quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Empresas anunciam prejuízos bilionários

São Paulo, quarta-feira, 15 de agosto de 2012Mercado
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Juntas, 7 companhias divulgam perdas somadas de R$ 3,6 bi; não há causa comum DE SÃO PAULOhttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/60900-empresas-anunciam-prejuizos-bilionarios.shtml

O segundo trimestre foi marcado por anúncios de prejuízos -alguns bilionários- em várias empresas do país.
Só ontem, sete entre as maiores companhias que divulgaram seus balanços tiveram resultado negativo no período. Embora não haja uma causa comum apontada para as perdas, juntas, elas somaram ontem R$ 3,6 bilhões.
A Braskem teve prejuízo R$ 1 bilhão, por causa do impacto de R$ 2,1 bilhões do resultado financeiro, prejudicado pela apreciação do dólar, disse a empresa. A CSN teve perda de R$ 1 bilhão, afetada pela reclassificação contábil, segundo a companhia.
A OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, do empresário Eike Batista, teve prejuízo líquido de R$ 398,6 milhões no período.
No mesmo grupo, a MPX, de energia, encerrou o trimestre com prejuízo de R$ 135,2 milhões. A MMX, de mineração, teve perda de R$ 391,6 milhões, devido a quedas na produção e nas vendas das duas minas. A LLX, de logística, fechou o período com R$ 6,89 milhões negativos.
O prejuízo da Gol dobrou, impactado pela desvalorização do real e pelos custos altos com combustível.
Dias atrás, outras empresas já haviam registrado perdas no segundo trimestre.
A da Petrobras foi de R$ 1,3 bilhão. Outras foram TAM, PanAmericano, Usiminas, HRT, OSX e CCX.


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Carnes de frango e de porco podem subir até 10%
Para compensar elevação dos grãos, setor de alimentos aumenta preços
Produtos da Sadia e da Perdigão devem ter alta imediatamente; Seara, principal concorrente, também prevê reajuste
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULOhttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/60924-carnes-de-frango-e-de-porco-podem-subir-ate-10.shtml

Os efeitos de uma das maiores secas da história dos EUA, que provocou quebra na safra de grãos daquele país, vão chegar logo ao bolso do consumidor brasileiro.
Duas das maiores produtoras de carnes de frango e suína do país disseram ontem que vão reajustar os preços em breve. O objetivo é compensar o aumento de custos provocado pela alta das cotações do milho e da soja.
"Vamos reajustar os preços entre 5% e 10% de imediato", afirmou José Antonio do Prado Fay, presidente da BRF-Brasil Foods, dona das marcas Sadia e Perdigão.
No segundo trimestre deste ano, quando o milho subiu 16% em relação ao mesmo período de 2011, a companhia conseguiu aumentar seus preços marginalmente, entre 1% e 2% -insuficiente para cobrir os gastos adicionais.
"Respeitamos o nosso consumidor, mas é necessária uma implementação muito mais rápida do aumento de preços", disse Fay.
Principal concorrente da BRF no mercado interno, a Seara Brasil (divisão de aves, suínos e processados da Marfrig) conseguiu preços 6,1% maiores no mercado doméstico no segundo trimestre em relação ao primeiro.
Além dos reajustes, o percentual reflete a maior participação de produtos industrializados na receita -59%, ante 50% há um ano.
A empresa avisa, no entanto, que promoverá novos aumentos. "Eles não foram suficientes [para compensar os custos]", disse David Palfenier, presidente da Seara. "Continuamos buscando maiores preços", acrescentou.
QUEDA NO LUCRO
A alta nos custos teve impacto no resultado das empresas no segundo trimestre.
O lucro da BRF caiu 99%, para R$ 6 milhões, também bastante influenciado pelo aumento de despesas provocado pela transferência de ativos para a Marfrig -operação determinada pelo Cade.
A rival teve lucro de R$ 15,5 milhões e reverteu prejuízo de R$ 91 milhões no mesmo período do ano passado. Mas previu que o maior impacto ainda está por vir, pois a explosão do preço do milho ocorreu no terceiro trimestre.
Além de preço maior, as empresas informaram que buscam reduzir despesas para melhorar a rentabilidade.
Já o JBS registrou lucro líquido de R$ 169,5 milhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo no mesmo período do ano anterior, de R$ 180,8 milhões.
O resultado ficou acima das expectativas do mercado. Analistas esperavam, em média, lucro de R$ 119 milhões. 

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