O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária, que é a soma das riquezas geradas pelo setor, cresceu 3,9% em 2011 sobre o mesmo período do ano anterior. Em valores correntes, chegou a R$ 192,7 bilhões. O percentual ficou acima do PIB da economia que, em igual período, cresceu 2,7%, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira, 6 de março. Os dados mostram ainda que no período, a indústria cresceu 1,6% e os serviços 2,7%.
Na avaliação do coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques, o bom desempenho do PIB da Agropecuária reflete os resultados positivos de produtos como o algodão, café, cana-de-açúcar, milho e soja. Também deve ser considerada a evolução dos preços agrícolas que foram favoráveis no ano passado.
O quarto trimestre de 2011 foi o melhor do ano, com crescimento do PIB Agropecuário de 8,4%, ante 1,4% do PIB brasileiro. A variação da indústria foi negativa (0,4%) e do segmento de serviços o crescimento foi pequeno (1,4%). Para Gasques, o aumento da produtividade na agricultura e os bons desempenhos de produções específicas, como laranja, mandioca, fumo e feijão foram preponderantes para esse desempenho no trimestre.
Variação do PIB da agropecuária:
2009: -3,1%
2010: 6,3%
2011: 3,9%
As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Na avaliação do coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques, o bom desempenho do PIB da Agropecuária reflete os resultados positivos de produtos como o algodão, café, cana-de-açúcar, milho e soja. Também deve ser considerada a evolução dos preços agrícolas que foram favoráveis no ano passado.
O quarto trimestre de 2011 foi o melhor do ano, com crescimento do PIB Agropecuário de 8,4%, ante 1,4% do PIB brasileiro. A variação da indústria foi negativa (0,4%) e do segmento de serviços o crescimento foi pequeno (1,4%). Para Gasques, o aumento da produtividade na agricultura e os bons desempenhos de produções específicas, como laranja, mandioca, fumo e feijão foram preponderantes para esse desempenho no trimestre.
Variação do PIB da agropecuária:
2009: -3,1%
2010: 6,3%
2011: 3,9%
As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
09 de março de 2012 | |
|
.
USDA: rebanho brasileiro aumenta 3% e exportações crescem 4% em 2012
O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado em 1o de março sobre o setor pecuário brasileiro manteve a estimativa de produção de carne bovina em 2012, mas revisou para cima as exportações, refletindo as novas estimativas feitas pelas fontes comerciais. O relatório também revisou a estimativa de 2011 para incluir dados finais de importação e exportação.
Embora de forma geral a demanda doméstica por carne bovina tenha suportado a expansão na produção no ano passado, fontes comerciais acreditam que um consumo doméstico sustentado, combinado com uma recuperação nas exportações, contribuirá para uma produção maior nesse ano.
Rebanho
O USDA prevê um aumento de 3% no rebanho bovino em 2012, principalmente devido ao suporte financeiro para reconstrução de rebanho, melhoramento genético, melhorias de pastagens e preços sustentados do boi. Dessa forma, o rebanho bovino brasileiro deverá alcançar quase 204 milhões de cabeças até o final do ano.
O USDA revisou para cima a previsão de exportações de gado em 2012, com maiores envios esperados para Venezuela e Suriname, devido aos preços competitivos. Apesar da queda nas exportações de boi de quase 38% em 2011, a indústria brasileira de frigoríficos oficialmente enviou ao Governo Federal em 31 de janeiro de 2012 um requerimento para uma tarifa de exportação de 30% sobre as vendas de boi em pé.
Carne bovina
A previsão foi de um aumento na produção de carne bovina de 2% em 2012 devido aos seguintes fatores: a) maiores exportações; b) crescimento contínuo na demanda doméstica por carne bovina, à medida que a economia brasileira deverá crescer em 2012 a uma taxa de 3,3%; e c) maior poder de compra dos consumidores, que levará ao maior consumo de proteína animal.
As exportações de carne bovina deverão aumentar 4% em 2012, à medida que os exportadores brasileiros estão otimistas com as recuperações em suas exportações à Rússia, apesar da lenta aprovação das plantas brasileiras. Eles também estão otimistas com as vendas a outros mercados, como Egito, China, Chile, Cuba, Iraque e Marrocos.
Apesar da crise financeira na União Europeia (UE), os exportadores também esperam aumentar as exportações a esses mercados, porque mais fazendas brasileiras estão registradas no programa de rastreabilidade da UE (lista Traces) devido à maior flexibilidade da Normativa # 61 pela UE, que fornece as informações sobre o programa de rastreabilidade do Brasil. Além disso, os exportadores também esperam uma contínua recuperação nas exportações de carne bovina processada aos Estados Unidos.
Os dados revisados desse relatório incluem dados finalizados de importação e exportação de 2011.
Nota: as diferenças entre os dados de exportação reportados pelas fontes comerciais brasileiras e esses usados pelo USDA são devido ao uso de diferentes fatores de conversão. As fontes brasileiras usam um fator de 2,5% para conversão de carne bovina processada em Pesos Equivalentes Carcaça (CWE, sigla em inglês), enquanto o USDA usa 1,79. O mesmo se aplica para carne bovina sem osso, onde o USDA usa 1,40 como fator de conversão, enquanto as fontes comerciais brasileiras usam 1,36. Além disso, e segundo das instruções de relatório do Serviço Agrícola Externo (FAS), os miúdos não foram incluídos.
Fonte: Global Agricultural Information Network (GAIN), Foreign Agricultural Service (FAS), USDA.
.
Indústria já recua há nove meses
O Globo - 07/03/2012 |
Investimento cresceu 4,7%, expansão bem inferior aos 21,3% de 2010 Henrique Gomes Batista, Lino Rodrigues, Fabiana Ribeiro e Lucianne Carneiro RIO e SÃO PAULO. A indústria teve um desempenho pífio em 2011: cresceu 1,6%, pior resultado desde a recessão de 2009 e depois de três trimestres seguidos de queda. E dentro da indústria, a de Transformação - que responde por 14,6% da economia nacional - ficou estagnada em 0,1% no ano passado. Com problemas de competitividade e crescimento das importações, o setor faz projeções sombrias para 2012. - Se não fosse o fraco resultado da indústria da transformação, o PIB de 2011 poderia ter ficado na casa dos 4%, caso crescesse como os outros setores e em linha com o avanço da demanda - afirmou o economista Júlio Gomes de Almeida, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Almeida atribui essa situação ao aumento das importações, juros altos, dólar em baixa, crise global e elevados estoques no setor no início do ano passado. Ele lembra que a indústria da transformação tem outro peso relevante, ao incentivar outros segmentos, como parte dos serviços, e os investimentos: - O país pode prescindir da indústria, mas em troca terá crescimentos pífios. Com a indústria fraca, a taxa de investimento (parcela do PIB destinada a aumentar a capacidade produtiva do país) não reagiu. Ficou em 19,3%, abaixo dos 19,5% de 2010 - número que, para especialistas, não permite um crescimento sustentado de 5% ao ano. - Para se ter um crescimento de 5% ao ano, essa taxa deveria subir para 22% ou 23% do PIB. Estamos muito distantes disso - disse Eduardo Velho, economista da Prosper. O investimento cresceu 4,7% no ano, bem abaixo dos 21,3% de 2010: - O investimento teve uma forte desaceleração. E o governo tem feito mundos e fundos para ampliar a taxa, mas nos últimos quatro anos está abaixo de 20%. Isso prejudica o crescimento sem problemas com inflação - afirmou o economista da MB Associados Sergio Vale. Com esses números, a indústria vê com preocupação o seu desempenho em 2012. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os resultados ruins do fim do ano fazem com que 2012 comece com um carregamento negativo de 3,3%, diante da queda de 2,5% na indústria de transformação no último trimestre do ano. Esse ritmo menor de produção passa para o ano seguinte. O fraco desempenho do setor também levou a Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a acreditar que a expansão da economia neste ano não deverá ultrapassar os 3%. No caso da indústria de transformação, a entidade diz que a "continuidade do baixo dinamismo deverá levar a um crescimento zero este ano". A indústria calçadista é um retrato do marasmo que marcou a economia em 2011. A Piccadilly, uma das maiores do setor, com sede no Rio Grande do Sul, sentiu uma forte desaceleração entre setembro e outubro do ano passado, período mais forte das encomendas para as vendas de Natal pelo comércio varejista. Segundo Paulo Grings, presidente da companhia, houve uma retração nas compras pelos lojistas para abastecer o mercado interno e uma redução de mais de 2% nas exportações sobre 2010. - Em setembro e outubro (de 2011) não tivemos o mesmo desempenho do ano anterior. Antes exportávamos para mais de cem países. Hoje, vendemos para 86 países. Estamos pesquisando para produzir em outro país que tenha acordo comercial com países da Europa e Estados Unidos para reduzir nossos custos. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Base (Abdib), Paulo Godoy, as projeções para 2012 vão depender da redução das taxas de juros e de medidas estruturais, que representem melhoras na competitividade da indústria nacional. Segundo ele, a alta de 2,7% do PIB em 2011 foi frustrante e mostrou que o país precisa reduzir as "amarras para produzir e investir mais". Em um cenário ideal, ele acredita que o crescimento do setor pode chegar a 4%. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, comemorou, em nota, o resultado do PIB e do investimento. "A expansão de 4,7% no ano passado confirma o vigor do nível dos investimentos na economia e reflete expectativas positivas para 2012. " |
.
