terça-feira, 17 de abril de 2012

Cardápio de fundo de renda fixa: parece a mesma coisa, mas não é


São Paulo, segunda-feira, 16 de abril de 2012Mercado
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FINANÇAS PESSOAIS
MARCIA DESSEN marcia.dessen@bmibrasil.com.brhttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/37384-cardapio-de-fundo-de-renda-fixa-parece-a-mesma-coisa-mas-nao-e.shtml 


Posso imaginar sua dificuldade na busca por um fundo de investimento para acolher suas economias.
Os investidores avessos a risco buscam por alternativas mais seguras e encontram uma oferta muito variada de fundos de renda fixa que, embora possam parecer semelhantes, são produtos muito distintos entre si.
A expressão "renda fixa" não ajuda e permite algumas conclusões equivocadas. Enganam-se os que acreditam que a renda seja fixa, apesar do nome, e que não há riscos nessa escolha.
Os nomes dos fundos de renda fixa oferecidos no mercado são uma verdadeira sopa de letras que mais parecem códigos e nem sempre colaboram para o entendimento do produto.
Existem diversas categorias de fundos de renda fixa com propostas de investimento muito distintas, gerando riscos e rentabilidades muito diferentes.
RENDA FIXA DI
Essa é a categoria mais conhecida do investidor. Classificadas pela CVM como "Referenciadas", essas carteiras têm o compromisso de buscar a melhor aderência possível ao seu índice de referência. E a taxa DI (taxa média das operações com CDI negociadas no mercado interfinanceiro) é o índice de referência adotado com mais frequência.
O cotista desse fundo não sabe quanto vai ganhar em termos absolutos, mas sabe que a rentabilidade do fundo será próxima à variação da taxa DI, seja ela qual for.
É a melhor escolha para investidores que acreditam na elevação da taxa de juros ou para aqueles que não têm convicção em relação à tendência da taxa de juros e se sentem confortáveis com a remuneração da taxa praticada no mercado.
Sem dúvida, é a melhor opção para quem precisa de liquidez e conta com a possibilidade de resgatar tudo ou parte de seus recursos a qualquer momento.


RENDA FIXA
Essa categoria de fundos não se obriga a acompanhar a taxa de juros básica de mercado. Pelo contrário. Seu desafio é superar essa taxa e oferecer rentabilidade superior aos cotistas. Para isso, é preciso correr mais riscos.
Investem em títulos de taxa prefixada, que ganham em cenário de queda na taxa de juros. Além de títulos públicos, compram títulos privados com maior exposição ao risco de crédito, decorrente da possibilidade de insolvência do emissor. Falando português claro: risco de calote.
Os gestores podem também apimentar as carteiras com títulos mais longos, atrelados a índices de preços, além de operações feitas no mercado futuro de juros.
Será a melhor opção dos investidores que podem dispor dos recursos por prazo mais longo, não inferior a dois anos, e que encaram a volatilidade dos preços com naturalidade. Têm expectativa de que com os riscos assumidos ganharão mais do que a taxa de juros de mercado no longo prazo.


RENDA FIXA CRÉDITO
Quando você encontrar a expressão "crédito" no nome do fundo, significa que ele tem mais de 50% da carteira composta por títulos privados, que acarretam aos investidores o risco de crédito como o principal risco da carteira.
As empresas do setor privado representam, em maior ou em menor escala, maior probabilidade de ocorrência de insolvência.
A capacidade de pagamento da empresa pode se deteriorar ao longo do tempo e comprometer sua capacidade de honrar suas obrigações de pagar juros e de quitar sua dívida no vencimento.
Para remunerar esse risco, pagam taxa de juros superior à que o governo paga nos títulos públicos. Adicionalmente ao risco de crédito, essas carteiras correm ainda risco de oscilação da taxa de juros e de índices de preços.
São recomendadas para investidores que conhecem a natureza do risco dos ativos da carteira e aceitam correr esse risco em busca de melhor rentabilidade potencial.

RENDA FIXA ÍNDICES
A expressão "índices", "preços" ou "inflação" no nome de um fundo de investimento indica que o principal objetivo de investimento da carteira é de posicionamento em títulos atrelados a índices de preços, como o IPCA ou o IGP-M.
A maior parte da carteira tende a ser composta por títulos públicos representando baixo risco de crédito para o cotista.
Aqui o objetivo é outro. São recomendados para aqueles que buscam proteger seu capital contra a inflação.
Representam também uma boa alternativa de diversificação e convivem em harmonia com outros investimentos de taxa pré ou pós-fixada.
São títulos com prazo muito superior aos que tipicamente compõem as demais carteiras e, assim, apresentam maior variação no valor da cota.
Esses títulos pagam a variação do índice de preço mais uma taxa de juros prefixada, denominada "cupom". Sendo assim, ganham em cenário de elevação da inflação e de queda na taxa de juros do "cupom".


