quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Investimento direto dispara e soma US$ 72 bi em 12 meses


Autor(es): Mônica Izaguirre
Valor Econômico - 24/08/2011
Os investimentos estrangeiros diretos (IED), pelos quais entraram no país US$ 5,971 bilhões em julho e US$ 38,448 nos primeiros sete meses de 2011, seguiram financiando com larga folga o déficit brasileiro em transações correntes com o exterior. Medida em 12 meses, a diferença entre fluxo líquido de IED e o déficit em conta corrente superou US$ 24,28 bilhões no período encerrado em julho e foi equivalente a 1% do Produto Interno Bruto, nível que não se via desde setembro de 2009.
Em valores nominais, enquanto essas transações- relativas a comércio, serviços, rendas e transferências unilaterais - demandaram financiamento de US$ 47,873 bilhões, o fluxo de IED proporcionou ingressos líquidos de expressivos US$ 72,155 bilhões no período, informou ontem o Banco Central. O comportamento é o mesmo quando se olham especificamente dados de julho e do acumulado do ano, quando esses gastos geraram déficit de US$ 3,497 bilhões e de US$ 28,945 bilhoes, respectivamente.
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Para agosto, o BC projeta novo resultado negativo, de US$ 3,2 bilhões, para a conta corrente. Mas esperam-se investimentos diretos ainda maiores, de US$ 4,2 bilhões, até fim do mês. Só até ontem, US$ 3,6 bilhões desse total já tinham se concretizado, disse Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC (Depec).
Pelo menos por enquanto, o BC não espera, porém, que a relação vista nos últimos meses entre esses dois itens do balanço de pagamentos externos do país se mantenha até fim do ano. A última projeção divulgada pelo Depec, há dois meses, aponta para o ano déficit de US$ 60 bilhões na conta de transações correntes e entrada líquida de investimentos diretos na casa dos US$ 55 bilhões.
O economista André Perfeito, da Gradual Investimentos, também acha que a defasagem entre despesas e receitas correntes externas do país tende a piorar.
"Com a desaceleração da economia mundial -- China em particular -- e com a demanda doméstica ainda num patamar bastante positivo, o saldo comercial (que integra a conta de transações correntes) deve diminuir", diz ele.
Ainda assim, Perfeito não vê problema de financiamento para os gastos do país, não por agora pelo menos. Para ele, ainda que volte a ficar abaixo da necessidade de financiamento, como projeta o BC, o IED continuará bastante positivo uma vez que, no longo prazo, o Brasil continua atrativo aos olhos dos investidores externos. "Os motivos desta percepção são vários e vão desde um mercado consumidor dinâmico até os eventos previstos (de Copa do Mundo à exploração do pré-sal)."
O déficit da conta de transações correntes de julho representou recuo em relação a igual mês de 2010 (US$ 4,589 bilhões), fazendo cair também o acumulado em 12 meses, que saiu de US$ 48,965 bilhões para US$ 47,873 bilhões, na comparação com o período encerrado em junho. No acumulado de sete meses, porém, o resultado de 2011 (US$ 28,945 bilhões), ainda é mais negativo que o de igual período de 2010 (US$ 28,436 bilhões).
Só os gastos líquidos com serviços, que somaram US$ 21,357 bilhoes nesses sete meses de 2011, foram grandes o suficientes para consumir toda a sobra gerada pelas transações de comércio (US$ 16,1 bilhões). Pesaram aí, as despesas dos brasileiros com viagens internacionais, que bateram novo recorde, chegando a US$ 12,380 bilhões no acumulado do ano, dos quais US$ 2,196 bilhões só em julho. Não estão descontados gastos de viajantes estrangeiros no Brasil. Mas mesmo com eles, esse item do balanço foi deficitário em US$ 8,52 bilhões e em US$ 1,7 bilhão, respectivamente, o que representou crescimento sobre 2010.
Maciel atribui os números ao aumento da renda do brasileiro. Mas também há aí o efeito do câmbio, cuja taxa está favorável.
O déficit em transações correntes foi financiado não só por IED. Somadas todas as modalidades, houve ingresso líquido de capitais de US$ 10,706 bilhões em julho e de impressionates US$ 77,74 bilhões em sete meses.



