Autor(es): Marta Watanabe | De São Paulo |
Valor Econômico - 20/05/2011 |
Acompanhado de uma delegação empresarial com representantes de cerca de 20 empresas, o ministro da Indústria, Comércio e Trabalho de Israel, Shalom Simhon, apresentou nos últimos cinco dias a autoridades do governo federal as possibilidades de acordos de cooperação, o interesse de empresas israelenses em investimentos ligados à Copa do Mundo de futebol de 2014 e à Olimpíada de 2016, e também a perspectiva de elevação das trocas bilaterais. A corrente de comércio entre os dois países no ano passado foi de US$ 1,35 bilhão, o que representa aumento de 46,6% em relação ao ano anterior, que encerrou com US$ 922,1 milhões. O aumento, na verdade, deve-se à base relativamente baixa de 2009. Em 2008 a corrente de comércio foi de US$ 1,6 bilhão. Ou seja, superior à do ano passado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento (MDIC). Mesmo assim o ministro israelense defende que há oportunidades de aumentar as relações comerciais entre os dois países. Para ele há oportunidades de investimentos para empresas brasileiras em Israel em áreas como de a construção e, no campo comercial, a possibilidade de aumento de exportação de commodities. Produtos básicos como carnes, açúcar e trigo são os itens mais importantes da pauta de exportação brasileira aos israelenses. Nos desembarques brasileiros com origem em Israel, os produtos mais representativos são os químicos, principalmente para a indústria de fertilizantes, e partes para aviões e helicópteros. Com esse perfil de importação e exportação a balança comercial entre os dois países é tradicionalmente deficitária para o Brasil. No ano passado, o déficit foi de US$ 673,1 milhões, quase o dobro do ano anterior, que fechou com saldo negativo de US$ 381,1 milhões. No primeiro quadrimestre deste ano a tendência foi a mesma, com déficit de US$ 60,6 milhões. Desde abril do ano passado está em vigor um acordo de livre comércio entre Israel e os países do Mercosul. Com o acordo, é aplicado um cronograma de redução gradual de alíquotas para uma lista de produtos determinados. Quando o acordo entrou em vigor a expectativa era de que a corrente de comércio triplicasse no período de cinco anos. "O comércio entre os dois países está muito distante do que pode alcançar", diz Simhon. Para ele, o maior intercâmbio entre os dois países é importante para isso. O ministro defende desde o aumento na frequência de voos entre os dois países até parcerias para investimentos em outros países no continente africano ou na América do Sul. Ele lembra que Israel possui vários acordos de livre comércio. Uma parceria de negócios poderia facilitar a entrada dos brasileiros em outros países com os quais Israel possui esses tratados. O Brasil, diz o ministro, tem atraído interesse cada vez maior de empresas israelenses. "Israel tem tecnologia reconhecida em vários campos e pode contribuir nos investimentos para a Copa e Jogos Olímpicos", diz. "Temos vantagem relativa em áreas como em infraestrutura, desenvolvimento de sistemas de comunicação, segurança pública, transporte, aviação e recursos hídricos, por exemplo", diz Simhon. A agenda do ministro em Brasília incluiu visitas à Secretaria Nacional de Segurança Pública e aos ministérios da Comunicação e da Saúde. O ministro de Israel também reuniu-se com representantes do governo fluminense. |
sábado, 21 de maio de 2011
Ministro israelense propõe parceria para investimento em outros países
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