RENDA FIXA LP
No mundo da "renda fixa", duas variáveis explicam, basicamente, a volatilidade de uma carteira: a flutuação dos juros ou dos índices de preços e o prazo médio da carteira.
As letras L e P indicam que a carteira é de longo prazo. Quanto maior o prazo, maior a volatilidade.
Um título de taxa prefixada, por exemplo, ganha em cenário de queda na taxa de juros. E esse ganho será tanto maior quanto maior for o prazo médio da carteira do fundo.
Naturalmente que o inverso é verdade -em cenário de elevação dos juros, maior será a perda.

LEIA A 'BULA'
Estabeleça o seu objetivo de investimento e identifique um fundo que tenha o mesmo objetivo. E só tem uma maneira de descobrir: leia atentamente o prospecto do fundo antes de aderir.
Faça perguntas sobre o propósito, os riscos e os custos. A rentabilidade será decorrência disso tudo.

MARCIA DESSEN, Certified Financial Planner, é sócia e diretora-executiva do BMI (Brazilian Management Institute), professora convidada da Fundação Dom Cabral e cofundadora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.


Renda fixa emergente entra no radar dos estrangeiros

Autor(es): Por Flavia Lima | De São Paulo
Valor Econômico - 17/04/2012
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/4/17/renda-fixa-emergente-entra-no-radar-dos-estrangeiros

Não são apenas títulos do Tesouro americano ou de economias mais robustas como a da Alemanha. A corrida global dos investidores por ativos de menor risco tem impulsionado também a demanda por títulos de renda fixa de mercados emergentes, como o Brasil. Na busca por alternativas aos magros rendimentos dos papéis das economias mais desenvolvidas, investidores globais têm, aos poucos, enxergado as emissões de países como Brasil, Rússia, México e também de outros países do leste europeu como fonte importante de diversificação.
"É algo que começamos a ver com mais força nos últimos dois anos em certos segmentos, como o private bank japonês, que está bastante envolvido em dívida brasileira", disse o "head" de renda fixa em mercados emergentes do J.P. Morgan, Pierre-Yves Bareau, em entrevista exclusiva ao Valor. "Mas o interessante é que nesta busca por diversificação há novos entrantes, em especial instituições americanas de maior porte, sempre acostumadas a comprar ativos americanos em dólar, sem nenhuma diversificação, exceto em ações", emendou o executivo em sua passagem por São Paulo.
Segundo Bareau, o movimento pode ser observado não só entre investidores institucionais, como, por exemplo, o fundo soberano da Noruega, que recentemente anunciou que vai reduzir suas posições em títulos europeus em favor dos emergentes, mas também entre a alta renda. Todos de olho em emissões soberanas - em moeda local ou estrangeira - e corporativas, a depender do país escolhido.
A pergunta que estes investidores estão se fazendo é por que comprar apenas papéis de renda fixa americana com retorno nominal de 2% ao ano - ou algo entre -1% e -1,5% em termos reais -, enquanto entre os emergentes as taxas reais estão bastante atrativas, em média em 2%, chegando a 4% no Brasil.
É este questionamento por parte do investidor que, segundo Bareau, tem feito com que o total de investimentos em renda fixa em mercados emergentes sob gestão do J.P. Morgan tenha praticamente dobrado nos últimos dois anos, de US$ 11 bilhões para os US$ 21,5 bilhões atuais, a maior parte em Brasil e Rússia.
Entre os ativos de renda fixa de emergentes, Bareau percebe uma clara mudança na preferência do investidor, de títulos emitidos em moedas locais para uma forte procura por dívida de emergentes emitida em dólares, seja soberana ou corporativa. "Por que comprar real quando as autoridades brasileiras estão tão focadas em desvalorizar a moeda?", questiona. "Os investidores estão preferindo as emissões em dólar de empresas como Gerdau e OGX, como um meio de apostar na alta do dólar e, ao mesmo tempo, no risco de emergentes", emenda.
Além das emissões corporativas em moeda estrangeira realizadas por companhias brasileiras de setores como o de bancos, Bareau concentra as apostas feitas no Brasil em títulos indexados à inflação de mais longo prazo. "Como o foco é o crescimento, pensamos que a inflação poderá ganhar força novamente".
Para Bareau, há chances consideráveis de o Banco Central brasileiro ter de voltar a subir juros no próximo ano justamente em razão do crescimento acelerado previsto para o segundo semestre de 2012. "Embora a gente espere um crescimento de 3% no ano para o Brasil, o crescimento anualizado no segundo semestre deve ficar em 5,5%, o que é muito e deve se estender para 2013", diz o especialista.
Sinal dos tempos para a América Latina, Bareau acredita que o risco soberano da região não se mostra mais tão atrativo, com prêmios bastante comprimidos, em razão de balanço de pagamentos robustos e resultados fiscais em boa forma. E que, para os emergentes no geral, a retomada do crescimento econômico favorece principalmente os papéis de dívida corporativa em dólar, dívidas locais e o investimento em moedas de países como México, Polônia e África do Sul - ficando de fora o real em razão do esforço do governo local para estancar a sua valorização.
Para Bareau, o que pode alterar um quadro tão positivo para a renda fixa emergente é o mesmo fator que a está impulsionando: a aversão ao risco. "O risco é que o Fed [o Federal Reserve] mude de ideia, veja uma recuperação sustentável do crescimento, restrinja a liquidez e volte a subir juros", diz. "Mas achamos que isso está mais para acontecer em 2014 do que em 2013, quando os EUA ainda terão que lidar com questões fiscais importantes". A projeção do J.P. Morgan é de crescimento entre 2% e 2,3% para os Estados Unidos em 2012, e de um recuo no PIB europeu de 0,4%.
O francês sediado em Londres surpreende ainda com uma avaliação mais comedida sobre a visão dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil. "Há mais ceticismo com relação ao Brasil porque eles [os investidores] sabem que podem perder dinheiro em reais", afirma. "Os juros brasileiros são altos, mas há países com juros em linha, como a África do Sul e a Turquia, onde a guerra cambial não é uma preocupação", diz.
Para Bareau, o México vem tomando o lugar do Brasil como o que chama de "hot topic" [tema quente] entre os investidores, mas o executivo diz que isso não é necessariamente ruim. "É menos pressão colocada sobre o balanço de pagamentos do Brasil", afirma. "E isso significa também que pode fazer sentido para os investidores domésticos começar a pensar em investir fora do Brasil", emenda ele.
O executivo encerra a entrevista dizendo não ser trivial acreditar que o real vai continuar se apreciando. E é isso que mostra que, tal qual o investidor externo, pode começar a fazer algum sentido para os investidores locais considerar a tal diversificação externa. Em que ativos? "É muito cedo para investir na Europa e os Estados Unidos não oferecem rendimento, são os emergentes que se mostram mais atrativos", conclui.
São Paulo, domingo, 22 de abril de 2012Mercado
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VINICIUS TORRES FREIRE

