Autor(es): Rafael Rosas | Do Rio |
Valor Econômico - 20/07/2011 |
O comportamento do mercado de trabalho de São Paulo deu o tom para a média da taxa de desocupação nas seis regiões metropolitanas analisadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto a indústria paulista contratou 41 mil pessoas entre maio e junho, elevando o número de empregados em 2,1%, no comércio da região metropolitana de São Paulo houve uma redução de 3,9% - 67 mil vagas a menos. Como consequência, a taxa de desocupação paulista ficou estável em 6,6% em junho, ante 6,7% em maio.A taxa de desocupação média das seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE passou de 6,4% em maio para 6,2% em junho. O gerente da coordenação de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, destacou que, em junho, já seria esperada uma inflexão na taxa de desocupação, o que não ocorreu justamente devido ao comportamento do comércio, que registrou em junho a perda de 73 mil postos de trabalho, 1,7% a menos na comparação com maio, resultado puxado pela redução observada em São Paulo. "Existia a expectativa de ocorrer em junho uma inflexão da desocupação, o que não ocorreu. Mas a boa notícia da pesquisa é fato de a indústria em São Paulo estar aquecida", afirmou Azeredo. "São Paulo puxou a queda do comércio e a alta da indústria." Azeredo ressaltou que é normal a indústria paulista largar na frente e puxar a contratação no setor. Na média das seis regiões metropolitanas, o emprego na indústria entre maio e junho cresceu em 29 mil postos, uma alta de 0,8%, considerada uma situação de estabilidade pelo IBGE. O técnico do IBGE afirmou que serão necessárias análises nos próximos meses sobre a queda do emprego no comércio, uma vez que a massa salarial continua em alta, o que, em tese, estimula as compras no varejo. "O comportamento do comércio e dos outros serviços evitou a inflexão na desocupação em junho", disse Azeredo. Apesar de haver a quebra da expectativa de inflexão na ocupação em junho, Azeredo se mostrou otimista em relação ao comportamento do mercado de trabalho no primeiro semestre. A taxa de desocupação média entre janeiro e junho foi de 6,3%, a menor para os primeiros meses do ano desde o início da série, em 2003. O patamar já é menor que a média de 6,7% fechada em 2010. Mantida a tendência histórica de um segundo semestre com taxas menores que na primeira parte do ano, 2011 poderá ter a menor média de desocupação da história da pesquisa do IBGE. Além disso, o nível de ocupação, que representa o percentual população em idade ativa que está ocupado, chegou a 53,3% no primeiro semestre, também recorde da série. Azeredo também apontou a alta do rendimento como fator positivo. Em junho, o rendimento médio real foi de R$ 1.578,50, alta de 0,5% frente a maio. Para o técnico do IBGE, o rendimento elevado é fruto da alta formalização do mercado, que no mês passado apontou para 48,2% da população ocupada com carteira assinada no setor privado, e da elevação do salário mínimo. "O salário mínimo é um dos grandes fatores para o aumento do rendimento, uma vez que pega principalmente a população de baixa renda e atinge até pessoas que não têm carteira de trabalho assinada", disse o gerente do IBGE. |
Setor de serviços é destaque no ano
Autor(es): Fernando Travaglini | De Brasília |
Valor Econômico - 20/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/20/setor-de-servicos-e-destaque-no-ano |
Os números de criação de emprego continuam fortes, sem sinais claros de desaceleração. Em junho foram criados 215,4 mil vagas, com leve alta de 0,6% em relação ao mesmo mês de 2010. É o segundo melhor resultado para o mês da série histórica, e deve ainda sofrer um ajuste para cima, quando forem incorporados os dados que chegam apenas no fim do mês. "Ainda vai aumentar bem", disse o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Carlos Lupi. Todos os oito setores da atividade econômica apresentaram elevação no mês, na comparação com junho de 2010. A maior geração de empregos veio da agricultura, com 75 mil vagas, alta de 4,6% no período, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do MTE. O destaque, no entanto, continua sendo o setor de serviços, com 53,5 mil vagas, o terceiro maior saldo, fruto da expansão de cinco dos seis ramos que compõem o segmento. Serviços de alimentação (21,9 mil vagas) e serviços médicos (9,1 mil vagas) foram os que mais criaram empregos formais. O Banco Central (BC), que decide hoje a taxa Selic, expressou sua preocupação com relação ao mercado de trabalho no último Relatório de Inflação, divulgado no mês passado. Para a autoridade monetária, esse é um dos maiores fatores de risco à convergência dos preços, já que o mercado de trabalho permanece aquecido, com desemprego em nível historicamente baixo e ganhos salariais elevados. Além disso, uma série de datas-base de importantes categorias está programada para este segundo semestre, o que pode pressionar mais os custos de produção. No consolidado do primeiro semestre, foram criados 1,414 milhão de empregos, o terceiro melhor número da série histórica, levando-se em conta os dados ajustados até maio e ainda sem ajustes em junho. Na comparação com o primeiro semestre do ano passado (1,634 milhão), houve recuo de 13,4%. De acordo com Lupi, no entanto, essa queda se justifica pela distorção provocada pelas eleições em 2010, já que os governos precisaram concentrar seus gastos nos primeiros seis meses do ano, para não ferir a lei eleitoral, ampliando investimentos e contratações. "Não vejo desaceleração na criação de emprego", disse Lupi. Segundo ele, a tendência é de continuidade na criação de vagas, que deve chegar a 3 milhões no fim do ano, levando-se em conta os números de empregos com carteira assinada da Rais e do Caged. O setor de serviços puxou o desempenho, com 564 mil vagas no primeiro semestre, seguido pela indústria de transformação (261,5 mil) e agricultura (235,4 mil). A renda também continua crescendo. O salário médio de admissão teve aumento real de 3% no semestre, na comparação com o primeiro semestre de 2010. Para Cristiano Souza, do Santander, a sinalização é de mercado de trabalho ainda aquecido, acima do nível de pleno emprego, estimado pelo banco em 7,2% - a taxa de desemprego em junho, conforme dados do IBGE, foi de 6,2% da população economicamente ativa. |
Desemprego cai, salário está em alta
Salário aumenta 4% e desemprego cai |
Autor(es): Cristiane Bonfanti |
Correio Braziliense - 20/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/20/desemprego-cai-salario-esta-em-alta |
Renda média alcança R$ 1.578, a maior para meses de junho em nove anos. Taxa de desocupação recua a 6,2% e força o BC a elevar juros Os sinais de desaceleração da atividade começam a aparecer, mas os trabalhadores não têm do que reclamar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em junho, o salário médio chegou a R$ 1.578,50 (mais 4% sobre o mesmo mês de 2010), o valor mais alto para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 2002. Já a taxa de desemprego caiu de 6,4% para 6,2% frente a maio, a menor para junho em nove anos. Hoje, são 22,4 milhões de brasileiros ocupados nas seis principais regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre), 2,3% a mais que em igual período de 2010. Com mais dinheiro no bolso, as pessoas tendem a ampliar o consumo. Por isso, na avaliação dos especialistas, o mercado de trabalho será um dos principais motivos para o Banco Central sancionar hoje nova alta da taxa básica de juros (Selic), provavelmente de 12,25% para 12,50% ao ano. Na comparação de junho deste ano com igual mês de 2010, os empregados domésticos tiveram o maior aumento da renda: 9,8%. Entre os profissionais da indústria, o salto foi de 6,6% e, no caso dos professores, 4,1%. "O emprego com carteira assinada tem aumentado e os salários estão melhores, graças ao crescimento econômico do país", destacou o gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo. É esse o principal motivo de o consumo não ter sentido, com tanta força, as medidas baixadas pelo BC nos últimos meses, como a restrição ao crédito e o aperto na Selic, que, em janeiro, estava em 10,75%. Mantido o quadro atual, de resistência nos salários e na oferta de emprego, o Banco Santander projeta que a taxa Selic poderá ser elevada para até 13%. "O mercado de trabalho continua sinalizando ao BC que não é hora de parar de aumentar os juros. E, mesmo que a Selic chegue aos 13%, não será suficiente para que a inflação convirja para o centro da meta, de 4,5%, no próximo ano", avaliou Cristiano Souza, economista do Santander. Segunda chance Ao elevar os juros, o BC tenta diminuir a quantidade de dinheiro em circulação na economia e, consequentemente, a demanda por bens e serviços, com o objetivo de conter a escalada dos preços. Essas questões, no entanto, não perturbam o representante de vendas Ghirran Lins de Gavlitky Alves, 26 anos. Ele foi contratado em junho para chefiar o estande de vendas de uma imobiliária. "É um desafio para mim , e estou adorando", afirmou. O garçom Alvino Maia, 36, teve uma segunda chance há dois dias. Ele deixou o emprego no ano passado para ir à Bahia cuidar de seu pai. Agora, mal voltou e foi contratado. "A educação ainda é importante na disputa por uma vaga e me ajudou bastante. Não costumam exigir ensino médio para a minha função, mas ele faz diferença", observou. Para o economista Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, ainda levará algum tempo para que o mercado de trabalho desacelere. O mesmo acredita o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros. Ele chamou ainda a atenção para o incremento da renda no início de 2012, quando entrará em vigor o reajuste de 14% do salário mínimo. |
