sexta-feira, 29 de abril de 2011

Lucro de R$ 2,7 bi

Autor(es): Fábio Monteiro
Correio Braziliense - 28/04/2011
 

Bradesco apresenta os números do primeiro trimestre, que só perdem para o recorde do Itaú no mesmo período do ano passado


O Bradesco teve lucro de R$ 2,702 bilhões no primeiro trimestre, num crescimento de 28,5% em relação ao mesmo período de 2010. Apesar da forte expansão, o desempenho foi 9,5% inferior ao obtido entre outubro e dezembro do ano passado, época marcada por forte consumo e procura por crédito. De acordo com a consultoria Economática, o resultado foi o segundo melhor da história entre os bancos brasileiros de capital aberto, considerando apenas o trimestre inicial de cada ano. Apenas o Itaú Unibanco teve ganho maior, quando alcançou R$ 3,234 bilhões de janeiro a março do ano passado.
“Os resultados foram bastante satisfatórios. Esperamos que o desempenho no resto do ano seja ainda melhor”, disse o vice-presidente do Bradesco, Domingos Figueiredo de Abreu. Os principais responsáveis pelos números foram as operações de crédito, que representaram 30% do lucro total conseguido. Os seguros também tiveram participação importante, equivalente a 28% dos ganhos. Já a administração de fundos de investimento, rendas de cartões, contas-correntes e outros serviços corresponderam a 25%.
A grande busca por crédito também ajudou a instituição financeira a iniciar o ano com o pé direito. O volume de operações das carteiras de crédito avançou 3,8%, somando R$ 284,7 bilhões no trimestre, bem acima dos R$235,2 bilhões apurados em igual intervalo de 2010. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi de 21%.
O banco também divulgou os indicadores de média de inadimplência, que engloba todas as operações com atraso superior a 90 dias. O recuo no calote foi de 3,6%, ante 4,4% registrados em março do ano passado. Apesar da queda, o índice referente às pessoas físicas não teve alteração nos últimos seis meses. “Após cinco trimestres de quedas consecutivas, a inadimplência se manteve estável em 5,5%”, observou a economista Mariana Taddeo, da Link Investimentos. Além da baixa na inadimplência, a instituição considerou que as despesas operacionais menores foram importantes para o resultado final — elas caíram 3,7%.
Indicadores
O Bradesco também divulgou a previsão dos principais indicadores da economia para o restante de 2011. Os economistas do banco esperam que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encerre o ano com crescimento de 3,8%, pouco mais da metade dos 7,5% registrados em 2010. A projeção para a taxa básica de juros (Selic) em 2011 ficou em 12,50%, enquanto a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 6%. Já a expectativa para a cotação do dólar é de manutenção do nível de R$ 1,60 até dezembro.
Corporações
A forte procura de companhias por empréstimos do Bradesco teve grande impacto na carteira de crédito do banco. Pouco mais de R$ 116,5 bilhões foram repassados às corporações maiores. Micro, pequenas e médias empresas pegaram financiamentos de R$ 87,7 bilhões ao todo.

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