terça-feira, 20 de março de 2012

J.P. Morgan aposta em ações de consumo e dividendos

Autor(es): Flavia Lima | De São Paulo
Valor Econômico - 19/03/2012

Embaladas por uma forte recuperação da economia brasileira no segundo semestre do ano, as empresas voltadas ao consumo doméstico recebem todas as atenções da equipe de renda variável de mercados emergentes da J.P. Morgan Asset Management. "Ao mesmo tempo, nos mantemos longe dos setores cíclicos e ligados a commodities", disse, com exclusividade ao Valor em sua passagem por São Paulo, Richard Titherington, executivo há 28 anos no mercado financeiro - 26 deles no J.P. Morgan. De sua base em Londres, Titherington responde pela equipe global de renda variável de mercados emergentes, que tem US$ 40 bilhões administrados.
Em termos estratégicos, a novidade é que o executivo olha também muito de perto as companhias brasileiras boas pagadoras de dividendos. A avaliação é que, nos últimos quatro anos, o valor médio que essas empresas retornaram a seus acionistas na forma de dividendos subiu de cerca de 3% para algo em torno de 4,5% - porcentual que ganha relevância em um cenário incomum no Brasil, de juros reais abaixo de 5%.
"A gente gosta de empresas de alta qualidade, ou seja, com um nível de retorno sobre o patrimônio acima da média, níveis de dívida mais baixos do que a média e que, de preferência, paguem dividendos estáveis e em alta", afirma Titherington, cujos fundos de ações offshore voltados para o Brasil - "de longe o país mais importante na América Latina" - reúnem US$ 1,2 bilhão. As cinco carteiras, que há apenas cinco anos tinham US$ 10 milhões em recursos, são as que mais crescem entres os portfólios da gestora americana, que no total tem US$ 1,3 trilhão globalmente.
Titherington avalia que as companhias brasileiras têm vantagens competitivas importantes em relação a seus pares emergentes, por serem bem administradas e terem um foco acima da média em lucratividade e gestão de fluxo de caixa.
Para o executivo, o enorme apetite dos estrangeiros por ações brasileiras no primeiro mês do ano foi resultado de uma combinação de preços atrativos e alta liquidez internacional. E conta que mesmo em meio aos piores momentos da economia global em 2011, fundos soberanos, investidores institucionais e, principalmente, fundos de pensão americanos reforçaram suas apostas em mercados emergentes.
Segundo Titherington, em termos de preços, as ações de emergentes já recuperaram pelo menos metade da diferença que sustentavam no fim do ano sobre o que considera preço justo, mas entende que ainda há espaço para novas altas ao longo de 2012. E diz que o que deve sustentar o forte apetite global por risco é um cenário externo bem menos catastrófico do que esperado por alguns.
Também de passagem pelo Brasil, George Iwanicki, estrategista global de renda variável para mercados emergentes da gestora, segue na mesma linha. "Não é que eu esteja otimista com a Europa, mas bem impressionado com a estratégia do BCE [o Banco Central Europeu] que efetivamente tem colocado um muro de proteção entre a questão da dívida soberana e um eventual estouro do sistema financeiro, o que seria bem mais problemático não só à economia europeia, mas também ao apetite global por risco", diz Iwanicki.
Sobre a economia americana, a avaliação de Iwanicki é que nos últimos seis meses os números da indústria de manufatura e do mercado de trabalho mostram alguma melhora, o que seriam evidências de um processo de que chama de "lenta cicatrização". "Já com relação à China, estamos ao lado de quem acredita em um pouso suave, com queda da inflação e reação da indústria".
O fato novo nisso tudo? Possíveis instabilidades vindas do Oriente Médio e o impacto que podem ter sobre os preços do petróleo. Aqui no Brasil, Iwanicki vê o real sobrevalorizado como um desafio importante. "Em um prazo mais longo, o investidor de Brasil deve estar consciente de que está comprando uma moeda que ainda vai alcançar seu valor justo".
Iwanicki afirma ainda que é difícil dizer se o Banco Central brasileiro vai ter de voltar a subir juros no ano que vem. "É um experimento que o BC está fazendo e vamos descobrir no próximo ano o quanto as expectativas de inflação estão realmente bem ancoradas ou não", diz. "Olhando China e Brasil, se eu tivesse de adivinhar qual país corre mais risco de ter de voltar a subir juros no próximo ano, eu diria que é o Brasil".
Em sintonia com a equipe global, Jorge Oliveira, gestor de renda variável local, reconhece a possibilidade de o BC ter de voltar a subir juros no próximo ano, mas faz um alerta importante. "O fato é que se o investidor quiser antecipar muito essa história do ano que vem pode perder uma oportunidade importante de investimento em 2012", diz.
Para Oliveira, o foco do governo no crescimento econômico, aliado à disposição do BC de cortar juros, abre espaço para o investidor construir um portfólio em cima das boas histórias que têm para acontecer no curto prazo e que englobam ações voltadas à expansão doméstica, papéis que aliam pagamento crescente de dividendos com proteção à inflação, como as empresas de energia elétrica, e o setor de bens de capital.
"Mas euforia eu não vejo", diz Oliveira, ao ressaltar que os papéis que estavam baratos na virada do ano não estão mais. "Agora precisamos das coisas acontecendo aqui no nível da atividade econômica para termos um pouquinho mais de visibilidade que esta história de recuperação vai continuar acontecendo", diz.
Para Oliveira, a enxurrada de recursos estrangeiros no mercado brasileiro em janeiro foi algo pontual no sentido de que não deve mais se repetir em igual magnitude. "Mas o mercado de ações brasileiro tem uma nova boa história para contar que em um ambiente de juro real a 7% ou 8% não tinha graça nenhuma", diz.
Entre os investidores locais, Oliveira reconhece que a disposição de investir em ações tem sido mais tímida. "Pode ser que o mercado no Brasil se valorize 10% até o fim do ano, o que é uma beleza para o investidor externo, mas, para o doméstico, o risco pode parecer grande face ao retorno".
Após vender sua área de gestão de recursos para o Bradesco em 2003, o J.P Morgan voltou à administração local há dois anos. Hoje são R$ 300 milhões sob gestão em ações - com R$ 2 bilhões no total. Para Oliveira, as expectativas são bastante boas, mas a caminhada é longa. "O investidor local saiu da renda fixa pura para o crédito e agora está começando a discutir a renda variável, que, na escala de risco, é o próximo ativo a receber as atenções."

O MAPA DO CONSUMO NO BRASIL

COMO OS BRASILEIROS GASTAM
Autor(es): Amauri Segalla e Fabíola Perez
Isto é - 19/03/2012
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/3/19/como-os-brasileiros-gastam 
 
O crescimento econômico muda o mapa do consumo no Brasil, faz disparar as vendas de produtos e serviços sofisticados e aumenta o apetite de todas as classes sociais para comprar mais
Há alguns dias, o Ibope Inteligência divulgou um prognóstico espantoso a respeito da economia brasileira. As projeções indicam que o consumo das famílias vai crescer 13,5% em 2012, alta comparável ao desempenho de um país como a China. De acordo com o Ibope, até o final do ano os gastos nacionais devem totalizar R$ 1,3 trilhão, valor equivalente à soma dos PIBs de Argentina e Suécia. Será o nono avanço consecutivo desse indicador, feito notável diante das crises financeiras que, principalmente depois de 2008, derrubaram a Europa e os Estados Unidos. Hoje, o Brasil é campeão de vendas em diversos setores. Em nenhum lugar do planeta o comércio de celulares e tevês de telas finas, para usar exemplos de produtos que demandam tecnologia de ponta, cresce tão velozmente. O País já é o quarto maior mercado global de carros, o terceiro de cosméticos e de cerveja e lidera com folga negócios tão diversos quanto produção de gravatas (o que é resultado direto do aumento da oferta de cargos executivos) e achocolatados (com mais dinheiro, a classe C fez sumir das prateleiras chocolate em pó e em caixinha). O fenômeno, como se observa nesses dados, é alimentado pelo enriquecimento da população. Os brasileiros não estão apenas comprando mais. Acima de tudo, estão gastando com qualidade. A classe média, responsável por quase 80% do consumo das famílias, trocou carros com motor 1.0 por veículos mais potentes, o frango por carne nobre, o óleo de soja por azeite. Claro, o Brasil não é uma Suíça, mas está cada vez mais parecido com as nações ricas. "No Brasil, a revolução no consumo está ocorrendo de maneira mais agressiva do que em outros lugares", diz Henry Manson, chefe de pesquisa da consultoria americana Trendwatching, especializada em marcas e com atuação em mais de 120 países.