Poupança e fundos perdidos
'Canetada' deve dar jeito em problemas que o juro tabelado da poupança pode causar com a queda da Selic
SUPONHA-SE QUE a taxa básica de juros, a Selic, vá abaixo dos 9% para onde desceu na semana passada.
Suponha-se que, tomados de súbita e aguda consciência financeira, os investidores de fundos de renda fixa decidam migrar em massa para a caderneta de poupança, que rende pouco, mas paga mais do que alguns fundos com taxas de administração extorsivas.
Suponha-se que tais coisas ocorram antes que o governo enfim apresente um plano organizado de alterar o rendimento das cadernetas. E daí?
O pessoal do governo, do Banco Central à Fazenda, diz nas internas que se dá um jeito: baixa-se uma resolução que autorize os bancos, gestores dos fundos, a aplicar o dinheiro dos depósitos da caderneta de poupança em títulos do governo. Ou seja, se houver crise, não há crise.
A história da mudança no rendimento das cadernetas ressuscitou com a nova baixa da Selic e com a perspectiva de que a taxa básica da economia talvez não fique estacionada nos 9% ou 8,75%, como era o "entendimento" da maior parte do pessoal do mercado até o começo deste mês. Na sexta-feira, nos negócios com juros futuros apostava-se em reduções adicionais da Selic. O pessoal se guiava pelas mais recentes declarações sibilinas do BC.
Qual a relação dos juros básicos com a poupança? Os fundos de investimento mais comuns (quase todos, aliás) emprestam dinheiro ao governo, e dele recebem os juros que pagam a seus investidores. A taxa de juros básica é mais ou menos aquela que o governo paga a seus credores. Logo, se cai a taxa básica, cai o rendimento dos fundos que aplicam em títulos do governo.
A poupança tem juros tabelados, não paga taxa de administração e não paga IR. Portanto, dados um certo nível da Selic e o custo da taxa de administração, o rendimento de um fundo pode perder da poupança. Alguns já perdem.
Se o dinheiro migra em massa para a poupança, no limite falta crédito para o governo (hipótese remota, mas há o risco de distorção no mercado, de qualquer modo). Isto é, o dinheiro que seria emprestado ao governo iria para a caderneta.
Os bancos poderiam ter problemas -isso é o que parece estar pegando mais. Haveria sobra de dinheiro para empréstimos imobiliários (para onde, por lei, tem de ir a maior parte dos depósitos das cadernetas). Faltaria para outras demandas. A rentabilidade de bancos cairia. Poderia haver sustos.
Permitir que os bancos apliquem fundos depositados na poupança em títulos públicos resolveria esses problemas, pontualmente. Mas os juros da caderneta ainda seriam uma espécie de piso para ao menos certas taxas no país, como a do financiamento de imóveis. Não dá.
De qualquer modo, o governo não acredita em migração em massa. Confia na negligência e no desconhecimento financeiros do grosso da população. Além do mais, quer dar outro calor na banca. Antes de mexer no rendimento da poupança, espera ver os bancos reduzindo taxas de administração excessivas cobradas em certos fundos.
Para refrescar a memória: no ano passado, a poupança rendeu menos de 1% em termos reais (além da inflação). Houve ano ainda pior neste século. Em certos fundos, pois, o seu dinheiro pode estar sendo até mesmo corroído pela inflação.

Problemas que a redução da Selic levanta

O Estado de S. Paulo - 21/04/2012
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/4/21/problemas-que-a-reducao-da-selic-levanta/?searchterm=juros%20poupan%C3%A7a
 
Uma taxa Selic abaixo de 9% deve criar uma série de problemas no mercado financeiro, de cuja importância o governo está consciente, já que pode até atingir o mercado de títulos públicos, além de ter repercussões políticas importantes num ano eleitoral. Politicamente, a redução da remuneração das cadernetas depoupança seria o problema mais delicado, já que a mudança terá de ser feita num momento em que essas aplicações se tornam rentáveis para os poupadores. Atualmente, a rentabilidade das cadernetas é fixada por lei em 6,17% ao ano, o que, com a queda da inflação, já oferece um ganho real. E isso não se verificava há muitos anos por causa da hiperinflação. Isso torna a decisão de reduzi-la ainda mais impopular.

Segundo os cálculos apresentados pelo jornal Valor, com juros de 8,50% ao ano e uma remuneração da caderneta em 0,50% ao mês, uma aplicação num fundo com taxa de administração de 2% teria um retorno líquido (deduzido o Imposto de Renda), em um ano, de 5,20%, enquanto a caderneta ofereceria retorno de 6,17%, o que, naturalmente, poderia levar os investidores do fundo para as cadernetas. Essa migração para as cadernetas levantaria um grave problema para os títulos do governo, que são financiados pelos fundos de renda fixa com a aquisição de Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), remunerados pela taxa Selic, que é parcialmente transferida aos investidores pelos administradores de fundos e que pagam Imposto de Renda. Ora, os fundos detêm quase 30% das LFTs emitidas pelo Tesouro. Com os investidores saindo dos fundos atrás das cadernetas que oferecem remuneração de 6,17%, o Tesouro teria dificuldades em financiar seu déficit nominal. Parece inevitável que o governo envie logo um projeto de lei modificando a remuneração atual das cadernetas. Uma primeira medida que se impõe é limitar a remuneração dos depósitos depoupança a um valor que corresponda à capacidade de poupança de uma família com pequena renda, como se fez no passado. O governo já teria projetos para reduzir a remuneração e, assim, manter o interesse das aplicações em renda fixa. Será uma decisão difícil para a presidente da República. E é necessário que seja tomada sem demagogia. Fala-se que, para amenizar a reação do público, o governo estaria pensando em manter a atual remuneração para as cadernetas existentes e aplicar as novas regras somente para os novos depósitos. Um tal sistema, além de tornar a fiscalização difícil, levaria a uma série de fraudes. É necessário coragem para fazer a mudança logo e totalmente.


Dois milhões perdem nas aplicações em fundo

Autor(es): VICTOR MARTINS
Correio Braziliense - 21/04/2012
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/4/21/dois-milhoes-perdem-nas-aplicacoes-em-fundo/?searchterm=juros%20poupan%C3%A7a
 

Investidor comum fica sem opção em um cenário de juros reduzidos. Governo quer taxas de administração menores

O pequeno investidor está refém da tradicional caderneta.
Os poupadores com menos de R$ 50 mil na carteira são os que mais perdem nos fundos de investimento em função das elevadas taxas de administração. A conta do mercado é de que esses brasileiros somam mais de 2 milhões, todos eles comaplicações em fundos de renda fixa e DI que oferecem ganhos inferiores aos pagos pela poupança. Em números absolutos, eles são a maioria dos investidores, porém, representam apenas6% do patrimônio dos fundos.
Os grandes clientes, incluindo empresas, detêm o restante de todo esse capital e são os verdadeiros financiadores da dívida pública.
Enquanto o governo ensaia levar os juros básicos (Selic) para um nível mais próximo do praticado no restante do mundo, o pequeno investidor brasileiro em fundos começa a sofrer com essa queda e a ver seus ganhos perderem para os da poupança—como mostrou o Correio ontem, cerca de 40% desses fundos já são desvantajosos frente à caderneta. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, porém, já sinalizou que as taxas de administração entraram na agenda: a ordem é, se necessário, chamar os fundos geridos por bancos públicos a reduzir os custos dos investimentos e obrigar, mais uma vez, a concorrência a se mexer.Nos Estados Unidos, o ministro disse que essas taxas podem diminuir. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também acompanha com lupa a situação dos fundos, sobretudo porque o funcionamento desse mercado pode ser um limitador para a política monetária.
Os gestores de fundos estão apreensivos. Um juro inferior a 9% ao ano poderia promover, segundo alguns analistas, uma corrida para a poupança, sobretudo entre os investidores de capital mais limitado—situação que afetaria a gestão da dívida pública.
Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos, porém, não vê o cenário com tanta preocupação. "Se os juros caírem um pouco mais, não deve haver prejuízo ao financiamento do governo porque o investidor financia quem pode pagar pelo capital —e o governo pode", explicou.
Carlos Massaru Takahashi, diretor presidente da BBDTVM, gestora de recursos do BB, pondera que, se houver mais uma redução na taxa básica da economia em maio, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, a distribuidora também terá de rever suas taxas.
No entanto, ele observou que, até agora, o BB não registrou nenhuma migração de investidores. "A caderneta tem crescido bem no primeiro trimestre, mas a indústria de fundos também. Só este ano tivemos mais R$ 7,5 bilhões em fundos de renda fixa e outros R$ 8 bilhões em investimento sem fundos de curto prazo." Para o HSBC, dificilmente deve ocorrer uma migração, principalmente entre os investidores de maior poder aquisitivo. Gustavo Poso, superintendente executivo de gestão de patrimônio da instituição, explica que, para o pequeno investidor, se a Selic ficar entre 8%ao ano e 8,5%, o prazo será um determinante para definir quem é mais competitivo, a poupança ou fundo. "Abaixo de 8%, nas atuais regras da poupança, começa a ficar complicado, fica caro para qualquer tipo de fundo", calculou.

Dois milhões já perdem em fundos 'caros'

Com Selic a 9%, grande investidor resiste em fundo de renda fixa
Autor(es): Por Antonio Perez, Silvia Rosa e Filipe Pacheco | De São Paulo
Valor Econômico - 20/04/2012
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/4/20/dois-milhoes-ja-perdem-em-fundos-caros/?searchterm=juros%20poupan%C3%A7a
 

A redução da taxa Selic para 9% colocou em desvantagem os pequenos investidores em fundos conservadores, mas ainda está longe de desencadear uma fuga maciça de recursos rumo à caderneta depoupança. Fundos DI e de renda fixa com taxa de administração de 0,75%, que ganham da poupança, detêm 94% do patrimônio total dos fundos

A redução da taxa Selic para 9% ainda não afeta o bolso do grande investidor que aplica em fundos conservadores e, por isso, está longe de desencadear uma migração maciça de recursos do setor de fundos DI e renda fixa em direção à caderneta de poupança. "Uma Selic de 9% ainda não assusta tanto o setor, porque a maior parte do patrimônio dos fundos DI está em carteiras com taxa de administração menor que 1% e ainda rendem mais que a caderneta", afirma Sinara Policarpo, superintendente de investimentos do Santander.
Com os juros em 9% ao ano, os fundos DI e de renda fixa com taxa de administração de 0,75% - onde estão aplicados 94% do patrimônio total dos fundos dessas duas categorias - ainda ganham da caderneta de poupança para aplicações em seis meses. Ou seja, não há motivo para a maior parte do dinheiro nos fundos DI e renda fixa migrar hoje para a poupança.
"Não faz sentido falar em fuga de recursos para a poupança, porque os grandes investidores, que conseguem taxas de administração menores, ainda preferem ficar nos fundos", afirma o economista Marcelo d"Agosto, especialista no setor de fundos e autor do blog "O Consutor Financeiro", no portal Valor.
O cenário pode mudar de figura se a Selic cair abaixo de 8,5%, alerta Sinara, do Santander. Com a Selic em 8,50%, os fundos que cobram taxa de 0,75% já perdem da poupança em seis meses. Se o BC cortar o juro para 8%, esses mesmos fundos só vão bater a caderneta se o dinheiro ficar aplicado por dois anos e meio.
Os fundos DI sempre foram sinônimo de rentabilidade gorda no curtíssimo prazo, ou seja, da possibilidade de sacar o dinheiro imediatamente ganhando mais que na poupança. Se deixam de bater a caderneta em prazos estreitos, os fundos DI não fazem mais sentido como estratégia de investimento nem mesmo para os grandes investidores, que conseguem taxas de administração abaixo de 0,75%.
Como os fundos DI carregam principalmente títulos públicos de curto prazo que seguem a Selic (LFTs), um movimento de saques das carteiras, por conta da queda da Selic, obrigaria os gestores a vender esses papéis. "Os fundos teriam que desová-las (LFTs) para poder entregar o dinheiro aos investidores", afirma.
A migração dos recursos em fundos de investimento pode criar um problema para o governo no financiamento da dívida pública. Os fundos de investimento detêm 29,72% dos títulos públicos em estoque, que somam R$ 1,73 trilhão, e representam 41,1% dos papéis em mercado. Mas parte relevante desses recursos em fundos, no entanto, são de investidores pessoas jurídicas como seguradoras e empresas, para os quais há cobrança de Imposto de Renda para as aplicações em poupança.
Esses investidores só sairiam dos fundos, portanto, em um segundo momento, quando a taxa Selic ficasse abaixo da remuneração da poupança de 6,17%, afirma Bernard Appy, ex-secretário do Ministério da Fazenda e atualmente diretor da consultoria LCA. Para ele, a remuneração da caderneta deveria ser atrelada à taxa Selic. "Se não mexer na remuneração da poupança, o Banco Central não consegue reduzir a taxa básica de juros, pois o Tesouro Nacional e os bancos continuarão tendo que captar a uma taxa acima do rendimento da caderneta."
Se do lado do patrimônio do setor de fundos uma Selic em 9% significa muito pouco, para o pequeno investidor a queda dos juros é fatal. Hoje, mais de 2 milhões de cotistas estão em fundos DI e de renda fixa que rendem menos que a poupança. Esses 2 milhões, contudo, representam apenas 6% do patrimônio total dessas duas categorias. "A grande maioria dos investidores em fundos aplica em carteiras caras, e teriam melhor remuneração se migrassem para a poupança, diz d"Agosto.
Mas nem a pessoa física que está em um fundo com taxa maior que 0,75% deve migrar imediatamente para a poupança caso a Selic caia abaixo de 9%, diz Sinara. "Leva certo tempo para o investidor se dar conta de que o rendimento mudou e sempre existe uma tendência de permanecer na aplicação antiga", afirma ela. "Mas os novos aportes tendem a ir para a poupança".
O presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, Octavio de Lazari Junior, ainda não nota um forte movimento de migração para a poupança. "Os números mais recentes, de março, mostram que o fluxo foi condizente com o histórico para essa época do ano, de valor entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões entre fevereiro e março", disse Lazari Jr. "Pelo que temos conversado com os bancos, não se reconheceu um efeito de manada ou nenhuma movimentação mais brusca ao longo do mês até agora", disse
Carlos Massaru Takahashi, presidente da BB DTVM, maior gestora de fundos do país, com R$ 438,9 bilhões, também não notou até agora uma saída de recursos dos fundos. "Até aqui, por enquanto, não houve nem na BB DTVM nem na indústria como um todo essa migração", afirma Takahashi.


Caixa reduz ainda mais taxas a clientes

Autor(es): CRISTIANE BONFANTI
Correio Braziliense - 21/04/2012
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/4/21/caixa-reduz-ainda-mais-taxas-a-clientes/?searchterm=redu%C3%A7%C3%A3o%20spread

Banco repassa o corte da Selic, de 0,75 ponto, para o crédito consignado, o financiamento de automóveis e os empréstimos pessoais, além de baratear o capital de giro às empresas