O "PIBÃO" QUE VIROU "PIBINHO"
PIB CRESCE 2,7% E PÕE 2012 EM RISCO |
Autor(es): GABRIEL CAPRIOLI |
Correio Braziliense - 07/03/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/3/7/o-pibao-que-virou-pibinho/?searchterm=pib |
Tanto o governo quanto o mercado já esperavam um crescimento menor do PIB, total das riquezas produzidas no país. Mas, mesmo sabendo que, a exemplo da galinha, a economia brasileira não conseguiria sustentar o voo, o avanço de apenas 2,7% em 2011 - primeiro ano da gestão Dilma - causou desconforto no Palácio do Planalto. A ordem, agora, é preparar uma ofensiva para acelerar a produção em 2012 e evitar outro resultado ruim da economia Mesmo esperado, o fraco desempenho da economia mexeu com o governo, que espera juros menores. Teme-se que o segundo ano de Dilma seja outra decepção Rio de Janeiro — O governo já sabia. O mercado financeiro, também. Mas o crescimento de apenas 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, o primeiro ano da gestão de Dilma Rousseff, mexeu com os brios do Palácio do Planalto. O "pibão bão" de 7,5% em 2010, segundo a versão bem-humorada da própria presidente, agora virou pibinho. Por isso, não só foi iniciada uma maratona de convencimento dos diretores do Banco Central, para que acelerem o passo na redução dos juros, como Dilma e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, trataram de avisar que novas medidas de estímulo à atividade estão saindo do forno. O temor é de que, neste ano, a soma de todas as riquezas produzidas pelo país tenham um resultado semelhante, o que fará com que a média de expansão do PIB na era Dilma fique mais próxima dos 2,3% do governo Fernando Henrique Cardoso do que dos 4% de Lula. Muitos foram os fatores que levaram a economia a ter um resultado tão ruim, bem abaixo dos 3,8% da média mundial. Primeiro, a necessidade do governo de conter a inflação provocada em 2010, quando o PIB deu um salto, com o intuito de eleger Dilma. Para arrumar a casa, o Banco Central foi obrigado a botar amarras no crédito e a elevar a taxa básica de juros (Selic). Segundo: o tranco imposto pela autoridade monetária acabou potencializado pelo agravamento da crise europeia. Para completar, a indústria, que havia liderado a expansão da economia em 2010, sentiu o tranco da forte desvalorização do dólar ante o real, que provocou uma invasão de importados no Brasil. Boa parte desse quadro, porém, ficou para trás. Dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, depois de ir ao fundo do poço entre julho e setembro, quando o PIB levou um tombo de 0,1% (número revisado), a atividade reagiu e cresceu 0,3% no último trimestre de 2011. Apesar de comedidos em suas análises, os especialistas acreditam que 2012 será melhor, apesar de só carregar 0,3% do ano anterior. Mas longe de se chegar ao incremento entre 4,5% e 5% previsto pelo governo. Para eles, se o Brasil conseguir crescer 3,5%, como estima o BC, ou 4%, já será uma vitória, dada à dificuldade do mundo em sair do atoleiro em que se meteu. Os analistas são unânimes em afirmar, que, no segundo semestre, tanto o consumo quanto a produção já estarão com um ritmo bem mais forte. "O ano de 2011 é passado. Agora, é preciso dar estímulos à economia, sem, contudo, pressionar a inflação", disse a economista Inês Filipa, da Corretora Icap Brasil. Por enquanto, ela estima alta entre 3,2% e 3,5% para o PIB em 2012. No seu entender, a recomposição do PIB continuará sendo puxada pelo consumo das famílias. No ano passado, devido ao aumento da renda e da criação de quase 2 milhões de empregos formais, os gastos com lares aumentaram 4,1%, o oitavo avanço seguido (leia matéria na página 10). O PIB total atingiu R$ 4,1 trilhões e a renda per capita R$ 21.252 — alta de 1,8%. Tsunami monetário Em um ranking elaborado pelo IBGE com 12 nações, o Brasil teve o sexto melhor resultado, atrás da China (9,2%), da Índia (6,9%), da Coreia do Sul ( 3,6%), da África do Sul (3,1%) e da Alemanha (3%). A boa notícia foi que, mesmo com o crescimento de 2,7%, o país se consolidou como a sexta principal economia do planeta, superando o Reino Unido, que, no ano passado, avançou somente 0,8% e está flertando com a recessão. Para continuar avançando nessa lista, porém, o governo terá de focar suas ações na indústria, que registrou retração por três trimestres consecutivos e fechou 2011 com incremento de 1,6%, desempenho decepcionante, por ser o setor que cria os empregos de melhor qualidade. Hoje, o dólar em baixa, fruto do "tsunami monetário" criticado por Dilma, é a grande ameaça à produção. O câmbio bate, principalmente, na indústria de transformação, que praticamente não saiu do lugar em 2011 — alta de 0,1%. "Foi o subgrupo que mais segurou o crescimento do PIB, em qualquer comparação que se faça", comentou o coordenador de contas nacionais do IBGE, Roberto Luís Olinto Ramos. "A indústria foi o segmento que mais sofreu, porque é a parte da economia mais aberta à competição internacional", explicou o economista-chefe do Deutsche Bank Brasil, José Carlos Faria. No seu entender, em 2012, a indústria deve se recuperar um pouco em função da queda dos juros, que barateará os investimentos. Mas ainda assim continuará sofrendo", completou. No ano passado, segundo o IBGE, as exportações de bens e serviços cresceram 4,5%, enquanto as importações avançaram 9,7%. Essa diferença retirou 0,7 ponto percentual do PIB, o chamado vazamento externo. Na prática, o avanço da economia poderia ter chegado a 3,4% se toda a produção importada de outros países fosse realizada aqui. O governo, porém, teve o que comemorar. Com a entrada maciça de mercadorias de fora do Brasil, a arrecadação de impostos, pelos cálculos do IBGE, totalizou R$ 612 bilhões, um salto de 4,3% sobre 2010. O IBGE também constatou menor expansão dos investimentos. Em 2010, os desembolsos haviam crescido 21,3%. No ano passado, aumentaram minguados 4,7%. Assim, a taxa de investimentos, que o governo afirmava estar acima de 20% do PIB, recuou de 19,5% para 19,3%. Uma péssima notícia, pois esse indicador é importante para garantir o avanço sustentado da economia sem pressões inflacionárias. "Quando comparada a de outros países emergentes, como a China e a Índia, a taxa de investimento brasileira é frustrante", destacou Rating Felipe Queiroz, analista da agência de classificação de risco Austin. Os sinais emitidos pelo campo, porém, foram animadores. A agropecuária registrou um salto de 3,9%, o melhor desempenho do PIB quando analisado da ótica da oferta. Tal desempenho decorreu do aumento de produtividade de culturas como o fumo, algodão, soja e mandioca. Já os serviços caminharam no ritmo doPIB, com alta de exatos 2,7% "Emprego em alta, dinheiro no bolso. Tudo isso fomenta a demanda não só por bens de consumo, mas também por serviços", disse Queiroz. |
.
Agronegócio puxa a produção
Autor(es): » JORGE FREITAS » ROSANA HESSEL |
Correio Braziliense - 07/03/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/3/7/agronegocio-puxa-a-producao/?searchterm=pib |
A agropecuária surpreendeu positivamente e puxou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para cima em 2011. O segmento cresceu 3,9% na comparação com 2010 e 0,9% no último trimestre do ano em relação aos três meses anteriores. O bom desempenho, segundo o coordenador de contas nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Luís Olinto Ramos, deve-se ao aumento de produtividade em culturas como fumo, mandioca, feijão e laranja. "Ao observar essas áreas selecionadas, a gente percebeu um crescimento da quantidade produzida, mesmo com uma pequena variação ou até diminuição da área plantada", comentou. A mandioca, por exemplo, aumentou em 7,3% a produção em 2011 em uma área 11,3% menor. Em contrapartida, safras importantes, como as de açúcar e trigo, recuaram de 11,7% e 6,5%, respectivamente. Para o coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, o crescimento da agropecuária acima do PIB nacional deve ser comemorado. "Isso reflete o bom desempenho dos produtos. Soja, milho, café e açúcar tiveram, em 2011, preços acima da média histórica", afirmou. O bom desempenho do setor, aliás, é um dos motivos da aposta da DowAgroSciences, subsidiária da gigante norte-americana The Dow Chemical Company, no país. "Nossa divisão é a que mais cresce entre os demais negócios do grupo", disse ao Correio Ramiro De La Cruz, presidente do grupo no Brasil. |
.
Agropecuária é destaque de crescimento no ano
O Globo - 07/03/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/3/7/agropecuaria-e-destaque-de-crescimento-no-ano/?searchterm=pib |
Em um ano de safra recorde de cereais, leguminosas e oleaginosas - 159,9 milhões de toneladas -, a agropecuária avançou 3,9% em 2011 e foi o principal destaque positivo do crescimento do Produto Interno (PIB) brasileiro pelo lado da oferta. O desempenho foi marcado por ganhos de produtividade e pelo aumento na produção de culturas que têm safras relevantes no quarto trimestre. Algodão, fumo, arroz, soja e mandioca foram alguns dos produtos que despontaram no ano passado. A despeito do forte desempenho, a agropecuária tem uma influência limitada no crescimento do PIB, já que sua participação é de apenas 5,5%. No quarto trimestre, a agropecuária teve alta de 0,9% em relação aos três meses anteriores. Frente ao quarto trimestre de 2010, a expansão foi de 8,4%. - A agropecuária se destacou no ano passado, principalmente por causa de maior produtividade. Isso ocorre quando tem crescimento forte da produção e a área plantada cresce menos ou recua - explicou o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto. A mandioca, por exemplo, registrou aumento de 7,3% na quantidade produzida em 2011, enquanto a área plantada recuou 11,3%. A produção de arroz avançou 19%, para uma área plantada 0,3% menor. A soja, por sua vez, teve alta de 9,2% do volume produzido, com um aumento de apenas 3,4% da área plantada. - A agropecuária foi a grande surpresa. Esperávamos um recuo de 1% no quarto trimestre, em relação ao trimestre anterior, e o resultado mostrou alta de 0,9%. Os ganhos de produtividade do setor foram determinantes - afirmou a economista da Tendências Consultoria Alessandra Ribeiro. O desempenho positivo de algumas culturas , no entanto, não se estendeu à pecuária nem à silvicultura e exploração florestal, com resultado fraco no ano passado. Segundo Fábio Silveira, economista da RC Consultores, o desempenho do setor foi puxado pelas boas safras dos produtos agrícolas e preços médios atraentes: - Em 2011, o segmento não sentiu os efeitos das incertezas mundiais. Mas, em 2012, não se descarta uma mudança nos preços. (Lucianne Carneiro e Fabiana Ribeiro) |
.