O mapa do consumo no País é o retrato acabado dessa transformação. Embora ainda predominem como forças econômicas, as regiões Sul e Sudeste vêm perdendo espaço, no volume de vendas nacionais, para os Estados do Norte e Nordeste. Em 2012, o consumo deve crescer 6,5% no Sudeste, ou um quarto da disparada prevista para o Norte e o Nordeste do País. A diversificação das oportunidades é boa para as empresas, que faturam alto com os novos mercados, e para os consumidores, que passam a ter acesso a mais bens e serviços. Esse processo de amadurecimento da economia brasileira só foi possível graças à combinação de três fatores: o crescimento continuado, a redução da desigualdade e a expressiva geração de empregos. "As empresas oferecem oportunidades com carteira assinada, o consumidor se sente mais confiante para obter acesso ao crédito e a economia toda é favorecida", diz Marcelo Neri, economista e coordenador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV). É fácil comprovar a mudança em curso no País. De 2003 a 2011, a renda média do brasileiro cresceu 33%. Nesse período, nove milhões de pessoas passaram a integrar as classes A e B. Já a classe C, a que mais evoluiu, ganhou 40 milhões de novos integrantes – contingente semelhante à população inteira da Espanha.
São pessoas como o pedreiro Sadir Maximovitz que impulsionam as estatísticas do consumo nacional. Aos 36 anos, ele possui cinco apartamentos em Florianópolis, onde vive atualmente com a família. Nascido no interior do Paraná, desistiu de trabalhar como agricultor para começar a vida do zero em Santa Catarina. Como não tinha o segundo grau completo, voltou a estudar para conseguir o primeiro emprego na cidade. Ingressou na área de construção e, com a farta oferta de crédito, comprou o primeiro imóvel. O boom imobiliário trouxe um rosário de oportunidades – e todo o dinheiro que sobrava era investido em um novo apartamento. Hoje são cinco. As pesquisas econômicas comprovam a importância do setor habitacional para o crescimento do País. Os brasileiros destinam 35% de seu orçamento para a habitação, quase o dobro do dinheiro gasto com alimentação. Mas não são apenas os imóveis que estão no foco de interesse da família Maximovitz. A renda familiar de R$ 3 mil permite confortos até pouco tempo atrás inacessíveis. Ele, a mulher e as duas filhas, de 12 e 9 anos, têm celular próprio. A cozinha foi equipada com eletrodomésticos modernos (torradeira, máquina de café expresso) e a geladeira é nova em folha.