Investimento produtivo financia as contas externas

Autor(es): Fernando Nakagawa e Fabio Graner
O Estado de S. Paulo - 24/08/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/24/investimento-produtivo-financia-as-contas-externas


Mesmo com a crise internacional, o investimento produtivo tem crescido com a aposta das empresas no Brasil. O resultado desse movimento é que o Investimento Estrangeiro Direto (IED) tem coberto cada vez com mais folga o déficit em transações correntes, o que acaba, pelo menos por enquanto, com a necessidade de financiar as contas externas com outras fontes de recursos, como os investimentos em ações e renda fixa, considerados mais voláteis pelos economistas.
Nos números acumulados em 12 meses, as contas externas têm sido integralmente financiadas pelo investimento produtivo desde dezembro de 2010, conforme dados do Banco Central. Depois de 11 meses com a necessidade de usar dólares dos investimentos em carteira para fechar as contas, no fim do ano passado o IED superou o déficit em conta corrente em exatos 0,05% do PIB.
Desde então, o investimento produtivo tem sido crescente e sempre maior que o déficit corrente. Em julho, a diferença a favor do IED atingiu 1,07% do PIB, a maior vantagem desde agosto de 2009.
No mês passado, pesou a operação de compra de mais da metade da cervejaria Schincariol pela japonesa Kirin. Por R$ 3,95 bilhões, a Kirin ficou com 50,45% da Schincariol, que tem 11% do mercado nacional. Com a operação, o Japão despontou como a segunda maior fonte de IED em julho, com US$ 2,65 bilhões. Em primeiro no ranking ficaram os Países Baixos, com US$ 3,06 bilhões.

Compra da Schin faz investimento estrangeiro ficar 50% maior no país

Autor(es): agência o globo:Gabriela Valente
O Globo - 24/08/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/24/compra-da-schin-faz-investimento-estrangeiro-ficar-50-maior-no-pais
Compra da Schin faz investimento estrangeiro ficar 50% maior no país

 BRASÍLIA. A economia ainda aquecida faz do Brasil um refúgio para os investimentos estrangeiros no setor produtivo. Só em julho, o país recebeu quase US$6 bilhões em Investimento Estrangeiro Direto (IED), divulgou ontem o Banco Central (BC). O valor ficou 50% acima dos US$4 bilhões que previa a instituição. A compra da Schincariol pela japonesa Kirin aumentou a entrada de recursos. São os investimentos que garantem o financiamento das contas externas, porque o resultado de todas as trocas de serviços e do comércio do Brasil com o resto do mundo - as chamadas transações correntes - foi deficitário em US$3,5 bilhão mês passado.
O desempenho do mês refletiu o que ocorre ao longo de 2011: o IED no ano é recorde desde 1947 e, por outro, o rombo nas contas externas nunca foi tão grande nos últimos 64 anos. Entre janeiro e julho, a conta corrente (balança comercial e serviços) está no vermelho em US$28,9 bilhões. Esse rombo é coberto, com folga, pelos US$38,4 bilhões que ingressaram em IED.
- O que a gente observa é que o déficit deve continuar sendo financiado de maneira bastante favorável, com ingressos significativos de investimentos estrangeiros diretos, o que do ponto de vista econômico é mais saudável - avaliou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel.
O turista brasileiro também continua gastando muito lá fora. Foram 43% mais do que em julho de 2010, US$2,2 bilhões. Em agosto até agora, os gastos somam US$2,3 bilhões.
No ano, as despesas dos brasileiros no exterior somam US$12,4 bilhões. Enquanto isso, os estrangeiros deixaram no Brasil apenas US$3,9 bilhões.
Para o economista do Banco Safra e ex-secretário do Tesouro Carlos Kawall, há uma melhora das contas externas, que já não dependem mais tanto de capital de curto prazo, como no passado. No entanto, ele avalia que o problema pode estar no médio prazo. Para o economista, a situação indica que o real está muito valorizado.
- A visão generalizada é que o Brasil está caro demais - alega. - Além do câmbio valorizado, tem a inflação.
Com o câmbio muito apreciado, a competitividade dos exportadores nacionais é afetada. O professor Marcos Fernandes, da Fundação Getulio Vargas (FGV), também acredita que os atuais números podem mascarar problemas estruturais nas contas externas. Por exemplo, o da balança comercial, que, afirma, só não "apodreceu" por causa da demanda da China por commodities.
- A médio e longo prazos, se o câmbio não se ajustar, enfrentaremos uma crise típica do balanço de pagamentos - afirma, em referência ao ajuste brusco e forte do câmbio, com custos para o controle da inflação.
Outro fator de pressão sobre as transações correntes é a conta de serviços. As empresas desembolsaram US$3,5 bilhões a mais do que ganharam com itens como frete e aluguel de equipamentos no exterior. Este é um reflexo da incapacidade do setor produtivo nacional de atender a toda a demanda doméstica.
O setor de extração mineral foi o que mais alugou equipamentos fora do país. O gasto de US$1,4 bilhão foi recorde e 29% superior ao do mesmo período do ano passado

