Autor(es): Fernanda Pires | Para o Valor, de Santos |
Valor Econômico - 21/06/2011 |
Exploração: Expectativa é de que a bacia feche o ano de 2012 produzindo o volume de 206 mil barris por dia "Daria até para produzir mais, só não vamos porque tem a limitação de queima pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pelo Ibama para os TLDs", afirma o gerente-geral da unidade. Já no fim de 2012, outro grande salto é esperado. A estimativa é que a Bacia de Santos encerre o próximo exercício com 206 mil barris/dia. Além da fatia do pré-sal, que chegará a 130 mil barris/dia, os outros quatro polos também devem aumentar o fornecimento. O destaque será Tiro e Sídon, no polo Sul, que duplicará o fornecimento atual, com produção operada estimada em 50 mil barris por dia com o FPSO Cidade de Itajaí. "Será o grande próximo sistema a entrar na bacia", anunciou Marcusso. Por conta das perspectivas de Tiro e Sídon, a companhia criou no ano passado a Unidade de Operações de Exploração e Produção do Sul (UO-Sul). Os demais polos da bacia (Uruguá, Mexilhão e Merluza) devem finalizar o ano de 2012 com uma produção operada total de 26 mil barris de óleo por dia. Em abril a Petrobras iniciou o comissionamento (atividade que antecede a produção estabilizada) dos sistemas de gás natural da malha de dutos na bacia. "Estamos falando de uma rede de gasodutos de aproximadamente 535 quilômetros somando Uruguá-Mexilhão, Mexilhão-UTG Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (CA) e Lula-Mexilhão", explica ele. Até o final de julho deve ter início o comissionamento com gás do trecho entre Lula e Mexilhão. Toda a infraestrutura de gás da bacia vai atender ao escoamento de até três grandes projetos do pré-sal (os pilotos de Lula, de Guará e de Lula Nordeste). Com esses três sistemas definitivos, a companhia poderá escoar até perto de 10 milhões de metros cúbicos por dia no gasoduto Lula-Mexilhão. Finalizada o que considera a primeira fase da Petrobras na Bacia de Santos, com a estruturação do sistema de gás e a produção no pré-sal, Marcusso destaca agora o foco na operação logística. A bacia terá duas novas bases em terra para alimentar as plataformas com suprimentos e embarcar o pessoal. Serão em Itaguaí (RJ) e em Guarujá (SP). Neste último caso, a unidade ficará em parte da base aérea da Aeronáutica, às margens do canal de navegação do porto de Santos. A petrolífera assinou um acordo com a Aeronáutica no ano passado e espera começar a operar a gleba de 600 mil metros quadrados em meados dessa década. "A área de Itaguaí tem uma discussão que envolve outras empresas", afirma Marcusso. O conjunto logístico em Guarujá terá porto, aeroporto, laboratório, armazenamento e centro de defesa ambiental. Ainda há possibilidade de a Petrobras usar uma retroárea próxima à rodovia Cônego Domênico Rangoni, antiga Piaçaguera-Guarujá. "Estamos estudando", diz o gerente-geral. Hoje a companhia é atendida na parte aérea a partir de Jacarepaguá (RJ), Itanhaém (SP) e Navegantes (SC). No modal marítimo, usa os portos do Rio (RJ) e de Itajaí (SC). Ainda neste mês, o executivo crê que devem ter início as obras de construção da sede da Petrobras em Santos, no bairro Valongo, próximo à entrada da cidade e ao porto. Serão três torres de 17 andares com capacidade para 2,2 mil funcionários cada uma. A primeira fase contempla a construção da infraestrutura, o primeiro edifício e o museu da história do petróleo e do desenvolvimento da Bacia de Santos. Entre contrato com a empresa vencedora da licitação, projetos arquitetônico e executivo e trabalhos de sondagem o investimento é de R$ 380 milhões. |
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Produção de Santos dá salto com pré-sal
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