domingo, 27 de maio de 2012

Maior lobby no Congresso, ruralistas controlam 1/4 da Câmara dos Deputados



Responsáveis pelas maiores derrotas do governo no Congresso em 2012, os ruralistas cresceram desde a última legislatura, passando a controlar um quarto da Câmara dos Deputados. A bancada, considerada por analistas o mais poderoso grupo de interesse no Parlamento brasileiro, vale-se de alianças com outras agremiações no Congresso para promover uma agenda que inclui, entre suas principais principais bandeiras, o perdão às dívidas de agricultores, a expansão de terras cultiváveis no país e a oposição à ampliação de Terras Indígenas.

O último grande embate do grupo com o governo ocorreu em abril, com a aprovação pela Câmara dos Deputados de uma versão do Código Florestal tida como favorável aos agricultores. Espera-se que a presidente Dilma Rousseff vete hoje (25/05/12) partes da legislação.

Segundo a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), 120 deputados federais e 13 senadores integram a bancada ruralista, perfazendo 23,4% da Câmara dos Deputados e 16% do Senado Federal. Os dados são próximos dos de levantamento feito em 2011 peloDepartamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), que apontou a existência de 120 deputados e 18 senadores ruralistas.

Na última legislatura (2007-2010), de acordo com o DIAP, 117 deputados federais pertenciam ao grupo (não há dados sobre senadores).

Embora não exista formalmente, a bancada ruralista agrega os parlamentares que, articulados, defendem no Congresso os pleitos do agronegócio. Grande parte de seus integrantes são donos de terra ou empresários dos setores alimentar e agroquímico.

Conquistas

A FPA afirma, porém, que a causa agrária conta com a simpatia de outros 77 deputados, que pertencem à frente mas não endossam todas as suas posições. Somando esses congressistas, a bancada diz influenciar ao menos 41% dos votos na Câmara dos Deputados.

O peso do grupo explica algumas de suas conquistas recentes: além de impor sua versão do Código Florestal, aprovou em comissão da Câmara, em março, uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que transfere do Executivo ao Legislativo a prerrogativa de demarcar Terras Indígenas. No dia 22 de maio, a bancada aprovou ainda em subcomissão da Câmara a compra de terras por estrangeiros.

Nas três votações acima, o grupo se contrapôs a parlamentares ambientalistas, que integram a Frente Parlamentar Ambientalista. Ainda que seja mais numeroso que a frente agropecuária (com 247 deputados e 21 senadores) o grupo não tem conseguido fazer frente ao agrário.

Segundo especialistas, isso ocorre porque a maior parte dos congressitas que aderiu à frente o fez somente para simular interesse pelas causas ambientais, sem endossá-las na prática.

Derrota

A bancada ruralista, no entanto, foi derrotada em votação também no dia 22 sobre a PEC do Trabalho Escravo. Aprovada por 360 votos a 29, a medida prevê a expropriação de terras onde houver flagrante de exploração laboral. Os ruralistas tentaram esvaziar a votação, questionando a atual definição de trabalho escravo.

Segundo o historiador e assessor do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) Edélcio Vigna, que estuda a bancada ruralista desde 2001, o resultado da votação mostra os limites da articulação do grupo.

Ele afirma que há na bancada "meia dúzia" de líderes, que definem as posições da agremiação e orientam as votações. "O êxito depende de essa meia dúzia chegar a um consenso, difundi-lo em nome da bancada e se articular com outros setores conservadores", diz à BBC Brasil.

Na votação do Código Florestal, por exemplo, o grupo foi endossado por grande parte do PMDB, o partido mais representado na bancada ruralista e principal membro da base do governo no Congresso.

Influência e interesses

A agremiação tem ainda representantes em todas as bancadas estaduais do Congresso e em quase todos os partidos. E a influência do grupo, diz Vigna, vai além: controla a Comissão de Agricultura daCâmara dos Deputados e define o alto escalão do Ministério da Agricultura, hoje chefiado por Mendes Ribeiro (PMDB-RS).

"O ministro serve aos interesses da bancada dentro do Estado", afirma.

O historiador afirma ainda que a influência do agronegócio no Congresso também se apoia no financiamento de campanhas eleitorais.

"Sabemos que há bancos, grandes empresas agroalimentares e agroquímicas financiando as campanhas de ruralistas. Queremos descobrir o que há por trás desse biombo". Segundo Vigna, esses grupos exercem na bancada um poderoso lobby, atividade não regulamentada no país.

Já os ruralistas dizem representar interesses legítimos de um dos setores mais prósperos da economia brasileira. Eleito o próximo presidente da FPA, o deputado Homero Pereira (PR-MT) diz que o grupo busca garantir o direito de propriedade no campo, evitar a criação de parques sem indenização a donos de terra e combater a "tentativa de qualificar empregadores rurais como pessoas que exploram trabalho análogo à escravidão".

Além disso, diz Pereira, a bancada está empenhada em garantir o uso integral das propriedades rurais. Hoje, a legislação define percentuais obrigatórios de preservação em terras privadas, que chegam a 80% para fazendas na Amazônia. "O proprietário paga impostos sobre 100% da terra e não pode mexer em 80% dela. É uma agressão", afirma à BBC Brasil.

O deputado enaltece o desempenho do agronegócio brasileiro -- "um dos poucos setores em que o Brasil consegue se inserir no mercado internacional" -- e diz que o país tem "vocação e um potencial enorme para a produção de alimentos".

Apesar do papel econômico que desempenham, afirma Pereira, os produtores rurais brasileiros não recebem o reconhecimento devido. "Como a sociedade brasileira se urbanizou rapidamente, as novas gerações perderam o link com o meio rural. Mas o abastecimento da cidade se dá pelo campo e, diferentemente de outros países que concedem subsídios para o homem rural, aqui há um preconceito contra a atividade".

FONTE

BBC Brasil
João Fellet

domingo, 13 de maio de 2012

ÍNDICE GERAL DE PREÇOS - IGP-DI




ÍNDICE GERAL DE PREÇOS - IGP-DI "DISPONIBILIDADE INTERNA"(Fundação Getúlio Vargas - FGV)

O que compõe o IGP-DI/FGV:
            O IGP-DI/FGV é calculado mensalmente pela FGV.
            O IGP-DI/FGV foi instituído em 1.944 com a finalidade de medir o comportamento de preços em geral da economia brasileira. É uma média aritmética, ponderada dos seguintes índices:
            IPA que é o Índice de Preços no Atacado e mede a variação de preços no mercado atacadista. O IPA ponderada em 60% o IGP-DI/FGV.
            IPC que é o Índice de Preços ao Consumidor e mede a variação de preços entre as famílias que percebem renda de 1 a 33 salários mínimos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O IPC pondera em 30% o IGP-DI/FGV.
            INCC que é o Índice Nacional da Construção Civil e mede a variação de preços no setor da construção civil, considerando no caso tanto materiais como também a mão de obra empregada no setor. O INCC pondera em 10% o IGP-DI/FGV.
            DI ou Disponibilidade Interna é a consideração das variações de preços que afetam diretamente as atividades econômicas localizadas no território brasileiro. Não se considera as variações de preços dos produtos exportados que é considerado somente no caso da variação no aspecto de Oferta Global.
            O chamado IGP-10, mede a variação entre os dias 11 de um mês ao dia 10 (inclusive) do mês subseqüente. Mas não é válido como índice mensal por englobar cálculos de dois meses. É mais utilizado para estudos econômicos e outras atividades correlatas.
            O que difere o IGP-M/FGV e o IGP-DI/FGV é que as variações de preços consideradas pelo IGP-M/FGV referem ao período do dia vinte e um do mês anterior ao dia vinte do mês de referência e o IGP-DI/FGV refere-se a período do dia um ao dia trinta do mês em referência.
            A divulgação ocorre sempre na segunda quinzena do mês seguinte. Portanto este índice mede a variação de preços de um determinado mês por completo.
Para você verificar o IGP-DI de 1944 à 1979 ==> CLIQUE AQUI
Mês / Ano
Índice do mês
(em %)
Índice acumulado
no ano (em %)
Índice acumulado nos últimos 12 meses
(em %)
Número índice
acumulado a partir
de Jan/93
Abr/2012
1,02
1,9618
3,8692
1.254,5263
Mar/2012
0,56
0,9323
3,3345
1.241,8594
Fev/2012
0,07
0,3702
3,3859
1.234,9437
Jan/2012
0,30
0,3000
4,3054
1.234,0798
Dez/2011
-0,16
5,0125
5,0125
1.230,3887
Nov/2011
0,43
5,1808
5,5805
1.232,3604
Out/2011
0,40
4,7305
6,7895
1.227,0840
Set/2011
0,75
4,3132
7,4596
1.222,1952
Ago/2011
0,61
3,5367
7,8329
1.213,0970
Jul/2011
-0,05
2,9090
8,3581
1.205,7419
Jun/2011
-0,13
2,9604
8,6508
1.206,3451
Mai/2011
0,01
3,0945
9,1621
1.207,9154
Abr/2011
0,50
3,0842
10,8649
1.207,7946
Mar/2011
0,61
2,5713
11,1076
1.201,7857
Fev/2011
0,96
1,9494
11,1296
1.194,4993
Jan/2011
0,98
0,9800
11,2727
1.183,1411
Dez/2010
0,38
11,3058
11,3058
1.171,6588
Nov/2010
1,58
10,8844
10,7625
1.167,2234
Out/2010
1,03
9,1597
9,1160
1.149,0681
Set/2010
1,10
8,0468
7,9603
1.137,3533
Ago/2010
1,10
6,8712
7,0526
1.124,9786
Jul/2010
0,22
5,7085
5,9832
1.112,7385
Jun/2010
0,34
5,4764
5,0737
1.110,2958
Mai/2010
1,57
5,1190
4,3826
1.106,5336
Abr/2010
0,72
3,4941
2,9540
1.089,4296
Mar/2010
0,63
2,7543
2,2590
1.081,6418
Fev/2010
1,09
2,1110
0,7652
1.074,8701
Jan/2010
1,01
1,0100
-0,4509
1.063,2803
Dez/2009
-0,11
-1,4364
-1,4364
1.052,6486
Nov/2009
0,07
-1,3279
-1,7620
1.053,8078
Out/2009
-0,04
-1,3969
-1,7620
1.053,0706
Set/2009
0,25
-1,3574
-0,6515
1.053,4920
Ago/2009
0,09
-1,6034
-0,5425
1.050,8648
Jul/2009
-0,64
-1,6919
-1,0095
1.049,9199
Jun/2009
-0,32
-1,0587
0,7439
1.056,6827
Mai/2009
0,18
-0,7410
2,9775
1.060,0749
Abr/2009
0,04
-0,9194
4,7250
1.058,1702
Mar/2009
-0,84
-0,9590
5,8556
1.057,7471
Fev/2009
-0,13
-0,1200
7,4996
1.066,7075
Jan/2009
0,01
0,0100
8,0485
1.068,0960
Dez/2008
-0,44
9,1073
9,1073
1.067,9892
Nov/2008
0,07
9,5895
11,2005
1.072,7091
Out/2008
1,09
9,5128
12,2895
1.071,9587
Set/2008
0,36
8,3320
11,9118
1.060,4004
Ago/2008
-0,38
7,9434
12,8150
1.056,5966
Jul/2008
1,12
8,3552
14,8195
1.060,6270
Jun/2008
1,89
7,1550
13,9679
1.048,8796
Mai/2008
1,88
5,1674
12,1447
1.029,4235
Abr/2008
1,12
3,2267
10,2514
1.010,4274
Mar/2008
0,70
2,0834
9,1829
999,2360
Fev/2008
0,38
1,3738
8,6624
992,2899
Jan/2008
0,99
0,9900
8,5000
988,5335
Dez/2007
1,47
7,8984
7,8984
978,8430
Nov/2007
1,05
6,3352
6,6116
964,6624
Out/2007
0,75
5,2304
6,1053
954,6387
Set/2007
1,17
4,4470
6,1685
947,5322
Ago/2007
1,39
3,2391
5,1926
936,5743
Jul/2007
0,37
1,8238
4,1758
923,7344
Jun/2007
0,26
1,4484
3,9682
920,3292
Mai/2007
0,16
1,1853
4,3934
917,9425
Abr/2007
0,14
1,0237
4,6227
916,4762
Mar/2007
0,22
0,8824
4,4973
915,1949
Fev/2007
0,23
0,6610
3,7987
913,1859
Jan/2007
0,43
0,4300
3,4984
911,0904
Dez/2006
0,26
3,7973
3,7973
907,1895
Nov/2006
0,57
3,5281
3,6006
904,8369
Out/2006
0,81
2,9413
3,3533
899,7086
Set/2006
0,24
2,1142
3,1688
892,4795
Ago/2006
0,41
1,8697
2,7880
890,3427
Jul/2006
0,17
1,4538
1,5596
886,7072
Jun/2006
0,67
1,2816
0,9816
885,2023
Mai/2006
0,38
0,6075
- 0,1418
879,3109
Abri/2006
0,02
0,2266
- 0,7685
875,9822
Mar/2006
-0,45
0,2066
- 0,2824
875,8070
Fev/2006
-0,06
0,6596
1,1600
879,7660
Jan/2006
0,72
0,7200
1,6256
880,2942
Dez/2005
0,07
1,2321
1,2321
874,0013
Nov/2005
0,33
1,1613
1,6874
873,3900
Out/2005
0,63
0,8286
2,1840
870,5173
Set/2005
-0,13
0,1973
2,0824
865,0673
Ago/2005
-0,79
0,3278
2,7060
866,1934
Jul/2005
-0,40
1,1267
4,8800
873,0908
Jun/2005
-0,45
1,5328
6,5016
876,5972
Mai/2005
-0,25
1,9918
8,3631
880,5597
Abri/2005
0,51
2,2474
10,2207
882,7666
Mar/2005
0,99
1,7286
10,9226
878,2874
Fev/2005
0,40
0,7313
10,8567
869,6776
Jan/2005
0,33
0,3300
11,6075
866,2127
Dez/2004
0,52
12,1303
12,1303
863,3636
Nov/2004
0,82
11,5503
12,2196
858,8973
Out/2004
0,53
10,6430
11,8411
851,9117
Set/2004
0,48
10,0597
11,7410
847,4203
Ago/2004
1,31
9,5339
12,3749
843,3722
Jul/2004
1,14
8,1176
11,6095
832,4668
Jun/2004
1,29
6,8989
10,1308
823,0837
Mai/2004
1,46
5,5375
7,9671
812,6011
Abri/2004
1,15
4,0188
5,7005
800,9079
Mar/2004
0,93
2,8362
4,9272
791,8022
Fev/2004
1,08
1,8886
5,6861
784,5062
Jan/2004
0,80
0,8000
6,2194
776,1241
Continuação abaixo (tabela simplificada...)

