14 t/ha em 2010.

País | 08/01/2011 | 10h17min

Hipermercados fazem guerra de preço de comida

Disparada dos preços dos alimentos virou mote de vendas para as grandes redes de supermercados


A disparada dos preços dos alimentos virou mote de vendas para as grandes redes de supermercados neste início de ano. O estopim ocorreu na última quarta, dia 5, quando o Walmart, terceira maior rede varejista do país do setor de supermercados, anunciou uma nova política comercial, com a redução de até 20% nas cotações de dois mil itens, a maioria alimentos, por período indeterminado. No dia seguinte, a rede Extra, do Grupo Pão de Açúcar, líder do setor, anunciou num encarte de jornal cerca de 20 produtos, entre alimentos e itens de limpeza, com preços em promoção. Já a reação do Carrefour foi mais discreta. A rede se limitou a espalhar cartazes pelas lojas, reforçando que a empresa cobre qualquer oferta anunciada por concorrente.
– A inflação dos alimentos virou hoje uma oportunidade de venda para as grandes redes – afirmou o presidente do conselho do Programa de Administração de Varejo (Provar), Claudio Felisoni de Angelo.
Ele compara a estratégia das empresas varejistas de reduzir preços promocionalmente à tática do "leve três e pague dois" ou de fixar preços terminados em 99 centavos para que o consumidor tenha a impressão de que está gastando menos.
A alta dos alimentos foi o grande fator de pressão da inflação no ano passado e fez com que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechasse 2010 em quase 6%, 1 ponto e meio acima do centro da meta (4,5%).
Martinho Paiva Moreira, diretor de Economia da Associação Paulista de Supermercados (Apas), explicou que os supermercados estão repassando para o consumidor neste início de ano a desaceleração nos preços de várias commodities no mercado internacional.
Já para o sócio da RC Consultores, Fabio Silveira, "trata-se de um ajuste sazonal e transitório nos preços dos alimentos". Na opinião do economista, a comida deve continuar pressionando o custo de vida do brasileiro nos próximos três meses. Ele fez esse prognóstico levando em conta que as cotações de commodities agrícolas importantes, como açúcar, soja, café, milho e trigo, estão subindo no mercado internacional e devem ter impactos nos preços domésticos em breve. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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