sexta-feira, 17 de junho de 2011

Forte investimento no país

Autor(es): Márcio Pacelli
Correio Braziliense - 16/06/2011
 

Benton Harbor (EUA) — Apesar dos primeiros sinais do arrefecimento do consumo no Brasil, a norte-americana Whirlpool, maior fabricante mundial de eletrodomésticos (dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid), espera que o país aumente significativamente sua participação nos resultados da empresa nos próximos três anos. A expectativa é elevar o faturamento mundial de US$ 18 bilhões em 2010 para US$ 25 bilhões em 2014, independentemente dos tropeços da economia dos Estados Unidos.
O berço da Whirlpool respondia, há seis anos, por 62% das receitas do grupo, mas a longa crise norte-americana derrubou a parcela para 55% no ano passado e continuará a fazer estragos nos próximos três anos, reduzindo a participação a 50%. No lugar das fábricas de eletrodomésticos espaçosos e caros, a empresa vai apostar nas linhas de montagem instaladas nos países emergentes, cujos produtos, com preços e tamanho mais modestos, serão fabricados em maior escala.
Poder de compra
Economias em forte expansão e poder de compra em alta são os motivos para o foco nos países em desenvolvimento, sobretudo na América Latina. "O Brasil está se tornando os EUA e os EUA estão se tornando o Brasil", brincou Jeff Fettig, presidente mundial da Whirlpool, que tem 37 fábricas espalhadas pelo mundo, três delas no país (Manaus, Rio Claro e Joinville). Dos 71 mil empregados da empresa, 13,5 mil estão nas unidades brasileiras.
De 2005 até 2010, a participação da Ásia nas receitas da Whirlpool cresceram de 3% para 5% e deve chegar a 8% em 2014. Mas será a América Latina a responsável pela maior fatia. De 13% do faturamento há seis anos, o continente ganhou 10 pontos até 2010 e deve chegar a 25% em três anos. O Brasil responde por 45% da América Latina. Por conta da crise que se abateu sobre os países ricos, a Europa também viu a sua participação cair de 22% para 17%. Na liderança, a fabricante  conta com a preferência de 77% dos consumidores dos Estados Unidos e de 40% no Brasil.

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