(índices percentuais)
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
ACUMULADO
1980
6,25
4,20
6,57
5,70
6,40
5,87
8,44
6,93
5,27
7,65
7,56
5,89
110,25%
1981
6,56
8,49
7,35
5,48
6,19
4,46
5,08
6,73
5,08
4,35
5,31
3,80
95,20%
1982
6,29
6,85
7,23
5,35
6,12
7,99
6,06
5,80
3,66
4,78
5,00
6,14
99,71%
1983
9,05
6,52
10,09
9,20
6,70
12,28
13,31
10,11
12,79
13,26
8,43
7,56
210,98%
1984
9,81
12,26
9,95
8,94
8,86
9,25
10,32
10,62
10,51
12,58
9,88
10,53
223,81%
1985
12,64
10,16
12,71
7,22
7,78
7,84
8,92
14,00
9,13
9,05
14,95
13,20
235,13%
1986
17,79
14,98
5,52
-0,58
0,32
0,53
0,63
1,33
1,09
1,39
2,46
7,56
65,04%
1987
12,04
14,11
15,00
20,08
27,58
25,87
9,33
4,50
8,02
11,15
14,46
15,89
415,87%
1988
19,14
17,65
18,16
20,33
19,51
20,83
21,54
22,89
25,76
27,58
27,97
28,89
1.037,53%
1989
36,56
11,80
4,23
5,17
12,76
26,76
37,88
36,48
38,92
39,70
44,27
49,39
1.782,85%
1990
71,90
71,68
81,32
11,33
9,07
9,02
12,98
12,93
11,72
14,16
17,45
16,46
1.476,71%
1991
19,93
21,11
7,25
8,74
6,52
9,86
12,83
15,49
16,19
25,85
25,76
22,14
480,17%
1992
26,84
24,79
20,70
18,54
22,45
21,42
21,69
25,54
27,37
24,94
24,22
23,70
1.157,84%
1993
28,73
26,51
27,81
28,22
32,27
30,72
31,96
33,53
36,99
35,14
36,96
36,22
2.708,39%
1994
42,19
42,41
44,83
42,46
40,95
46,58
5,47
3,34
 1,55
2,55
2,47
0,57
909,67%
1995
1,36
1,15
1,81
2,30
0,40
2,62
2,24
1,29
 -1,08
0,23
1,33
0,27
14,77%
1996
1,79
0,76
0,22
0,70
1,68
1,22
1,09
0,00
0,13 
0,22
0,28
0,88
9,33%
1997
1,58
0,42
1,16
0,59
0,30
0,70
0,09
-0,04
 0,59 
0,34
0,83
0,69
7,48%
1998
0,88
0,02
0,23
-0,13
0,23
0,28
-0,38
-0,17
-0,02 
-0,03
-0,18
0,98
1,71%
1999
1,15
4,44
1,98
0,03
-0,34
1,02
1,59
1,45
1,47 
1,89
2,53
1,23
19,99%
2000
1,02
0,19
0,18
0,13
0,67
0,93
2,26
1,82
0,69 
0,37
0,39
0,76
9,80%
2001
0,49
0,34
0,80
1,13
0,44
1,46
1,62
0,90
0,38 
1,45
0,76
0,18
10,40%
2002
0,19
0,18
0,11
0,70
1,11
1,74
2,05
2,36
2,64
4,21
5,84
2,70
26,41%
2003
2,17
1,59
1,66
0,41
-0,67
-0,70
-0,20
0,62
1,05
0,44
0,48
0,60
7,67%
2004
0,80
1,08
0,93
1,15
1,46
1,29
1,14
1,31
0,48
0,53
0,82
0,52
12,13%
2005
0,33
0,40
0,99
0,51
- 0,25
- 0,45
- 0,40
- 0,79
- 0,13
0,63
0,33
0,07
1,22%
2006
0,72
- 0,06
- 0,45
0,02
0,38
0,67
0,17
0,41
0,24
0,81
0,57
0,26
3,79%
2007
0,43
0,23
0,22
0,14
0,16
0,26
0,37
1,39
1,17
0,75
1,05
1,47
7,89%
2008
0,99
0,38
0,70
1,12
1,88
1,89
1,12
- 0,38
0,36
1,09
0,07
-0,44
9,10%
2009
0,01
- 0,13
-0,84
0,04
0,18
-0,32
-0,64
0,09
0,25
-0,04
0,07
-0,11
-1,43%
2010
1,01
1,09
0,63
0,72
1,57
0,34
0,22
1,10
1,10
1,03
1,58
0,38
11,30%
2011
0,98
0,96
0,61
0,50
0,01
-0,13
-0,05
0,61
0,75
0,40
0,43
-0,16
5,01%
2012
0,30
0,07
0,56
1,02
-
-
-
-
-
-
-
-
1,96%
FONTE: Base de dados do Portal Brasil®.

