sexta-feira, 17 de agosto de 2012

BCs compram volume recorde de ouro no trimestre



Valor Econômico - 17/08/2012
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/8/17/bcs-compram-volume-recorde-de-ouro-no-trimestre
 

A demanda global por ouro no segundo trimestre do ano somou 990 toneladas, uma queda de 7% sobre igual período do ano passado e 10% menos do que o registrado nos três primeiros meses de 2012. Mas a fraca procura do setor de joias e de tecnologia foi compensada pele firme demanda dos bancos centrais.
Segundo a World Gold Council (WGC), que compila os dados, as reservas do setor oficial, que inclui BCs e outros agentes oficiais, subiram em 157,5 toneladas, a maior compra trimestral desde o segundo trimestre de 2009, quando o grupo passou a ser comprador líquido de ouro. O segmento representou 16% da demanda do trimestre.
O montante comprado no período representa mais que o dobro das 66,2 toneladas adquiridas pelos BCs entre abril e junho de 2011. E durante o primeiro semestre, a reserva de ouro nos BCs cresceu em 254,2 toneladas, ante 203,2 toneladas nos seis primeiros meses de 2011.
De acordo com a organização, a compra continuou concentrada entre os bancos centrais de países em desenvolvimento e reflete a necessidade de diversificação de reservas.
"Isso nos sugere que suas reservas de ouro terão de continuar aumentando para manter uma alocação proporcional à acumulação de reservas via compra de moedas estrangeiras", diz a World Gold Council.
A China e a Índia continuam dominando o mercado consumidor, respondendo por 45% do total de joias, moedas e barras de ouro. "Assim sendo, a demanda global é fortemente influenciada pelos movimentos nesses dois países", diz o relatório.
Na Índia, a queda de demanda para joias e investimentos foi de 38% no trimestre, para 181,3 toneladas. A organização aponta que a demanda foi barrada pelo preço recorde do metal no mercado local, reflexo de uma forte desvalorização da rúpia. Na China, o menor ritmo de crescimento e preços sem tendência explicam a queda de 7,4%, para 145 toneladas na demanda por ouro.
A procura do metal como investimento, que considera barras, moedas, fundos de investimento (ETFs) e outros produtos similares, recuou 23% no segundo trimestre para 302 toneladas.
Mas tirando a China e a Índia da conta, a demanda por ouro como investimento pelos consumidores de varejo cresceu 16% no trimestre para 195 toneladas.
"Os investidores europeus responderam por boa parte desse crescimento, conforme a crise na zona do euro reforça o papel do ouro como reserva de capital e como um investimento seguro", diz o relatório.
A demanda europeia por barras de ouro e moedas subiu 15% no trimestre, somando 77,6 toneladas. A Alemanha foi destaque, com aumento de 51% na procura pelo metal, para 11,6 toneladas.

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