quinta-feira, 28 de julho de 2011

Investimento estrangeiro direto atinge US$ 32,5 bilhões

Investimento estrangeiro bate recorde
Autor(es): Fabio Graner e Adriana Fernandes
O Estado de S. Paulo - 27/07/2011
Entrada de recursos voltados para a produção chega a US$ 32,5 bi e cobre o rombo, também recorde, das contas externas, de US$ 25,5 bi
A entrada de investimentos estrangeiros diretos - voltados para o setor produtivo - atingiu no primeiro semestre a marca recorde de US$ 32,5 bilhões, a mais alta desde o início da série histórica do Banco Central (BC), em 1947. Em seis meses, a entrada de recursos superou o volume de ingressos anuais de toda a série, com exceção de quatro anos, e cobriu, com folga, o déficit das contas externas brasileiras.
O saldo negativo de US$ 25,5 bilhões nas contas externas, impulsionado por gastos sem precedentes com viagens internacionais e aluguel de equipamentos, também foi recorde na primeira metade do ano.
No período acumulado em 12 meses, os investimentos diretos também superaram, com larga vantagem, o saldo negativo da chamada conta corrente, que registra as transações comerciais, de serviços e transferências de renda do País com o exterior. Para o BC, isso indica a boa saúde das contas externas.
Enquanto os investimentos direcionados ao setor produtivo estão em forte crescimento, os ingressos de recursos para aplicações em títulos de renda fixa e ações estão em baixa. A entrada de investimentos estrangeiros estritamente financeiros somou US$ 11,6 bilhões, quase a metade do observado no primeiro semestre de 2010.
O BC voltou a negar irregularidades no ingresso de investimentos diretos (IED), apesar das suspeitas do mercado financeiro, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do próprio governo federal. A desconfiança é que a rubrica estaria sendo usada para os investidores driblarem a taxação mais alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
"Prefiro atribuir o ingresso de IED, que está dentro da trajetória prevista, às condições da economia brasileira", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel. Ele destacou que as estatísticas mostram que tem havido operações muito vultosas que permitem ao BC acompanhar se o registro está sendo feito corretamente.
Mês a mês, os ingressos de IED têm surpreendido. A previsão inicial do BC era de US$ 4,5 bilhões em junho. O resultado ficou quase US$ 1 bilhão acima da previsão. Maciel disse que houve uma concentração de investimentos na última semana de junho, disseminada entre diversos setores. A projeção de saldo para os investimentos estrangeiros diretos no ano é de US$ 55 bilhões, o que pressupõe uma média mensal de ingressos de US$ 4 bilhões no segundo semestre, número que o BC espera que já ocorra em julho.
Para o ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas, o investimento direto deve continuar alto, porque a taxa de retorno ao investidor é muito elevada no Brasil em comparação a outros países. "O cenário continuará favorável para investimentos", disse, destacando as boas oportunidades em investimentos em infraestrutura.

Brasil na 5ª posição do ranking global

Autor(es): Assis Moreira e Arícia Martins | De Genebra e São Paulo
Valor Econômico - 27/07/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/27/brasil-na-5a-posicao-do-ranking-global