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ÍNDICE GERAL DE PREÇOS - IGP-DI DISPONIBILIDADE INTERNA(Fundação Getúlio Vargas - FGV)
Série histórica:
  
                                                                                                                                                                                  (índices percentuais)
 
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
1944
-
1,46
1,44
1,39
1,40
1,38
1,34
1,34
1,32
2,59
2,53
-
1945
1,24
2,43
-1,20
-
1,21
1,20
1,16
1,17
-
1,16
1,20
1,13
1946
1,12
1,09
1,08
1,08
1,05
3,16
2,04
4,01
2,89
0,94
0,92
0,93
1947
3,62
0,88
0,88
-2,59
-0,89
-0,88
-1,81
-
0,92
-
0,91
0,83
1948
3,64
2,59
1,68
-0,83
-0,82
0,83
-0,82
0,83
-
-
0,84
0,83
1949
1,63
0,81
-
-
-
-
0,79
0,80
0,78
2,34
4,58
-
1950
1,47
-
-2,16
-0,74
0,75
0,73
2,19
2,86
2,77
2,71
-
1,31
1951
3,24
1,27
2,48
1,22
1,19
-1,18
-2,40
1,22
0,61
1,81
0,60
1,77
1952
3,46
1,71
-
-
0,49
0,59
1,66
0,48
-0,48
0,48
2,68
1,03
1953
1,01
1,00
2,53
-
-0,44
1,42
2,01
3,76
1,40
2,68
1,35
2,19
1954
2,90
2,45
1,96
3,77
1,85
1,35
1,33
0,85
2,60
0,44
2,08
1,67
1955
1,64
-
0,78
1,96
-
-
1,16
1,90
2,26
1,10
0,38
0,38
1956
1,79
2,82
1,40
0,36
3,05
2,96
1,58
1,89
3,38
1,52
1,15
0,31
1957
4,35
-
-0,29
-0,25
-0,29
-
0,29
0,54
-0,29
0,29
1,08
1,40
1958
1,34
0,52
1,36
1,30
1,83
0,23
0,79
1,98
2,94
3,57
4,13
1,12
1959
4,12
7,13
1,55
2,11
1,13
1,12
2,21
4,68
2,58
2,37
3,59
1,28
1960
1,55
2,47
1,49
1,64
0,13
0,59
2,02
2,98
4,00
5,02
3,02
2,07
1961
1,92
0,35
2,11
4,92
1,43
1,50
1,48
5,23
4,18
8,31
4,84
3,71
1962
5,27
1,69
1,67
0,82
3,99
3,12
4,60
2,77
2,12
2,73
7,52
6,31
1963
8,74
5,90
5,57
1,58
4,03
5,06
3,74
3,67
5,52
6,13
4,44
5,95
1964
11,28
6,73
7,43
4,40
2,68
4,34
6,47
2,90
3,76
4,45
6,97
5,98
1965
4,87
3,12
6,01
2,35
1,72
1,15
2,73
1,20
1,98
2,01
0,91
1,94
1966
7,66
2,89
2,62
4,70
2,32
1,86
3,32
2,20
2,38
2,05
0,97
0,69
1967
4,45
2,43
2,30
2,52
1,33
0,80
2,82
0,83
1,52
1,50
1,59
0,50
1968
3,28
2,31
2,16
2,21
1,44
2,75
1,38
1,19
1,85
2,23
1,46
0,64
1969
1,74
1,40
0,54
1,22
1,21
2,16
2,26
1,71
2,18
1,65
1,49
0,27
1970
1,26
1,44
1,87
0,32
1,64
2,18
1,71
2,34
1,99
1,49
0,79
0,73
1971
1,61
1,59
1,94
1,75
1,82
2,30
1,50
0,93
1,41
1,25
1,00
0,85
1972
1,68
1,97
1,62
1,06
0,88
1,04
1,37
1,44
1,13
0,95
0,86
0,69
1973
1,69
1,15
1,45
1,43
1,07
0,94
1,04
1,00
1,02
1,48
1,21
1,09
1974
2,93
2,64
4,52
5,14
3,51
1,97
1,20
1,29
1,64
1,53
1,56
2,20
1975
2,23
2,28
1,56
1,80
2,13
2,21
2,11
2,79
2,32
2,24
2,15
2,19
1976
3,10
4,14
3,69
3,76
3,40
2,68
3,80
4,09
3,43
2,37
1,90
2,30
1977
3,74
3,17
4,16
4,08
3,58
1,96
2,07
1,30
1,77
2,74
2,60
2,15
1978
2,66
3,36
3,25
3,42
3,22
3,63
2,77
2,69
2,54
2,86
2,78
1,49
1979
3,71
3,72
5,80
3,76
2,37
3,42
4,37
5,80
7,72
5,23
5,60
7,29
  