A notícia mais surpreendente é que a ascensão de Maximovitz, um autêntico representante da classe C, provavelmente não terminou. "A próxima revolução do consumo deverá ocorrer dentro de dois ou três anos, quando a classe C ascender para a B", afirma Antônio Carlos Ruótulo, diretor do Ibope Inteligência. "O processo vai levar a uma alteração muito mais intensa do que a primeira ascensão social, que provocou a formação da nova classe média no País." A mobilidade social é resultado direto do aumento da renda. Portanto, diz Ruótulo, o salto será irreversível. Projeta-se, para o futuro próximo, uma classe A/B composta por impressionantes 30 milhões de pessoas, que terão dinheiro suficiente para comprar carros melhores, se vestir melhor, viajar para o Exterior, investir em produtos de alta tecnologia, comer bem. De certa forma, isso já vem acontecendo no País, mas há na fila uma multidão ansiosa para entrar nesse grupo de elite. Quando a revolução enfim terminar, o Brasil vai rivalizar em condições de igualdade com as grandes potências globais. Que empresa estrangeira não vai querer colocar seu produto aqui? Que marcas não vão priorizar o mercado brasileiro? Quem será maluco de ficar fora desse movimento?
Segundo o economista Marcelo Neri, da FGV, a mudança é mais sustentável do que muitos acreditam. "Ao mesmo tempo que o desenvolvimento econômico se intensifica, a taxa de desigualdade registrou uma queda de 2,1% nos últimos 12 meses", diz ele. Em apenas um ano, portanto, houve um forte movimento para cima de brasileiros que estavam na base da pirâmide. Isso em tempos de dúvida a respeito do futuro da Europa e do impacto que os problemas do Velho Continente podem causar mundo afora. Para pessoas como o salva-vidas Leandro Rodrigues, 30 anos, a palavra crise está muito distante de seu dia a dia. Ele vive no bairro do Humaitá, no Rio de Janeiro e, graças ao crédito fácil, conseguiu comprar uma moto financiada. Hoje, o seu principal sonho de consumo é a educação, a exemplo do que ocorre com a maioria dos integrantes da classe D. "Estudei até o segundo grau e depois fiz um curso técnico de administração de empresas", diz Rodrigues. "Agora tenho planos de fazer outros cursos." Mesmo para aqueles cujos anseios de consumo se limitam à alimentação, o crescimento econômico dos últimos anos abriu um leque de oportunidades. Fábio Santos, 36 anos, faz bicos como mototaxi na favela Morro dos Cabritos, no Rio de Janeiro, e sua mulher, Amara da Silva, trabalha como auxiliar de serviços gerais. Boa parte de sua renda vem do Bolsa Família, que permitiu que ele e a mulher comessem melhor – e ajudassem os supermercados a faturar mais. "A minha geladeira nunca fica vazia", diz Santos. Hoje em dia, as classes D e E representam 20,6% do total de domicílios brasileiros e bancam 7% do consumo. Segundo pesquisa do Ibope, as despesas dessa parcela da população se concentram basicamente na alimentação e no vestuário.
A maior transformação do consumo brasileiro, porém, é a busca pela qualidade. Basta dar uma espiada nas estatísticas para captar esse desejo. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo IBGE, entre 2003 e 2009 o consumo médio mensal de carne de primeira aumentou 4,2% no País. Enquanto isso, o de frango caiu 11,8%. Há casos mais emblemáticos. A compra de azeite subiu 13,8% e a de óleo de soja, recuou 45,5%. Detalhe importante: o azeite custa, em média, o triplo de seu concorrente menos nobre. "As famílias brasileiras deixaram de comprar apenas o básico e estão ingressando em categorias de maior valor agregado", diz Sussumo Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados. "Produtos como carne, verduras, legumes e frutas começaram a fazer parte da cesta de compras das classes mais baixas." O executivo também cita os produtos orgânicos como exemplo dessa mudança. Eles ainda representam pouco do faturamento do setor, mas sua venda cresce sistematicamente mais do que a de outros alimentos. "Os consumidores cada vez mais privilegiam itens saudáveis na hora de comprar", diz Honda. Isso tem um preço, em geral muito mais alto do que alimentos que não fazem bem à saúde.