O PIB da ineficiência
O Estado de S. Paulo - 07/03/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/3/7/o-pib-da-ineficiencia/?searchterm=pib |
Baixo crescimento, alta inflação e piora das contas externas marcaram a economia brasileira em 2011. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 2,7%, segundo o cálculo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação chegou a 6,5% e bateu no teto da meta. Foi impulsionada não só pela alta dos preços internacionais de petróleo, metais e produtos agrícolas, mas também por uma forte demanda de consumo. Além disso, pioraram as transações com o exterior. A receita de exportações de bens e serviços elevou-se 4,5%, enquanto a despesa com importações subiu 9,7%. Mais uma vez o setor externo deu uma contribuição negativa para o PIB, subtraindo 0,7% do crescimento. Essa tendência, observada há alguns anos, deve acentuar-se neste ano, a julgar pela evolução do comércio exterior brasileiro no primeiro bimestre e pelas projeções tanto oficiais quanto do setor privado. Se dependesse apenas da demanda interna, a economia brasileira teria crescido 3,4%, de acordo com os dados do IBGE. Mas a indústria foi incapaz de atender ao apetite dos consumidores, por causa dos custos elevados e da valorização do real. Com o real valorizado, os produtos nacionais ficam mais caros, quando seu preço é convertido em dólares ou euros. Além disso, o dólar barato estimulou as viagens ao exterior, bem como as remessas de lucros e dividendos, e também esses fatores pesaram nas contas. Houve um claro descompasso na economia brasileira. O consumo das famílias cresceu 4,1%, impulsionado pela expansão do emprego, pelo aumento de 4,8% da massa de salários reais e por empréstimos pessoais 18,3% maiores que os do ano anterior. Enquanto isso, a produção industrial avançou apenas 1,6% - deslocada pela competição estrangeira - e a de serviços, 2,7%. A inflação teria certamente superado a marca de 6,5%, se a importação não tivesse coberto uma parcela considerável da demanda dos consumidores. O governo aponta como dado positivo a expansão de 4,7% no investimento em máquinas, equipamentos, construções e obras públicas. O crescimento do PIB, segundo o discurso otimista, foi puxado pela aplicação de recursos no fortalecimento da capacidade produtiva e, portanto, o Brasil está no caminho certo. No entanto, o investimento, equivalente a 19,3% do PIB segundo as contas do IBGE, continua longe do necessário para um crescimento econômico igual ou superior a 5% ao ano sem pressões inflacionárias e sem grave desequilíbrio externo. Esse nível mínimo de investimento, segundo cálculos correntes entre profissionais independentes e economistas do governo, deve corresponder a uns 24% do PIB. Mas a diferença entre o valor investido nos últimos anos e o mínimo desejável não é o único problema, quando se trata do objetivo de ampliar e modernizar a capacidade produtiva. A poupança interna ficou em 17,2% do PIB, no ano passado. A diferença entre o valor poupado e o investido foi coberta com recursos externos. Em princípio, não há problema na captação de poupança estrangeira para investir. Mas a distância entre a poupança atual e a necessária para um crescimento sem risco de grandes desajustes também é muito ampla. Isso se deve principalmente à propensão do governo para a gastança. Essa propensão limita a capacidade de poupança do setor público e, ao mesmo tempo, dificulta qualquer revisão séria do sistema tributário. Impostos excessivos e mal concebidos encarecem a compra de máquinas e equipamentos e acabam limitando também o investimento privado. A baixa taxa de poupança, especialmente do setor público, dificulta a redução do juro real no Brasil e também isso impõe restrições importantes às políticas de reforço produtivo das empresas. Essa constatação foi confirmada há poucos dias por um estudo de economistas do Fundo Monetário Internacional. Em suma: os dados da economia brasileira em 2011 apontam para algo mais grave que problemas conjunturais. Refletem deficiências associadas a um padrão de governo ineficiente e perdulário. O País pode voltar a crescer mais que em 2011, mas dentro de limites estreitos, enquanto aquele padrão persistir. |
.
Consumo puxa recuperação da economia
Com alta do consumo e queda da indústria, PIB sobe 0,3% no 4º tri |
Autor(es): Por Arícia Martins, Carlos Giffoni, Tainara Machado, Julianna Ennes e Diogo Martins | De São Paulo e do Rio |
Valor Econômico - 07/03/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/3/7/consumo-puxa-recuperacao-da-economia/?searchterm=pib |
A economia brasileira entrou em recuperação no quarto trimestre de 2011, puxada novamente pelo consumo, mas ainda com queda na indústria e investimentos contidos. O Produto Interno Bruto cresceu 0,3% no período e 2,7% no ano passado A economia entrou em trajetória de recuperação no último trimestre do ano passado. Sustentada pelo consumo das famílias, a retomada não foi acompanhada pela indústria. No quarto trimestre de 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,3% sobre o terceiro trimestre na série que desconta fatores sazonais, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na mesma comparação, o consumo das famílias aumentou 1,1%, enquanto a indústria recuou 0,5%, com queda de 2,5% no setor de transformação, maior retração entre todos os componentes do PIB. No conjunto da economia brasileira, a alta de 0,3% no último trimestre de 2011 mostra tímida recuperação em relação ao terceiro trimestre, quando o PIB recuou 0,1%, em dado corrigido pelo IBGE (o primeiro resultado, divulgado em dezembro, apontava crescimento zero). No ano, o PIB cresceu 2,7%, mostrando forte desaceleração em relação ao crescimento de 7,5% registrado em 2010. Em valores, o PIB somou R$ 4,1 trilhões em 2011. Enquanto a demanda das famílias mostrou forte recuperação em reação ao aumento da renda, da ocupação e do desmonte das medidas de controle da demanda - alta de juros e contenção de crédito adotadas pela autoridade monetária para desacelerar a economia após o forte ritmo do fim de 2010 -, o investimento ainda não mostrou reação. Depois de cair 0,4% no terceiro trimestre (também dado revisado pelo IBGE), a formação bruta de capital fixo (componente do PIB que mede o consumo em máquinas, equipamentos e construção civil) avançou só 0,2% no quarto trimestre. Para economistas, o ciclo de aperto monetário já revertido, que vigorou no início do ano passado em um cenário de câmbio valorizado e crise externa, afetou o desempenho da indústria, setor que já sofria com falta de competitividade, derivada de outros custos. Em 2012, a recuperação fraca da economia mundial e um dólar ainda barato vão impedir que a indústria tenha participação maior na retomada da economia, que seguirá apoiada no consumo e no setor de serviços, dizem os economistas. Para que a indústria acompanhe mais de perto o consumo das famílias este ano, acrescentam, apenas reduzir a taxa de juros pode ser insuficiente. As projeções para o crescimento do PIB de 2012 variam de 3% a 4%. Julio Gomes de Almeida, consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), diz que é preocupante a perda de importância que a indústria de transformação vem apresentando no PIB. Em 2011, a participação do setor recuou para 14,6%, ante 16,2% em 2010. "Sem dúvida, há uma substituição da produção nacional pela importação. Nos Estados Unidos, um símbolo de desindustrialização nas últimas décadas, a participação da indústria circula pouco abaixo de 14%, índice próximo ao brasileiro." O avanço dos importados pode ser constatado no detalhamento do PIB. Apesar da queda na indústria de transformação, o consumo das famílias cresceu 1,1% na passagem do terceiro para o quarto trimestre, descontadas as sazonalidades, período em que as importações de bens e serviços aumentaram 2,6%, maior variação entre os cinco componentes da demanda. Na mesma medida, as exportações cresceram 1,9%. Mariano Laplane, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), acredita que as medidas para o desaquecimento da economia, adotadas pelo governo, foram subestimadas pelo mercado. "As macroprudenciais funcionaram muito mais do que se imaginava. Curiosamente, nem todo mundo desacelerou com a mesma intensidade." Ele aponta a restrição ao crédito e a taxa de câmbio como principais razões para a dificuldade de expansão da atividade industrial. Com a demanda global reprimida e capacidade ociosa na produção mundial, a concorrência com os importados também deve dar o tom em 2012 e limitar o crescimento da indústria doméstica, afirma Luís Otávio de Souza Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil. "A queda da taxa de juros até ajuda alguma coisa, porque ajuda a reduzir custos, mas não é suficiente para tornar nossos produtos competitivos, porque, com o enfraquecimento da economia mundial, os importados ficam ainda mais baratos". Assim, diz Leal, para um PIB de 3,7% em 2012, a produção e o PIB industrial devem crescer, no máximo, cerca de 2%. Frente ao quadro de fraqueza vivido pela indústria, o governo deve acenar com mais medidas para incentivar a produção, diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, como novas taxações sobre derivativos para tentar impedir a entrada de dólares no país e mais desonerações e subsídios para setores específicos. Nada disso, no entanto, será suficiente para dinamizar a produção, que, na melhor das hipóteses, crescerá 2,5% em 2012, frente à projeção de 3,5% para o PIB. "O governo parece não perceber que o problema da indústria é muito mais grave do que o câmbio. O tipo de solução mais adequada seria atacar a questão dos custos industriais ao invés de privilegiar alguns setores", diz. Ao contrário de Vale, Gomes de Almeida não acredita que a indústria brasileira tem baixa produtividade ou é pouco competitiva. "A questão é que nossa política econômica é anti-industrial, e isso tem um preço". Em nota, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) apontou a alta carga tributária e o custo de energia entre os problemas que tiram a competitividade da indústria nacional. O Iedi projeta um crescimento de até 3% da indústria neste ano, puxado principalmente pela liberação de estoques, que acontece no primeiro trimestre, e por medidas do governo de incentivo à atividade. "O aumento do salário mínimo vai expandir a demanda. O setor de alimentos e bebidas, em que a participação dos importados é fraca, é muito afetado pelo aumento dos salários", diz Gomes de Almeida. Atenção frente ao câmbio, uma estratégia mais ativa de defesa comercial e medidas mais abrangentes para reduzir os custos de produção são apontadas como decisivas para o fortalecimento da indústria. "Temos que continuar reduzindo os juros e evitar um fluxo de recursos que vêm ao Brasil explorar o diferencial da nossa taxa", afirma Laplane. "A indústria está muito mais apta para crescer do que os números dizem, mas a conjuntura não está permitindo que ela ganhe impulso pelo mercado doméstico". De acordo com Roberto Olinto, coordenador de Contas Nacionais, departamento do IBGE responsável pelo cálculo do PIB, a indústria de transformação é o "núcleo central da economia". Segundo ele, sistematicamente, o que se vê em todas as taxas é a indústria de transformação com o pior desempenho do PIB. Segundo dados do IBGE, os destaques negativos do setor foram vestuário e acessórios, artigos de plástico e metalurgia, entre outros. Ainda assim, a indústria de transformação teve também destaques positivos, como máquinas e equipamentos, produtos de metal, caminhões e ônibus. No ano e no último trimestre, agropecuária e serviços ajudaram o PIB pelo lado da oferta. Na comparação com o terceiro trimestre, estes setores subiram 0,9% e 0,6%, respectivamente. Em 2011, agropecuária cresceu 3,9% e serviços acompanhou a alta de 2,7% do PIB. |
.