O Brasil foi o quinto país que mais atraiu Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010, mostrando um forte salto comparado à 15ª posição do ano anterior. O fluxo deve continuar aumentando, com o país ocupando o quarto destino preferido pelas multinacionais para investir no período entre 2011 e 2013. No primeiro semestre, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC), as inversões no mercado brasileiro totalizaram US$ 32,4 bilhões e já há quem esteja revisando o tamanho do fluxo para algo entre US$ 60 bilhões e US$ 65 bilhões.
Os dados referentes a 2010 são do Relatório Mundial de Investimentos, da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Pela primeira vez, as economias em desenvolvimento e em transição atraíram mais da metade do fluxo de US$ 1,24 trilhão de IED.
A projeção para este ano é que fluxo global de IED cresça para algo próximo do US$ 1,4 trilhão, apesar das incertezas na economia global. E à medida que mais produção internacional tome o rumo das economias em desenvolvimento, as multinacionais aumentam os projetos de investimento direto nesses mercados. A ideia é abocanhar bons lucros e permanecer competitivas nas cadeias globais de produção. Isso reflete a mudança no consumo internacional.
O Brasil absorveu 30% do total da América Latina no ano passado, com US$ 48 bilhões, quase o dobro dos US$ 26 bilhões no ano anterior. O estoque de investimentos diretos externos no país alcançou US$ 472,5 bilhões, dos quais US$ 187,7 bilhões entraram desde 2005. O país só ficou atrás dos Estados Unidos, China, Hong Kong e Bélgica na captação de IED no ano passado.
De outro lado, empresas brasileiras têm estoque de US$ 180,9 bilhões de investimentos diretos no exterior. Desse total, US$ 69,7 bilhões foram investidos nos últimos cinco anos, num ritmo acelerado de internacionalização de vários grupos brasileiros.
Diante dos resultados do primeiro semestre do ano, com a entrada de US$ 32,4 bilhões no país, a Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) aumentou sua previsão para os investimentos externos no Brasil de US$ 56 bilhões para US$ 65 bilhões em 2011. "Se nós estivermos corretos e a Unctad também, isso dá uma participação de 4,4% no fluxo global. O Brasil, assim, deve dobrar sua participação em dois anos", afirma o presidente da Sobeet, Luís Afonso Lima.
Em 2009, investimentos com destino no Brasil representaram 2,2% do total do fluxo global de US$ 1,114 trilhão e, em 2010, 3,9% do US$ 1,24 trilhão investido. Segundo Lima, é possível que até o fim do ano o país suba ainda mais no ranking de principais destinos de atração de capital. "Ganhamos destaque. O dinamismo da economia é um apelo especial que temos. Há alguns anos atrás, isso era impensável", diz.
A entidade prevê que o Brasil, junto a outros emergentes, passará a ser, além de principal destino, origem de maioria dos investimentos diretos a partir de 2017. "Cada vez mais o destaque virá das economias em desenvolvimento", sustenta Lima.

Brasil, ímã de investimentos

Autor(es): agência o globo:Paulo Justus
O Globo - 27/07/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/27/brasil-ima-de-investimentos

País salta 10 posições e passa a ser o 5º em ranking. Fluxo global cresce pela 1ª vez desde 2008
Os fluxos globais de investimento estrangeiro direto (produtivo) voltaram a crescer no ano passado, pela primeira vez desde a crise financeira de 2008. De acordo com dados divulgados ontem pela Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Comércio (Unctad, na sigla em inglês), o volume foi de US$1,24 trilhão, alta de 5% em relação a 2009. Com a entrada recorde de US$48,4 bilhões, 86,7% a mais que em 2009, o Brasil registrou o maior crescimento entre as economias desenvolvidas e os Bric (grupo de emergentes que inclui ainda Rússia, Índia e China). O país passou da 15ª para a quinta posição entre os maiores destinos de investimento direto no mundo, atrás de Estados Unidos, China, Hong Kong e Bélgica.
A entidade ressaltou que a retomada dos investimentos, no entanto, ainda é tímida e que o agravamento da crise fiscal nos países ricos e o risco de superaquecimento nos emergentes podem retardar uma recuperação mais efetiva. Para este ano, a previsão inicial da Unctad é de que o fluxo de investimentos produtivos fique entre US$1,4 bilhão e US$1,6 bilhão, perto do US$1,7 trilhão de 2008.
- A mensagem do relatório é que o investimento global é muito insosso, baseado em poucos setores e ligado a lucros reinvestidos pelas subsidiárias das multinacionais, que não é capital novo. E baseado em alguns países, como o Brasil. Os investidores estão olhando novos mercados que perderam durante a crise - disse Luís Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), que divulga os dados da Unctad no Brasil.
Copa, Olimpíada e petróleo são atrativos
Diferentemente do que ocorreu no resto no mundo, no Brasil os setores de extrativismo mineral e serviços foram as principais fontes de atração do investimento estrangeiro em 2010, enquanto a indústria perdeu força.
- O crescimento do mercado de consumo do país, que deve adicionar 50 milhões de pessoas à classe C no período entre 2003 e 2014, foi um dos principais atrativos do investimento no Brasil, além de Copa do Mundo e Olimpíadas e das entradas de capital na exploração de petróleo - afirmou Lima. - No caso da indústria, esses números refletem uma perda de competitividade.
Pelos dados da Unctad, a participação brasileira entre os fluxos globais de investimento passou de 2,2% para 3,9%. Esse percentual tende a crescer este ano, segundo a Sobeet. Esta projeta que a entrada de capital estrangeiro some US$65 bilhões em 2011 e chegue a 4,3% dos fluxos mundiais de investimento, quase o dobro da fatia de 2009.
- No primeiro semestre do ano, já temos contabilizados US$30 bilhões e, no acumulado dos últimos 12 meses, esse valor chega a US$63 bilhões. Não vejo nenhuma dificuldade de chegarmos a este número até o fim do ano - afirmou Lima.
O Brasil aparece em quarto lugar na intenção de investimento das empresas transnacionais para o período de 2011 a 2013, atrás de China, EUA e Índia, segundo a Unctad. O estudo mostra ainda que 53% das multinacionais entrevistadas estão otimistas em relação ao ambiente de investimentos de 2013, contra 34% sobre o de 2011.
O relatório também menciona os investimentos brasileiros no exterior, com fluxo positivo de US$11,5 bilhões. Em 2009 estes ficaram negativos em US$10,1 bilhões, o que representa desinvestimentos. Mas ainda estão longe dos US$20,5 bilhões de 2008.
Segundo o estudo, as transnacionais latino-americanas aumentaram seus investimentos no exterior, em especial nas economias desenvolvidas, onde surgiram oportunidades de investimento após a crise. São citadas as brasileiras Vale, Gerdau, Camargo Corrêa, Votorantim, Petrobras e Braskem, que compraram empresas de minério de ferro, alimento, aço, cimento, química e refinarias nos países ricos.
Lima diz ainda que companhias de Tecnologia de Informação latino-americanas passaram a investir nos vizinhos, para atender às pequenas e médias empresas, deixadas de lado pelas grandes multinacionais.