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Economia & EnergiaNo 41: Novembro-Dezembro2003 
ISSN 1518-2932
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Alguns Índices da Inflação Brasileira
Responsáveis:           
Marcos Souza
masouza@ecen.com
Frida Eidelman
frida@ecen.com


1. Introdução
O objetivo desta nota é apresentar os principais índices de preços do país, descrevendo suas principais características como, por exemplo, metodologia, cálculo, abrangência geográfica e valores. No Brasil, historicamente, as principais instituições que calculam índices de preços para economia brasileira são Fundação Getúlio Vargas (FGV), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE), respectivamente. Sendo assim, a organização desta nota será baseada nos índices de preços dessas quatro instituições.
2. Índices de Preços da FGV
A FGV iniciou o cálculo de índices de preços em 1947, com a criação da metodologia do Índice Geral de Preços (IGP) que, salvo pequenas correções e atualizações, permanece inalterada. Inicialmente, as estimativas referiam-se a índices de preços de títulos públicos e ações, preços no atacado, preços de gêneros alimentícios e custo de vida. Estas séries foram calculadas retroativamente até 1944, ano de criação da FGV, e tinham a finalidade de deflacionar o índice mensal da evolução dos negócios. Com a introdução da correção monetária no país, em 1964, este índice passou a ser bastante usado na correção de contratos, especialmente obras públicas.
Para chegar-se ao IGP ponderam-se as parcelas Índice de Preços por Atacado (IPA); Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com pesos iguais a 6,3 e 1 respectivamente.
Três derivações do IGP aconteceram ao longo da história. A primeira, em 1969, foi a separação do IGP em duas versões: Disponibilidade Interna (DI) e Oferta Global (OG). O principal objetivo era isolar os efeitos das oscilações dos preços do café. A versão DI se encarregava disto atribuindo um peso menor aos produtos de exportação. Hoje, com a diversificação das exportações, a dispersão entre as duas versões é irrelevante.
A segunda modificação foi a introdução, em 1989, do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), uma versão do IGP para o mercado financeiro. A diferença entre os índices é apenas o período de coleta. Enquanto o IGP-DI coleta os preços entre 1 e 30 do mês referência, no IGP-M a coleta é entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. Desta forma, o IGP-M pode ser divulgado antes do final do mês calendário, o que é essencial para sua utilização como referência financeira. Antes do resultado final, duas prévias são divulgadas: o primeiro e o segundo decêndios.
Em 1993, começou a ser divulgado o IGP-10, versão do IGP cuja coleta é realizada entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
O Índice de Preço por Atacado (IPA) é calculado, pela FGV, desde 1944. Mede a evolução dos preços nas transações interempresariais e abrange várias etapas do processo produtivo, anteriores às vendas no varejo.
São pesquisados preços de matérias-primas agrícolas e industriais, produtos intermediários e de uso final. No cálculo do Índice Geral de Preços (IGP-DI), o IPA representa a maior parcela, com peso de 60%.
As séries mais longas do IPA são apresentadas em duas versões: Disponibilidade Interna (IPA-DI) e Oferta Global (IPA-OG). As séries que compõem o IPA-DI são as categorias de uso, tais como bens de consumo ou bens de produção. No IPA-OG, as séries são os setores produtivos.
Além disso, a FGV também calcula o IPA-Mercado (IPA-M) que entra na composição do Índice Geral de Preços para o Mercado (IGP-M).
Os índices de custos da construção estão subdivididos em residenciais e obras públicas de engenharia civil ou infra-estrutura. Os principais índices, específicos para construções residenciais, são: Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), Índice de Custo da Construção do Rio de Janeiro (ICC-RJ) e Índice de Edificações.
• Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
É um dos três itens que compõem o Índice Geral de Preços (IGP), representando 10% do índice. Sua divulgação teve início em fevereiro de 1985, como resultado do encadeamento da série do Índice de Custo da Construção - Rio de Janeiro (ICC-RJ), mais antiga, com a série do Índice de Edificações, mais abrangente geograficamente. Como nos demais componentes do IGP, também é apresentada a versão do INCC para o mercado (INCC-M).
• Índice de Custo da Construção - Rio de Janeiro (ICC-RJ)
É o mais antigo índice, referente à construção residencial, calculado pela FGV. Divulgado desde 1950, com estimativas retroativas a 1944, foi uma das três parcelas do IGP até janeiro de 1985. Continua a ser divulgado separadamente, mas é também uma das parcelas do INCC.
• Índice de Edificações
Teve início em 1974, com 8 capitais, dando maior abrangência territorial à evolução dos custos da construção. O Índice de Edificações, embora coincida com o INCC, continua a ser divulgado para atender aos usuários que, por razões contratuais, utilizam este índice. Também é conhecido como índice da coluna 35 da Revista Conjuntura Econômica.
Os custos da construção abrangem também as obras públicas de engenharia ou infra-estrutura. Os principais índices, calculados pela FGV, são: Obras Rodoviárias e Obras Hidrelétricas. Estes índices, são calculados pela FGV mediante convênios com órgãos públicos.
Os Índices de Preços ao Consumidor, calculados pela FGV, detectam a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda mensal até 33 salários mínimos.
Esses itens são classificados em grupos: Alimentação, Habitação, Vestuário, Transportes, Saúde, Educação e Despesas Diversas. Cada grupo admite subdivisões, até se chegar ao nível do item individual. O peso atribuído a cada grupo ou subdivisão depende do gasto dessas famílias com cada bem ou serviço. Estas informações são obtidas através de Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF), elaboradas periodicamente pela FGV.
