sexta-feira, 29 de julho de 2011

Brasil salva o Santander

Correio Braziliense - 28/07/2011

A América Latina e, especialmente, o Brasil sustentaram o resultado do banco espanhol Santander, que vem sendo fortemente prejudicado pela crise na Europa. A instituição anunciou ontem que obteve um lucro líquido de 3,501 bilhões de euros no primeiro semestre, resultado 21% menor que o do mesmo período do ano passado. A queda foi provocada principalmente pelas provisões extraordinárias de 620 milhões de euros que o grupo teve que fazer para cobrir eventuais reclamações por seguros vencidos no Reino Unido.
Na América Latina, no entanto, o banco foi bem-sucedido. O lucro líquido de 2,457 bilhões de euros cresceu 15,8% em relação ao primeiro semestre de 2010 e respondeu por 44% do ganho total da instituição. Sozinho, o Santander Brasil foi responsável por 25% do resultado do grupo e apresentou lucro de R$ 4,154 bilhões, com crescimento de 17,7% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Crise
Sem o fundo extraordinário para fazer frente aos problemas no Reino Unido, o lucro global do Santander teria sido de 4,121 bilhões de euros, mesmo assim com queda de 7% em relação a igual período de 2010. Só no segundo trimestre, em decorrência da crise financeira internacional, o resultado líquido do Santander sofreu um forte retrocesso, ficando 37,5% abaixo do obtido nos primeiros três meses do ano.
Em comunicado divulgado ao público, o presidente mundial da instituição, Emilio Botin, garantiu que o banco fechará 2011 "com um lucro recorrente em torno do obtido no ano passado", o que permitirá manter o mesmo nível de dividendos aos acionistas (60 centavos de euro por ação). O Santander é o maior banco privado da Zona do Euro.

Lucro de R$ 5,4 bilhões

Autor(es): Vânia Cristino
Correio Braziliense - 28/07/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/28/lucro-de-r-5-4-bilhoes
 

Com a forte expansão da área de seguros, ganhos do Bradesco sobem 21,7% no semestre

O Bradesco, segundo maior banco privado do país, obteve lucro líquido de R$ 5,47 bilhões no primeiro semestre, valor 21,7% maior do que o registrado em igual período do 2010. No segundo trimestre, o resultado foi de R$ 2,785 bilhões. Nesse caso, o ganho foi de 3,1% sobre os três meses anteriores e de 15,8% na comparação com os meses de abril a junho de 2010.
Os números foram divulgados ontem pelo presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco. Segundo ele, o bom resultado foi determinado principalmente por operações de crédito, receitas com serviços e pela área de seguros.
Somente as vendas de planos de previdência, seguros e títulos de capitalização foram responsáveis por 28% do lucro do banco.
De acordo com o diretor presidente do Bradesco Seguros, Marco Antônio Rossi, o crescimento acelerado dos ganhos nessa área decorreu do aumento de renda da população, com destaque para a classe C. "As pessoas só fazem seguro quanto têm algo a proteger", observou.
O banco fechou o semestre com uma carteira total de crédito, incluindo fianças e avais, de R$ 319,8 bilhões, com alta de 23,1% em 12 meses. O volume das operações para pessoas físicas aumentou 14,6%. Já o crédito para as grandes empresas cresceu 27,6%.
"A carteira de crédito continuou se expandindo de forma saudável", destacou o presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco. Ele explicou que a pequena elevação da inadimplência observada ao longo dos primeiros seis meses do ano — que passou de 3,6% dos contratos, no trimestre imediatamente anterior, para 3,7% — não preocupa, porque se deve muito mais a mudanças de critério na captação desse indicador do que, de fato, ao aumento dos pagamentos em atraso. "Passamos a captar mais rapidamente o atraso nas compras parceladas de cartão de crédito nas lojas", disse o vice-presidente Domingos Abreu.
No fim de junho, o Bradesco contabilizava ativos totais de R$ 689,3 bilhões, com crescimento de 23,5% em 12 meses, e patrimônio líquido de R$ 52,8 bilhões. Segundo Trabuco, o ambiente é promissor para os negócios. "Nosso cenário permanece sendo o de confiança no crescimento econômico", declarou. Por isso, segundo ele, o banco elevou de R$ 10 bilhões para R$ 14 bilhões a expectativa para o tamanho da carteira de empréstimos imobiliários até o fim do ano. O banco trabalha com a previsão de que a economia vai crescer 3,8% em 2011.
Para alavancar seus negócios, o Bradesco aposta no chamado crescimento orgânico, com aumento da base de clientes — foram 2,1 milhões de novos correntistas em 12 meses — e da venda de produtos, sem pensar na compra de outras instituições.

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