Gasto de brasileiros no exterior bate novos recordes

Autor(es): Fernando Nakagawa e Fabio Graner
O Estado de S. Paulo - 24/08/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/24/gasto-de-brasileiros-no-exterior-bate-novos-recordes

Em julho, conta superou a receita com estrangeiros no Brasil em US$ 1,7 bi; recorde será novamente quebrado neste mês

Mês de férias, julho teve novo recorde no gasto de brasileiros em viagens internacionais. No mês passado, a conta paga por turistas no exterior superou a receita com estrangeiros no Brasil em US$ 1,7 bilhão, maior valor desde o início da série histórica do Banco Central, em 1947.
Esse saldo negativo do turismo foi o principal componente do déficit das contas externas brasileiras, que somou US$ 3,49 bilhões em julho.
Juntos, a economia em expansão e o real forte nunca levaram tantos brasileiros ao exterior. Dados do Banco Central mostram que a conta paga por turistas em hotéis, restaurantes e lojas no exterior alcançou US$ 2,19 bilhões no mês passado, maior valor em 64 anos.
O recorde, porém, já caiu. Mesmo faltando oito dias para o fim do mês e sem férias dos estudantes, o extrato dessas despesas já soma US$ 2,28 bilhões em agosto, conforme dados atualizados até ontem.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, diz que esse movimento no turismo internacional é crescente e não é possível afirmar se estaríamos próximos de um "teto" para essa expansão. "As viagens reagem muito ao ritmo da economia. Se a economia está bem, as viagens aumentam."
Novo papel. Com essa evolução, o turismo deixou de ter papel secundário nas contas externas. No início da década, as viagens provocavam déficits que respondiam por cerca de 10% do resultado total.
Na época, despesas como pagamento de juro e remessa de lucros eram mais importantes. Hoje, o quadro mudou. Em julho, a participação do turismo no resultado total alcançou 48,8%.
Ou seja, quase metade de todo o déficit em transações correntes foi gerado por despesas como a compra do iPad, a conta do restaurante em Buenos Aires ou do hotel em Paris.
De janeiro a julho, o déficit externo brasileiro atingiu US$ 28,94 bilhões, o maior valor para esse período da série histórica.
Maciel, do Departamento Econômico do Banco Central, explica que o déficit recorde é resultado do elevado ritmo de crescimento da economia, o que aumenta a demanda por bens e serviços do exterior. "Em consumo, isso é visto nas viagens. Em investimento, vimos isso nas máquinas e equipamentos."
O rombo de agosto nas contas externas brasileiras, porém, foi integralmente coberto pelo Investimento Estrangeiro Direto (IED), que somou US$ 5,97 bilhões no mês passado.
O investimento produtivo também cobriu totalmente o rombo do ano, já que o volume somou US$ 38,44 bilhões nos sete meses.

