O Globo - 02/09/2011 |
Dois meses após assumir a presidência do Ipea, com o discurso de que iria "valorizar o contraditório e a pluralidade da investigação", Marcio Pochmann afastou os economistas Fábio Giambiagi, Otávio Tourinho, Gervásio Rezende e Regis Bonelli em novembro de 2007, no governo Lula. A decisão foi vista como ingerência política, já que os quatro tinham visões contrárias à linha da equipe econômica. Pochmann rebateu as acusações e afirmou que Giambiagi e Tourinho foram afastados por serem funcionários do BNDES que estavam no Ipea por meio de convênios que venceriam no fim daquele ano. Sobre Rezende e Bonelli, ele afirmou que os dois estavam se aposentando e não poderiam continuar na instituição. Além disso, considerou "absurdo" o argumento de que estaria havendo algum tipo de perseguição ideológica. Membros do governo e setores do PT, no entanto, criticavam a atuação de segmentos do Ipea, vistos como foco de notícias negativas. Vários trabalhos do instituto desagradaram aos petistas, como a publicação que traçou o cenário provável do futuro da Previdência e propôs reformas. Dentro do Ipea, alguns viram as mudanças como interferência direta de Mangabeira Unger, então titular da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, à qual o Ipea estava subordinado. |
sábado, 3 de setembro de 2011
Ipea sofreu ingerência política
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