quarta-feira, 27 de julho de 2011

Balança comercial tem saldo positivo de US$ 16,1 bilhões

O Estado de S. Paulo - 26/07/2011
 

A balança comercial brasileira acumula este ano saldo positivo de US$ 16,1 bilhões. Até a quarta semana de julho, as exportações atingiram US$ 135,8 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 119,7 bilhões. Analistas consultados pelo Banco Central estimam que o País encerrará o ano com superávit comercial de US$ 20,9 bilhões.
O resultado acumulado até agora em 2011 é 71,8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A venda de produtos brasileiros no mercado internacional este ano subiu 31,8%. As importações, por sua vez, avançaram 27,8%.
Só em julho, o saldo comercial acumulado atingiu US$ 3,1 bilhões, o terceiro melhor resultado mensal do ano. A venda de produtos básicos, como petróleo bruto, minério de ferro e soja em grão continua sendo o grande destaque da pauta de exportações brasileira.
No caso das importações, os dados mostram que ao longo deste mês houve aumento na compra de adubos e fertilizantes (80,1%), veículos e partes (46,5%), plásticos e obras (34,4%), aparelhos eletroeletrônicos (24,3%) e equipamentos mecânicos (13,1%).

Superávit cresce 123% no primeiro semestre

Autor(es): Lu Aiko Otta
O Estado de S. Paulo - 26/07/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/26/superavit-cresce-123-no-primeiro-semestre
 

Contas encerraram período com saldo de R$ 55,5 bilhões, e com isso 68% da meta para o ano já está cumprida; em 12 meses até junho, saldo é recorde

Impulsionadas pela forte arrecadação de tributos, as contas do governo federal encerraram o primeiro semestre com saldo positivo de R$ 55,5 bilhões, um salto de 123% em comparação com igual período de 2010. Com isso, 68% da meta estabelecida para o superávit primário do ano já está cumprida.
O resultado de junho, R$ 10,5 bilhões, é o maior para o mês na série do Tesouro Nacional, iniciada em 1995. O saldo nos 12 meses até junho, R$ 109,7 bilhões, também é recorde.
Conforme publicou o Estado no domingo, esse desempenho vistoso é resultado, basicamente, do aumento das receitas. Elas cresceram 19,3% ante o primeiro semestre de 2010. As despesas foram contidas, mas isso não impediu que tivessem aumento de 10,8% no mesmo período.
Esse desempenho, porém, vai mudar. A partir de agora, o governo vai economizar menos. "A previsão é que o resultado primário no segundo semestre seja menor que no primeiro", disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. O resultado primário a que ele se refere é a diferença entre as receitas e as despesas do governo, excetuados os gastos com juros da dívida pública. As metas de desempenho das contas públicas, fixadas em lei, são para esse resultado.
Segundo o secretário, a busca de resultado primário forte no início do ano teve como objetivo ajudar o Banco Central a combater a inflação. A redução dos gastos ajudou a moderar a temperatura da atividade econômica, que estava superaquecida. No segundo semestre, admitiu ele, a ajuda do Tesouro ao BC será menor. Mesmo com inflação ainda acima da meta, não se cogita corte adicional nas despesas.
Investimentos. O cofre será aberto, sobretudo, para os investimentos. Carro-chefe da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff, esse grupo de despesas foi o mais sacrificado neste início do ano. Os gastos no período somaram R$ 20,9 bilhões, apenas 1% acima do primeiro semestre de 2010.
Desse total, R$ 17,5 bilhões foram liberados para pagar despesas contratadas no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Do governo de Dilma, só foram gastos R$ 3,5 bilhões até agora. A expectativa é que esses gastos cresçam no segundo semestre. Segundo Augustin, os investimentos vão terminar o ano com crescimento de 10% sobre 2010.
Outros gastos "empurrados" do início do ano serão quitados a partir de agora. É o caso do repasse de R$ 1,95 bilhão a Estados como ajuda financeira. Esse montante equivale a metade dos R$ 3,9 bilhões que a União repassa aos governadores a título de ressarcimento de perda de arrecadação provocada pela Lei Kandir, que desonerou as exportações de produtos básicos e semielaborados. O governo também pretende pagar precatórios judiciais, um gasto normalmente feito na primeira metade do ano.
O forte desempenho da arrecadação, que possibilitou ao governo registrar superávit em suas contas apesar do aumento de gastos, é resultado do crescimento econômico. Só a arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), que reflete o lucro das empresas, cresceu R$ 11,3 bilhões em comparação com o ano passado. O crescimento da massa salarial e o aumento da formalização respondem, por sua vez, por um aumento de R$ 15,5 bilhões no recolhimento de contribuições previdenciárias.