Preocupa a baixa taxa de investimento
O Globo - 08/03/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/3/8/preocupa-a-baixa-taxa-de-investimento/?searchterm=pib |
Com uma taxa de poupança doméstica ainda muita baixa (equivalente a 17,2% do Produto Interno Bruto em 2011) e o investimento ainda representando menos de 20% do PIB - segundo a primeira estimativa do IBGE, houve até uma pequena queda de 19,5% em 2010 a 19,3% no ano passado -, a economia brasileira tem dificuldades para crescer a um ritmo mais acelerado. A insuficiente taxa de investimento leva o país a depender de poupança externa para financiá-la, o que, em certo sentido, nos deixa mais vulneráveis diante dos humores de investidores e credores do exterior. Após crescer fortemente em 2010, com uma expansão de 7,5% medida pelo Produto Interno Bruto, o Brasil precisou tirar o pé do acelerador, e se expandiu apenas 2,7% no ano passado. Foi melhor assim, pois em caso contrário a inflação teria fugido ao controle, e a dependência de capitais de fora poderia aumentar perigosamente. Os níveis baixos de poupança interna e investimento são obstáculos macroeconômicos ao crescimento. Para elevá-los, o país precisa de reformas estruturais que contribuam, principalmente, para um equilíbrio sustentável das finanças públicas. Daí a importância de se compatibilizar as regras do sistema previdenciário à realidade demográfica do país, por exemplo. E evitar que os demais gastos com custeio continuem ascendendo mais que a própria média de crescimento da economia, já que isso amplia o déficit. A opção atual, para conter o déficit público, tem sido impor ao setor produtivo e à sociedade como um todo uma carga tributária excessiva, e inibidora da capacidade de investimento na área privada. Em paralelo às reformas estruturais, o país precisa também de ajustes pontuais que reduzam o chamado custo Brasil. A estrutura de impostos é inadequada e punitiva à produção industrial doméstica, que também sofre com uma infraestrutura deficiente, em especial no segmento de transportes. A conjugação dos obstáculos macroeconômicos aos pontuais desemboca em uma questão crucial que põe a economia brasileira em desvantagem quando comparada a seus concorrentes: o elevado custo do capital. Por falta de outros instrumentos, o combate à inflação tem sido feito com taxas de juros acima da média internacional. Assim, diante de qualquer ameaça inflacionária, o Banco Central se vê obrigado a aumentar ainda mais os juros básicos, o que pode provocar uma redução brusca e forte no ritmo de atividade econômica. Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) resolveu cortar mais uma vez as taxas de juros básicos - em 0,75 ponto percentual, de 10,50% para 9,75% ao ano-, pressupondo que a inflação continuará em declínio e que demanda e oferta internas precisam agora ser estimuladas, para que a economia brasileira recupere fôlego e cresça mais que 4% em 2012. A análise momentaneamente é reforçada pelos fracos resultados do PIB no segundo semestre de 2011, que acabam de ser divulgados pelo IBGE. No entanto, o corte de juros somente será duradouro se a política econômica contribuir para a remoção dos obstáculos mencionados. Se o governo voltar a pisar no acelerador dos gastos de custeio, o resultado será um repique da inflação, que fará o Banco Central retomar a alta das taxas de juros, em um movimento contraproducente. Cairemos num conhecido círculo vicioso. |
.
O PIB de 2011 e depois
Autor(es): David Kupfer |
Valor Econômico - 12/03/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/3/12/o-pib-de-2011-e-depois/?searchterm=pib |
Já se disse que toda unanimidade é burra mas no caso do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, dez entre dez analistas econômicos concordaram que a taxa de 2,7%, recém-divulgada pelo IBGE, embora muito abaixo das previsões vigentes ao final de 2010, foi satisfatória para um ano que, ao fim e ao cabo, revelou-se bastante conturbado, cheio de nuvens negras no cenário internacional e de reviravoltas na política econômica interna. Em comparação com os trimestres anteriores na série com ajuste sazonal, após apresentar uma evolução negativa de 0,1% no terceiro trimestre do ano passado, a informação de que o crescimento do PIB no quarto trimestre foi ligeiramente positivo, nada mais do que 0,3%, serviu para afastar o temor de que a economia brasileira pudesse estar entrando em rota de recessão. Ao contrário, a sensação dominante é de que o país superou um miniciclo contracionista e que nos próximos trimestres os números deverão exibir comportamento melhor, levando a economia a sua marcha habitual, como expresso na manutenção pela maioria de expectativas de crescimento para este ano em torno dos 3,5%. A observação do PIB pela ótica da demanda ajuda a dar substância a esse quadro. O crescimento de 4,1% apresentado pelo consumo das famílias em 2011, em parte devido ao crescimento da massa salarial (4,8% em termos reais, segundo o IBGE), em parte devido a evolução favorável do crédito, sugere que o polo dinâmico da economia brasileira na última década está preservado. Em paralelo, embora a taxa de investimento como proporção do PIB não tenha conseguido avançar em relação a 2010 (19,3% ante 19,5%), a formação bruta de capital expandiu-se em 4,7%, um resultado positivo, em particular, quando se observa a expansão do uso de máquinas e equipamentos, que foi de 6% no ano. No entanto, se visível, e mesmo justificável, para o conjunto da economia, essa sensação de relativo conforto não se aplica igualmente a todos os setores componentes do PIB. Passando-se para a ótica da oferta, especialmente a evolução da indústria tem provocado preocupações generalizadas. O recuo da indústria geral, que foi de 0,5% em relação ao terceiro trimestre de 2011 e, especialmente, a forte retração da indústria de transformação, cujo desempenho foi de -2,5% em relação ao trimestre anterior e de -3,1% em relação ao quarto trimestre de 2010, indicam tendências negativas de evolução do produto industrial que não podem ser compreendidas nem muito menos atribuídas somente às questões de conjuntura. Esse desbalanceamento entre demanda e oferta é revelado pela evolução das importações de bens e serviços, que cresceram 9,7% em 2011. Levando-se em conta a variação total do PIB, está-se diante de uma elasticidade-renda na qual para cada ponto percentual de crescimento do PIB, as importações crescem 3,6%. A partir dessa relação estrutural, pode-se imaginar qual seria a taxa de expansão das importações se a economia estivesse em franco crescimento: mantida essa elasticidade, um hipotético crescimento de 5% do PIB implicaria expansão de 18% das importações. Trata-se de um montante que evidentemente exerceria pesado impacto sobre a conta corrente que já vem se mostrando deficitária há alguns anos. Esse aumento na propensão a importar da economia, que vem se verificando de forma contínua nos anos recentes, sinaliza que é inegável que a indústria brasileira vem percorrendo uma trajetória de perda de competitividade. Parte desse fato está realmente na questão cambial. Como está claro desde que a poeira da grande crise financeira de 2008 assentou e tornou possível enxergar a nova arquitetura da economia mundial, a taxa de câmbio competitiva de hoje é mais desvalorizada do que a de antes. Quer dizer, mantidas as demais condições de formação de custos, diante de moedas de referência mais desvalorizadas, preservar a competitividade efetiva da moeda exigiria desvalorizá-la em alguma proporção, exatamente o contrário do que ocorreu com o real. No entanto, outra parte igualmente importante do problema não está no mundo dos preços e custos e sim no mundo das quantidades. Com a redução do ritmo de crescimento das economias líderes, e o consequente aumento da capacidade ociosa da indústria mundial, ocorreu inegável acirramento na disputa pelos mercados nacionais em expansão e o Brasil, positivamente, está nesse grupo. Metaforicamente, nesse novo quadro a produção made in Brazil teria que correr mais rápido para conseguir permanecer no mesmo lugar. A economia brasileira enfrentou 2011 dando sinais de que o mix macroeconômico que, ao longo de quase 20 anos, vem propiciando alguma estabilidade às custas de algum crescimento, pode ser reformulado e que o país pode enfim começar a se beneficiar de juros consistentemente menores e de taxas de câmbio senão competitivas, pelo menos não tão nocivas à atividade industrial. Mas o novo quadro competitivo internacional sugere que o sucesso na mudança do mix macroeconômico não será suficiente. Políticas competentes de desenvolvimento industrial que defendam a produção nacional - o que não necessariamente significa defender os produtores nacionais - e assegurem o crescente conteúdo tecnológico dessa produção - o que não necessariamente se resume a garantir qualquer conteúdo local - são imprescindíveis. David Kupfer - é professor e pesquisador licenciado do Grupo de Indústria e Competitividade do Instituto de Economia da UFRJ (GIC-IE/UFRJ) e assessor da presidência do BNDES. Escreve mensalmente às segundas-feiras. E-mail: gic@ie.ufrj.br) www.ie.ufrj.br/gic |
.
O mito da desindustrialização
Época - 12/03/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/3/12/o-mito-da-desindustrializacao/?searchterm=pib |
O peso da indústria na economia do país não diminuiu – e as exportações na área quase triplicaram nos últimos dez anos Nos últimos tempos, uma questão normalmente restrita à academia tem despertado um interesse crescente nos gabinetes de Brasília e nas rodas de economistas, empresários e executivos: a desindustrialização. Entendida como o fim ou a redução da produção industrial de um país ou de uma região, a desindustrialização – um verbete típico do "economês", aquela língua que só os economistas (supostamente) entendem – passou a ser tema de discursos acalorados no Congresso Nacional e até de conversas de intelectuais na mesa do bar. Muita gente acredita que o Brasil esteja passando por esse processo há alguns anos – e se mostra preocupada, muito preocupada, com isso. A presidente Dilma Rousseff e José Serra, seu adversário nas eleições de 2010 e candidato a candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, fazem parte desse grupo. "Há uma desindustrialização em marcha no Brasil", diz Serra. "Quero deixar aqui registrado nosso compromisso cada vez maior de fazer com que o que possa ser produzido no Brasil seja produzido no Brasil, e não importado de outros países", afirma Dilma. Na semana passada, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, uniu sua voz de barítono ao coro. "A queda da participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) é a prova do processo de desindustrialização do país", disse Skaf. Num país em que o discurso nacionalista sempre rendeu votos, é de certa forma esperado que os políticos agitem tal bandeira, independentemente de coloração ideológica. Alguns economistas – também de diferentes correntes – seguem em outra direção. Eles sabem que o assunto comporta vários matizes. "Estão dizendo por aí que a indústria no Brasil vai acabar", diz o consultor José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do governo Fernando Henrique Cardoso. "Acho improvável que isso aconteça." Paul Singer, secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e pioneiro do PT, concorda com Mendonça de Barros: "Falar em desindustrialização hoje no Brasil é um exagero". É, com certeza, um debate cheio de armadilhas. Abaixo, ÉPOCA responde às principais dúvidas sobre o tema. O PAÍS ESTÁ OU NÃO SE DESINDUSTRIALIZANDO? Leia os gráficos que fazem parte desta reportagem. Os dados oficiais mostram que, em dez anos, o volume das exportações de produtos manufaturados aumentou de US$ 33 bilhões para US$ 92,3 bilhões. Mostram também que, no mesmo período, a participação total da indústria na composição do PIB manteve-se constante, em torno de 27% – ao contrário do que afirma Skaf. Pode até ter havido alguns setores que encolheram mesmo, mas outros cresceram e ocuparam o espaço. É do jogo. No conjunto, ficou elas por elas. POR QUE, ENTÃO, SE FALA TANTO EM DESINDUSTRIALIZAÇÃO? O peso dos produtos industriais nas exportações brasileiras efetivamente caiu entre 2002 e 2011 – de 54,7% para 36,1%, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Como isso aconteceu, se a participação da indústria na composição do PIB continua constante? A resposta: a fatia da indústria nas exportações caiu não por causa do encolhimento da indústria, mas em razão da expansão de outros setores. Os preços de manufaturados ainda subiram bem menos que no agronegócio, graças à concorrência chinesa (leia o quadro ao lado), beneficiada pelo até agora baixo custo de sua mão de obra. No setor de serviços, preservado, em boa medida, da competição externa, houve um aumento maior de preços que no industrial. ATÉ QUE PONTO O REAL VALORIZADO ATRAPALHA A INDÚSTRIA NACIONAL? O câmbio valorizado é sempre um complicador para qualquer país. Ele barateia as importações e encarece as exportações. Por outro lado, leva a indústria a espremer os custos e aumentar a eficiência e a produtividade – e isso é bom para a economia como um todo. A concorrência dos importados também favorece o combate à inflação. Foi ela que permitiu a consolidação da estabilidade econômica nos últimos anos. "Mais que a questão cambial, a chave para entender a perda de competitividade do setor industrial são as elevações generalizadas dos custos de produção", diz Mendonça de Barros. O BRASIL TEM ADOTADO MEDIDAS PROTECIONISTAS. QUAL A CONSEQUÊNCIA DELAS? A redução da concorrência externa leva quase sempre a um aumento de preços, com impacto negativo na inflação. Quem acaba pagando a conta é o consumidor, enquanto os industriais aumentam seus lucros. A escolha dos setores beneficiados com subsídios e financiamentos generosos favorece o tráfico de influência nos gabinetes do governo e a corrupção. SE PORVENTURA A DESINDUSTRIALIZAÇÃO VIER MESMO, ELA SERÁ NECESSARIAMENTE RUIM PARA O PAÍS? Há quem acredite que seria um grande problema. Mas alguns economistas acham que não. Mesmo que os produtos primários se tornem cada vez mais dominantes em nossas exportações. "O perigo é não sabermos administrar a riqueza dos recursos naturais que temos", diz o economista Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real e autor de um estudo sobre o tema com o brasilianista Albert Fishlow, ex-diretor do Instituto de Estudos Latino-Americanos e do Centro de Estudos do Brasil da Universidade Colúmbia. Segundo ele, se o Brasil aplicar bem as receitas obtidas com as commodities, principalmente do pré-sal, poderá alavancar seu crescimento de forma sustentável no longo prazo, como aconteceu com os Estados Unidos, exportadores de produtos agrícolas no século XIX, e a Noruega, hoje o país mais rico do mundo em termos relativos, que praticamente só exporta petróleo. "É inevitável, quando há bonança de recursos naturais, que a mão de obra e os recursos se desloquem para setores como o agronegócio", diz Bacha. |
.