O Índice de Preços ao Consumidor do Rio de Janeiro (IPC-RJ) é o mais antigo índice de preços ao consumidor calculado pela FGV, com estimativas a partir de 1944. Até 1990, era um dos componentes do Índice Geral de Preços (IGP-DI), quando foi substituído pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR).
O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR ) foi criado em 1990, com a extensão para a cidade de São Paulo da coleta de preços, até então restrita ao Rio de Janeiro. Atualmente este índice é denominado Índice de Preços ao Consumidor - Brasil, Disponibilidade Interna (IPC-BR-DI).
São divulgados também, separadamente, o Índice de Preços ao Consumidor - Rio de Janeiro, Disponibilidade Interna (IPC-RJ-DI) e o Índice de Preços ao Consumidor - São Paulo, Disponibilidade Interna (IPC-SP-DI), componentes do IPC-BR-DI. Conforme descrito na seção do catálogo referente ao IGP, a FGV também calcula uma versão dos IPCs para o mercado financeiro (IPC-M).
A partir dos itens coletados para o IPC-BR, são elaborados outros índices, utilizando novas agregações. O índice de bens comercializáveis e não-comercializáveis agrupa os itens coletados pelo IPC-BR transacionados com o exterior e os transacionados exclusivamente no mercado interno, basicamente serviços.
O núcleo da inflação ou "core inflation" é outra maneira de agregar os itens do IPC-BR, procurando neutralizar, através de métodos estatísticos, fatores transitórios que levaram a altas expressivas ou quedas exageradas de determinados produtos ou serviços.
A FGV calcula índices de taxas de câmbio efetivas, que refletem o poder de compra da moeda nacional em relação a diferentes cestas de moedas estrangeiras.
No cálculo da taxa efetiva real é utilizada a metodologia de agregação pela média geométrica das taxas de câmbio bilaterais do país e seus principais parceiros comerciais, corrigidas pelo diferencial entre a inflação interna e externa.
Para o Brasil é utilizado como deflator o Índice de Preços por Atacado - Produtos Industriais (IPA-PI), calculado pela FGV. Para os demais países, são usados os índices de preços ao produtor, por atacado ou o que melhor se aproxime de um índice de preços de produtos transacionados com o exterior.
O peso atribuído a cada país depende da sua corrente de comércio com o Brasil. Este peso é revisto periodicamente. A FGV considera, neste cálculo, 16 taxas bilaterais de câmbio, entre o Brasil e os seguintes países: Alemanha, Argentina, Bélgica, Coréia do Sul, EUA, França, Filipinas, Holanda, Indonésia, Inglaterra, Itália, Japão, Malásia, Paraguai, Tailândia, Uruguai.
3. Índices de Preço do IBGE
O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - SNIPC, consiste em uma combinação de processos destinados a produzir índices de preços ao consumidor. O objetivo é acompanhar a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias.
O sistema abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. É a partir da agregação dos índices regionais referentes a uma mesma faixa de renda que se obtém o índice nacional.
Os índices mensais resultam, regra geral, da comparação dos preços vigentes nos 30 (trinta) dias do período de referência com os 30 (trinta) do período base. A coleta integral de preços se dá a cada período de 30 (trinta) dias que é segmentado, sem interrupção, em 4 (quatro) subperíodos. Cada um deles contém cerca de 7 (sete) dias com datas definidas através do Calendário Anual de Coleta do SNIPC.
Em um subperíodo efetua-se a coleta de uma quarta parte fixa de estabelecimentos. Desta forma, é possível extrair do sistema índices com períodos base e de referência de 30 (trinta) dias ao final de cada conjunto de quatro sub-períodos.
Os índices podem ser obtidos para diversas populações-objetivo desde que estejam disponíveis as respectivas estruturas de ponderações correspondentes a famílias de diferentes faixas de rendimento mensal.
Do ponto de vista temporal, além dos índices mensais, podem ser calculadas as variações de preços ocorridas em 2 (dois) meses ou mais, a partir das séries históricas produzidas.
Ressaltando que o sistema, na forma como é montado, possibilita várias alternativas de cálculo de índices, passamos a descrever, abaixo, os Índices Nacionais de Preços ao Consumidor.
O INPC e o IPCA são calculados de forma contínua e sistemática para as áreas abrangidas pelo sistema. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA é utilizado pelo Banco Central do Brasil para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação, adotado a partir de julho de 1999, para o balizamento da política monetária.
A população-objetivo do INPC se referente as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (hum) e 8 (oito) salários-mínimos, cujo chefe é assalariado em sua ocupação principal e residente nas áreas urbanas das regiões; e a do IPCA é referente a famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões.
Para cada região são utilizadas as informações das seguintes pesquisas básicas:
a). Pesquisas Básicas
Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF
Realizada no período compreendido entre 01 de outubro de 1995 a 30 de setembro de 1996. Forneceu as estruturas de ponderação das populações-objetivo.
Pesquisa de Locais de Compra - PLC
Realizada no período de maio a junho de 1988. Forneceu o cadastro de informantes da pesquisa, cuja manutenção é contínua.
Pesquisa de Especificação de Produtos e Serviços - PEPS
Realizada na época de implantação de cada uma das regiões para todos os produtos e serviços constantes da estrutura de ponderações. Forneceu o cadastro de produtos e serviços pesquisado, que é permanentemente atualizado com o objetivo de acompanhar a dinâmica de mercado.
b) Principais Variáveis Investigadas e Unidades de Investigação
Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista.
A Pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios e concessionárias de serviços públicos.
c) Abrangência Geográfica
Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
d) Periodicidade
Mensal.
e) Metodologia
Os índices são calculados para cada região. A partir dos preços coletados mensalmente, obtém-se, na primeira etapa de síntese, as estimativas dos movimentos de preços referentes a cada produto pesquisado.
