O Estado de S. Paulo - 23/07/2011 |
Planeta O desmatamento na Amazônia acumulado nos últimos 11 meses cresceu 15%, segundo o monitoramento realizado pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). No período, que vai de agosto de 2010 a junho de 2011, foi desmatada uma área total de 1.534 quilômetros quadrados. O calendário oficial de medição do desmatamento tem início no mês de agosto e término no mês de julho do ano seguinte. O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon é um monitoramento realizado pela ONG de forma paralela ao do governo federal, feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados do Imazon também mostram que, no mês de junho de 2011, houve uma queda no desmate de 42% em relação a junho de 2010. No mês, 99 quilômetros quadrados de floresta tombaram na Amazônia Legal. Desse total, 45% ocorreram no Pará, seguido por Mato Grosso (25%), Amazonas (20%) e Rondônia (10%). Os municípios que registraram as maiores áreas desmatadas foram Altamira (PA), com 9,4 km² desmatados; Peixoto Azevedo (MT), com 7,9 km², e Apuí (AM), com 7,2 km². Degradação. As florestas degradadas (áreas intensamente exploradas pela atividade madeireira e também por queimadas) na Amazônia Legal somaram 193 km² em junho de 2011 - 44% em Mato Grosso, seguido por Pará (28%), Rondônia (21%), Amazonas (6%) e Acre (1%). Os satélites do Imazon registraram aumento expressivo da degradação florestal nos últimos 11 meses. No período de agosto de 2010 a junho de 2011 foram 6.274 km² de florestas atingidas pela ação humana. Em relação ao período anterior (agosto de 2009 a junho de 2010), o aumento registrado foi de 266%. 21 são presos em fraude de créditos florestais Vinte e uma pessoas, entre servidores públicos, empresários e produtores rurais, foram presas e 30 mandados de busca cumpridos ontem em uma operação de combate a fraudes na emissão de créditos de reposição florestal, que favoreciam o comércio ilegal de carvão na Bahia. A operação conjunta da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, do Ministério Público Estadual, da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), da Polícia Rodoviária Federal e do Ibama foi deflagrada durante a madrugada, após um ano de investigações. As ações estão concentradas em dez municípios, além de Salvador e São Paulo, onde uma pessoa foi detida. / ANDREA VIALLI, TIAGO DÉCIMO e REJANE LIMA |
Desmatamento cai na Amazônia Legal, mas mantém tendência de aumento
Ritmo de desmate em alguns Estados subiu até 800%, como é o caso de Tocantins
Em junho, o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) registrou 99 quilômetros quadrados (km²) de novos desmatamentos na Amazônia Legal. Na comparação com junho de 2010, houve redução de 42%. No entanto, a tendência é de avanço do desmatamento na região, segundo boletim divulgado nessa sexta, dia 22, pela organização não governamental.
No acumulado entre agosto de 2010 e junho de 2011 – primeiros 11 meses do calendário oficial do desmatamento, que vai de agosto de um ano a julho do outro – a derrubada na região somou 1.534 km², aumento de 15% em relação ao período anterior (agosto de 2009 a junho de 2010), quando os satélites registraram 1.334 km² de desmate.
Pelos cálculos do Imazon, de um ano para outro, o ritmo do desmatamento em alguns Estados aumentou até 800%, como é o caso de Tocantins. A taxa anual de desmatamento é calculada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e só deve ser divulgada em outubro ou novembro.
Em junho, segundo o Imazon, as novas derrubadas ficaram concentradas no Pará e em Mato Grosso, que juntos, foram responsáveis por 70% da área desmatada no bioma. O Pará desmatou 45km² no período e Mato Grosso, 25km². O Amazonas e Rondônia aparecem em seguida no ranking, com 19km² e 10 km² de novos desmates, respectivamente.
Além do corte raso (desmatamento total), o levantamento do Imazon mede a degradação florestal, que considera florestas intensamente exploradas por atividade madeireira ou atingidas por queimadas. Em junho, a degradação avançou sobre 193km² de áreas de floresta.
O Imazon estima que o desmatamento em junho provocou a emissão de 6,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente – medida que considera todos os gases de efeito estufa.
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