.
.
.
.
Agroindústria brasileira registra queda de 2,3% em 2011 http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2079&id_pagina=1&titulo=Agroindustria-brasileira-registra-queda-de-2,3%-em-2011
Em 2011, a agroindústria brasileira recuou 2,3%, resultado inferior ao assinalado em 2010 (4,7%) e também menor do que o registrado pela indústria geral (0,3%). Os setores vinculados à agricultura (-1,6%), de maior peso na agroindústria, apresentaram desempenho abaixo dos setores associados à pecuária (-0,6%). O grupo inseticidas, herbicidas e outros defensivos para uso agropecuário decresceu 16,9% em 2011, impactado negativamente pelo aumento das importações, enquanto o segmento de madeira avançou 4,9%. Em bases trimestrais, a agroindústria apresentou resultados negativos nos quatro trimestres do ano: -3,9% no primeiro, -2,8% no segundo, -0,7% no terceiro e –2,5% no quarto trimestre, todas as comparações contra igual período do ano anterior.
A publicação completa pode ser acessada na página
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfagro_nova
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfagro_nova
Embora os derivados da agricultura tenham recuado 2,4% em 2011, influenciados principalmente pela queda nos derivados da cana-de-açúcar (-16,5%), a safra de grãos de 2011, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) foi de cerca de 159,9 milhões de toneladas, resultado 6,9% superior à safra recorde de 2010 (149,6 milhões de toneladas).
Em relação ao setor externo, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as exportações do agronegócio em 2011 atingiram o recorde de 94,6 bilhões de dólares, aumento de 24,0% em relação ao ano de 2010 (US$ 76,4 bilhões). Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/MDIC), houve aumento no volume exportado dos seguintes produtos da agroindústria: pedaços e miudezas de aves (4,9%), carne de aves não cortadas em pedaços (0,9%), grãos de soja triturados (13,4%), óleo de soja em bruto (9,5%), bagaços e outros resíduos da extração do óleo de soja (4,2%), celulose (1,2%) e fumo (12,0%). Por outro lado, assinalaram queda as exportações de açúcar (-9,4%), álcool (-11,5%), carnes de bovinos congeladas (-16,1%), carnes de suínos congeladas (-4,3%) e couros e peles de bovinos (-0,4%).
Produtos Industriais Derivados da Agricultura recuaram 2,4%
O setor de produtos industriais derivados da agricultura recuou 2,4%, com resultados negativos em três dos oito subsetores pesquisados, com destaque para a queda dos derivados da cana-de-açúcar (-16,5%), influenciado tanto pela redução na produção de açúcar cristal (-12,4%), como na de álcool (-22,8%). As outras contribuições negativas vieram dos derivados do trigo (-0,7%), em razão da queda da safra, e da laranja (-15,1%). Os resultados positivos vieram dos derivados da soja (3,7%); celulose (0,9%), fumo (13,4%) e arroz (14,5%).
Os produtos industriais utilizados pela agricultura avançaram 3,2% em 2011, apoiados em grande parte no aumento da produção de adubos e fertilizantes (7,7%), devido a expansão da renda agrícola e ao crescimento da safra e aumento no preço de algumas commodities. A fabricação de máquinas e equipamentos recuou 4,2% - a produção de tratores e colheitadeiras foi influenciada pela elevada base de comparação, já que em 2010 o setor havia crescido 31,5%. Em relação ao setor externo, as exportações de colheitadeiras aumentaram 5,7% e as de tratores de rodas recuaram 11,0%, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).
Produtos Industriais Derivados da Pecuária tiveram queda de 1,7%
Os produtos industriais derivados da pecuária caíram 1,7% em 2011, com queda dos derivados da pecuária bovina e suína (-0,7%) e dos derivados de aves (-2,2%), e do subsetor de leite (-3,0%). Por outro lado, o segmento de couros e peles avançou 3,3%.
O setor de produtos industriais utilizados pela pecuária cresceu 3,1% em 2011, impulsionado em grande parte pelo crescimento de 1,9% na produção de rações e suplementos vitamínicos e pelo aumento de 9,6% na fabricação de produtos veterinários.
Comunicação Social
07 de fevereiro de 2012
07 de fevereiro de 2012
.
Em 2011, indústria cresceu em 9 dos 14 locais pesquisadoshttp://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2080&id_pagina=1&titulo=Em-2011,-industria-cresceu-em-9-dos-14-locais-pesquisados
Em 2011, a produção industrial regional cresceu em nove dos quatorze locais pesquisados, com seis locais registrando taxas acima da média nacional (0,3%): Paraná (7,0%), Espírito Santo (6,8%), Goiás (6,2%), Amazonas (4,0%), Pará (2,7%) e Rio Grande do Sul (2,0%). Minas Gerais (0,3%), Rio de Janeiro (0,3%) e São Paulo (0,2%) também tiveram taxas positivas em 2011. Pernambuco (0,0%) repetiu o patamar do ano de 2010.
Enquanto Bahia (-4,4%), região Nordeste (-4,7%), Santa Catarina (-5,1%) e Ceará (-11,7%) tiveram queda na produção. A publicação completa pode ser acessada na página
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfregional
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfregional
Já entre novembro e dezembro de 2011, os índices da produção regional, com ajuste sazonal, cresceram em oito dos 14 locais pesquisados. O maior crescimento foi no Paraná (6,5%), seguido por Pará (3,3%), Rio Grande do Sul (2,3%), Pernambuco (2,1%), Amazonas (1,5%) e Santa Catarina (1,0%). Ceará (0,1%) e São Paulo (0,3%) cresceram abaixo da média da indústria nacional (0,9%). Por outro lado, as seis áreas que registraram queda na produção foram: região Nordeste (-1,2%), Espírito Santo (-1,8%), Minas Gerais (-2,8%), Rio de Janeiro (-3,1%), Bahia (-5,2%) e Goiás (-7,0%).
Na comparação Dezembro de 2011 / Dezembro de 2010, o setor industrial nacional mostrou queda de 1,2%, com sete dos 14 locais investigados assinalando redução na produção. A taxa negativa mais intensa foi registrada em Santa Catarina (-10,9%), pressionada pela queda na maior parte dos setores investigados no local, seguida por Ceará (-7,4%), Bahia (-4,9%), região Nordeste (-3,7%), São Paulo (-3,2%), Minas Gerais (-2,8%) e Rio de Janeiro (-2,1%). Entre os locais que apontaram avanço na produção, Paraná (23,5%) assinalou a expansão mais elevada, impulsionado em grande parte pelos setores de veículos automotores e de edição e impressão. Os demais resultados positivos foram verificados no Espírito Santo (7,4%), Goiás (6,6%), Pará (5,2%), Pernambuco (3,8%), Amazonas (3,6%) e Rio Grande do Sul (3,2%).
Na análise trimestral, observa-se que o setor industrial, ao recuar 2,0% no quarto trimestre de 2011, prosseguiu com a trajetória descendente iniciada no primeiro trimestre de 2010 (18,2%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. No último trimestre de 2011, o total da indústria mostrou o primeiro resultado negativo desde o terceiro trimestre de 2009 (8,2%). Em nível regional, ainda no confronto com igual período do ano anterior, sete locais assinalaram taxas negativas no quarto trimestre de 2011, com Santa Catarina (-8,8%) e Ceará (-6,8%) apontando as perdas mais intensas. Vale citar, também, os recuos observados na Bahia (-4,6%), São Paulo (-4,3%), região Nordeste (-3,0%) e Rio de Janeiro (-2,6%). Por outro lado, Paraná (15,1%), Goiás (7,6%) e Amazonas (6,8%) registraram os avanços mais significativos, no período outubro-dezembro de 2011. A perda de dinamismo verificada em nível nacional, na passagem do terceiro (0,0%) para o quarto (-2,0%) trimestre de 2011, foi acompanhada por oito dos quatorze locais investigados, sendo particularmente mais relevante em Santa Catarina (de -4,2% para -8,8%), São Paulo (de -0,2% para -4,3%), Pará (de 6,3% para 2,5%) e Rio de Janeiro (de -0,3% para -2,6%).
Comunicação Social
07 de fevereiro de 2012
07 de fevereiro de 2012
.
Em 2011, PIB cresce 2,7% e totaliza R$ 4,143 trilhões http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2093&id_pagina=1&titulo=Em-2011,-PIB-cresce-2,7%-e-totaliza-R$-4,143-trilhoes
Em relação ao terceiro trimestre de 2011, o PIB a preços de mercado do quarto trimestre do ano passado cresceu 0,3%, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. A agropecuária(0,9%) e os serviços (0,6%) registraram aumento, enquanto a indústria (-0,5%) caiu.
Na comparação com o quarto trimestre de 2010, o PIB cresceu 1,4%, sendo que o valor adicionado a preços básicos aumentou 1,2%, e os impostos sobre produtos, 2,0%. Dentre as atividades econômicas, a agropecuária (8,4%) e os serviços (1,4%) registraram crescimento, enquanto a indústria (-0,4%) registrou queda.
