sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Carrefour cresce 7,1% no Brasil, menos que na AL


Valor Econômico - 01/09/2011
 

O Carrefour registrou vendas de € 3,07 bilhões no Brasil no período de abril a junho, com um crescimento de 7,1% nas vendas de mesmas lojas (unidades que operavam no mesmo período do ano anterior). A taxa de crescimento ficou abaixo da média registrada na América Latina, com expansão de 8,1%. No entanto, o indicador continua acima do registrado num grupo de países batizado pela empresa de "mercados em crescimento". Nesse conjunto, que inclui China, Turquia e Polônia, por exemplo, a alta foi de 3,5%.
Já em termos de crescimento a taxas de câmbio constantes, a expansão nas vendas do Carrefour Brasil no segundo trimestre foi de 12,1% - ligeiramente abaixo da média na América Latina, com alta 12,5%. Os resultados positivos da Argentina elevaram o desempenho da rede na região.
No acumulado do primeiro semestre, a operação brasileira apurou vendas de € 6,07 bilhões, uma expansão de 5,7% em termos de mesmas lojas - inferior à alta de 7% na América Latina para a mesma comparação. No Brasil, como já acontece há trimestres consecutivos, o destaque foi o Atacadão, um dos maiores negócios da empresa em crescimento no mundo, responsável por 50% das vendas do grupo Carrefour no país.
"Atacadão contribuiu particularmente para o crescimento nas vendas [no segundo trimestre no Brasil], com alta de 20,3% a câmbio constante, suportado pela expansão de mesmas lojas", informa o comunicado com o resultados da rede francesa. "Houve forte crescimento das vendas de América Latina, sustentando pelo crescimento do Atacadão no Brasil".

Carrefour fecha 5 lojas

Correio Braziliense - 01/09/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/9/1/carrefour-fecha-5-lojas
 

Para enfrentar prejuízo mundial, grupo encerra atividade de loja inaugurada em 2009 em Brasília
A loja funcionava como âncora do Boulevard Shopping. Agora, o hipermercado anuncia novo modelo de negócios
Com prejuízo operacional de 772 milhões de euros no primeiro semestre deste ano — queda de 22% em relação ao mesmo período de 2010 —, o Carrefour vai apostar todas as fichas na reestruturação de seu modelo de negócios. O primeiro passo nesse caminho foi dado ontem, com o anúncio do fechamento de cinco unidades no Brasil, uma delas em Brasília (no Boulevard Shopping, Asa Norte), duas em São Paulo, uma em Uberaba e outra em Vitória.
A rede de hipermercados informou, contudo, que apesar da redução do número de lojas, ao longo do ano o grupo investirá na expansão da rede Atacadão, que apresenta taxas maiores de crescimento. Serão abertas, inicialmente, 17 unidades no país até o fim de 2011. Não há números oficiais de demissões, mas, com isso, muitos funcionários ficarão sem emprego. A assessoria de imprensa do Carrefour admitiu que parte dos funcionários serão realocados nos atacadões.
O Carrefour divulgou ontem um balanço mundial de operações da empresa. A América Latina e a Ásia tomaram a frente no mapa das regiões mais lucrativas para o grupo. Representaram, respectivamente, 27,4% e 10,8% do rendimento líquido das operações na primeira metade do ano — que apresentaram pequeno aumento nas vendas, de 2,3%. Em contraste, a França, país sede da rede, apresentou prejuízo de 302 milhões de euros — queda de 40% em relação a 2010. Na Europa, o declínio foi de 33,3%, o que corresponde a uma perda de 142 milhões de euros.
Fusão
Em meio à crise, em julho deste ano, o Carrefour apoiou a proposta de Abilio Diniz, dono do Pão de Açúcar, de fusão entre as redes. O empresário apresentou uma proposta de empréstimo ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) de 2 bilhões de euros, que foi negada. À época, Diniz declarou ter desistido das negociações. Na semana passada, porém, voltou atrás e defendeu novamente a fusão pelo Twitter. "Não tenho dúvida disso. (A união) traria muitos ganhos de eficiência, que seriam repassados para os preços", disse o empresário, no microblog.
Estratégico
No mês passado, o presidente mundial do Carrefour, Lars Olofsson, veio ao Brasil para tranquilizar os funcionários da rede, que vivem momentos de insegurança desde a proposta de fusão. Na visita, ele declarou à diretoria da empresa no país que o grupo não está à venda e que o país é estratégico para o negócio dar certo. Na visão de especialistas, tudo não passou de uma tentativa interna para evitar uma piora ainda maior do desempenho do grupo.

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