sábado, 30 de julho de 2011
O fantasma de Malthus
Autor(es): Max Milliano Melo |
Correio Braziliense - 29/07/2011 |
Com a população global perto de chegar aos 7 bilhões, especialistas discutem se a Terra tem condições de abrigar tanta gente. A solução para esse desafio é mais política que científica, afirmam No século 18, o geógrafo britânico Thomas Malthus elaborou uma das mais conhecidas teorias sobre o crescimento populacional. Segundo sua hipótese, a capacidade da Terra de abrigar pessoas seria limitada. Ao ser atingido o limite populacional, crises de abastecimento, fome em massa, epidemias e problemas ambientais dizimariam parte da humanidade, devolvendo o equilíbrio entre o planeta e seus habitantes. Posta de lado durante décadas, a Teoria Malthusiana volta a assombrar no momento em que a população mundial está prestes a alcançar a casa dos 7 bilhões. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a marca deve ser atingida no próximo outubro. Descobrir até onde vai esse crescimento populacional, discutir se o planeta tem mesmo uma capacidade limitada de abrigar pessoas e apontar os desafios de administrar tantas vidas são algumas das propostas de uma série de artigos publicados na edição de hoje da revista científica Science. Em diferentes momentos da história, a humanidade pareceu estar seriamente ameaçada. No fim da Idade Média, por exemplo, as condições precárias de vida nos aglomerados urbanos permitiram que a peste bubônica se espalhasse e dizimasse cerca de um terço da população europeia. Séculos depois, já nos anos 1970, a explosão demográfica asiática fez com que a China e a Índia alcançassem a marca de 1 bilhão de habitantes, levando os geógrafos a prever a falta de alimentos. Nas duas ocasiões, a ciência mostrou-se capaz de encontrar soluções que evitaram o pior. O avanço da medicina fez com que epidemias fossem combatidas de forma mais eficiente e técnicas agrícolas conseguiram aumentar expressivamente a produção de alimentos. "Hoje, a maioria dos problemas relacionados à saúde são evitáveis, decorrentes da falta de prevenção ou de condições adequadas de vida", diz ao Correio o subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do Fundo de Populações das Nações Unidas (Unfpa, na sigla em inglês), Babatunde Osotimehin. Disponibilidade O problema é que o enfrentamento das ameaças que afligem a humanidade atualmente depende, principalmente, de decisões políticas, aponta Osotimehin, que assina o editorial da Science. "Muitas vezes, o problema não é a produção, mas sim a disponibilidade", afirma o nigeriano. Segundo ele, a produção de alimentos atual é suficiente para suprir a necessidade de todas as pessoas, e o crescimento populacional será acompanhado de uma natural evolução nas técnicas agrícolas. "O grande desafio sempre foi lidar com a desigualdade. Hoje, algumas regiões sofrem com o excesso de alimentos, enquanto outras penam com a fome. Nas próximas décadas, se nada for feito, essa desigualdade tende a se acentuar." Outro ponto a ser enfrentado será a educação, uma área poucas vezes vista como relacionada ao controle populacional. "Indivíduos e comunidades com melhor nível de educação têm uma capacidade maior de identificar problemas e encontrar soluções", analisa o pesquisador nepalês Samir Kumar, do Programa de Populações do Instituto Internacional para Análises Aplicadas (Iiasa, na sigla em inglês), com sede na Áustria. "Portanto, para resolver os problemas de 7 bilhões de pessoas, precisamos de um mundo com 7 bilhões de indivíduos com o mais alto nível educacional possível", completa. Entre as várias vantagens que Kumar aponta no amplo investimento em educação, como forma de lidar com a superpopulação mundial, está a melhora na qualidade de vida conquistada por indivíduos que estudam mais. Além disso, do ponto de vista da saúde, famílias cujos pais puderam frequentar a escola têm menos problemas de saúde, já que eles possuem melhores condições de orientar os filhos em relação a questões de higiene e hábitos saudáveis. Planejamento familiar Além disso, a escola pode ser uma aliada importante na promoção do