sexta-feira, 29 de abril de 2011

BMG acerta compra do Schahin por R$ 230 milhões

Autor(es): Vanessa Adachi e Cristiane Perini Lucchesi | de São Paulo
Valor Econômico - 28/04/2011
 

 
O banco mineiro BMG enviou ontem à noite nota ao mercado por meio do qual confirma a celebração de um memorando de entendimento visando à aquisição do controle do Banco Schahin pelo valor estimado de R$ 230 milhões. Conforme o comunicado, a operação de aquisição está sujeita, como de costume, a uma "due diligence" e à aprovação pelo Banco Central do Brasil da transação.
Ainda segundo o comunicado, os sócios do BMG vão aportar novos recursos no Schahin, de forma a ampliar sua participação no mercado. O Schahin tem mais de 5 mil pontos de venda, dos quais cerca de 200 são exclusivos.
Segundo o Valor apurou, para disponibilizar linhas de crédito para o BMG e viabilizar a aquisição do Banco Schahin, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) exigiu uma contrapartida dos controladores do banco vendido. Segundo duas pessoas a par das conversas, a família Schahin terá que contribuir com aproximadamente R$ 300 milhões para o fundo. A operação pode ser na forma de empréstimo, de acordo com uma dessas fontes. O FGC, por sua vez, deve colocar cerca de R$ 800 milhões para ajudar o BMG na compra do Schahin.
Ontem, os donos dos dois bancos finalizaram as assinaturas de um memorando de entendimentos, um documento preliminar com as condições gerais do negócio. A partir de agora, será feita a auditoria definitiva nas contas do Schahin e, depois, os contratos propriamente ditos.
Alguns problemas identificados na carteira de crédito do Schahin durante a negociação precisam ser melhor avaliados, segundo participantes. Dependendo da qualidade deles, pode ser necessário um ajuste para baixo no patrimônio líquido (PL) do banco, que estava em R$ 230 milhões em 31 de dezembro.
Em dezembro, o ativo total do Schahin estava em R$ 2,757 bilhões e a carteira de crédito era de R$ 870 milhões. O banco estava com seu índice de Basileia em 10,97%, abaixo dos 11% mínimos exigidos pelo Banco Central, e, portanto, sem espaço em seu balanço para conceder novos empréstimos. Procurados, Schahin, BMG e FGC não comentaram sobre o empréstimo.
Essa é a terceira aquisição feita pelo BMG desde meados do ano passado. Em janeiro, o banco anunciou a compra da seguradora Companhia Nacional de Seguros (Conapp), aprovada pela Susep. O valor da operação não foi revelado. Em setembro, o BMG havia adquirido a GE Money, que inclui a GE Capital e a promotora de vendas GE Promoções, ainda sob análise do Banco Central.

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