Tais estimativas são obtidas através do cálculo da média aritmética simples de preços dos locais da amostra do produto que, comparadas em dois meses consecutivos, resultam no relativo das médias.
Agregando-se os relativos dos produtos através da média geométrica é calculada a variação de preços de cada subitem, que se constitui na menor agregação do índice que possui ponderação explícita.
A partir daí é aplicada a fórmula Laspeyres, obtendo-se todos os demais níveis de agregação da estrutura item, subgrupo, grupo e, por fim, o índice geral da região.
Os índices nacionais - INPC e IPCA são calculados a partir dos resultados dos índices regionais, utilizando-se a média aritmética ponderada.
A variável de ponderação do INPC é a "população residente urbana" (Contagem Populacional 1996) e a do IPCA "rendimento total urbano" (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD/96).
f) Época de Coleta
O período de coleta do INPC e do IPCA estende-se, em geral, do dia 01 a 30 do mês de referência.
g) Tempo Previsto entre Coleta e Divulgação
Aproximadamente 8 (oito) dias Úteis.
h) Início da Pesquisa
Janeiro/1979 - Rio de Janeiro;
Junho/1979 - Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife;
Janeiro/1980 - São Paulo, Brasília e Belém;
Outubro/1980 - Fortaleza, Salvador e Curitiba;
Janeiro/1991 - Goiânia;
A série Brasil encontra-se disponível a partir de setembro de 1981.
Um índice de preços, calculado a partir de dados da Renda Nacional e do Produto Nacional, é comumente denominado Deflator Implícito de Preços. Especificamente, o Deflator Implícito do PIB é a razão entre o PIB Nominal e o PIB Real, ou seja, é o preço de uma unidade do produto brasileiro em um determinado ano relativamente ao preço desta no ano-base.
4. Índice de Preços ao Consumidor da FIPE
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) - uma instituição de pesquisa ligada à Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP) - e foi criado pela Prefeitura do Município de São Paulo com o objetivo de reajustar os salários dos servidores municipais. Esse índice indica a evolução do custo de vida das famílias paulistanas desde 1939. Mas, somente, a partir de 1973, passou a ser elaborado pela FIPE.
O período de coleta vai desde o primeiro dia de cada mês até o último dia do mesmo e a divulgação ocorre próximo ao dia 10 do mês subseqüente ao da coleta. Semanalmente ocorrem divulgações prévias, chamadas "quadrissemanais" que simplesmente comparam os preços das últimas quatro semanas apuradas, em relação às quatro semanas imediatamente anteriores.
O sistema de cálculo da variação quadrissemanal do IPC-FIPE abrange um período de 08 semanas de coleta. As variações são obtidas comparando-se os preços médios das quatro últimas semanas com os das quatro primeiras. A FIPE calcula a cada semana as variações quadrissemanais do IPC para a faixa de renda familiar entre 1 e 20 salários mínimos.
Com o universo de pessoas que ganham de 2 a 6 salários mínimos, a composição dos grupos de despesas para o cálculo do índice é o seguinte: Alimentação (30,81%), Despesas Pessoais (12,52%), Habitação (26,52%), Transportes (12,97%), Vestuário (8,65%), Saúde e Cuidados Pessoais (4,58%) e Educação (3,95%).
5. Índice de Preços do DIEESE
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE) calcula alguns dos principais indicadores conjunturais da economia do estado de São Paulo. Dentre esses indicadores podemos citar a Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada em conjunto com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e o Índice de Custo de Vida (ICV), que é apurado pelo DIEESE desde 1959.
O ICV é calculado com o objetivo de atender à necessidade de diversos sindicatos de auferir o custo de vida no município de São Paulo. O período de coleta vai do primeiro ao último dia do mês civil e a divulgação ocorre próximo ao dia 10 do mês posterior.
Com o universo de pessoas que ganham de 1 a 30 salários mínimos, a composição dos grupos de despesas para o cálculo do índice é a seguinte segundo a POF de 1994/95: 1.Alimentação (27,44%), 2.Habitação (23,52%), 3.Equipamentos Domésticos (6,13%),4.Transportes (13,62%), 5. Vestuário (7,87%), 6. Educação e Leitura (6,91%), 7.Saúde (8,18%), 8.Recreação (2,08%), 9.Despesas Pessoais (3,96%) e 10.Despesas Diversas (0,29%). O período de coleta vai do primeiro ao último dia do mês civil e a divulgação ocorre próximo ao dia 10 do mês posterior.
6. PIB Nominal versus PIB Real
PIB Nominal é o valor dos bens e serviços medidos a preços correntes. Seu valor é apurado a partir da variação da produção real de setores multiplicados pelo índice de preços apurados para esse setor. PIB Real é o valor dos bens e serviços medidos a preços constantes. É uma medida mais perfeita do bem-estar econômico, pois leva em conta a produção total de bens e serviços sem a influência da variação nos preços.
7. Valores de Alguns Índices
Para representar uma gama de variação que atinge a 15 ordens de grandeza é necessário recorrer a uma escala logarítimica como a mostrada na Figura 1. A concordância, principalmente entre os dois índices mais longos, o deflator implícito do PIB e o índice Geral de Preços, parece bastante boa para uma apuração, considerando ainda, que as instituições responsáveis por esses índices são independentes aplicam diferentes metodologias.
Figura 1: Índices de Preços no Brasil em escala logarítimica
Na Figura 1 a inclinação da curva indica a taxa de inflação no período. Dede 1947 não houve nenhum período de duração significiativa com tão baixa inflação. 
Figura 2: Índices de Inflação entre 1990 e 2003 em escala linear
Em uma escala linear, as diferenças começam a ficar mais visíveis, mas é impossível representar todo o período na mesma escala sem que os primeiros anos apareçam com valor zero. Mas a partir de 1994, isso é factível para um número maior de anos, tendo em vista a inflação relativamente baixa observada (Figura 2).
Tabela 1:Valores Anuais de Índices de Preço Relativos a 1995 (em Real )           