planejamento familiar, afirma o especialista da Iiasa. "Mesmo que o tema planejamento familiar não esteja diretamente presente nos currículos escolares, pessoas com maior grau de instrução são mais propensas a encontrar informações referentes a métodos contraceptivos", explica. O investimento em planejamento familiar deve mesmo ser uma das grandes prioridades de governos que queiram promover o crescimento ordenado das suas populações, acredita John Bongarrts, da organização internacional Population Council, com sede em Nova York (EUA). "Todos os anos, ocorrem 184 milhões de gestações no mundo, sendo que 40% delas não são planejadas", informa. "Em regiões mais pobres, como na África Subsaariana, as mães têm muitos filhos por acreditarem que eles serão mão de obra adicional na lavoura, quando na verdade estarão ajudando a aumentar a demanda por alimentos", explica. Em 1994, em um tratado da Organização das Nações Unidas (ONU), 184 países se comprometeram a priorizar políticas de planejamento familiar. "No entanto, ao longo dos anos 1990 os recursos destinados a essas ações ficaram cada vez mais escassos", lamenta Bongarrts. "Por isso, não é demais dizer que hoje, mais do que nunca, as mulheres estão tendo o seu direito ao planejamento familiar negado." Se o problema é grave em regiões do continente africano, aos poucos a situação tem mudado em outras regiões em desenvolvimento, que já começam a mostrar um perfil populacional semelhante ao de países ricos. É o caso brasileiro. "No Brasil, a taxa de natalidade caiu muito rapidamente e agora é menor do que nos EUA, por exemplo", explica o pesquisador da Universidade da Califórnia — Berkeley, Ron Lee. De acordo com o cientista, considerando-se apenas as taxas de nascimento, a longo prazo o Brasil pode enfrentar uma situação inversa da tendência mundial: a diminuição populacional. "No país, a fertilidade é atualmente cerca de 1,9 nascimento por mulher, enquanto 2,1 nascimentos seria a média necessária para a substituição a longo prazo da população", conta Lee. "Essa é uma tendência que já se apresenta há bastante tempo nos países mais ricos e que agora se espalha por outras regiões que se desenvolveram mais tardiamente, como China e Tailândia", pontua o especialista. |
Mais ricos preferem frutas e alimentos light
Autor(es): Alexandre Rodrigues, Clarissa Thomé e Daniela Amorim | |||||
O Estado de S. Paulo - 29/07/2011 | |||||
Embora o consumo de alimentos diet e light, assim como a ingestão de frutas e verduras, seja maior nas classes de maior renda, a pesquisa do IBGE mostrou que o consumo de produtos como pizzas, salgados fritos, doces e refrigerantes também cresce à medida que a renda familiar per capita aumenta. Há um consumo maior de feijão, arroz, peixe e farinha da mandioca entre os mais pobres. Na pesquisa, os entrevistados foram divididos em quatro grupos de acordo com a renda. Entre os 25% mais pobres, o consumo diário de banana foi equivalente a um quinto da fruta. Os 25% mais abastados tiveram um pedaço maior - um terço. O mesmo padrão foi verificado com a maçã, que teve consumo que equivale a meia fruta por mês na faixa mais baixa e de duas maçãs na renda mais alta, e com o tomate - uma colher de sopa cheia de tomate em tiras por semana para os mais pobres, duas e meia para os mais ricos. A ingestão de leite desnatado também foi menor na classe mais baixa. No fim de um mês, o mais pobre terá consumido um copinho de 50 ml, já o mais rico, um copo duplo de 280 ml. A faixa superior também consumiu quase o dobro de doce à base de leite que a faixa mais baixa. "Além do baixo consumo de ferro, muitas mães dão sobremesas à base de leite para os filhos. O laticínio não deve ser consumido junto com as refeições porque o cálcio diminui a absorção do ferro", disse a nutricionista Tania Bottino. Os alimentos in natura são mais consumidos na zona rural, enquanto os processados são mais frequentes na zona urbana. Os moradores de áreas rurais registraram médias maiores para o consumo diário de arroz, feijão, batata-doce, mandioca, farinha de mandioca e carnes salgadas. Na zona urbana, os moradores consumiram mais produtos prontos, como biscoitos recheados, iogurtes, salgados fritos, pizzas, refrigerantes, sucos e cerveja. Brasileiros comem muito e mal, mostra IBGE