A Caixa Econômica Federal anunciou ontem nova redução de juros nas linhas de crédito para empresas e consumidores. A partir de segunda-feira, a taxa para o empréstimo consignado a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ficará entre 0,75% e 1,77% ao mês. A mínima para crédito pessoal cairá de 2,39% para 1,80% e a para o financiamento de veículos, de 0,98% para 0,89%.
As micro, pequenas e médias empresas contarão com novas tabelas para as operações de capital de giro, com juros entre 1,29% e 2,05% ao mês.
As companhias da área de construção civil, por sua vez, terão taxas entre 0,97% e 1,46% para antecipar receitas. Para atender à demanda por crédito, a Caixa abrirá uma hora mais cedo até 11 de maio.
A exemplo da decisão tomada pelo Banco do Brasil na quinta-feira, a medida da Caixa foi motivada pelaredução da taxa básica de juros (Selic), de 9,75% para 9% ao ano. Em 9 de abril, a estatal já havia feito reduções nos custos de produtos como cheque especial, rotativo do cartão de crédito e capital de giro. "As pessoas devem comparar e vão perceber que a maioria dos outros bancos não fez reduções significativas para todos os clientes, sem condicionantes, principalmente em produtos mais caros como cheque especial e cartão de crédito para as pessoas físicas", afirmou Fábio Lenza, vice-presidente de pessoa física e serviços bancários da Caixa.
Também por causa do corte na Selic, o BB já havia reduzido a mínima para financiamento de veículos de 0,99% para 0,95% ao mês e a de cheque especial, de 1,97% para 1,38% ao mês. Os juros do crédito consignado para beneficiários do INSS passaram de 0,85% para 0,79% ao mês.
Orientados pelo Palácio do Planalto, os bancos estatais foram os primeiros a reduzir juros, no início do mês. O movimento foi acompanhado pelos privados HSBC, Santander, Itaú Unibanco e Bradesco. Inicialmente, eles se recusaram a ceder às pressões de Dilma, o que aumentou a determinação do governo em reduzir o spread—diferença entre o que os bancos pagam aos investidores e o que pagam dos devedores. Agora, a equipe econômica vai engrossar o discurso contra as tarifas cobradas pelas instituições financeiras.

São Paulo, domingo, 22 de abril de 2012Mercado
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Juro menor terá pouco impacto em carros
Inadimplência em alta e critérios rígidos podem travar concessão de empréstimos para a compra de veículos
'Explosão de crédito' está descartada, afirma dirigente da entidade que reúne financeiras ligadas às montadoras
MARIANNA ARAGÃO
DE SÃO PAULO
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/38570-juro-menor-tera-pouco-impacto-em-carros.shtml 


A redução nas taxas de juros para financiamento de veículos, anunciada por bancos públicos e privados na semana passada, terá efeito limitado nas vendas de automóveis.
A avaliação de entidades e especialistas é que as regras para concessão de crédito dos bancos vão continuar rígidas, dado o índice de inadimplência recorde no país.
A taxa que considera atrasos acima de 90 dias chegou a 5,5% em fevereiro, o maior patamar da série do Banco Central, iniciada em 2000.
Além disso, para preservar sua rentabilidade, potencialmente reduzida com as novas taxas, as instituições financeiras deverão ser ainda mais seletivas ao conceder novos empréstimos.
"Não haverá uma explosão de crédito", diz Décio Carbonari, presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras de Montadoras (Anef).
Segundo ele, as taxas de juros mais atrativas serão concedidas somente aos clientes com bom histórico de pagamento e de relacionamento com o banco. "Haverá crescimento, mas limitado ao crédito de melhor qualidade, o que é positivo para o setor."
Para Paulo Roberto Garbossa, professor do Centro de Estudos Automotivos (CEA), os clientes que compram automóvel pela primeira vez serão os mais afetados com o maior nível de exigência dos bancos.
"Quem já tem financiamento -e paga em dia- terá facilidade em obter as novas taxas", afirma.
As reduções nas taxas chegam a 25% -caso da Caixa Econômica Federal, que tem a menor taxa mínima do mercado, de 0,89% ao mês.
Em fevereiro, a taxa média de juros praticada pelo mercado brasileiro foi de 2,01%. Nas financeiras de montadoras, o índice foi de 1,54%.
Metade das vendas de automóveis no país são feitas atualmente através de financiamento. Em 2009, elas eram somente 33% do total.
CENÁRIO
O avanço nos financiamentos, ainda que moderado, e a possível redução da inadimplência devem ajudar o setor a alcançar um resultado positivo em 2012.
Segundo a consultoria CSM Worldwide, a previsão é que as vendas cresçam 2,9% neste ano em relação a 2011. "O impacto das medidas mudará o cenário a partir do fim de maio", diz Fernando Trujillo, consultor da CSM.
As financeiras das montadoras também já percebem aumento no número de acordos com consumidores inadimplentes.
No banco Volkswagen, o número de acordos cresceu cerca de 30% em março em comparação com o mesmo período de 2011.
"As pessoas estão trabalhando para colocar seus pagamentos em dia", diz Carbonari, da Anef.



