No Sul, a tonelada valerá R$ 501 e no Centro-Oeste, Sudeste e Bahia, entre R$ 535 e R$ 552
Foto: Sirli Freitas / Agencia RBS
Ministro também anunciou incentivo à comercialização do trigo
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, anunciou nesta segunda, dia 7, em Curitiba, o reajuste no preço mínimo do trigo, que estava congelado havia dois anos, de R$ 477 para R$ 501 a tonelada, no Sul do País, e de R$ 535 para R$ 552 a tonelada no Centro-Oeste, Sudeste e na Bahia. Os valores vão vigorar entre julho deste ano e julho de 2013.
Mendes Ribeiro também destacou que haverá R$ 430 milhões de subsídio à comercialização, e a ampliação de 14% nos recursos para o crédito da safra de inverno, que chegará a R$ 3 bilhões, e outros R$ 60 milhões para o pagamento de subvenções do seguro agrícola.
– Existe a garantia de que o governo vai estar sempre ao lado do produtor no que diz respeito à questão do preço –, destacou Mendes em reunião com produtores paranaenses.
Mesmo diante de algumas críticas de que o preço deveria ter sido anunciado no início do ano, quando os produtores preparavam-se para o plantio, o ministro acentuou que o governo está atento.
– O produtor plantou porque achava que tinha de plantar e nós estamos dizendo que ele não errou ao plantar, pois terá a garantia do País pelo plantio que fez – afirmou.
O presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), José Paulo Koslovski, disse que os produtores aguardavam que os valores fossem divulgados antes, o que poderia alterar um pouco na decisão de plantio. Este ano, a área de trigo é 17% menor no Estado.
– Mas o mais importante é o anúncio de amparo à comercialização, que começa no segundo semestre. O Paraná colhe mais cedo e evidentemente esse amparo no início da comercialização é importante porque tem concentração de produto e acaba deteriorando o preço. Com a garantia poderá dar uma segurada – avaliou.
Para ele, no entanto, a questão do trigo é mais ampla do que preço e comercialização. Koslovski pede uma política de relacionamento com o Mercosul. O Brasil produz 50% de suas necessidades, por isso haverá necessidade de importação. O líder sugere um acordo para impedir que o trigo argentino chegue na época da comercialização da safra brasileira ou que se condicione a entrada do estrangeiro à venda do mesmo volume nacional.
– Tenho conversado com autoridades argentinas para que possamos canalizar esse escoamento para depois que a safra acontecer. Tivemos sucesso no arroz, estamos tendo com o trigo e é preciso continuar conversando nesse sentido – assegurou o ministro.
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