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O PERIGO CHEGA À MESA DO BRASILEIRO
A DIETA BRUTA DA VIDA MODERNA |
Correio Braziliense - 29/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/29/o-perigo-chega-a-mesa-do-brasileiro |
Bombardeada pela publicidade, nova classe média troca o feijão com arroz por produtos industrializados que antes não consumia. Professora da UnB alerta para a necessidade de uma política alimentar no país Nos últimos anos, quase 40 milhões de brasileiros passaram a integrar a classe média. A ascensão, porém, não foi assim tão benéfica no que diz respeito à alimentação. À medida que a renda cresce, revela pesquisa do IBGE, o consumo de alimentos de alto teor calórico e baixo valor nutritivo entre essas pessoas vai subindo. "Elas são bombardeadas pela publicidade, o que gera um anseio de consumo por produtos dos quais eram privadas", avalia Elizabetta Recine, professora do curso de nutrição na UnB. Entre os principais problemas alimentares no país está a ingestão excessiva de açúcar e gordura saturada e o consumo insuficiente de fibras. Esse padrão alimentar de baixo teor nutricional, encontrado principalmente em estabelecimentos de fast food, pode acarretar consequências danosas, como obesidade e doenças crônicas. Sociedade Alegando falta de tempo e facilidades financeiras, brasileiros enchem os pratos de comidas com muita caloria e pouco teor nutritivo, segundo o IBGE. Especialistas alertam que o hábito pode virar um problema de saúde pública Júnia Gama Larissa Leite Os quase 40 milhões de brasileiros que passaram a integrar a classe média, nos últimos anos, não estão se alimentando bem. A renda vem aumentando com o consumo de alimentos com alto teor calórico e baixo valor nutritivo. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que a população está abandonando componentes de uma dieta saudável, como arroz, feijão e verduras, e os substituindo por pizzas, salgados, doces e refrigerantes. Segundo especialistas, o aumento da renda é seguido pela globalização, que facilita o acesso a refeições rápidas e pouco nutritivas. Para a nutricionista Joana D"Arc Pereira Mura, autora do livro Tratado de alimentação, nutrição & dietoterapia, a multiplicação das redes de fast food alterou a relação das pessoas com a alimentação. O Brasil estaria caminhando, segundo ela, em direção a um cenário visto em países onde a obesidade é um problema generalizado de saúde pública. O estudo realizado pelo IBGE mostra o consumo excessivo de açúcar (61% da população), sódio (90%) e gorduras saturadas (82%). As fibras, importantes para o bom funcionamento do sistema digestivo, são insuficientemente ingeridas por 68% dos brasileiros. A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, alerta para a gravidade do problema entre os adolescentes. Segundo ela, o padrão alimentar de baixo teor nutricional pode trazer consequências como obesidade e doenças crônicas. A estudante Luciana Brasil, 18 anos, encaixa-se no perfil que preocupa os agentes do ministério. Ela conta que seus pais têm uma alimentação saudável e que brigam com ela por conta de suas preferências alimentares. "Fast food é mais barato, mais prático, vale mais o prazer da comida gostosa que a saúde", diz a jovem, que costuma ir a lanchonetes com as amigas Renata Teixeira, Talitha Adnet e Fernanda Vargas. O aumento do consumo de alimentos pouco nutritivos é seguido pelo crescimento do consumo de alimentos saudáveis, o que pode parecer uma contradição. A professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB) Elizabetta Recine explica o motivo. É preciso, segundo ela, atentar para o momento atual, em que o movimento de ascensão social é recente. As camadas de renda menor, que têm protagonizado a formação da nova classe média, tendem a consumir mais produtos industrializados, aos quais não tinham acesso. Elizabetta relata que a velocidade de incorporação desses alimentos na dieta dos brasileiros deve-se em parte ao apelo publicitário. "Essas pessoas são bombardeadas pela publicidade, o que gera um anseio de consumo por produtos de um mercado do qual antes eram privadas", diz. Nas camadas de renda mais elevadas, onde a ascensão social não resulta de um processo tão recente, a informação sobre a qualidade nutritiva dos alimentos tende a ser maior, o que explica o alto consumo de frutas, verduras e legumes. "Pessoas com mais informação incluem itens saudáveis na dieta", afirma a professora. |
