quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Campo de Camarão compensará menor produção de Manati, diz Queiroz Galvão


Autor(es): Por Rafael Rosas e Karen Camacho
Valor Econômico - 24/08/2011
 
A Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) espera que o campo de Camarão, na bacia de Camamu, no sul da Bahia, entre em operação em 2016, com produção de cerca de 1 milhão de metros cúbicos de gás por dia. O diretor-geral da companhia, José Augusto Fernandes Filho, afirmou que a operação em Camarão deverá começar quando o campo de Manati, situado no mesmo bloco exploratório, iniciar o processo de decréscimo da produção.
A QGEP tem 45% de participação no bloco que contém Manati e Camarão, em sociedade com a Petrobras (35%), Brasoil (10%) e Panoro (10%). Fernandes Filho explicou ainda que a companhia já está em avançado processo de negociação com a El Paso, que possui a concessão de Camarão Norte, área que deve passar por um processo de unitização - o que acontece sempre que um reservatório ultrapassa as divisas dos blocos exploratórios - com Camarão.
"O início da produção em Camarão vai depender do decréscimo de Manati. Sozinho, Camarão teria uma produção pequena demais, mas a produção do campo será feita através das instalações já existentes em Manati", afirmou Fernandes Filho, que participou de seminário organizado ontem pela Apimec-Rio.
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O executivo também se mostrou animado com a possibilidade de a 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) acontecer ainda este ano. No entanto, caso a rodada não ocorra em 2011, Fernandes Filho afirmou que será apenas "uma pequena frustração", já que a licitação deverá acontecer logo no início de 2012.
Em relação a Manati, o presidente da QGEP afirmou que a produção hoje varia entre 4,2 milhões e 5,3 milhões de metros cúbicos diários de gás, uma vez que três dos seis poços ainda estão em manutenção programada. Segundo ele, todos os poços deverão estar em operação no fim de setembro ou início de outubro, garantindo uma produção diária entre 6 milhões e 8 milhões de metros cúbicos de gás pro dia.
O petróleo fechou em alta ontem em Nova York e Londres em mais um dia de violência na Líbia e após divulgação de dados industriais na China. Os investidores acompanharam ainda o movimento nas bolsas de valores e a paridade do dólar em relação a outras moedas.
O preço do petróleo também sofreu pressão pela expectativa da reunião de sexta-feira do Fed (Federal Reserve, o BC americano), que pode anunciar ou sinalizar um novo estímulo para a economia americana com a compra de bônus do Tesouro.
Em Nova York, o barril do WTI para outubro subiu US$ 1,02, para US$ 85,44. O vencimento de novembro ficou em US$ 85,74, expansão de US$ 1,05. Em Londres, o Brent para outubro subiu 95 centavos de dólar, cotado a US$ 109,31. O contrato de novembro teve alta de 89 centavos de dólar, saindo a US$ 108,87.
Na China, o Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), uma medida da atividade industrial do país, subiu de 49,3 em julho para 49,8 em agosto, de acordo com dados preliminares divulgados pelo HSBC. O dado final deve ser anunciado em 1º de setembro. Havia rumores de que o índice havia recuado para 45.

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