Autor(es): Antonio Perez | De São Paulo. |
Valor Econômico - 16/06/2011 |
Depois de lançar dois fundos de ações de gestão ativa que buscam superar, respectivamente, o Índice Bovespa e o Índice Brasil (IBrX-100), a filial brasileira da Goldman Sachs Asset Management (GSAM) acaba de pôr na rua uma carteira de ações sem um referencial definido e concentrado em retornos mais altos. O Goldman Sachs GS Ações TOP FIC FI terá apenas entre 10 e 15 ações escolhidas pela equipe de pesquisa local da gestora, conta Gabriella Antici, chefe da GSAM Brasil. "É uma carteira muito mais concentrada, mas em compensação com potencial de retorno maior", afirma. Segundo Gabriella, a filosofia ativa de gestão não pode ser plenamente executada em um fundo que tem como referência um índice. Mesmo que o gestor busque bater o Ibovespa, ele terá que adquirir necessariamente papéis que reflitam em parte o desempenho do referencial, ressalta a executiva. Um fundo Ibovespa ativo, por exemplo, pode até ter percentual menor de ações da Petrobras em relação ao peso do papel no índice, mas jamais poderá deixar de ter alguma ação da empresa. "Isso mesmo que não veja nenhum potencial de valorização no ativo", diz. A seleção das ações será realizada pelo método de análise conhecido como "bottom-up", que leva em conta primeiro os fundamentos da companhia, como gestão e plano de negócios, para depois considerar questões setoriais e o ambiente macroeconômico. Com taxa de administração que pode variar de 2% a 2,24% e taxa de performance de 20% sobre os ganhos que superarem o Ibovespa, o fundo, embora aceite aplicação mínima de R$ 150 mil, é restrito aos investidores qualificados (com mais de R$ 300 em investimentos financeiros). A GSAM Brasil começou a operar em 2008 e hoje é responsável pela gestão de R$ 1,7 bilhão. Esse volume inclui recursos de investidores estrangeiros aplicados em fundos internacionais dedicados a ações brasileiras. "Os fundos de ações da GSMA que investem em papéis do Brasil são administrados pela asset brasileira", afirma a executiva. Hoje, todos os sete fundos locais da asset têm patrimônio de aproximadamente R$ 320 milhões, distribuídos entre renda fixa (40%), multimercados (33%) e ações (27%). No mundo, a GSAM tem sob seu guarda-chuva US$ 700 bilhões. "É claro que o que temos aqui ainda é uma "gotinha" dentro desse oceano, mas o Brasil é relevante para o Goldman, já que é um dos cinco países em que o banco tem um negócio de gestão", diz Gabriella. Além do Brasil, o banco tem gestoras nos Estados Unidos, Inglaterra, Japão e Coreia. Devem ser abertas em breve assets na China e na Índia, outros dois emergentes considerados prioritários pelo Goldman, segundo a executiva. |
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Goldman Sachs lança seu 3º fundo de ações no Brasil
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