No ano de 2011, em relação a 2010, o PIB aumentou 2,7%, fruto do crescimento de 2,5% no valor adicionado e 4,3% nos impostos. Nessa comparação, a agropecuária (3,9%), os serviços (2,7%) e a indústria (1,6%) cresceram. Assim, segundo as informações das Contas Nacionais Trimestrais, em 2011, o PIB em valores correntes alcançou R$ 4,143 trilhões. O PIB per capita ficou em R$ 21.252, apresentando uma alta de 1,8%, em volume, em relação a 2010.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na páginawww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/defaultcnt.shtm
Em relação ao 3º tri de 2011, crescimento da agropecuária é destaque
O PIB cresceu 0,3% na comparação do quarto trimestre contra o terceiro trimestre de 2011, na série com ajuste sazonal, sendo que as variações por atividade econômica foram: agropecuária, 0,9%; serviços, 0,6% e indústria, -0,5%.
Todos componentes da demanda interna apresentaram variações positivas no último trimestre de 2011. A Despesa de Consumo das Famílias cresceu 1,1%, enquanto que a Despesa de Consumo da Administração Pública e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, ou investimento) apresentaram expansão de 0,4% e 0,2%, respectivamente.
Pelo lado do setor externo, as Importações de Bens e Serviços cresceram em ritmo superior ao das Exportações: 2,6% contra 1,9%.
Na comparação com 4º tri de 2010, agropecuária também é destaque
Na comparação do quarto trimestre de 2011 com o quarto trimestre de 2010, o PIB cresceu 1,4%. Dentre as atividades que contribuem para a geração do Valor Adicionado a Preços Básicos, destaca-se o crescimento da Agropecuária (8,4%). O valor adicionado de Serviços cresceu 1,4%. Já a Indústria, que nesta base de comparação vem apresentando trajetória de desaceleração desde o segundo trimestre de 2010, teve variação negativa de -0,4%.
A taxa da agropecuária (8,4%) pode ser explicada pelo aumento da produtividade e pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no trimestre, como por exemplo, fumo (22,0%), mandioca (7,3%), feijão (10,9%) e laranja (2,8%), e pelo crescimento na produtividade, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola - LSPA.
Entre os serviços (1,4%), todas as atividades que o compõem registraram variações positivas, com destaque para os Serviços de informação (4,6%). As demais variações foram: Intermediação financeira e seguros (1,5%); Administração, saúde e educação pública(1,5%); Transporte, armazenagem e correio (que engloba transporte de carga e passageiros, 1,4%); Comércio (atacadista e varejista, 1,3%); Serviços imobiliários e aluguel (1,3%) e Outros serviços (0,7%).
A variação negativa da indústria (-0,4%) foi puxada pela queda de -3,1% na Indústria de transformação. As demais atividades industriais apresentaram crescimento: Extrativa mineral (3,8%), Construção civil (3,1%) e Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,0%). O resultado da Indústria da transformação foi influenciado, principalmente, pela redução da produção de têxteis, artigos do vestuário, calçados e máquinas e equipamentos.
Dentre os componentes da demanda interna, a despesa de consumo das famílias cresceu 2,1%, a 33ª variação positiva seguida nessa base de comparação. A formação bruta de capital fixo aumentou 2,0% e a despesa de consumo da administração pública cresceu 1,3%.
As Exportações e as Importações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 3,7% e 6,4%, respectivamente, no quarto trimestre de 2011, em relação ao mesmo período de 2010.
No ano, PIB cresce 2,7% e PIB per capita varia 1,8%
Em 2011, o PIB brasileiro variou 2,7% em relação a 2010. Em 2010, o crescimento acumulado no ano havia sido de 7,5%. Em função deste crescimento, o PIB per capita alcançou R$ 21.252 (em valores correntes), após ter registrado variação, em volume, de 1,8% em relação a 2010. O PIB per capita é definido como a divisão do valor corrente do PIB pela população residente no meio do ano.
A expansão do PIB resultou do aumento de 2,5% do Valor Adicionado a preços básicos e do crescimento de 4,3% nos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. O aumento dos impostos reflete, principalmente, o crescimento em volume de 11,4% do Imposto sobre Importação e do aumento de 4,7% do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), sendo este último puxado pela venda de máquinas e equipamentos. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (3,9%), Serviços (2,7%) e Indústria (1,6%).
O crescimento da agropecuária (3,9%) se deve ao aumento de produção de várias culturas importantes da lavoura e aos ganhos de produtividade. Influenciada pelas condições climáticas favoráveis, a agricultura brasileira apresentou safra recorde em 2011 (159,9 milhões de toneladas), tendo como destaque as seguintes culturas: algodão (72,6%), fumo (22,0%), arroz (19,0%), soja (9,2%) e mandioca (7,3%).
Já nos serviços (2,7%), os destaques positivos foram Serviços de informação (4,9%) e Intermediação financeira e seguros (3,9%).Comércio cresceu 3,4%, seguido de Transporte, armazenagem e correio (2,8%). Ao longo de todo o ano de 2011, o crescimento da população empregada e da massa real de salários, ao lado da expansão do crédito ao consumo, sustentaram o crescimento das vendas no comércio, principalmente o varejista, em ritmo superior ao registrado pela atividade industrial. Por fim, Outros serviços eAdministração, saúde e educação pública cresceram, ambas, 2,3%, seguidas por Serviços imobiliários e aluguel (1,4%).
Na indústria (1,6%), o destaque foi o crescimento no ano de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,8%) e da Construção civil (3,6%). O desempenho da construção civil em 2011 é confirmado pelo aumento da população ocupada no setor, que acumulou crescimento de 3,9% segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, e pelo desempenho do crédito direcionado. A Extrativa mineralacumulou expansão de 3,2%, com destaque para a extração de minério de ferro. A Indústria de transformação, por sua vez, apresentou estabilidade em relação ao ano anterior, com variação de 0,1%, influenciado, principalmente, pela redução do Valor Adicionado de artigos do vestuário e acessórios; artigos de plástico; metalurgia; máquinas, aparelhos e material elétrico; e automóveis.
Na análise da demanda, a despesa de consumo das famílias cresceu 4,1% em 2011, oitavo ano consecutivo de aumento. A Despesa do Consumo da Administração Pública aumentou 1,9% e a Formação Bruta de Capital Fixo, por sua vez, apresentou expansão de 4,7%.
No âmbito do setor externo, as exportações tiveram crescimento de 4,5%, e as importações se expandiram 9,7%. Contribui para este quadro a valorização do Real ocorrida entre 2010 e 2011. A taxa de câmbio (medida pela média anual das taxas de câmbio R$/US$ de compra e venda) variou de 1,76 para 1,67.
A taxa de investimento no ano de 2011 foi de 19,3% do PIB, inferior à taxa referente ao ano anterior (19,5%). A taxa de poupança alcançou 17,2% em 2011 contra 17,5% em 2010.
Comunicação Social
06 de março de 2012
06 de março de 2012
.
Desocupação fica em 4,7% em dezembro e fecha 2011 com média de 6,0%
A taxa de desocupação foi estimada em 4,7% em dezembro de 2011, a menor para o mês de dezembro e também a menor taxa de toda a série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) iniciada em março de 2002, registrando queda de 0,5 ponto percentual em relação ao resultado apurado em novembro (5,2%) e de 0,6 ponto percentual na comparação com dezembro de 2010 (5,3%).
Com esse resultado, na média dos 12 meses de 2011, a taxa de desocupação ficou em 6,0%, também a menor média anual, inferior em 0,8 ponto percentual à observada em 2010 (6,7%) e 6,4 pontos percentuais abaixo da média de 2003 (12,4%)
A população desocupada em dezembro de 2011 (1,1 milhão de pessoas) caiu 9,5% no confronto com novembro (menos 119 mil pessoas) e 9,4% em comparação com dezembro de 2010 (menos 118 mil pessoas). No ano de 2011, os desocupados somaram, em média, 1,4 milhão de pessoas, 10,4% a menos que em 2010 (1,6 milhão), o que representou menos 166 mil desocupados em um ano. Com relação a 2003, o contingente de desocupados, de 2,6 milhões, caiu 45,3% ou seja, nesse período a redução atingiu 1,2 milhão de pessoas.
A população ocupada (22,7 milhões) manteve-se estável frente a novembro e apresentou aumento de 1,3% no confronto com dezembro de 2010, o que representou elevação de 283 mil ocupados no intervalo de 12 meses. Na média de 2011, os ocupados somaram 22,5 milhões de pessoas, um contingente 2,1% maior que o de 2010 (22,0 milhões) e 21,3% superior a 2003.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,2 milhões) não registrou variação na comparação com novembro e teve elevação de 6,0% na comparação com dezembro de 2010, o que representou um adicional de 638 mil postos de trabalho com carteira assinada no período de um ano. Esses resultados levaram, na média de 2011, a um recorde na proporção de trabalhadores com carteira assinada (10,9 milhões) em relação ao total de ocupados: 48,5%, frente a 46,3% em 2010 e 39,7% em 2003.
O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.650,00, o valor mais alto para o mês de dezembro desde 2002) subiu 1,1% em comparação com novembro. Frente a dezembro de 2010, o poder de compra dos ocupados cresceu 2,6%. A média anual do rendimento médio mensal habitualmente recebido no trabalho principal foi estimada em R$ 1.625,46(aproximadamente três salários mínimos), o que correspondeu a um crescimento de 2,7%, em relação a 2010. Entre 2003 e 2011, o poder de compra do rendimento de trabalho aumentou em 22,2%.
O rendimento domiciliar per capita aumentou de 2010 para 2011 em 3,8%. De 2003 para 2011, o crescimento chegou a 35,5%.
A massa de rendimento real habitual (R$ 37,8 bilhões) aumentou 0,7% em relação a novembro. Em comparação com dezembro de 2010, a massa cresceu 3,4%. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 40,9 bilhões), estimada em novembro de 2011, subiu 9,3% no mês e 7,1% no ano.
A massa de rendimento real mensal habitual (média anual) estimada para 2011, em R$ 36,9 bilhões, nas seis regiões metropolitanas, resultou em um aumento de 4,8% em relação a 2010 e 47,9% na comparação com 2003.
A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na páginawww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/
A publicação completa da Retrospectiva do Mercado de Trabalho 2003-2011 pode ser acessada na páginahttp://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/retrospectiva2003_2011.pdf
Taxa de desocupação de 2011 é inferior à de 2010 em 0,8 ponto percentual
Em 2011, foi registrado um contingente médio de 1,4 milhão de pessoas desocupadas, 10,4% inferior à média de 2010 (1,6 milhão), o que representou menos 166 mil desocupados em um ano. Em relação a 2003 (2,6 milhões de desocupados), houve redução de 45,3% no número de pessoas nessa situação (menos aproximadamente 1,2 milhão de pessoas).
A taxa de desocupação (proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa, que é formada pelos contingentes de ocupados e desocupados) de 2011 (média de janeiro a dezembro) foi estimada em 6,0%, 0,8 ponto percentual abaixo da observada em 2010 (6,7%). Na comparação com 2003, quando a taxa foi estimada em 12,4%, a redução foi de 6,4 pontos percentuais.
A tabela a seguir mostra a evolução da taxa de desocupação por ano para o total e cada uma das regiões pesquisadas pela PME.
População ocupada tem aumento de 2,1% de 2010 para 2011
A população ocupada no total das regiões da PME em 2011 (média de janeiro a dezembro) foi de 22,5 milhões de pessoas, 2,1% maior que a de 2010 (22,0 milhões) e 21,3% maior do que em 2003, um incremento de 4,0 milhões de pessoas. Esse crescimento foi inferior ao registrado de 2009 para 2010 (3,5%). Este resultado contribuiu para que o nível de ocupação (a proporção de ocupados, no total de pessoas com 10 anos ou mais de idade, na média dos 12 meses), passasse de 53,2%, em 2010, para 53,7%, em 2011 (em 2003 era 50,0%). Em relação a 2003, a população ocupada cresceu 21,3%.
Nas Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre o nível da ocupação foi superior ao do conjunto das seis regiões metropolitanas, respectivamente, 57,0%, 55,8% e 55,1%, enquanto em Recife foi registrado o menor, de 46,6%.
Em 2011 a população ocupada estava distribuída entre 54,6% de homens (12,3 milhões de pessoas) e 45,4% de mulheres (10,2 milhões de pessoas). Como já observado em anos anteriores, as mulheres continuam sendo minoria na população ocupada e maioria na população em idade ativa. Contudo, a participação da mulher na população ocupada, embora não tenha variado em relação a 2011 (de 45,3% em 2010, para 45,4% em 2011), apresenta tendência de aumento (2,4 pontos percentuais em relação a 2003, quando era 43,0%).
Trabalhadores com carteira são 48,5% dos ocupados
Na média de 2011, 10,9 milhões de trabalhadores eram empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado. O percentual dos trabalhadores com carteira assinada em relação ao total de ocupados passou de 46,3% em 2010 para 48,5% em 2011 (em 2003 eram 39,7%).
Em todas as Regiões Metropolitanas, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado representou, aproximadamente, metade da população ocupada, variando e 43,9% no Rio de Janeiro a 52,0% em São Paulo. A região metropolitana de São Paulo continuou com a maior proporção desta categoria dentre os ocupados (52,0%). O Rio de Janeiro foi a Região Metropolitana que menor cresceu no período de 2003-2011 (6,8%), de tal forma que Recife e Salvador, que apresentaram as menores proporções até 2010, ultrapassaram o Rio de Janeiro em 2011.
Como consequência do aumento do contingente de trabalhadores com carteira assinada, também aumentou o número de trabalhadores que contribuíam para a previdência social. Em 2003, 61,2% das pessoas ocupadas contribuíam para a previdência; em 2010, 68,4% e, em 2011, esta proporção atingiu 71,0%.
Pessoas com 50 anos ou mais de idade representam 22,0% da população ocupada
De 2010 para 2011, houve um aumento significativo da participação da população de 50 anos ou mais de idade (4,0%, em relação a 2010) na população em idade ativa, alcançando o contingente 12,6 milhões. Nos grupos de 25 a 49 anos e 15 a 17 anos de idade, também houve crescimento, porém com menor intensidade (0,9% e 0,7%, respectivamente), enquanto nas demais faixas etárias analisadas houve queda ou estabilidade.
Na população ocupada, a presença das pessoas de 50 ou mais anos de idade no mercado de trabalho passou de 21,5% em 2010, para 22,0% em 2011, enquanto todos os demais grupos etários apresentaram redução ou estabilidade na participação relativa na ocupação no ano. Em 2003 o grupo de 50 anos ou mais representava 16,7% da população ocupada.
Trabalhadores com 11 anos ou mais de estudo são 60,7% da população ocupada
De 2010 para 2011, a escolaridade da população com 10 anos ou mais de idade aumentou. O percentual de pessoas com 11 anos ou mais de estudo cresceu 1,3 ponto percentual (passou de 44,5%, em 2010, para 45,8%, em 2011). Em 2003, este percentual era 34,3% (de 2003 para 2011 cresceu 11,4 pontos percentuais). Entre os trabalhadores, o avanço da população com 11 anos ou mais de estudo também foi percebido, passou de 59,2%, para 60,7%. De 2003 para 2011, o percentual de pessoas ocupadas com 11 anos ou mais de estudo cresceu 14,0 pontos percentuais (passou de 46,7%, para 60,7%).
Rendimento médio de trabalho aumenta, mas disparidades persistem
Em 2011, a média anual do rendimento médio mensal habitualmente recebido no trabalho principal foi estimada em R$ 1.625,46 reais (equivalente a aproximadamente três salários mínimos), a mais alta desde 2003, o que correspondeu a um crescimento de 2,7%, em relação a 2010. Entre 2003 e 2011, o poder de compra do rendimento de trabalho aumentou em 22,2%.
A pesquisa apontou disparidades entre os rendimentos de homens e mulheres e, também, entre brancos, pretos e pardos. Em 2011, em média, as mulheres ganhavam em torno de 72,3% do rendimento recebido pelos homens (R$ 1.343,81 contra R$ 1.857,64). A diferença permaneceu constante em relação a 2010, o que interrompe os avanços que ocorreram desde 2007. A menor proporção foi a registrada em 2003, de 70,8%.
O rendimento dos trabalhadores de cor preta ou parda, entre 2003 e 2011, teve um acréscimo de 38,6% para os pretos e 36,7% para os pardos, enquanto o rendimento dos trabalhadores de cor branca cresceu 22,4%. Mas a pesquisa registrou, também, que os trabalhadores de cor preta ou parda ganhavam, em média, em 2011, pouco mais da metade (pretos eram 52,3% e pardos 54,7%) do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca – as médias anuais do rendimento foram de R$ 1.073,22 para os trabalhadores de cor preta e de R$ 1.121,44 para os de cor parda, enquanto a dos trabalhadores de cor branca foi de R$ 2.050,25. Em 2010, esta razão era 50,0% para os pretos e 53,7% para os pardos. Destaca-se que, em 2003, não chegava à metade (pretos era 46,2% e pardos 49,0%).
De 2010 para 2011, o rendimento aumentou em todas as formas de inserção: empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (6,1%); militares e funcionários públicos estatutários (2,1%); trabalhadores por conta própria (4,0%); e trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (1,4%). Para os empregadores o aumento foi de 3,0%.
O mesmo ocorreu nos grupamentos de atividade, todos apresentaram ganho no poder de compra do rendimento do trabalho. Em termos percentuais, os grupamentos com os maiores aumentos foram os que tinham os menores rendimentos. No período 2010-2011, houve ganho no rendimento dos grupamentos: indústria e construção, cerca de 5,0%; nos outros serviços, de 5,7%; nos serviços domésticos, de 5,6%.
Nos serviços domésticos, na comparação 2003 e 2011, foi verificado o maior aumento entre os grupamentos, 42,4%. Ainda em relação a 2003, outro grupamento de destaque foi o da construção, composto em sua maioria por pedreiros, que apresentou ganho de 37,1%, neste período. Apenas o grupamento dos serviços prestados as empresas apresentou perda (-1,8%), entre 2010 e 2011. Este grupamento, de 2003 para 2011, foi o que apresentou o menor percentual de ganho, 10,9%.
O rendimento domiciliar per capita aumentou 3,8% de 2010 (R$ 1.046,13) para 2011 (R$ R$ 1.085,66).
A massa de rendimento real mensal habitual (média anual) estimada para 2011, em R$ 36,9 bilhões, nas seis regiões metropolitanas, resultou em um aumento de 4,8% em relação a 2010 e 47,9% na comparação com 2003.
Resultados de dezembro de 2011: desocupação cai para 4,7%
Regionalmente, na comparação com novembro de 2011, a taxa de desocupação registrou variação significativa apenas no Rio de Janeiro (queda de 0,6 ponto percentual). Frente a dezembro de 2010, a Região Metropolitana de Recife apresentou queda de 2,2 pontos percentuais nesse indicador. Nas Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo a taxa de desocupação atingiu o menor patamar da série.
O contingente de desocupados, estimado em 1,1 milhão de pessoas no agregado das seis regiões investigadas, atingiu o menor patamar da série histórica (iniciada em 2002) nas Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo, o contingente de desocupados. A análise regional mostrou que, em relação a novembro, o contingente de desocupados assinalou queda no Rio de Janeiro (12,5%) e ficou estável nas demais regiões metropolitanas. No confronto com dezembro de 2010, verificou-se queda expressiva na Região Metropolitana de Recife (32,6%) e nas demais regiões não foram observadas variações significativas.
Para a população ocupada (22,7 milhões de pessoas), em dezembro de 2011, no total das seis regiões metropolitanas, na análise por grupamentos de atividade econômica, de novembro para dezembro de 2011, ocorreu queda de 2,6% na Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social e os demais grupamentos não registraram movimentação significativa. No confronto com dezembro de 2010, ocorreram acréscimos nos Serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, 10,5% (mais 357 mil pessoas) e na Construção, 7,7% (mais 126 mil pessoas).O grupamento dos Serviços domésticos apresentou retração de 5,0% (menos 81 mil pessoas) e os demais grupamentos permaneceram estáveis.
Considerando o nível da ocupação, estimado em dezembro de 2011 em 54,0% para o total das seis regiões, não variou frente a novembro último e também ficou estável em relação a dezembro de 2010. Regionalmente, na comparação mensal, todas as regiões metropolitanas mantiveram resultados estáveis, exceto a do Rio de Janeiro, onde o indicador apresentou queda de 1,0 ponto percentual. Frente a dezembro de 2010, ocorreu variação significativa apenas em Salvador (declínio de 2,3 pontos percentuais).
Em dezembro de 2011, os trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,2 milhões de pessoas) representavam 49,2% das pessoas ocupadas.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores na análise regional, em relação a novembro de 2011, subiu em Salvador (1,3%), Belo Horizonte (1,3%), Rio de Janeiro, (2,2%) e São Paulo (1,4%). Caiu em Recife (4,2%) e ficou estável em Porto Alegre. Na comparação com dezembro de 2010, o rendimento cresceu em Recife (2,7%), Salvador (12,4%), Belo Horizonte (5,5%) e São Paulo (2,4%). Ocorreu declínio em Porto Alegre (0,5%) e ficou estável no Rio de Janeiro.
Na análise mensal do rendimento médio real habitual por grupamentos de atividade, foi verificado ganho em Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (0,9%), Construção (5,3%), Serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (3,3%), Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (1,1%), Serviços domésticos (0,5%) e Outros serviços (1,8%). Foi verificada queda em Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (3,2%). Na comparação com dezembro de 2010, foi verificado ganho em Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (1,4%), Construção (13,4%),Serviços prestados à empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (0,9%), Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (0,9%), Serviços domésticos (5,3%) e Outros serviços (6,2%), enquanto houve queda em Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (3,3%).
Por posição na ocupação, em relação a novembro, houve ganho para os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (1,5%) e trabalhadores por conta própria (1,1%). Houve queda para os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (2,5%). Já para os militares e funcionários públicos, foi verificada estabilidade.