Na rua, a tentação da gordura
Correio Braziliense - 29/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/29/na-rua-a-tentacao-da-gordura |
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) também apontou que quatro em cada 10 brasileiros comem na rua. O fato de não preparar a comida — o que, para alguns, dificulta as escolhas alimentares mais saudáveis — não atrapalha a dieta do biólogo Bruno Filizola, 33 anos. Encontrado frequentemente em restaurantes naturais de Brasília, ele, em seus pratos, dá preferência a alimentos nutritivos, como saladas, legumes e cereais. O biólogo afirma que adquiriu essa consciência no ambiente universitário, onde as preocupações com a saúde e com o desenvolvimento sustentável são mais recorrentes. Para ele, a piora nos hábitos alimentares do brasileiro deriva da falta de informação. "As classes mais baixas associam comer produtos industrializados a um certo status (...). No Brasil, o aumento da renda não está sendo acompanhado por um desenvolvimento sustentável. Parece que o Brasil quer imitar os Estados Unidos nos pontos em que os americanos falharam", diz. Segundo a POF, mais de 90% da população ingere frutas, legumes e verduras abaixo dos níveis recomendados pelo Ministério da Saúde. Os brasileiros têm combinado a típica dieta — à base de arroz e feijão — com alimentos pouco nutritivos e muito calóricos. Para Elizabetta Recine, professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB), é necessário proteger a alimentação tradicional e tornar os alimentos saudáveis mais acessíveis. "Precisa ser fácil e barato consumir frutas e hortaliças", aponta, indicando que estabelecimentos que comercializam esse tipo de produto deveriam ser multiplicados pelo país. A especialista acredita que, a partir da pesquisa, será possível desenhar políticas públicas mais assertivas, ajudando o brasileiro a ter acesso a uma dieta mais nutritiva. Elizabetta ressalta que o país não tinha uma sondagem com o grau de detalhamento da POF desde a década de 1970. A pesquisa foi realizada com base em análises de medidas no consumo alimentar individual de pessoas a partir de 10 anos de idade. A amostragem foi de 13,5 mil domicílios. Segundo o gerente da pesquisa, Edilson Nascimento Silva, os dados mostram a necessidade de serem pensadas políticas de prevenção. "Principalmente as crianças e os adolescentes precisam ter uma dieta diversificada. Os índices de inadequação indicam um alerta sobre sobrepeso, obesidade e desenvolvimento de doenças crônicas", diz. |
Pesquisa avaliou 34 mil moradores em 13,5 mil residências
O Estado de S. Paulo - 29/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/29/pesquisa-avaliou-34-mil-moradores-em-13-5-mil-residencias |
A pesquisa foi realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde com base em uma amostra de 24,2% dos domicílios avaliados pela Pesquisa de Orçamentos Familiar (POF), realizada entre maio de 2008 e maio de 2009. Os pesquisadores entregaram questionários para a anotação do consumo alimentar para 34 mil moradores em 13,5 mil residências. Com base nas informações colhidas, técnicos estimaram a quantidade ingerida. Para determinar o volume de nutrientes e energia consumidos, o IBGE criou tabelas de composição dos alimentos e parâmetros orientados por padrões do Ministério da Saúde. |
Lucro da Vale cresce 54% e supera estimativas
Autor(es): Vera Saavedra Durão e Rafael Rosas | Do Rio |
Valor Econômico - 29/07/2011 |
O resultado da Vale no segundo trimestre do ano apresentou números vigorosos, conforme a expectativa do mercado, puxado por preços mais elevados e maior volume vendido, principalmente de minério de ferro. O lucro líquido obtido pela companhia superou as projeções de analistas consultados pelo Valor, somando R$ 10,2 bilhões, 54,9% superior aos R$ 6,6 bilhões do mesmo período do ano passado. A apreciação de 4,2% do real em relação ao dólar teve impacto positivo de R$ 848 milhões no lucro líquido da mineradora. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) alcançou R$ 14,2 bilhões, abaixo do projetado pelos especialistas, mas recorde para um segundo trimestre, tendo crescido 41,9% frente aos R$ 10,4 bilhões do segundo trimestre de 2010. A receita líquida do período totalizou R$ 25,6 bilhões, com alta de 34,9% ante os R$ 18,9 bilhões do segundo trimestre de 2010. Os preços de vendas mais elevados, principalmente do minério de ferro e pelotas, causaram um efeito positivo de R$ 2,2 bilhões ante o primeiro trimestre do ano. O aumento do volume de embarques acrescentou R$ 800 milhões à receita. As vendas de minério e pelotas representaram 75,1% do faturamento líquido. Em termos de regiões que são clientes da Vale, a Ásia continuou liderando, respondendo por 50,9% da receita no segundo trimestre - ante 49,1% nos três primeiros meses do ano. Isto é explicado pelo aumento da participação da China para 31,3% ante 29,5% no primeiro trimestre do ano. Em termos de receita, considerando as vendas por país, a China foi responsável por 31,3% do total vendido. No primeiro semestre, a companhia atingiu um lucro líquido de R$ 21,6 bilhões, um crescimento de 126,7% em relação ao ganho de R$ 9,5 bilhões nos seis primeiros meses do ano passado. O Ebitda acumulado nos seis primeiros meses de 2011 somou R$ 27,8 bilhões, aumentando 75,9% ante os R$ 15,8 bilhões do primeiro semestre de 2010. A receita líquida atingiu R$ 49,1 bilhões, crescendo 53,7% em relação aos R$ 32 bilhões na mesma comparação. A Vale encerrou o segundo trimestre de 2011 com disponibilidade de caixa de US$ 13,2 bilhões e baixa alavancagem, com a relação entre dívida total e Ebitda em 0,68 vez e uma dívida total de US$ 24,4 bilhões, com prazo médio de 9,8 anos para pagar. A forte geração de caixa da Vale levou a diretoria executiva a aprovar ontem, pouco antes da divulgação do balanço, proposta de pagamento de uma remuneração extra aos acionistas de US$ 3 bilhões, ou US$ 0,575 por ação ordinária ou preferencial em circulação, com base no número de ações em 30 de junho. A proposta será submetida a aprovação do conselho de administração em reunião no dia 11 de agosto. Se aprovada, o pagamento aos acionistas será realizado em 26 de agosto. Segundo o comunicado da mineradora, todos os investidores que possuírem ações da Vale no Brasil em 11 de agosto terão direito ao recebimento da remuneração extra. Em abril, a mineradora pagou a primeira parcela do dividendo mínimo aos acionistas de 2011, que totalizou US$ 2 bilhões. (Colaborou Juliana Ennes) |
Vale anuncia lucro recorde de R$ 10,27 bi no segundo trimestre
Autor(es): Mônica Ciarelli e Sergio Torres |
O Estado de S. Paulo - 29/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/29/vale-anuncia-lucro-recorde-de-r-10-27-bi-no-segundo-trimestre |
No acumulado do ano, lucro tem crescimento de 126% e já chega a R$ 21,5 bilhões RIO - A Vale registrou no segundo trimestre deste ano lucro líquido de R$ 10,275 bilhões, 54,9% superior ao obtido no segundo trimestre de 2010. Foi o maior já verificado pela companhia em segundo trimestre. Na comparação dos dois períodos, a receita líquida da mineradora cresceu 34,9%. No segundo trimestre de 2011, ela atingiu R$ 25,614 bilhões. Os preços mais elevados dos produtos no segundo trimestre contribuíram positivamente para a receita da Vale, com US$ 1,344 bilhão, segundo o balanço. No acumulado do semestre, o lucro avançou 126,7%, somando R$ 21,566 bilhões. A receita líquida aumentou 53,7%, para R$ 49,187 bilhões. O balanço foi o primeiro da gestão do novo presidente, Murilo Ferreira, que em maio substituiu a Roger Agnelli, no cargo ao longo dos últimos dez anos. A Vale informou ter reduzido a dívida líquida para US$ 11,232 bilhões no segundo trimestre do ano, abaixo dos US$ 17,724 bilhões do mesmo