Superávit do governo central bate novo recorde

Autor(es): agência o globo:Martha Beck
O Globo - 26/07/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/26/superavit-do-governo-central-bate-novo-recorde
 

Em 12 meses, saldo ficou em R$109,7 bi. Só em junho, resultado foi mais do dobro do que no ano anterior
BRASÍLIA. A estratégia da equipe econômica para mostrar compromisso com uma política fiscal austera desacelerou fortemente os investimentos públicos em 2011, mas fez com que o superávit primário do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) acumulado em 12 meses até junho atingisse o recorde histórico de R$109,7 bilhões. Somente no mês passado, a economia para pagamento de juros ficou em R$10,5 bilhões, o melhor resultado já registrado para o período, quase três vezes superior ao de igual mês de 2010 - R$4,1 bilhões - e obtido, principalmente, graças ao crescimento das receitas. Segundo dados do Tesouro, a arrecadação de junho foi de R$69,7 bilhões, alta de 17,5% sobre 2010. As despesas foram de R$59,2 bilhões, alta de 7,05%.
- Temos obtido resultados fortes - disse o secretário do Tesouro, Arno Augustin.
No primeiro semestre de 2011, a economia de recursos feita pelo governo central para o pagamento de juros da dívida pública chegou a R$55,5 bilhões. Esse montante já supera a meta fixada pela equipe econômica para o superávit primário até agosto, de R$40 bilhões, e equivale a 68% da meta do ano, de R$81,7 bilhões. O montante também é o dobro do obtido no mesmo período no ano passado: R$24,9 bilhões.
De acordo com o relatório da Fazenda, as receitas cresceram 19,3% no semestre e chegaram a R$393,5 bilhões. Já as despesas ficaram em R$337,9 bilhões, com elevação de 10,8%. A moderação das despesas no primeiro semestre foi feita principalmente nos investimentos públicos, alta de 1,5% no acumulado do ano, enquanto os desembolsos com custeio da máquina cresceram 12,5%. Os gastos com pessoal também subiram bem acima dos investimentos, 11,3%, assim como aqueles com benefícios: 10,6%. Os dados da Fazenda mostram que os investimentos sofreram forte desaceleração: até janeiro, a alta era de 85,3%, caiu para 9,2% no acumulado até março e para 1,1% até maio.
Quadro diferente para o segundo semestre
Para o segundo semestre, Augustin disse que o quadro será diferente. Ele lembrou que existem despesas que vão impactar o primário e, por isso, não haverá sobra para uma economia muito acima da meta. Entre esses gastos estão R$1,9 bilhão de ajuda financeira que será repassada aos estados e R$3,5 bilhões relativos a sentenças judiciais.
- O investimento também voltará a crescer na segunda metade do ano e fechará 2011 acima do PIB nominal (em 12,3% no período janeiro-junho) - disse o secretário. - O primário no segundo semestre vai ser menor.
Para o economista da consultoria Tendências Felipe Salto, o bom desempenho da política fiscal nos seis primeiros meses do ano não significa que o governo tenha uma boa estratégia para o longo prazo:
- No segundo semestre, as despesas aceleram e a receita tende a crescer menos. O governo não tem estratégia de longo prazo. Ele pode até cumprir a meta fiscal de 2011, mas não vai conseguir fazer isso em 2012.
Ao ser perguntado sobre o desempenho do ano que vem, Augustin evitou entrar em detalhes, mas assegurou o compromisso com austeridade. Projeção de Salto publicada recentemente pelo GLOBO mostrou que já há um pacote de despesas de R$51,1 bilhões para 2012.

