Área de refino recebe recursos para modernização
Autor(es): Carmen Nery | Para o Valor, do Rio | |||||||
Valor Econômico - 21/06/2011 | |||||||
Dos US$ 78,6 bilhões de investimentos originalmente programados pela Petrobras para a área de abastecimento previstos no plano de negócios da estatal até 2014, cerca de 50% serão aplicados para modernização e expansão do parque de refino. A menos que haja mudanças no novo Plano de Negócios 2011-2015, a empresa conduz atualmente a construção de quatro novas refinarias e vem reformulando as plantas já existentes como a Refinaria Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, com o objetivo de produzir combustíveis de melhor qualidade e baixo teor de enxofre, além de novas plantas de conversão para agregar mais valor ao petróleo nacional. A maior concentração de investimentos é no Nordeste. As novas plantas incluem a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, as refinarias Premium I, no Maranhão, e Premium II, no Ceará, além do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). Os investimentos incluem ainda a Petroquímica Suape, que junto com o Comperj atenderá a demanda de derivados petroquímicos. A ampliação do parque visa reduzir o volume de importações de derivados de petróleo. Em dez anos o país praticamente quintuplicou o volume de importação de derivados, passando de um montante mensal de US$ 332,38 milhões apurados em dezembro de 2000 para US$ 1,613 bilhão em abril de 2011, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) com base nos números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). "De 1997 a 2008 os investimentos da Petrobras na área de refino se concentraram na readequação do parque existente para melhorar a qualidade dos combustíveis, reduzindo a produção de óleo combustível e ampliando a produção de gasolina e diesel. A partir de 2008 a empresa iniciou uma nova fase, instalando novas refinarias principalmente no Nordeste, onde há um grande déficit e a região é obrigada a importar derivados do Sul e do Sudeste", observa Edmar de Almeida, professor do grupo de energia do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Daí que o principal objetivo da expansão é o atendimento da demanda interna. "Não faz sentido econômico desviar recursos da área de exploração e produção, que o país elegeu como prioridade, para a área de refino, que demanda pesados investimentos, com vista à exportação de derivados", diz Almeida. Programa deve duplicar frota
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