Autor(es): Vera Saavedra Durão | Do Rio |
Valor Econômico - 22/07/2011 |
Conjuntura: No ano, até maio, segmento ficou com 44% das liberações do banco, 11% a mais que em 2010 Em maio, o setor de infraestrutura ultrapassou a indústria no ranking das liberações de recursos do banco público. Os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) responderam por 24% dos recursos liberados para o setor, que somaram R$ 17,5 bilhões no período, ou 40% do total. Os grandes projetos, principalmente de hidrelétricas, como Santo Antonio e Jirau, parte de dutos e de transportes rodoviários, foram os grandes demandantes de recursos. "Não é usual a infraestrutura ultrapassar a indústria em volume de recursos liberados, mas isso mostra a importância que o país está dando a este setor." A indústria recebeu R$ 13,7 bilhões, ou 32% do volume de liberações. Os segmentos de alimentos e bebidas lideraram com R$ 3 bilhões, seguido por material de transporte (R$ 2,2 bilhões), e química e petroquímica (R$ 2 bilhões). O banco financiou R$ 3,6 bilhões para o setor de agropecuária e R$ 8,5 bilhões para comércio e serviços. O total de recursos liberados pelo BNDES este ano para financiamento de projetos continuou a recuar em maio. Nos cinco primeiros meses do ano a queda foi de 6% do total desembolsado ante o mesmo período de 2010, enquanto as consultas encolheram 11%. Visconti disse que essa pequena retração já consta do cenário do banco para 2011. "Trabalhamos com um orçamento para o ano de R$ 145 bilhões, o mesmo de 2010, e certamente chegaremos perto disso." Ele prevê que os desembolsos vão aumentar a média mensal no segundo semestre. O indicativo é o número de aprovações de operações de crédito, que subiu 6% até maio. "É uma questão sazonal. No primeiro semestre a média mensal desembolsada é sempre menor que a do segundo. Tem Carnaval, Semana Santa e a maioria das empresas ainda está finalizando o orçamento de investimentos para o ano." Nos primeiros seis meses deste ano a média mensal de desembolsos está entre R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões. "Estamos projetando para o segundo semestre algo na faixa de R$ 12 bilhões mensais." Na avaliação de Visconti, a desaceleração da economia não deverá afetar o desempenho do BNDES até o fim do ano. "Os desembolsos previstos já estão na nossa carteira. As operações que entrarem agora são para 2012, à exceção da Finame." Não deve haver diferença no grau de maturidade das operações com desembolsos previstos para 2011. "Caso haja uma desaceleração no ritmo da economia, se a tendência da Selic a subir ficar na taxa atual de 12,5%, o investimento deve voltar ao normal," diz Visconti. "A expectativa do BNDES é que o investimento na economia continue a crescer acima do PIB, este ano." A participação do BNDES na formação bruta de capital fixo, a equação que mede o investimento, é de 18%. Se não houver impacto sobre as liberações do banco, a taxa pode continuar a crescer, garantindo um aumento da participação do investimento no PIB, hoje próximo a 19%, insuficiente para sustentar um crescimento econômico do país de 5% ao ano. |
Desembolso do BNDES até maio é 6% menor
Autor(es): agência o globo:Henrique Gomes Batista |
O Globo - 22/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/22/desembolso-do-bndes-ate-maio-e-6-menor |
Nos cinco primeiros meses do ano, as consultas caíram 11% O BNDES informou ontem que seu ritmo de financiamento está mais fraco no início de 2011 que no ano passado. Segundo os dados acumulados até maio, os desembolsos somaram R$43,5 bilhões, valor 6% inferior em relação a igual período de 2010. As consultas ao banco somaram R$72,6 bilhões, 11% a menos que na mesma época do ano passado. O banco, porém, não vê problemas nestes números. - Isso reforça a nossa previsão, de que vamos fechar o ano com desembolsos na casa dos R$145 bilhões, próximo do que foi no ano passado (R$143 bilhões) se excluirmos a operação de capitalização da Petrobras de R$25 bilhões, que foi atípica. Se olharmos os desembolsos acumulados em 12 meses veremos que está na casa dos R$141 bilhões - diz Gabriel dos Santos, chefe de planejamento do BNDES. Ele explica também que a forte queda nas consultas não pode ser analisada somente neste período. Isso porque o comportamento reflete, em grande parte, a elevação dos juros do PSI em abril, que contribuiu para retrair o movimento das consultas, pois muitas haviam sido antecipadas no fim do ano: - Na análise de 12 meses, vemos que o número de consultas subiu 19% - diz Santos. O banco informou que as operações com micro e pequenas empresas cresceu 11% no período, chegando a liberações de R$19 bilhões. Esse valor representa 44% do total. - No passado, esse percentual ficava entre 24% e 27%. Esperamos manter um bom empréstimo para as micro e pequenas empresas mesmo no segundo semestre, quando os desembolsos são mais intensos - afirma Santos, lembrando que as empresas menores se relacionam mais com o PSI e com o Cartão BNDES, que já fez 177 mil operações nos cinco primeiros meses de 2011. |
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