US$ 12,3 bi a bordo

Autor(es): Victor Martins
Correio Braziliense - 24/08/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/24/us-12-3-bi-a-bordo

Dólar barato e renda em alta levam os brasileiros a fazerem gastos recordes no exterior. Pacotes de de fim de ano estão quase esgotadosNotíciaGráfico
Os brasileiros já estão arrumando as malas para comemorar as festas de fim de ano no exterior. Segundo a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), cerca de 70% dos pacotes ofertados no mercado já têm dono — um movimento nunca observado antes. Há três anos, as vendas só se iniciavam em setembro. Para especialistas, o dólar barato e o aumento do poder aquisitivo são determinantes para a enorme disposição em viajar para além das fronteiras do país. Não à toa, os gastos lá for a são recorde. Apenas entre janeiro e julho, os brasileiros desembolsaram US$ 12,3 bilhões no exterior, o maior valor para o período desde 1947, quando o Banco Central passou a fazer esse tipo de levantamento.
Os gastos realizados até julho são 44,1% superiores aos de igual período do ano passado. As despesas de estrangeiros em solo brasileiro, por outro lado, têm sido mínimas, já que eles estão sofrendo mais com a crise mundial que atormenta, principalmente, os europeus e os norte-americanos. No acumulado do ano, eles gastaram a US$ 3,8 bilhões — o que deixou um saldo negativo de US$ 8,5 bilhões na conta viagem, também o maior já registrado na história. "As viagens estão muito associadas ao consumo e a sensação de melhora na renda", explicou Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC.
O professor Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, não tem dúvidas: tão cedo esse quadro não se reverterá. "Os preços lá fora são até 50% menores do que no Brasil. Portanto, vale muito a pena tomar o avião e consumir no exterior", afirmou. Para ele, o que se vê é uma combinação perfeita: o dólar está baixo comparado ao real e o poder de compra dos brasileiros se elevou bastante. "Soma-se a isso as condições de pagamento interessantes para viagens internacionais, às vezes, até melhores do que as de passeios domésticos. Tudo isso tem feito o brasileiro viajar mais", argumentou.
Dados divulgados recentemente pelo setor mostram que o turismo internacional está enchendo os bolsos das operadoras, que faturaram R$ 7,6 bilhões em 2014, quando quase 1,4 milhão de pessoas foram passear no exterior. "O movimento está tão bom que conseguimos lançar os pacotes com até nove meses de antecedência", comemorou Marco Ferraz. Segundo ele, os destinos mais procurados são os Estados Unidos — a Flórida é o destino campeão, seguido por Nova York, Las Vegas e Califórnia. "Se formos contar os brasileiros que atravessam a fronteira de carro, a Argentina é o destino mais comum", observou.
Distorções
Para impulsionar as viagens, as companhias aéreas passaram a oferecer voos a partir de destinos diferentes de Rio de Janeiro e São Paulo. Salvador (BA), Recife (PE), Manaus (AM), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG) agora têm decolagens diretas para fora. "Embora não aumentem a capacidade dos aeroportos, o setor descentralizou os pontos de saída para elevar o número de assentos", afirmou o presidente da Braztoa.
Alcides Leite ressaltou, que, diante de tanta oferta e demanda, os preços das viagens internacionais e das domésticas já não apresentam grandes diferenças antigamente. "Além disso, tem o atrativo de conhecer outro país", disse. A depender do período do ano, os custos são praticamente os mesmos e, em alguns casos, pode sair até mais barato ir para o exterior — ou seja, ir para Buenos Aires do que para Porto Seguro, na Bahia.
Cartão lidera despesas
Na ânsia de aproveitar os preços mais acessíveis no exterior, os brasileiros ignoraram as medidas do governo para reduzir os gastos internacionais com cartões de crédito. Em julho, as despesas por meio dessa modalidade de pagamento totalizaram US$ 1,2 bilhão — o maior valor registrado desde 1992. Em abril, o Ministério da Fazenda aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras com cartões fora do país. O tributo passou de 2,38% para 6,38%.
PAGAMENTO FACILITADO
De olho na clientela cada vez maior que vai para o exterior, o banco Cruzeiro do Sul lançou ontem um cartão de viagens multimoeda. O Star Cash é um sistema de pagamento pré-pago, que pode ser recarregado em território nacional ou no exterior por meio da internet, na divisa desejada. "A única tarifa cobrada é a de saque. Caso o cliente opte por utilizar apenas o cartão, não há encargos", disse o presidente do Conselho de Administração da instituição, Luís Octávio Índio da Costa. Os mais conservadores, no entanto, ainda preferem levar os dólares e euros na carteira. A dica dos especialistas é verificar bem o valor da conversão do real para outras moedas e, assim, verificar qual o melhor instrumento para quitar as dívidas fora do país. Tudo, é claro, com o maior controle, para se evitar gastos exagerados, que, na volta ao Brasil, podem se transformar em dívidas monstruosas.

