quarta-feira, 22 de junho de 2011

Área de refino recebe recursos para modernização

Autor(es): Carmen Nery | Para o Valor, do Rio
Valor Econômico - 21/06/2011
 

Dos US$ 78,6 bilhões de investimentos originalmente programados pela Petrobras para a área de abastecimento previstos no plano de negócios da estatal até 2014, cerca de 50% serão aplicados para modernização e expansão do parque de refino.
A menos que haja mudanças no novo Plano de Negócios 2011-2015, a empresa conduz atualmente a construção de quatro novas refinarias e vem reformulando as plantas já existentes como a Refinaria Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, com o objetivo de produzir combustíveis de melhor qualidade e baixo teor de enxofre, além de novas plantas de conversão para agregar mais valor ao petróleo nacional.
A maior concentração de investimentos é no Nordeste. As novas plantas incluem a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, as refinarias Premium I, no Maranhão, e Premium II, no Ceará, além do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj).
Os investimentos incluem ainda a Petroquímica Suape, que junto com o Comperj atenderá a demanda de derivados petroquímicos. A ampliação do parque visa reduzir o volume de importações de derivados de petróleo. Em dez anos o país praticamente quintuplicou o volume de importação de derivados, passando de um montante mensal de US$ 332,38 milhões apurados em dezembro de 2000 para US$ 1,613 bilhão em abril de 2011, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) com base nos números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
"De 1997 a 2008 os investimentos da Petrobras na área de refino se concentraram na readequação do parque existente para melhorar a qualidade dos combustíveis, reduzindo a produção de óleo combustível e ampliando a produção de gasolina e diesel. A partir de 2008 a empresa iniciou uma nova fase, instalando novas refinarias principalmente no Nordeste, onde há um grande déficit e a região é obrigada a importar derivados do Sul e do Sudeste", observa Edmar de Almeida, professor do grupo de energia do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Daí que o principal objetivo da expansão é o atendimento da demanda interna.
"Não faz sentido econômico desviar recursos da área de exploração e produção, que o país elegeu como prioridade, para a área de refino, que demanda pesados investimentos, com vista à exportação de derivados", diz Almeida.

Programa deve duplicar frota

Valor Econômico - 21/06/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/6/21/programa-deve-duplicar-frota
 

A Transpetro, braço logístico da Petrobras, já investiu R$ 9,6 bilhões no seu Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). Dos 49 navios estimados pelo programa, 41 já foram licitados. Ainda há oito embarcações em fase final de licitação.
"Precisávamos renovar e expandir a nossa frota. Essa foi a oportunidade para fazer renascer nossa indústria naval, em bases modernas e competitivas", destaca o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
Sete navios aliviadores de posicionamento dinâmico, que já foram encomendados, serão usados para escoar a produção de plataformas dos campos da nova fronteira petrolífera do país, situada a cerca de 300 quilômetros da costa. Essa demanda efetiva das necessidades do pré-sal ainda está sendo quantificada. Mas já se sabe que a demanda por plataformas de produção, barcos de apoio e navios aliviadores de posicionamento dinâmico deverá crescer de forma expressiva em relação aos números já disponíveis, calculados antes do pré-sal.
"Já temos a quarta maior carteira mundial de encomendas de petroleiros e a quinta de navios em geral", ressalta o presidente da Transpetro. A frota atual da empresa conta com 53 navios. A partir do Promef, estima-se que esse número chegue a mais de 110 navios em 2015. O índice de nacionalização do Promef é de 65% na primeira fase, que somava 23 navios, e de 70% na segunda etapa.

