sexta-feira, 16 de março de 2012

CTNBio terá novo presidente, mas manterá o perfil pró-transgênicos

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POR UM BRASIL ECOLÓGICO,
LIVRE DE TRANSGÊNICOS E AGROTÓXICOS
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Número 577 - 16 de março de 2012
 
Car@s Amig@s,
 
“Se os passarinhos morrerem o problema é deles. Nós estamos aqui para avaliar biossegurança”, sentenciou o representante do Itamaraty na reunião da CTNBio que se encerrou nesta quinta. Se para o doutor Paulo Andrade, que representa o pensamento da ala majoritária da Comissão, a integridade da vida silvestre não faz parte da avaliação de biossegurança, o que será que faz? Será essa a visão que orientará o Ministério de Relações Exteriores na condução da Rio+20?
 
Na mesma reunião foram eleitos os novos coordenadores das comissões setoriais e montada lista tríplice com indicações de nomes que será submetida para o ministro Marco Antonio Raupp escolher quem presidirá a CTNBio pelos próximos dois anos.
 
Para a eleição dos coordenadores das comissões setoriais, os membros votaram em dois nomes, um para titular e outro para vice. Os dois mais votados assumirão os postos a partir de abril. Já para a indicação do presidente um novo procedimento foi adotado, diferente do usado na eleição de dois anos atrás, sem que fosse apresentada uma justificativa para tanto. Cada membro indicou três nomes ao invés de dois. Com a manobra o bloco majoritário da CTNBio pôde assegurar que chegarão para escolha do ministro três nomes “dos seus”. Fosse mantido o procedimento tradicional, um nome mais ligado ao princípio da precaução poderia integrar a lista e dar ao ministro chance de optar pelo perfil que ele vai querer à frente do colegiado. Mais do mesmo vem pela frente. Integram a lista, na ordem de mais votados, os doutores Flavio Finardi, Francisco Nóbrega e Maria Lúcia Carneiro.
 
As inovações não pararam por aí. Também faz parte agora da comissão o doutor Jesus Aparecido Ferro, sócio-fundador da empresa Alellyx Applied Genomics, que desenvolve cana e eucalipto transgênicos, cujos processos são avaliados pela mesma CTNBio. Em 2008 a Alellyx foi comprada pela Monsanto. Assim fica até mais fácil saber de que tipo de biossegurança a CTNBio está tratando.

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