Investimento direto no semestre bate recorde

Autor(es): Fernando Travaglini | De Brasília
Valor Econômico - 27/07/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/27/investimento-direto-no-semestre-bate-recorde
 

O fluxo de recursos para o país continua sem trégua, mesmo com o aprofundamento da crise na Europa e a indefinição em relação ao teto da dívida pública americana.
O investimento estrangeiro direto (IED) atingiu US$ 32,477 bilhões no primeiro semestre, o maior valor da série histórica iniciada em 1947, o que representou um aumento de 168% sobre o mesmo período do ano passado (US$ 12,096 bilhões). Foi, assim, suficiente para mais do que cobrir o déficit em transações correntes do país, de US$ 25,448 bilhões nos seis primeiros meses do ano.
Em doze meses até junho, o investimento somou US$ 68,8 bilhões, também o maior da série. Como proporção do PIB, o valor é de 3,1%, só inferior a fevereiro de 2003 (3,2%), segundo dados do Banco Central (BC).
Em julho, até ontem, outros US$ 3,6 bilhões já entraram no país via IED e a expectativa do BC é que até o fim do mês o montante suba para US$ 4 bilhões. Caso a previsão se confirme, o fluxo acumulado em doze meses atingirá o patamar recorde de US$ 70 bilhões.Segundo informações do mercado, investidores vêm concentrando suas aplicações em IED como forma de evitar o aumento do IOF desde o fim do ano passado. O fluxo de recursos para aplicações em papéis domésticos e em ações, que no primeiro semestre do ano passado somou US$ 19,042 bilhões, praticamente sumiu. Nos seis primeiros meses do ano chegou a meros US$ 3,022 bilhões.
Do total de investimentos, 28% corresponderam a operações superiores a R$ 1 bilhão. Outros 33,6% são oriundos de transações entre US$ 100 milhões e R$ 1 bilhão. Segundo Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, a autoridade monetária acompanha as operações e não vê irregularidades.
O Ministério da Fazenda já levantou suspeitas de que parte do ingresso sob registro de investimento direto poderia estar sendo de fato, para operações de curto prazo no mercado financeiro. O BC discorda. "São operações muito vultosas, que podem ser acompanhadas por nossas equipes. Até onde nossas estatísticas permitem avaliar não vemos nenhuma irregularidades. O IED está dentro de uma trajetória prevista para o ano", afirmou Tulio Maciel.
A migração dos recursos para IED, isento de IOF, levou o mercado a reestimar suas projeções para o volume do ano de US$ 40 bilhões para US$ 60 bilhões até o fim do ano. O BC promove revisões trimestrais e ainda mantém a expectativa de um fluxo de US$ 55 bilhões. "O BC não considera no seu cenário principal, para as projeções para o ano, um calote tanto nos Estados Unidos quanto na Europa", disse Maciel.
O fluxo é bastante diversificado, mas o setor de serviços é o que mais recebeu recursos (telecomunicações, elétrico e comércio), mais da metade dos US$ 32 bilhões que entraram no semestre. A agricultura e o segmento de indústrias metalúrgicas e de produtos minerais não-metálicos vêm na sequência.
Até o momento, o BC não identificou nenhum sinal de mudança na tendência da economia brasileira de atrair recursos, mesmo com o cenário externo mais turbulento. "Não temos observado movimentos de retorno de capitais", disse o chefe do Depec.
A saída mais expressiva de recursos ocorreu nas remessas de lucros e dividendos, de US$ 18,768 bilhões no ano até junho. Esse também foi um volume recorde para o semestre, com alta de 25% sobre mesmo período de 2010. Maciel atribuiu essa evolução "à rentabilidade das multinacionais" no Brasil pois, mesmo com a atividade tendo desacelerado em relação ao ano passado, "a economia brasileira continua em crescimento". Ele lembra ainda que as multinacionais tendem a "suprir" com suas remessas os caixas de suas matrizes ainda atingidos pelas dificuldades geradas com a crise financeira de 2008.
As transações correntes do país com o exterior atingiram o maior déficit para o primeiro semestre, de US$ 25,448 bilhões.

