sexta-feira, 13 de abril de 2012

Milho transgênico já tem mais ganhos do que a soja no Brasil


BIOTECNOLOGIA
12/04/2012 | 08h42

Consultoria aponta os benefícios econômicos com sementes modificadas


Foto: Lenara Londero / Canal Rural
Maiores benefícios econômicos do uso de variedades geneticamente modificadas já são obtidos no cultivo de milho
Os maiores benefícios econômicos do uso de variedades geneticamente modificadas já são obtidos no cultivo de milho, não mais da soja. Atualmente, o milho responde por 49% do total, ante 32% do ano passado, enquanto a soja encolheu de 65% para 47% dos ganhos.
Estudo da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) realizado pela Céleres Consultoria destaca os benefícios econômicos da aplicação de biotecnologia.
Para Anderson Galvão, da Céleres, o produtor que planta transgênico tem recebido “benefícios significativos”. Na soja, a cada R$ 1 gasto, o retorno é de R$ 1,59. No milho, é de R$ 2,61 e no algodão, de R$ 3,59.
– Esses números de retorno justificam o crescimento da adoção da biotecnologia – afirma Galvão.
Segundo o pesquisador, enquanto a soja levou 12 a 14 anos para chegar a 80% de inserção no mercado, o milho alcançou o mesmo patamar em quatro safras. Isso tem a ver com o retorno econômico e com o comportamento do produtor.
O Rio Grande do Sul é tradicional líder no uso de soja transgênica. A aposta no milho, porém, ainda encontra resistências. De acordo com Narciso Barison Neto, presidente da Abrasem, há espaço para crescimento, já que a média de produtividade do milho transgênico gaúcho está abaixo dos outros Estados:
– Consumimos mais milho do que produzimos, e temos de importar o grão. Se tivermos políticas públicas que incentivem a produção desse tipo de milho, é possível que o Estado se tornasse um exportador – avalia Barison.
A pesquisa estima que, 15 anos depois da introdução da biotecnologia agrícola no Brasil, os benefícios econômicos obtidos pelos produtores rurais usuários e pela indústria detentora da tecnologia alcançam US$ 11,9 bilhões.
O estudo aponta ainda uma redução de impactos ambientais, como economia de 21,2 bilhões de litros de água, menor consumo de óleo diesel e redução na emissão de gás carbônico.

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