Deflator do PIB
 IGP-DI
 IGP-M
 INPC – geral -

Anual
Média Anual
Média Anual
Média Anual
1947

1,16E-13


1948
1,57E-13
1,24E-13


1949
1,7E-13
1,32E-13


1950
1,86E-13
1,47E-13


1951
2,19E-13
1,72E-13


1952
2,4E-13
1,92E-13


1953
2,73E-13
2,2E-13


1954
3,47E-13
2,8E-13


1955
3,87E-13
3,25E-13


1956
4,75E-13
3,9E-13


1957
5,35E-13
4,45E-13


1958
6,02E-13
5,03E-13


1959
8,17E-13
6,94E-13


1960
1,03E-12
8,96E-13


1961
1,38E-12
1,23E-12


1962
2,07E-12
1,87E-12


1963
3,7E-12
3,25E-12


1964
7,02E-12
6,19E-12


1965
1,11E-11
9,72E-12


1966
1,53E-11
1,35E-11


1967
1,94E-11
1,73E-11


1968
2,45E-11
2,15E-11


1969
2,95E-11
2,58E-11


1970
3,43E-11
3,08E-11


1971
4,1E-11
3,71E-11


1972
4,91E-11
4,35E-11


1973
6,36E-11
5E-11


1974
8,57E-11
6,44E-11


1975
1,15E-10
8,23E-11


1976
1,62E-10
1,16E-10


1977
2,36E-10
1,66E-10


1978
3,26E-10
2,3E-10


1979
5,03E-10
3,54E-10

5,87E-10
1980
9,57E-10
7,09E-10

1,05E-09
1981
1,92E-09
1,49E-09

2,13E-09
1982
3,86E-09
2,91E-09

4,2E-09
1983
8,93E-09
7,4E-09

1,01E-08
1984
2,7E-08
2,37E-08

2,99E-08
1985
9,39E-08
7,73E-08

9,57E-08
1986
2,34E-07
1,87E-07

2,26E-07
1987
7,17E-07
6,08E-07

7,3E-07
1988
5,22E-06
4,77E-06

5,39E-06
1989
7,33E-05
6,78E-05
8,74E-05
7,88E-05
1990
0,002079
0,001924
0,001818
0,002336
1991
0,010741
0,009906
0,009276
0,01238
1992
0,114818
0,108105
0,100802
0,133795
1993
2,406755
2,382125
2,12341
2,72449
1994
56,32216
59,71663
57,39902
60,25522
1995
100
100
100
100
1996
117,41
111,095
112,1287
115,5173
1997
127,0963
119,8849
121,1219
122,4388
1998
133,2605
124,5451
126,4002
127,0724
1999
140,8563
138,6427
139,9602
133,2321
2000
152,6319
157,7363
159,9087
141,5201
2001
164,003
174,0794
176,1777
152,1203
2002
177,8941
197,5878
198,9867
167,6369
2003(*)

240,4452
243,3441
192,2468
            (*) Para 2003 média Junho e Julho
Figura 3: Valores relativos dos índices de Inflação
Tabela 2: Índices de Inflação / deflator do PIB

GP-DI  
 IGP-M 
INPC - geral - 

 Anual
 Média Anual
 Média Anual
1947



1948
0,788


1949
0,777


1950
0,794


1951
0,783


1952
0,801


1953
0,806


1954
0,807


1955
0,839


1956
0,821


1957
0,832


1958
0,836


1959
0,849


1960
0,874


1961
0,890


1962
0,901


1963
0,878


1964
0,881


1965
0,875


1966
0,878


1967
0,893


1968
0,876


1969
0,876


1970
0,899


1971
0,906


1972
0,887


1973
0,786


1974
0,752


1975
0,718


1976
0,718


1977
0,704


1978
0,707


1979
0,705

1,167
1980
0,741

1,099
1981
0,776

1,111
1982
0,754

1,089
1983
0,829

1,132
1984
0,881

1,110
1985
0,823

1,019
1986
0,800

0,967
1987
0,849

1,019
1988
0,915

1,033
1989
0,925

1,076
1990
0,926
0,875
1,124
1991
0,922
0,864
1,153
1992
0,942
0,878
1,165
1993
0,990
0,882
1,132
1994
1,060
1,019
1,070
1995
1,000
1,000
1,000
1996
0,946
0,955
0,984
1997
0,943
0,953
0,963
1998
0,935
0,949
0,954
1999
0,984
0,994
0,946
2000
1,033
1,048
0,927
2001
1,061
1,074
0,928
2002
1,111
1,119
0,942
Referências
Graphic Edition/Edição Gráfica:
MAK
Editoração Eletrônic
a
Revised/Revisado:
Friday, 27 February 2004
.
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http://hcinvestimentos.com/2011/02/21/ipca-igpm-inflacao-historica/

http://ecen.com/eee41/eee41p/indices_de_inflacao_para_internet.htm#2.4 Índices de Preços do Consumidor

http://www.portalbrasil.net/igp.htm

http://www.portalbrasil.net/igp_seriehistorica.htm