MUDANÇA NA CADERNETA ATINGIRÁ CASA PRÓPRIA E FUNDO DE GARANTIA

ALTERAÇÃO NO FGTS E NA CASA PRÓPRIA
Autor(es): » VICENTE NUNES
Correio Braziliense - 22/04/2012
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/4/22/mudanca-na-caderneta-atingira-casa-propria-e-fundo-de-garantia
 
Projeto do governo que muda o ganho da poupança atingirá o crédito imobiliário e os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, com o fim da TR
A determinação da presidente Dilma Rousseff de mexer nos rendimentos da caderneta de poupança para facilitar a queda da taxa básica de juros (Selic) dos atuais 9% para até 8% nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) implicará mudanças em outros pontos sensíveis: o financiamento da casa própria e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
As razões são claras. O crédito imobiliário para a classe média é bancado exclusivamente pelos depósitos na caderneta. De cada R$ 100 aplicados na mais tradicional modalidade de investimentos do país, no mínimo, R$ 65 devem ser obrigatoriamente destinados à casa própria. Além disso, as prestações são atualizadas pela Taxa Referencial (TR), que também corrige os recursos da poupança. Pelos dois projetos preparados pelo Ministério da Fazenda, para alterar o ganho da caderneta, a TR será extinta. É aí que entra o FGTS. Por lei, o dinheiro dos trabalhadores é remunerado em 3% ao ano mais a TR. A tendência é de que os depósitos feitos pelas empresas passem a ter somente a taxa fixa, compatível, no entender de técnicos da equipe econômica, com a nova realidade de juros no país.
"Todos terão de dar a sua cota de sacrifício, pois se ganhará de outro lado, com a diminuição dos juros dos empréstimos e financiamentos", diz um assessor do Palácio do Planalto. "Não se pode esquecer que a possível diminuição do rendimento da caderneta e do FGTS será depois da vírgula. Já nos juros do crédito, o impacto é bem maior. Assim, a economia com as prestações cobrirá qualquer perda de rentabilidade", acrescenta. Ele lembra que será esse o discurso difundido pelo governo para convencer a população de que está "fazendo o melhor para o país" e não um confisco da poupança, como houve em 1990, no governo Collor.
O Palácio do Planalto acredita que terá boas notícias a dar à classe média, que tanto preserva o patrimônio na poupança e recorre aos financiamentos habitacionais. Se a remuneração da caderneta diminuir um pouco e a TR for extinta, os juros cobrados no crédito imobiliário também poderão cair. "É com essa realidade que estamos trabalhando", afirma um técnico do Ministério da Fazenda. A seu ver, tudo está apontando para o governo pôr fim ao entulho que ainda resta no mercado financeiro, ou seja, a indexação decorrente dos tempos de hiperinflação. "A TR é um deles", acrescenta.
Distorção
Para o economista Carlos Thadeu de Freitas Gomes, ex-diretor do Banco Central, as mudanças propostas pelo governo são bem-vindas. Mas para que realmente a população tire proveito delas é preciso que, efetivamente, a taxa básica caia e permaneça em um patamar baixo por um longo período. E isso exige um controle efetivo da inflação. "Se os ganhos da caderneta forem realmente atrelados à Selic, como estão dizendo, em um momento de elevação dessa taxa os ganhos da poupança vão aumentar assim como as prestações da casa própria", ressalta.
Na sua avaliação, o debate sobre mudanças na estrutura de um sistema financeiro criado para conviver com uma inflação alta é importantíssimo. Mas, a seu ver, o governo deveria propor as alterações somente a partir do segundo semestre, quando, efetivamente, os consumidores terão a exata noção se o prometido corte de juros pelos bancos públicos e privados é para valer. "Com a fraqueza atual da economia, a procura por crédito está contida. À medida que a atividade for ganhando força, a demanda por empréstimos e financiamentos se fortalecerá. É aí que poderemos ver se o anunciado barateamento do crédito foi real ou se não passou de uma campanha de marketing", destaca.
O economista vai além. "Ainda há um longo caminho para que os juros do crédito no Brasil sejam comparados aos de países civilizados. Os bancos precisam reduzir muito o spread (diferença entre o que pagam aos investidores e o que cobram dos devedores", diz. No Brasil, o spread médio é de 30 pontos percentuais contra cinco pontos nas nações que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as nações mais desenvolvidas do planeta.
Minutas prontas
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, preparou duas minutas de medidas provisórias para apresentar à presidente Dilma Rousseff, propondo mudanças na remuneração da caderneta da poupança. No primeiro, os investidores terão remuneração equivalente a 80% da taxa básica de juros (Selic), que está em 9% ao ano. No segundo, serão criadas de seis a nove faixas de rentabilidade para os depósitos. Ainda nesta semana, Mantega se encontrará com Dilma para discutir o assunto.

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