Ajuste fiscal atinge 67,8% da meta para o ano

Autor(es): Ribamar Oliveira | De Brasília
Valor Econômico - 26/07/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/26/ajuste-fiscal-atinge-67-8-da-meta-para-o-ano
 

Com o superávit primário de R$ 10,48 bilhões registrado em junho, o maior para este mês, as contas do governo central acumularam saldo de R$ 55,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que corresponde a 67,8% da meta fiscal prevista para 2011. O superávit dos seis primeiros meses deste ano foi 123% maior do que o resultado obtido no mesmo período de 2010.
Mesmo com esse excepcional desempenho fiscal até agora, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, não se comprometeu ontem com a obtenção de superávit primário maior que os R$ 81,8 bilhões previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o governo central este ano. "Estamos mirando a meta", disse. "Nem mais, nem menos".
Eventualmente, explicou, o superávit do governo central poderá ser um pouco maior, para compensar uma frustração do resultado dos Estados e municípios. O governo central compreende o Tesouro Nacional, o Banco Central e a Previdência Social.
Se a arrecadação federal ficar acima do previsto, Augustin disse que o governo "avaliará o que fazer". No primeiro semestre deste ano, a arrecadação foi superior à previsão em R$ 3,8 bilhões, o que levou o governo a elevar suas despesas no mesmo valor.
O governo alega que aumentou apenas os gastos obrigatórios, mantendo o contingenciamento de R$ 50,1 bilhões das despesas discricionárias. "O corte permanece, não há nenhuma intenção de flexibilizar isso", afirmou Augustin.
O secretário do Tesouro também não vê necessidade de alterar a trajetória da política fiscal para que ela ajude um pouco mais no controle da inflação. "No início do ano, fizemos uma avaliação correta de utilizar a política fiscal para evitar um superaquecimento da economia. O corte de R$ 50 bilhões foi bastante relevante e ele teve um impacto fiscal contracionista mais rápido no início e um pouco menor na sequência", afirmou.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participou ontem de um evento com empresários em São Paulo, a arrecadação cresce, principalmente, devido ao dinamismo do mercado de trabalho. "É o aumento da formalização da mão de obra, puxada pelo mercado domestico ainda forte, que tem ampliado a arrecadação, não a elevação de alíquota de imposto."
Ao mesmo tempo, Mantega avalia que a meta fiscal será cumprida. "O gasto público deve crescer menos que a variação do PIB, este é um princípio salutar para a equipe econômica do governo."
No primeiro semestre deste ano, as despesas do governo cresceram menos, em termos nominais, do que a expansão da economia. A elevação dos gastos governamentais foi de 10,8%, enquanto o crescimento estimado para o PIB foi de 12,3%, de acordo com dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). A receita total (do Tesouro e da Previdência) aumentou 20,3% na mesma comparação, o que explica o forte resultado fiscal obtido. O governo está, portanto, contendo os gastos, em vez de cortá-los, ajudado pela excepcional arrecadação.
O dado negativo apresentado ontem por Arno Augustin foi sobre os investimentos públicos, que apresentaram expansão de apenas 1,5% no primeiro semestre deste ano, em comparação com igual período do ano passado. O secretário disse que esse comportamento reflete, em parte, a base de comparação, pois 2010 foi ano eleitoral e as regras eleitorais obrigaram o governo a concentrar os dispêndios nos primeiros seis meses do ano. "O investimento vai reagir no segundo semestre deste ano.
Os gastos com o custeio da máquina pública, por sua vez, cresceram 12,6% em termos nominais no primeiro semestre, em comparação com igual período do ano. Mesmo assim, o secretário reafirmou sua previsão de que os investimentos crescerão mais do que a expansão nominal da economia este ano e as despesas de custeio, menos.
Mesmo com a decisão do governo Dilma Rousseff de não conceder aumentos salariais e nem realizar novos concursos, a despesa com o pagamento do funcionalismo público federal apresentou aumento de 11,3% nos seis primeiros meses deste ano, passando de R$ 78,2 bilhões em 2010 para R$ 87 bilhões, ou seja, R$ 8,8 bilhões a mais. O Tesouro explicou que esse aumento reflete as reestruturações de carreiras realizadas em anos anteriores. (Colaborou João Villaverde, de São Paulo)

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