Autor(es): Denise Bueno | Para o Valor, de São Paulo |
Valor Econômico - 21/06/2011 |
Riscos: Refinarias e estaleiros demandam proteção de longo prazo O valor ainda é ínfimo se comparado aos quase US$ 40 milhões gastos pela Petrobras em seu principal contrato. Com o pré-sal, o volume de seguro vai aumentar ainda mais. Segundo a Petrobras, os serviços de transporte e logística entre as plataformas e o continente devem dobrar até 2017 graças ao pré-sal. Hoje a petrolífera estatal transporta 750 mil pessoas por mês entre plataformas e continente. Isso é uma pequena parcela que o pré-sal vai movimentar. Em breve, a OGX deve renegociar a apólice fechada em agosto de 2010, tendo como líder a Zurich e a AON como corretora e consultora de riscos. A OGX ainda não produz, mas a previsão é de chegar em 2015 com pelo menos 730 mil barris de petróleo por dia. Desde setembro de 2009, a OGX já iniciou a perfuração de 17 poços nas Bacias de Campos e de Santos, sem registro de sinistro, o que contou pontos na hora de convencer os seguradores e resseguradores sobre o risco. Poucas seguradoras atuam com riscos de petróleo. "Com certeza esse segmento não é para aventureiros. Exige especialização dos profissionais, por se tratar de um risco de severidade e não de frequência", diz João Francisco Borges, presidente da Associação das Seguradoras Internacionais. São raros os acidentes, mas quando acontecem atingem grandes proporções. Por isso, o risco é pulverizado por toda a indústria mundial em contratos de resseguro, tornando o preço dos programas dependente do comportamento das taxas internacionais. Apenas uma pequena parcela do risco de petróleo e gás fica no Brasil, mas mesmo assim é disputadíssimo entre as seguradoras. As companhias Itaú, ACE, Allianz, Mapfre, Tokio Marine e Zurich são as que atuam de forma mais especializada. A Itaú é a líder por deter o contrato da Petrobras, o maior entre todos os programas de seguros do Brasil, com R$ 43 milhões do total de R$ 150 milhões de todo o nicho de petróleo em prêmios (valor pago à seguradora) por ano. A Fator Seguradora, a Liberty International Underwriter (LIU), a JMalucelli e a Austral são as mais novas neste mercado. Segundo estimativas da Austral, os prêmios de garantia e de riscos de construção off shore e inshore serão de US$ 518 milhões em seis anos. Já com o pré-sal deve-se chegar a US$ 70 milhões. Segundo Laudelino Soares, executivo de seguro da Odebrecht Óleo e Gás e Braskem, o mercado externo apresenta condições agravadas de custos para contratação na área de energia, alavancado por perdas anunciadas até março de 2011 pelos principais seguradores e resseguradores. |
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Mercado segurador lucra com maior diversificação
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário