sábado, 9 de julho de 2011

São Paulo e Rio de Janeiro são as cidades mais caras da América Latina

Autor(es): agência o globo:Andrea Freitas
O Globo - 08/07/2011
 

Metrópoles brasileiras têm custo de vida mais alto do que qualquer americana

Sede da próxima Copa do Mundo e das Olimpíadas de 2016, o Brasil abriga as duas cidades mais caras da América Latina para se viver, segundo a pesquisa "Worldwide Cost of Living" (Custo de Vida Mundial, em tradução livre), divulgada ontem pela Economist Intelligence Unit. O Rio de Janeiro aparece como a 41ª colocada no ranking, com um custo de vida parecido com o de Los Angeles. São Paulo é ainda mais cara, na 31ª posição de uma lista de 133 cidades de 93 países, com custo semelhante ao de Roma.
Tóquio é a cidade com o custo de vida mais elevado do mundo, seguida por Oslo (Noruega), Osaka (Japão) e Paris (França). Karachi (Paquistão) é a mais barata. Budapeste (Hungria) foi a cidade cujo custo de vida mais subiu nos últimos 12 meses, passando da 93ª colocação para a 76ª. Já a que mais caiu na lista foi Istambul (Turquia), que perdeu 24 postos, passando para o 52º lugar.
As duas principais metrópoles brasileiras estão à frente de qualquer cidade americana. Chicago é a mais cara dos EUA, na 44ª posição, enquanto Nova York está na 49ª. Há cinco anos, São Paulo ocupava o 81º lugar, e o Rio, o 83º. Em 2001, a 97ª posição era dos paulistas, seguidos dos cariocas. Jon Copestake, responsável pela pesquisa, diz que a alta brasileira deve-se principalmente à valorização do real.
- O Brasil passou por uma desvalorização da sua moeda e agora vive um fortalecimento do real. O real forte torna o Brasil mais caro em comparação com outros países - diz. - O Brasil ainda é um país com uma inflação considerada alta, num cenário em que o preço das commodities também está subindo, o que ajuda a explicar a posição brasileira no ranking.
Já nos EUA, o cenário é diferente. Todas as cidades americanas pesquisadas perderam posições na lista, e nenhuma está entre as 40 mais caras.
- Os preços, porém, continuam subindo nos EUA. Mas o dólar mais fraco e um cenário de crise econômica ajudam a reduzir comparativamente o custo de vida - explica Copestake.
Entre os latino-americanos, a Cidade do México subiu 14 posições, para a 57ª no ranking. A Cidade do Panamá é a mais barata das Américas, com um custo 40% menor que o de Nova York, no 126º lugar da lista, elaborada duas vezes ao ano, com base nos preços de 160 itens.

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