quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Subsídio agrícola nos países ricos atinge recorde de baixa

OCDE mostra que os apoios aos produtores caíram, mas continuam distorcendo o mercado e os preços mundiais
Agência Estado
O suporte governamental à agricultura concedido pelos 34 países integrantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) caiu para 18% da receita total do setor agropecuário do grupo em 2010, um recorde de baixa. No ano passado, essas nações pagaram a seus produtores US$ 227 bilhões, de acordo com o relatório anual “Monitoramento e Avaliação de Políticas Agrícolas”, divulgado nesta quarta-feira (21) pela entidade.
No documento, a OCDE avalia que, com preços agrícolas em alta, os governos puderam diminuir os recursos pagos a seus produtores. Por esse motivo, diz que este é o momento ideal para mudar o sistema de pagamento de subsídios no mundo, que continua a não contribuir para o desenvolvimento do setor e ainda distorce o mercado global.
De acordo com a OCDE, o estudo confirma a tendência de queda na concessão de subsídios agrícolas, mas que a subvenção ainda é dada de maneira que distorce a produção e o comércio. Os subsídios, diz a entidade, têm contribuído pouco para melhorar a produtividade e a competitividade do setor, para assegurar o uso de recursos sustentáveis e para ajudar os produtores a lidar com o risco inerente à sua atividade.
“Com os orçamentos dos governos mais enxutos e agricultores obtendo preços mais altos por seus produtos, os governos deveriam começar a mudar do sistema de pagamentos que sustentam a renda agrícola para avançar em políticas que gerem benefícios de longo prazo para a economia global do setor de alimentos”, afirma no relatório o diretor para Comércio e Agricultura da OCDE, Ken Ash. “O momento é propício para reformar as políticas de suporte à agricultura”.
Países
Os níveis de suporte variam muito entre os 34 países da OCDE. No período entre 2008 e 2010, a Nova Zelândia figurou como aquele que menos concedeu apoio à receita agrícola. Seus subsídios representaram apenas 1% da renda agrícola no período. Depois, seguem Austrália (3%) e Chile (4%). Estados Unidos (9%), Israel e México (12%) e Canadá (16%) também ficaram abaixo da média dos países da organização, de 20%.
A União Europeia reduziu seu nível de suporte a 22% da renda agrícola, mas ainda assim continuou acima da média. O suporte aos produtores continuou alto na Coreia do Sul (47%), na Islândia (48%), no Japão (49%), na Suíça (56%) e na Noruega (60%).
Nas economias emergentes, os níveis de suporte estão bem abaixo dos níveis da OCDE, mas também variam bastante. Pela primeira vez, o relatório avaliou emergentes: Brasil (5%), África do Sul (3%) e Ucrânia (7%) têm níveis de suporte baixos, mas na Rússia (22%) eles excedem a média dos países desenvolvidos.


Agricultural Policy Monitoring and Evaluation 2011: OECD Countries and Emerging Economies

Government support to agriculture in OECD countries fell to 18% of total farm receipts in 2010, a record low linked to high commodity prices, according to this report.
» Access the full report

Data for the calculations of the support are available online at www.oecd.org/agriculture/PSE
Support to producers stood at $227 billion (EUR 172 billion) in OECD countries in 2010. Most government support is still given in ways that distort production and trade while doing relatively little to improve productivity and competitiveness, ensure sustainable resource use or help farmers cope with risk.
OECD Producer Support Estimates (PSE)
 Consult all the data from this report at the OECD Producer Support Estimates (PSE) web page
 Key facts
  • New Zealand has the lowest level of government support to agriculture in the OECD, at just 1% of farm income. Australia (3%), Chile (4%) and the United States (4%) are also well below the OECD average.
  • The European Union has reduced its level of support to 22% of farm income, but remains above the OECD average.
  • Support to farmers remains relatively high in Korea (47%), Iceland (48%), Japan (49%), Switzerland (56%) and Norway (60%).
  • Brazil, South Africa and Ukraine generally support agriculture at levels well below the OECD average, while support in China is approaching the OECD average. In Russia, farm support now exceeds the OECD average.

 Recommendations of this report
  • Greater global food demand, higher prices, more volatile markets and increasing resource pressures are arguments for moving beyond “status quo” policies. Countries should focus on improving farm productivity, sustainability and long-term competitiveness, rather than policies that distort markets. Farm policy should also offer greater support to research, innovation and education.
  • With volatility expected to remain high and growing concerns about climate change, farmers will need comprehensive risk management systems that best address their specific needs. Governments should support the development of market-based tools while steering clear of actions that interfere with farmers’ management of normal business risk.
  • While high farm prices create opportunities for farmers, high and volatile food prices have particularly severe impacts on the poorest people on the planet, who spend a large proportion of their available income on food. For this group of consumers, improved safety nets can help with immediate needs, but policies that improve agricultural productivity and long-term resilience will provide the long-term solution. To this end, the OECD recognises the importance of ongoing efforts in the G20 and in other international fora to improve policy coherence and strengthen global governance of the food system.
 Country summaries
OECD economies
 
 
Other economies
    
    
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Agricultural Policy Monitoring and Evaluation 2011: OECD Countries and Emerging Economies
Agricultural Policy Monitoring and Evaluation 2011:
OECD Countries and Emerging Economies
This report provides up-to-date estimates of support to agriculture and is complemented by individual chapters on agricultural policy developments in all countries covered in the report. Support is calculated using OECD Producer Support Estimates (PSE).

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