Na área de tecnologia, o caso brasileiro já foi chamado de "milagroso" por publicações estrangeiras especializadas em economia. Em nenhum outro país as vendas de smartphones são tão vertiginosas. Em 2011, cresceram 179%. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos a alta não chegou a dois dígitos. Enquanto até em países como o Japão as vendas de tevês com tecnologia 3D não deslancharam, por aqui elas já respondem por quase um quarto dos negócios fechados. Dos 12 milhões de aparelhos comercializados por ano no Brasil, 92% possuem telas finas (LED, LCD), que custam no mínimo o dobro de modelos menos sofisticados. A indústria automobilística passa pela mesma sofisticação. Em fevereiro passado, a participação de carros com motor 1.0 no total de automóveis emplacados foi de 42,6%, o que corresponde ao menor percentual em 17 anos. Há uma década, os veículos populares detinham mais de 70% da preferência dos brasileiros. Agora, eles estão sendo substituídos por modelos 1.6 e 1.8, com airbag, câmbio automático e banco de couro.
Mimos como esse se tornaram corriqueiros na vida de profissionais como o engenheiro civil Carlos Henrique Lellis, 50 anos. Sua família de quatro integrantes (além dele, vivem sob o mesmo teto a mulher e os dois filhos) possui três carros, cinco tevês e quatro computadores. Todos os anos, o grupo viaja para o Exterior ("em 2011, fizemos um cruzeiro pela Europa", diz Lellis) e comer fora passou a ser até mais frequente do que fazer refeições em casa. Os Lellis se enquadram no que os especialistas chamam de classe B, mas eles também passaram por uma transformação social graças, em boa medida, à fartura de oportunidades da economia brasileira. Por mais de 20 anos, o engenheiro trabalhou em um banco, mas o salário limitava suas ambições de consumo. Em 2006, resolveu deixar o emprego para abrir um escritório de engenharia. "Nossas condições de vida melhoraram muito depois disso", afirma. No mapa do consumo brasileiro, a classe B está praticamente empatada com a classe C, respondendo por 38% das compras efetuadas no Brasil. O interessante é que o grupo em que está o engenheiro Lellis detém 46,6% da massa salarial do País, ante 26,9% da classe C. Uma das possíveis conclusões: a classe B tem mais dinheiro, mas a C está mais disposta a gastar. No alto da pirâmide, a classe A é representada pela minoria dos domicílios no País (2,6%). Enquanto o salário dessas famílias corresponde a 23,7% da renda nacional, apenas 16,2% dessa renda é convertida em bens de consumo. A explicação para a existência de mais dinheiro do que consumo é que os ricos concentram suas ambições em investimentos monetários. Foi isso o que fez o empresário e pecuarista Luís Hermano Colferai, 60 anos, para formar seu patrimônio. "A fórmula do sucesso é poupar", diz Colferai. "Gosto de comprar à vista e ao longo dos anos desenvolvi o hábito de investir na poupança."
Para manter o desenvolvimento econômico baseado no consumo – fórmula que, aliás, ajudou os Estados Unidos a se tornarem o país mais rico do mundo –, o governo brasileiro prepara uma série de medidas que deverão ser adotadas nos próximos meses. Mais concessões fiscais para eletrodomésticos da linha branca e novas linhas de crédito buscam principalmente despertar os ânimos daqueles que ficaram assustados com o crescimento tímido de 2,7% do PIB brasileiro em 2011. Mas a turma dos que estão realmente temerosos é pequena. Segundo uma pesquisa global realizada pela Nielsen, o consumidor brasileiro é o quinto mais otimista do mundo. Nesse caso, otimismo se traduz essencialmente em disposição para gastar. Para especialistas, o Brasil está perto de atingir aquele grau de satisfação em que, mais do que se estressar para pagar as contas, o que move as pessoas são os planos de consumo imediatos ou para o futuro – desfrutar de um restaurante sofisticado, construir uma casa, viajar para o Exterior. É o estado de bem-estar alcançado apenas por alguns países europeus e que, por mais surpreendente que possa parecer, os brasileiros estão prestes a conquistar.

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