Retomada da indústria naval tem 269 projetos

Autor(es): Carmen Nery | Para o Valor, do Rio
Valor Econômico - 21/06/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/6/21/retomada-da-industria-naval-tem-269-projetos
 

Uma década depois do início da retomada da produção naval brasileira, o Brasil aparece novamente nas estatísticas internacionais da construção naval e hoje ocupa a quinta posição em volume de encomendas. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), são 269 projetos nos 37 estaleiros associados, sendo 19 plataformas de produção de petróleo. Novos contratos irão somar-se à frota do programa EBN - Empresa Brasileira de Navegação, criada pela Petrobras para incentivar a indústria naval brasileira, convocando armadores para a construção de 39 petroleiros.
Em maio a Petrobras assinou com a Hidrovia South American Logistics os últimos seis contratos do Programa EBN2. Refere-se ao afretamento de seis navios da classe Panamax, dos quais cinco para movimentação de gasolina e diesel e um para transporte de petróleo. A Petrobras também está contratando 28 sondas de perfuração, 30 navios de apoio marítimo e a integração final de oito navios de produção FPSO (Floating Production Storage Offloading), cujas licitações são esperadas em 2011.
Esse volume de encomendas não chega nem perto do potencial do mercado a partir das demandas do pré-sal e para o qual o parque naval brasileiro ainda não está preparado. Para estimular a construção de novos estaleiros a Petrobras criou o conceito de estaleiro virtual, que permite que eles conquistem contratos antes mesmo de sua própria construção.
Um exemplo foi o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, investimento de R$ 2 bilhões dos grupos Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e a PJMR e que desde abril do ano passado conta com participação da Samsung. Conta com carteira de 22 navios, o casco da plataforma P-55 e contrato de sete sondas. A empresa está conduzindo agora a construção da sua área de offshore, com investimentos de R$ 700 milhões. E espera resolver a questão do atraso na entrega do navio João Cândido, o primeiro do lote de 15 navios do Promef I, no segundo semestre deste ano. Além do EAS, existem 13 novos estaleiros em implantação que aumentarão o parque de médio e grande porte para 50 estaleiros.
A Transpetro está finalizando a licitação para a contratação de oito navios, os últimos das 49 embarcações previstas nas duas primeiras fases do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). Nessa licitação, o Estaleiro Eisa, do Rio de Janeiro, ofereceu o menor preço e espera ter o contrato assinado até o início de julho. Segundo Jorge Gonçalves, presidente do Eisa, os navios de maior porte já serão construídos no novo estaleiro que a companhia está construindo em Coruripe (AL), com investimentos de R$ 800 milhões. O empreendimento está na fase de licenciamento e deve ser concluído em três anos, mas em 18 meses começa a produzir navios e plataformas offshore. Será um dos maiores do país com 2 milhões de metros quadrados.
Mas a maior expectativa deste ano é a licitação para a contratação de 21 sondas pela Petrobras. O processo foi iniciado no ano passado, mas a empresa resolveu rever o modelo e ao invés de adquirir as sondas, como fez no primeiro lote de sete, arrematado pelo EAS, vai licitar o afretamento associado a construção. Outra compra aguardada é a contratação da integração final de oito navios de produção FPSO, cujos cascos já foram contratados ao Estaleiro Rio Grande, que foi construído pela WTorre e adquirido pela Engevix.
Na área de offshore, a Petrobras tem cinco plataformas em construção que vão somar-se à recém entregue P-56, construída no estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis. O casco da P-55 está sendo construído no EAS e a construção do deckbox da plataforma, módulos e equipamentos que compõem a unidade estão em construção no Estaleiro Rio Grande.
Já a P-59 e P-60 estão no canteiro de São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe (BA), pelo Consórcio Rio Paraguaçu - que reúne Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC. A unidade de produção da TLWP (plataforma submersível para águas profundas) P-61 está sendo construída no Estaleiro BrasFELS, pela empresa FloaTEC. E finalmente a P-63 está fase inicial de construção no Estaleiro Rio Grande.
A OGX teve que erguer seu estaleiro, que já nasce com carteira de 48 projetos. "Vamos garantir que até 2019, 90% dos equipamentos sejam fabricados no Brasil. Serão 19 FPSOs, 24 WHPs, plataformas para águas rasas, e cinco plataformas submersas TLWP", diz Renato Belotti, diretor de produção.

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