Na comparação com dezembro de 2010, houve ganhos para todas os empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (2,5%), militares ou funcionários públicos estatutários (1,6%) e trabalhadores por conta própria (4,6%). Já os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado tiveram queda de 2,7%.
Em relação a novembro, o rendimento domiciliar real habitual per capita dos ocupados (R$ 1.079,86) cresceu 0,9%. Em relação a dezembro de 2010, o aumento foi de 2,5%. Na tabela abaixo, os valores e as variações desse indicador para as seis regiões metropolitanas investigadas pela PME.
Comunicação Social
26 de janeiro de 2012
26 de janeiro de 2012
.
Agro cresce o dobro da economia geral em 2011, diz Cepea
Enquanto o setor avançou 5,73%, economia como um todo se expandiu 2,7%
Redação
Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) do agro brasileiro cresceu o dobro do PIB nacional calculado pelo IBGE, aponta levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, realizado com apoio financeiro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Enquanto o agro avançou 5,73% (a preços reais), totalizando R$ 942 bilhões (em reais de 2011, ou seja, descontada a inflação), a economia como um todo se expandiu 2,7%, indo para R$ 4,143 trilhões, segundo o IBGE. Com isso, a participação do agro no PIB nacional aumentou de 21,78% em 2010 para 22,74% em 2011.
Os responsáveis pelos cálculos, o professor da Esalq/USP Geraldo Barros e os pesquisadores Dra. Adriana Ferreira Silva e Dr. Arlei Luiz Fachinello, destacam a importância de se ter esse crescimento superior a 5% após um ano em que o agro já havia crescido 7,36%. No acumulado dos dois anos, o crescimento se consolida em 13,51%.
Para os consumidores, no entanto, a alta nos preços dos produtos agropecuários pesaram no bolso, superando a inflação geral da economia. Conforme dados do IBGE, o grupo alimentação e bebidas, que representa 26% do IPCA, foi o que exerceu o maior impacto sobre a inflação no ano passado, ainda que tenha crescido menos que em 2010.
Enquanto o agro avançou 5,73% (a preços reais), totalizando R$ 942 bilhões (em reais de 2011, ou seja, descontada a inflação), a economia como um todo se expandiu 2,7%, indo para R$ 4,143 trilhões, segundo o IBGE. Com isso, a participação do agro no PIB nacional aumentou de 21,78% em 2010 para 22,74% em 2011.
Os responsáveis pelos cálculos, o professor da Esalq/USP Geraldo Barros e os pesquisadores Dra. Adriana Ferreira Silva e Dr. Arlei Luiz Fachinello, destacam a importância de se ter esse crescimento superior a 5% após um ano em que o agro já havia crescido 7,36%. No acumulado dos dois anos, o crescimento se consolida em 13,51%.
Para os consumidores, no entanto, a alta nos preços dos produtos agropecuários pesaram no bolso, superando a inflação geral da economia. Conforme dados do IBGE, o grupo alimentação e bebidas, que representa 26% do IPCA, foi o que exerceu o maior impacto sobre a inflação no ano passado, ainda que tenha crescido menos que em 2010.
Considerando-se de forma ponderada todas as cadeias e segmentos e dos dois setores, os pesquisadores do Cepea destacam que, de janeiro a agosto, o agro manteve taxas mensais oscilantes, mas sempre positivas; em setembro e outubro, apesar de desacelerar, o setor ainda cresceu.
Já nos dois últimos meses, houve inversão na tendência expansionista, mesmo com a desvalorização do real frente ao dólar, ajudando a minimizar as perdas no faturamento com as exportações do agro devido aos recuos dos preços internacionais.
Desempenho por setores
Com base nos dados disponíveis até então, constata-se relativo equilíbrio entre os desempenhos dos setores agrícola e pecuário. O primeiro cresceu 5,57% e o segundo, 6,14%. Já quando são analisados os segmentos que compõem o agro, nota-se nítida vantagem para os segmentos de insumos e primário (“dentro da porteira” ou básico).
Com base nos dados disponíveis até então, constata-se relativo equilíbrio entre os desempenhos dos setores agrícola e pecuário. O primeiro cresceu 5,57% e o segundo, 6,14%. Já quando são analisados os segmentos que compõem o agro, nota-se nítida vantagem para os segmentos de insumos e primário (“dentro da porteira” ou básico).
Já a indústria, tanto na agricultura quanto na pecuária, teve baixo desempenho, chegando mesmo a ser negativo na pecuária – o único segmento a acumular queda no ano. A distribuição teve crescimento intermediário, de 4,74% na agricultura e de 3,52% na pecuária.
Os pesquisadores do Cepea chamam a atenção para o fato de que a alta dos insumos pressionou a margem de lucro dos produtores rurais, em especial no segundo semestre, quando os preços agropecuários perderam ritmo. Na agricultura, o aumento na renda do produtor (+12,31%) se sobrepôs ao crescimento dos insumos (+11,16%), o que significou certo alívio ao segmento primário.
Entre as culturas, o maior destaque foi o desempenho do algodão, que registrou alta de 106,64% em seu faturamento. O café e o milho também acumularam crescimento significativo em 2011, ambos em torno de 34%. Na soja, a expansão foi de 17% e, na cana-de-açúcar, de 8,66%. Conforme os pesquisadores, essas culturas representam, em média, 65% do valor bruto da produção agrícola.
Já nas atividades primárias da pecuária, o crescimento não foi suficiente para superar a alta dos insumos (taxas de 8,85% e 11,82%, respectivamente), prejudicando a renda apropriada pelos produtores. Com preços em forte crescimento, a atividade avícola foi o destaque do ano: crescimento de 30%. As atividades leiteira e de produção de ovos também finalizaram 2011 em alta de 9,85% e 16,67%, respectivamente. Já a bovinocultura e a suinocultura, ambas para corte, recuaram ligeiramente no ano: 0,45% e 2,82%, nessa ordem.
No segmento industrial, 13 das 10 indústrias analisadas fecharam o ano em baixa, com destaque para o recuo da indústria de calçados (taxa de -11,58%) e do açúcar (-10,76%). Em sentido contrário, destacaram-se as indústrias de café, óleos vegetais e outros alimentos que, no ano, cresceram 13,44%, 12,06% e 10,49%, respectivamente.
Perspectivas
Para o início de 2012, o professor Geraldo Barros ressalta que as preocupações seguem relacionadas ao cenário internacional, especificamente quanto ao desempenho da economia europeia e às importações da China. Para eles, no entanto, ainda que haja recuo no crescimento das exportações do agro brasileiro, não deverá ser de grandes proporções. Além disso, sob a ótica do mercado interno, eles esperam demanda firme, o que poderá compensar possíveis perdas advindas do mercado externo.
Para o início de 2012, o professor Geraldo Barros ressalta que as preocupações seguem relacionadas ao cenário internacional, especificamente quanto ao desempenho da economia europeia e às importações da China. Para eles, no entanto, ainda que haja recuo no crescimento das exportações do agro brasileiro, não deverá ser de grandes proporções. Além disso, sob a ótica do mercado interno, eles esperam demanda firme, o que poderá compensar possíveis perdas advindas do mercado externo.
Bahia puxa avanço da indústria do NE
Autor(es): Por Francine De Lorenzo e Diogo Martins | De São Paulo e do Rio |
Valor Econômico - 14/03/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/3/14/bahia-puxa-avanco-da-industria-do-ne |
Com a ajuda dos setores têxtil, de vestuário e acessórios, produtos químicos e de refino de petróleo e álcool, a indústria nordestina cresceu 5,7% entre dezembro e janeiro, já descontados os fatores sazonais, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado contrasta com a queda de 2,1% registrada na produção industrial nacional no período. O avanço no Nordeste foi puxado pela Bahia, onde a produção industrial aumentou 12,6% entre dezembro e janeiro, já com os ajustes sazonais. "Isso não quer dizer que o setor esteja bem e recuperado. Esse crescimento se dá sobre bases já muito deprimidas", destaca João Marcelo Batista Coelho Alves, superintendente de desenvolvimento industrial da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). No ano passado, a indústria baiana encolheu 4,4%, enquanto a produção industrial nacional teve expansão de 0,3%. Dados do IBGE mostram que quatro setores levantaram a produção industrial da Bahia entre dezembro e janeiro (sem ajuste sazonal): refino de petróleo e álcool (19,3%), produtos químicos (42,5%), borracha e plástico (6%) e veículos (34%). Alves explica que o crescimento neste período é um ajuste após paradas na produção no fim do ano passado. "Muitas empresas desses setores deram férias coletivas e aproveitaram para fazer manutenções nos equipamentos. Agora, estão retomando as atividades", afirma. No Ceará, embora a produção industrial tenha caído 3,1% entre dezembro e janeiro, já com os ajustes sazonais, os setores têxtil e de vestuário e acessórios esboçam uma recuperação. No período, os avanços, sem o ajuste, foram de 29,5% e 28,4%, respectivamente. "Estamos percebendo uma reposição de estoques, depois da retração de 2011", conta Pedro Jorge Viana, economista da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Feic). Segundo ele, há a expectativa que o governo tome medidas para compensar o aumento das importações, que têm prejudicado os negócios nesses setores. "Os empresários já estão se programando com base nessa possibilidade", diz. O economista lembra que o aumento de 14% no salário mínimo também deve impulsionar o consumo, e este fator já está sendo incorporado ao planejamento das empresas. O setor têxtil, em sua avaliação, não será o único beneficiado pelo aumento da renda. A produção de alimentos e bebidas, diz Viana, também deve ser impulsionada pela renda extra. Para Júlio Gomes de Almeida, consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), é grande a possibilidade de que o reajuste no salário mínimo permita à indústria nordestina uma volta ao crescimento neste ano, após a retração de 4,7% em 2011. O Ceará, em sua avaliação, deve ser o Estado nordestino mais beneficiado pela expansão da renda, já que sua indústria é fortemente voltada ao consumo. "O setor alimentício e de bebidas tem um peso muito forte no Ceará e deverá ser o mais influenciado pelo reajuste do salário mínimo", afirma. Em todo o país, a produção industrial caiu em 9 das 14 regiões monitoradas pelo IBGE. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, o Estado do Pará registrou o maior recuo (13,4%) em janeiro frente a dezembro, já feitos os ajustes sazonais. Houve quedas fortes também na produção do Paraná (-11,5%) e Rio (- 5,9%). Em São Paulo, o recuo foi de 1,7%. Na mesma base de comparação, a produção industrial em Goiás avançou 3,3%. No Rio Grande do Sul, o setor cresceu 0,5%. Para o gerente de coordenação da indústria do IBGE, André Luiz Macedo, a queda de 30,7% na produção brasileira de veículos no período afetou mais as indústrias de São Paulo, Rio e Paraná, Estados nos quais o setor tem maior representatividade na produção industrial geral. A produção de veículos desses Estados tem peso de 16%, 8% e 12%, respectivamente. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário