Autor(es): Assis Moreira | De Genebra |
Valor Econômico - 27/07/2011 |
Fluxo de capital: BIS indica que no primeiro trimestre houve redução de crédito para países europeus Houve também aumento de US$ 172 bilhões para os emergentes. Os recursos externos para os emergentes cresceram pelo oitavo trimestre consecutivo, mas no começo do ano nada menos que US$ 122 bilhões foram para a Ásia Pacífico, principalmente para a China. Os bancos visivelmente procuraram limitar sua exposição na zona do euro, em meio a discussões sobre restruturação de dívida pública, além dos temores com aumento de calotes em meio à deterioração econômica Entre janeiro e março, os créditos especificamente para os países da união monetária declinaram US$ 77 bilhões. É bem menos que a queda de US$ 423 bilhões ocorrida no trimestre anterior, mas na ocasião os bancos fecharam as torneiras para os desenvolvidos em geral. Em um ano, a exposição dos bancos internacionais na Grécia na e Irlanda caiu 37%, e em Portugal, 17%. Analistas veem a persistência de fortes riscos na zona euro, apesar de o último pacote de socorro para a Grécia ter reduzido a ameaça de uma quase catástrofe na união monetária. Na visão do mercado, o pacote anunciado pelos líderes europeus não resolve os problemas mais sérios que a Grécia enfrenta e dificilmente colocará fim ao risco de contágio para economias maiores como Itália e Espanha. Os últimos dados econômicos apontam também sinais de que a fragilização da atividade nos países periféricos começa a se propagar e a Alemanha, que é o motor da economia europeia, dá sinais de perder fôlego. Com o risco de o crescimento diminuir mais na Europa nos próximos trimestres e a crise financeira continuar, as suspeitas sobre a saúde da zona do euro podem voltar a afetar o mercado e os financiamentos para as empresas. Os bancos estrangeiros cortaram também em US$ 58 bilhões os financiamentos para a Grã-Bretanha, que está fora da zona euro. O Japão, que sofreu com o tsunami em meados de março, registrou perda de crédito de US$ 20,2 bilhões. Tudo isso ocorreu quando os créditos internacionais cresceram 1,5%, ou US$ 466 bilhões, depois de uma queda de tamanho similar entre outubro e dezembro de 2010. Os empréstimos cresceram basicamente em dólar americano, enquanto caíram ligeiramente em euro. Conforme dados do BIS, no primeiro trimestre a maior parte dos empréstimos para os emergentes foi concentrada na Ásia-Pacífico, principalmente China (+66%), Coreia (+7%), Taiwan (6+) e Índia (+5%). |
Brasileiros tinham 2ª maior fatia no exterior entre emergentes
Valor Econômico - 27/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/27/brasileiros-tinham-2a-maior-fatia-no-exterior-entre-emergentes |
A exposição de bancos brasileiros no exterior alcançou US$ 84,5 bilhões no primeiro trimestre, uma alta de 32,7% em relação ao mesmo período de 2010. Os dados são do Banco Internacional de Compensações (BIS), banco dos bancos centrais. A exposição aumentou mais nos países desenvolvidos, atingindo US$ 45 bilhões, com alta de 42,8% em relação ao primeiro trimestre de 2010. Em seguida, veio a América Latina com alta de 38,8%, a US$ 16,8 bilhões. Nos centros "offshore", os bancos brasileiros tinham US$ 20,6 bilhões (+17,7%). Dos emergentes que o BIS acompanha, somente os bancos de Taiwan tinham mais engajamento externo que os brasileiros, totalizando US$ 202,4 bilhões. Os bancos do México, por exemplo, tinham apenas US$ 5,9 bilhões e os da Turquia, US$ 24,3 bilhões Por sua vez, a exposição de bancos estrangeiros no Brasil cresceu 31,1% comparado ao primeiro trimestre de 2010 e atingiu US$ 529 bilhões em março. Desse total, US$ 318,4 bilhões são créditos em moeda local fornecidos pelas filiais de bancos estrangeiros, com alta, nesse caso, de 35,4%. Em compensação, a banca espanhola tem exposição externa de US$ 1,5 trilhão, a metade da dos bancos americanos. |
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