Investimento estrangeiro direto atinge US$ 32,5 bilhões

Investimento estrangeiro bate recorde
Autor(es): Fabio Graner e Adriana Fernandes
O Estado de S. Paulo - 27/07/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/27/investimento-estrangeiro-direto-atinge-us-32-5-bilhoes
 
Entrada de recursos voltados para a produção chega a US$ 32,5 bi e cobre o rombo, também recorde, das contas externas, de US$ 25,5 bi
A entrada de investimentos estrangeiros diretos - voltados para o setor produtivo - atingiu no primeiro semestre a marca recorde de US$ 32,5 bilhões, a mais alta desde o início da série histórica do Banco Central (BC), em 1947. Em seis meses, a entrada de recursos superou o volume de ingressos anuais de toda a série, com exceção de quatro anos, e cobriu, com folga, o déficit das contas externas brasileiras.
O saldo negativo de US$ 25,5 bilhões nas contas externas, impulsionado por gastos sem precedentes com viagens internacionais e aluguel de equipamentos, também foi recorde na primeira metade do ano.
No período acumulado em 12 meses, os investimentos diretos também superaram, com larga vantagem, o saldo negativo da chamada conta corrente, que registra as transações comerciais, de serviços e transferências de renda do País com o exterior. Para o BC, isso indica a boa saúde das contas externas.
Enquanto os investimentos direcionados ao setor produtivo estão em forte crescimento, os ingressos de recursos para aplicações em títulos de renda fixa e ações estão em baixa. A entrada de investimentos estrangeiros estritamente financeiros somou US$ 11,6 bilhões, quase a metade do observado no primeiro semestre de 2010.
O BC voltou a negar irregularidades no ingresso de investimentos diretos (IED), apesar das suspeitas do mercado financeiro, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do próprio governo federal. A desconfiança é que a rubrica estaria sendo usada para os investidores driblarem a taxação mais alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
"Prefiro atribuir o ingresso de IED, que está dentro da trajetória prevista, às condições da economia brasileira", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel. Ele destacou que as estatísticas mostram que tem havido operações muito vultosas que permitem ao BC acompanhar se o registro está sendo feito corretamente.
Mês a mês, os ingressos de IED têm surpreendido. A previsão inicial do BC era de US$ 4,5 bilhões em junho. O resultado ficou quase US$ 1 bilhão acima da previsão. Maciel disse que houve uma concentração de investimentos na última semana de junho, disseminada entre diversos setores. A projeção de saldo para os investimentos estrangeiros diretos no ano é de US$ 55 bilhões, o que pressupõe uma média mensal de ingressos de US$ 4 bilhões no segundo semestre, número que o BC espera que já ocorra em julho.
Para o ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas, o investimento direto deve continuar alto, porque a taxa de retorno ao investidor é muito elevada no Brasil em comparação a outros países. "O cenário continuará favorável para investimentos", disse, destacando as boas oportunidades em investimentos em infraestrutura.

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