período do ano anterior. No trimestre anterior, o primeiro de 2011, a dívida líquida foi de US$ 11,936 bilhões. A dívida bruta total em 30 de junho era de US$ 24,459 bilhões, segundo o comunicado da empresa. A companhia revelou ter pago em abril a primeira parcela do dividendo mínimo de 2011 aos acionistas, de US$ 2 bilhões. A Vale registrou resultado financeiro líquido positivo de US$ 648 milhões no trimestre. No mesmo período do ano passado, os indicadores foram negativos: US$ 491 milhões. A mineradora anunciou também ter realizado investimentos de US$ 4,036 bilhões no segundo trimestre, o que representa crescimento de 47,1% em relação ao primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2010, a alta foi de 69,9%. A companhia informou ter investido 28% do total orçado para 2011, com aportes de US$ 6,779 bilhões no primeiro semestre. Ela programou investimentos de US$ 24 bilhões este ano. Preço maior. No segundo trimestre, a mineradora operou com o preço médio de US$ 145,30 por tonelada na venda de minério de ferro, o que representa aumento de 15,14% diante dos US$ 126,19 no primeiro trimestre e de 58% na comparação com o mesmo período de 2010. O preço médio de pelotas ficou em US$ 206,07 por tonelada - alta de 13,6% na comparação com o trimestre anterior e de 34% em relação ao período de 2010. As vendas do minério pela Vale somaram 60,642 milhões de toneladas no segundo trimestre, volume correspondente a um incremento de 6,23% frente ao mesmo período do ano passado (57,081 milhões de toneladas vendidas). As vendas de pelotas apresentaram ligeiro recuo no período, de 12,946 milhões para 12,861 milhões de toneladas. A mineradora informou que as operações no segundo trimestre continuaram influenciadas pela chuva intensa em Carajás (PA), o que também desacelera o processo de descarga de trens no terminal marítimo de Ponta da Madeira, por causa do grau mais elevado de umidade do minério. A companhia diz que houve problemas com um virador de vagões em manutenção no trimestre. Com a venda de ferro, a Vale obteve receita de US$ 9,102 bilhões no segundo trimestre, cifra superior aos US$ 5,435 bilhões apurados no mesmo período de 2010. As vendas de pelotas geraram US$ 2,113 bilhões, inferior aos US$ 1,610 bilhões do mesmo intervalo do exercício anterior. A participação da China no total de minério de ferro e pelotas vendido pela Vale no segundo trimestre registrou pequena queda, passando para 41,7%. No trimestre imediatamente anterior, a fatia chinesa era de 42,3%. A Vale exportou para a China 30,6 milhões de toneladas de minério no segundo trimestre, contra 29 milhões de toneladas no trimestre anterior. As vendas para a Ásia somaram 45 milhões de toneladas, respondendo por 61,2% das vendas da mineradora. No trimestre anterior, a fatia asiática era de 60,7%. Já a fatia da Europa apresentou leve recuperação, de 20,4% para 20,6%. |
Vale lucra R$ 21,5 bi no primeiro semestre
Correio Braziliense - 29/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/29/vale-lucra-r-21-5-bi-no-primeiro-semestre |
A Vale lucrou R$ 10,27 bilhões no segundo trimestre do ano, ante R$ 6,6 bilhões em igual período do ano anterior. Na comparação com o mesmo período de 2010, o resultado cresceu 74,1%. No semestre, o lucro deu um salto maior: aumentou 126,7%, somando R$ 21,56 bilhões. No período, a receita líquida avançou 53,7%, para R$ 49,187 bilhões. Foi o primeiro balanço divulgado depois que Murilo Ferreira substituiu Roger Agnelli no comando da mineradora. A explicação para o desempenho positivo em 2011 está nos preços maiores do minério de ferro e na forte demanda global pelo produto. No segundo trimestre, a Vale bateu recordes na geração de caixa, no lucro operacional, na margem operacional e no lucro líquido. A receita operacional foi de R$ 25,6 bilhões, com alta de 34,9% em relação há um ano, e o lucro operacional chegou a R$ 13,1 bilhões, com aumento de 46,1% na mesma comparação. Os preços mais elevados dos produtos no segundo trimestre contribuíram positivamente para os ganhos, com US$ 1,34 bilhão, segundo o balanço. A mineradora anunciou também ter realizado investimentos de US$ 4 bilhões no segundo trimestre, o que representa crescimento de 47,1% em relação aos três meses anteriores. Na comparação com o segundo trimestre de 2010, a alta foi de 69,9%. Dividendos Com base no número de ações em 30 de junho de 2011, ontem a Diretoria Executiva da mineradora aprovou proposta para pagamento de remuneração aos acionistas no valor de US$ 3 bilhões (ou R$ 4,7 bilhões), em adição ao mínimo de US$ 4 bilhões proposto em janeiro deste ano. "O Conselho de Administração da Vale apreciará a proposta da Diretoria Executiva na reunião agendada para 11 de agosto de 2011 e, se aprovada, o pagamento será realizado em 26 de agosto de 2011", afirmou a empresa. Segundo a Vale, a forte geração de caixa permite o financiamento das oportunidades de crescimento e o retorno de capital aos acionistas. |
Vale tem lucro recorde trimestral de R$10, 2 bi
Autor(es): Bruno Rosa |
O Globo - 29/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/29/vale-tem-lucro-recorde-trimestral-de-r-10-2-bi |
No primeiro semestre, ganho chega a R$21,5 bilhões, uma alta de 126% em relação a igual período de 2010 O crescimento elevado da China e o aumento no preço do minério de ferro no mercado internacional fizeram a Vale registrar lucro líquido recorde no segundo trimestre deste ano. A mineradora obteve ganho de R$10,275 bilhões entre abril e junho, valor 54,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, o lucro líquido chegou a R$21,566 bilhões, um avanço de 126,7% em relação aos primeiros seis meses de 2010. O resultado no 2º trimestre veio acima da expectativa dos analistas, que projetavam ganhos de R$9,2 bi a R$9,8 bi. Eles destacaram a alta de 20% no preço do minério de ferro entre abril e junho, devido aos baixos estoques. A valorização do real frente ao dólar também deu sua contribuição, com um ganho extra de R$848 milhões no 2ºtrimestre. Também houve um efeito líquido positivo de R$575 milhões com as transações feitas com derivativos (operação do mercado futuro). A Vale destacou que, com o avanço de 7,2% no volume das vendas de minério de ferro e pelotas, a receita operacional no 2ºtrimestre também foi recorde e chegou a R$25,614 bilhões - alta 34,9% em relação ao mesmo período de 2010. No ano, o resultado foi de R$49,187 bilhões - avanço de 53,7%. Assim, as vendas com minério de ferro somaram R$14,278 bilhões no 2º trimestre. Com isso, a participação do mineral na receita aumentou: passou de 50,7%, no 1º trimestre, para 55,7%, no fim de junho. Fertilizantes também avançaram: o peso na receita subiu de 2% para 5,4% no período. E grande parte de todo esse crescimento, destacam analistas, vem da China, país que passou a responder por 31,3% da receita no segundo trimestre, contra 29,5% até março. O Brasil respondeu por 18% da receita, seguido de Japão (11,4%) e Alemanha (6,3%). - Apesar dos bons números, vemos que a Vale está cada vez mais dependente do minério e da China - diz um analista do mercado financeiro. Em relatório, a Vale destacou que, apesar do crescimento econômico global ter desacelerado, a China "continuará a dar apoio à expansão da demanda por commodities, incluindo minério de ferro, carvão e cobre". A mineradora cita o programa de habitação social do país asiático que irá elevar a demanda de minério a partir do segundo semestre deste ano. Por outro lado, destacou preocupação quanto aos Estados Unidos, onde a ausência de uma decisão para o equacionamento das questões fiscais desestimula os investimentos de empresas. A Vale disse ainda que a desvalorização do dólar vem pressionando os investimentos da companhia no Brasil. Aliado ao aumento nos custos de engenharia e aos atrasos em obras, a empresa já teve de aumentar o orçamento para três projetos. O valor da mina de cobre em Carajás, por exemplo, subiu de US$ 1,808 bilhão para US$2,332 bilhões. E primeira usina hidrelétrica da Vale, entre Maranhão e Tocantins, viu seu valor subir de US$703 milhões para US$878 milhões. Dessa forma, o investimento geral da Vale no primeiro semestre aumentou 49,5%, para US$6,779 bilhões. Como a Vale espera que a produção da indústria global