Patrimônio em imóveis

Correio Braziliense - 24/08/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/24/patrimonio-em-imoveis
 

Em 2010, brasileiros compraram US$ 800 milhões em moradias, sobretudo em Miami
Nas viagens para os exterior, os brasileiros estão comprando muito mais do que roupas e eletrônicos. Levantamento realizado pelo Banco Central mostra que o objeto de desejo do momento passou a ser um imóvel em solo estrangeiro. A procura por casas e apartamentos ganhou força depois do estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos, em 2008. E cresceu com tudo entre 2009 e 2010. Nesse período, o patrimônio imobiliário espalhado pelo mundo passou de US$ 448 milhões para US$ 1,248 bilhão — um salto de US$ 800 milhões ou de 178%. Entre os atrativos para tamanho salto está o preço. Em Miami, onde se concentra boa parte das moradias de posse dos brasileiros, o quadrado está mais barato do que na Asa Sul e Noroeste, bairros de Brasília, e do que no Leblon e em Ipanema, no Rio de Janeiro.
Nas contas da Fortune International Realty, é possível encontrar um bom apartamento com o metro quadrado a R$ 4,8 mil (US$ 3 mil) em Miami, o mesmo valor de Águas Claras, onde se concentra a classe média da capital federal. "Os bancos dos Estados Unidos estão liquidando a carteira de imóveis que conseguiram recuperar de norte-americanos inadimplentes. Casas e apartamentos estão sendo vendidos por valores muito baixos", disse Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios. Além disso, as taxas de juros oferecidas pelos sistema financeiro são melhores do que no Brasil.
Toscana e França
Até o ano passado, 25% de todas as compras de imóveis novos e usados em Miami eram realizadas por brasileiros. Neste ano, o percentual já está próximo de 45%. Em alguns prédios, 70% dos proprietários são originários do Brasil. Quando o Banco Lehman Brothers quebrou, em 15 de setembro de 2008, pelo menos 20 mil casas e apartamentos novos estavam à venda em Miami. Diante do estrago na economia norte-americana, acreditava-se que esse estoque levaria pelo menos 10 anos para ser zerado. Com a disposição dos brasileiros em ter moradias naquele balneário, o volume de empreendimentos se resume, hoje, a três mil.
De acordo com dados da Miami Association Realtor, do Departamento de Comércio dos Estados Unidos e da embaixada norte-americana no Brasil, 74% dos corretores da cidade norte-americana trabalharam com clientes internacionais, sendo 83% deles estrangeiros. Os países que mais tem compradores interessados por imóveis são Canadá, Brasil, Argentina, Colômbia, França e México. No acumulado de 12 meses até março, o mercado imobiliário norte-americano havia movimentado US$ 1,07 trilhão, desse total, as vendas para estrangeiros somam US$ 41 bilhões. Os brasileiros também estão comprando fazendas, casas e apartamentos na Europa, sobretudo na região da Toscana, na Itália, e no Sul da França. Todos com preços menores do que no país. (VM)

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