quarta-feira, 15 de junho de 2011

Petrobras investe 11% menos no quadrimestre

Autor(es): Rafael Bitencourt | De Brasília
Valor Econômico - 02/06/2011
 

A Petrobras reduziu o ritmo de investimento em 2011. Entre janeiro e abril deste ano, a companhia destinou R$ 20,5 bilhões a projetos diversos de ampliação da sua capacidade de extração, produção e refino de petróleo e gás natural. O total é 10,8% menor que os R$ 23 bilhões movimentados em igual período de 2010.
O ritmo de execução diminuiu em um ano em que a companhia dispõe de um orçamento de investimento maior. No ano passado, a empresa deteve R$ 87,3 bilhões e chegou ao fim do ano tendo utilizado 86% do total. Em 2011, a empresa possui um montante maior, R$ 91,3 bilhões.
Entre as principais obras em andamento e que demandam recursos de forma permanente constam a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, o Complexo Petroquímico (Comperj), no Rio, e as plataformas de exploração dos campos de petróleo do pré-sal que já foram concedidos. Também segue a contratação de grande frota de navios, estimada em mais de 240 embarcações, e dois estaleiros.
Os dados fazem parte do balanço de investimento das estatais do Ministério do Planejamento e mostram uma desaceleração no investimento das empresas. De maneira geral, entre janeiro e abril deste ano, as estatais utilizaram R$ 22,6 bilhões conjuntamente, o correspondente a 21% do total previsto para o ano. Do montante, R$ 20,5 bilhões representaram inversões da estatal de petróleo.
O grupo Eletrobras conseguiu ampliar os investimentos, mas não de forma expressiva. No acumulado do ano até abril, as 15 companhias que integram a holding utilizaram R$ 1,3 bilhão, de um total de R$ 8,2 bilhões que dispõem no ano. Em igual período do ano passado, essa movimentação havia sido de R$ 1 bilhão. A carteira total em 2010 foi de R$ 8,1 bilhões.
Entre as principais obras em andamento gerenciadas pelas companhias do setor elétrico podem ser destacadas as duas usinas do rio Madeira em Rondônia (Santo Antônio e Jirau), e a usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, além das obras de instalação das linhas de transmissão que vão escoar a energia dos grandes empreendimentos do Norte do país.
Os dados do quadrimestre evidenciam que Petrobras e Eletrobras precisarão acelerar o ritmo de execução nos próximos meses para compensar a perda de ritmo observada até abril e conseguir ultrapassar os valores de 2010.

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