sexta-feira, 20 de maio de 2011

Queda na área plantada de pinus preocupa mercado


Em MS, em cinco anos, a área plantio caiu para um terço




De todas as informações divulgadas pelo Anuário Estatístico da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), recém lançado, a que mais preocupa é a ligeira redução dos plantios de pinus no Brasil.

Em 2010, a área plantada da espécie foi de 1.756.000 hectares, contra 1.795.000 do ano anterior. Uma redução de 2,1%
que, teoricamente, não deveria ser alarmante, considerando o cenário econômico pós-crise.

Acontece que,
em alguma regiões, a situação é grave. É o caso do Mato Grosso do Sul onde as serrarias dos municípios de Ribas do Rio Pardo e Água Clara dependem do pequeno maciço que ainda está de pé. 

De 2005 a 2010, a área plantada caiu para um terço. Em números mais precisos, de 39 mil para pouco mais de 13 mil hectares.

A substituição por eucalipto
, superior em rendimento e produtividade, é natural. O ciclo do pinus para madeira serrada é, em média, 3 a 4 anos maior que o ciclo do eucalipto. No entanto, as empresas instaladas na região ainda não estão totalmente preparadas para processar a madeira mais dura.

Cientes de que precisam se adaptar, algumas serrarias já começaram a estudar como implementar as modificações técnicas e também as estratégias comerciais.

Atualmente,
só a Ramires Reflorestamentos mantém um programa de plantio da espécie com 300 hectares por ano. As outras reflorestadoras ainda não decidiram o que fazer. 

Todos estão certos de que, em algum momento, haverá um
"apagão florestal" de pinus em Mato Grosso do Sul. Isso, de certa forma, dificulta ainda mais as decisões das empresas. As serrarias que quiserem sobreviver vão migrar para o eucalipto.

Com isso, existe o receio de que o pinus não retome seu mercado depois. Situação bastante diferente do sul do país, onde a espécie é bastante consumida pelas indústrias de painéis e celulose.

No mesmo ritmo de consumo, as florestas de pinus sul-mato-grossenses devem durar mais 3 ou 4 anos. Até lá, quem processa a madeira terá tempo suficiente para se adaptar.

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