Autor(es): Fabiana Batista | De São Paulo |
Valor Econômico - 21/07/2011 |
De olho na vantagem logística de atender com etanol os mercados do Norte do país, a Bunge, uma das maiores empresas de agronegócio e com forte posição em de cana-e-açúcar do país, inaugura hoje oficialmente a usina Pedro Afonso, localizada no município de mesmo nome, em Tocantins.Com investimentos de R$ 600 milhões, essa é a oitava usina da companhia, que estreou nesse segmento no Brasil em 2007. A unidade está sendo inaugurada com capacidade industrial para moer 2,5 milhões de toneladas de cana, mas começará processando nesta safra 1,5 milhão, informa Pedro Parente, presidente da Bunge no Brasil. "No ano que vem, esse número deve subir para algo entre 2,2 milhões e 2,5 milhões de toneladas", diz. O potencial do projeto é para moer entre 5,5 milhões e 6 milhões de toneladas de cana, mas a decisão de investir nessa ampliação - que pode incluir a produção também de açúcar - ainda não foi anunciada. "Temos um planejamento estratégico que vai elevar substancialmente a capacidade de produção de nossas oito usinas e não é para níveis de apenas 10% a 20%", afirma o executivo. Em Pedro Afonso, diz ele, ainda há questões a serem avaliadas, entre elas, a resposta de produtividade das variedades de cana-de-açúcar adaptadas para a região. "Se tudo funcionar bem, Pedro Afonso será uma candidata importante para receber mais investimentos". Cerca de 70% da área de cana da Bunge na região é irrigada - fertirrigação com vinhaça e convencional - a um custo equivalente a 10 toneladas de cana por hectare. "Assim, diante de uma produção bruta de 85 toneladas de cana por hectare, temos um rendimento real de 75 toneladas de cana por hectare, devido ao custo da irrigação", explica o vice-presidente de Açúcar e Bioenergia da empresa, Ricardo Ferreira Santos. A unidade tem a vantagem de estar mais próxima dos mercados do Norte e Nordeste do país, em especial os Estados do Maranhão, Pará e Amazonas. Geralmente, esses mercados são atendidos em etanol por usinas do Triângulo Mineiro e de Goiás. "Estamos a 1 mil quilômetros à frente da concorrente mais próxima", afirma Santos. A produção nesta primeira safra será de 120 milhões de litros, dos quais 80% de etanol anidro. Na próxima temporada está prevista a fabricação de 220 milhões de litros. Santos estima que, ao atender essa região a partir de Pedro Afonso, a Bunge tenha uma vantagem no frete equivalente a R$ 0,10 por litro de etanol em relação aos concorrentes mais próximos. A usina de Pedro Afonso foi construída em parceria com a trading japonesa Itochu, que detém 20% do projeto e também é parceira da Bunge na usina Santa Juliana, em Minas Gerais. |
Cresce o prejuízo da ETH
Valor Econômico - 21/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/21/cresce-o-prejuizo-da-eth |
Vinda de um forte ciclo de investimentos desde 2007, a ETH Bioenergia, braço sucroalcooleiro do Grupo Odebrecht, registrou na última safra de cana, encerrada em 31 de março deste ano, um prejuízo de R$ 339,8 milhões. No ciclo anterior, o resultado havia sido negativo em R$ 177,6 milhões. A empresa está saindo de uma fase pré-operacional, já que algumas de suas usinas começaram a entrar em funcionamento em 2010 e outras vão começar a operar neste ano. Por isso, a ETH registrou crescimento substancial de seu faturamento. A receita líquida atingiu R$ 878,3 milhões, ante os R$ 68,2 milhões do ciclo anterior. A receita bruta, segundo a empresa, foi de R$ 1,1 bilhão. Para a temporada atual, a 2011/12, o presidente da companhia, José Carlos Grubisich, espera que o faturamento bruto aumente para R$ 2,2 bilhões e a moagem dobre para 18 milhões de toneladas de cana. Em meio aos investimentos, que vão elevar o número de usinas do grupo para nove - eram três até o começo de 2010 -, o endividamento da empresa atingiu em 31 de março deste ano R$ 5,3 bilhões, 53% maior do que um ano antes (R$ 3,45 bilhões). Desse total, R$ 4,45 bilhões estão no longo prazo - R$ 2,19 bilhões vencem entre 2016 e 2021. Até o fim de março, a ETH tinha investido R$ 6,1 bilhões em seu projeto para atingir moagem de 40 milhões de toneladas de cana em nove usinas e produzir 3 bilhões de litros de etanol até 2012. Neste ano, mais R$ 1,5 bilhão estão sendo aplicados. |
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