retome o crescimento rapidamente, a empresa segue produzindo em ritmo acelerado. A Vale destacou que a produção de minério de ferro no segundo trimestre alcançou 80,3 milhões de toneladas métricas, o melhor desempenho para o período. No primeiro semestre, foram produzidos 146,52 milhões de toneladas métricas, o que representa 47% da meta para o ano. A produção de pelotas também foi recorde, atingindo 13,1 milhões de toneladas métricas. Nos primeiros seis meses, chegou a 25,6 milhões de toneladas métricas. Embraer registra alta de 11% no lucro no 2º trimestre A Embraer, maior fabricante mundial de jatos regionais, também registrou alta em seu lucro. No 2º trimestre, o ganho foi R$153,8 milhões, alta de 51,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida trimestral foi de R$2,17 bilhão, queda de 11% em relação ao mesmo período. O presidente da Embraer, Frederico Curado, disse que ficou satisfeito com o resultado. Ele afirmou que a empresa começa a ver sinais das retomadas das vendas, embora tenha criticado o câmbio, que acaba dificultando um pouco as coisas para a empresa, que exporta a maior parte de sua produção: - O resultado foi positivo, veio um pouco acima das expectativas, mostra que estamos indo bem. |
Renda do setor agrícola aumentou 0,68% em abril
Valor Econômico - 29/07/2011 |
A renda do agronegócio - setor que compreende a cadeia de produtos e serviços ligados à produção agropecuária -- cresceu 0,68% em abril, taxa similar à registrada em março, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgados ontem pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No primeiro quadrimestre, o setor acumulou expansão de 2,76%. O crescimento foi puxado pela atividade primária (produção agrícola e pecuária), que registrou um aumento de 0,97% em abril e 3,68% no quadrimestre. O faturamento médio das atividades agrícolas cresceu 16,07% no acumulado do ano, puxado por uma expansão de 12,34% no volume produzido. Já a receita das atividades ligadas à pecuária cresceu 5,79%, reflexo de uma expansão de 2,39% na produção e 3,79% nos preços reais. O setor de insumos agropecuários cresceu 0,80% em abril, elevando para 3,50% a expansão no acumulado do ano. Por fim, a indústria ligada ao setor avançou 0,53% no mês e 2,09% no quadrimestre. De acordo com a CNA, o Valor Bruto da Produção (VBP) neste ano deverá crescer 9,9%, para R$ 283,9 bilhões, em relação ao indicador do ano passado. A CNA divulgou ainda os dados da balança comercial do agronegócio. Em junho, as exportações de produtos agropecuários geraram uma receita de US$ 8,9 bilhões, com crescimento de 29,1% em relação a igual período de 2010. O acumulado no ano também mostrou sinais positivos, com incremento de 23,4%, resultando num faturamento de US$ 43,2 bilhões. |
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Coleção História Geral da África em português (Somente em PDF)
Sobre a UNESCO no Brasil
Coleção História Geral da África em português (Somente em PDF)
Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.
Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.
Download gratuito (somente na versão em português):
- Volume I: Metodologia e Pré-História da África (PDF, 8.8 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-123-5
- Volume II: África Antiga (PDF, 11.5 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-124-2
- Volume III: África do século VII ao XI (PDF, 9.6 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-125-9
- Volume IV: África do século XII ao XVI (PDF, 9.3 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-126-6
- Volume V: África do século XVI ao XVIII (PDF, 18.2 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-127-3
- Volume VI: África do século XIX à década de 1880 (PDF, 10.3 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-128-0
- Volume VII: África sob dominação colonial, 1880-1935 (9.6 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-129-7
- Volume VIII: África desde 1935 (9.9 Mb)
- ISBN: 978-85-7652-130-3
Informações Adicionais:
08.12.2010Source : UNESCO Office in Brasilia
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