11/09/2011 | 17h45
Qualidade das estradas brasileiras caiu 13 posições e está entre as 25 piores estruturas dos 142 países analisados
A qualidade da infraestrutura brasileira piorou em relação ao resto do mundo pelo segundo ano consecutivo. Desta vez, no entanto, o país despencou 20 posições no ranking global de competitividade do Fórum Econômico Mundial, de 84º para 104º lugar. Em 2010, já havia perdido três colocações por causa da lentidão do governo para tirar projetos importantes do papel.
A tendência não é nada animadora. Na avaliação de especialistas, com a paralisia verificada em algumas áreas, este ano a situação tende a piorar. É o caso da malha rodoviária. No ranking mundial, elaborado com base na opinião de cerca de 200 empresários nacionais e estrangeiros, a qualidade das estradas brasileiras caiu 13 posições e está entre as 25 piores estruturas dos 142 países analisados.
A preocupação é que, depois dos escândalos de corrupção no Ministério dos Transportes, muitas obras estão paralisadas. Segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foram suspensos 41 editais, que estão sendo liberados de acordo com a prioridade do Ministério.
O órgão destaca, entretanto, que esses processos estavam em diferentes estágios, alguns na fase anterior à abertura das propostas. Apesar disso, afirma que conseguiu executar R$ 1,2 bilhão em agosto. Mas será preciso bem mais energia para melhorar a posição no ranking mundial, avalia o consultor para logística e infraestrutura da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet.
Ele destaca que já esperava essa piora do país em relação ao resto do mundo.
Ele destaca que já esperava essa piora do país em relação ao resto do mundo.
– A economia brasileira está crescendo e a infraestrutura está estagnada, em deterioração – declara.
Um dos pontos críticos, na opinião do executivo, é o sistema portuário, que recebeu nota de 2,7 pontos (quanto mais próximo de 1, pior). Com isso, a qualidade dos portos brasileiros caiu sete posições e está entre os 13 piores sistemas avaliados pelo Fórum Econômico Mundial. Entre todas as áreas, os portos ocupam a pior posição, 130º. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado
29/08/2011 | 15h40
Produtores de soja querem melhorar logística para aumentar exportações para China
Para lideranças do setor, Brasil tem espaço para aumentar exportações de soja, mas para isso sé preciso melhorar sua infraestrutura
- Luiz Patroni | Cuiabá (MT)
Atualizada às 20h35
Principal parceiro comercial do Brasil, a China deve dobrar o volume importado de soja nos próximos dez anos. Pelo menos esta é a expectativa das lideranças da classe produtora em Mato Grosso, que recentemente estiveram no país asiático. Só que para aproveitar o crescimento desta demanda, será preciso mais do que apenas ampliar a produção. Será necessário investir em infraestrutura e no melhoramento da logística brasileira.
Todos os anos a China importa 54 milhões de toneladas de soja. Pelo menos 18% deste volume sai do Brasil. Esta demanda deve crescer nos próximos anos. A estimativa da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) é de que em uma década os chineses estejam importando 100 milhões de toneladas do grão. O que abre espaço para que as exportações da soja brasileira avancem significativamente.
Mas para conseguir atender este mercado crescente será preciso investir em logística, que hoje é reconhecidamente um dos principais entraves do setor. O presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, liderou uma comitiva de Mato Grosso que permaneceu duas semanas na China. Ele explica que, enquanto no Brasil os agricultores gastam em média US$ 100 para transportar uma tonelada de soja por uma distância de 1,4 mil quilômetros, os chineses pagam apenas US$ 35 pelo mesmo serviço.
E é justamente o avanço na infraestrutura uma das perspectivas da classe produtora. Além da estimativa de ampliar a relação comercial com o mercado chinês, a Aprosoja trouxe na bagagem a confirmação de que empresários do país asiático querem investir na melhoria logística de Mato Grosso. Nos próximos 30 dias, a entidade deve elaborar um documento para firmar esta parceria com os chineses.
– Queremos elaborar um termo de cooperação para reforçar esta parceria. Os chineses querem comprar soja mais barata, por isso este investimento na logística brasileira é justificado – disse Glauber Silveira.
CANAL RURAL
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