Desemprego recua para 6,2% e é o menor desde o início da série
Autor(es): Daniela Amorim |
O Estado de S. Paulo - 20/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/20/desemprego-recua-para-6-2-e-e-o-menor-desde-o-inicio-da-serie |
Com massa salarial no nível recorde em junho, resultado reforça previsão de alta de 0,25 ponto na taxa Selic A taxa de desemprego no País teve leve recuo de maio para junho, de 6,4% para 6,2%, o menor nível para o mês desde 2002, quando teve início a Pesquisa Mensal de Emprego, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou no teto das expectativas do mercado, mas analistas ainda veem o emprego aquecido, o que reforça a previsão de alta de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, na reunião de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A massa salarial paga aos trabalhadores brasileiros se manteve em nível recorde em junho, em R$ 35,6 bilhões, e o rendimento médio real subiu 0,5% ante maio, para R$ 1.578,50. Para o economista Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria Integrada, as variações expressivas tanto na renda quanto na massa salarial mantêm a incerteza sobre o cenário prospectivo de inflação. "Apesar dos sinais de moderação, os dados referentes à ocupação formal, tanto da PME quanto do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de junho, ainda reforçam a necessidade de cautela na condução da política monetária", analisou Bacciotti, que prevê um aumento de 0,25 ponto porcentual na Selic em julho, agosto e outubro, para uma taxa de 13% ao ano. Na avaliação do economista-chefe da Concórdia Corretora, Flávio Combat, a taxa de desemprego na mínima histórica e o aumento do poder de compra dos trabalhadores pesam sobre a decisão do Copom. "O Banco Central já demonstrou preocupação com o comportamento do mercado de trabalho e deve recorrer novamente a esse argumento para justificar a continuidade do aperto monetário", disse Combat, que espera alta de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros hoje e outro de 0,25 ponto na reunião de agosto. A renda forte não evitou a queda de vagas nos grupos comércio e outros serviços - categoria que engloba alimentação, hospedagem, recreação e turismo, entre outros. O comércio perdeu 73 mil vagas no conjunto das seis regiões metropolitanas que compõem a pesquisa, enquanto o setor "outros serviços" teve redução de 46 mil vagas. "O resultado do comércio está ligado diretamente ao aumento do poder de compra, que eleva a ocupação. Mas não é isso que estamos vendo aqui. Temos de esperar mais um ou dois meses para entender o que aconteceu", disse Cimar Azeredo, gerente da coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, reconhecendo que fatores externos podem estar restringindo o consumo. Enquanto o emprego no comércio teve retração, a indústria criou 29 mil vagas em junho. O resultado foi puxado pela região metropolitana de São Paulo, onde o emprego industrial subiu 2,1% em relação a maio, com 41 mil novas vagas. A região também foi responsável pelo recuo nas vagas do comércio. O comércio paulista demitiu 67 mil empregados em junho e o setor "outros serviços" dispensou 11 mil pessoas. |
Desemprego cai ao menor nível
Autor(es): Fabiana Ribeiro |
O Globo - 20/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/20/desemprego-cai-ao-menor-nivel |
Taxa chega a 6,2% em junho, mas efeitos de contenção de crédito e alta de juros começam a pesar No mesmo dia que o governo anunciou uma desaceleração na criação de vagas com carteira assinada (leia matéria abaixo), o IBGE divulgou que, a despeito de um contingente de 1,5 milhão de desempregados nas seis principais regiões metropolitanas do país, a taxa de desemprego do mês de junho ficou em 6,2% - a menor para um mês de junho desde o início da série, em 2002. IBGE e Ministério do Trabalho usam metodologias e universos diferentes para calcular o nível de emprego. Segundo o IBGE, no semestre, a média, de 6,3%, está um ponto percentual abaixo do que foi visto nos primeiros seis meses do ano passado, sendo, mais uma vez, um recorde na série. Para alguns especialistas, o cenário ainda é um mercado de trabalho aquecido, que, contudo, já sente os efeitos da retirada de estímulos à demanda - como alta das taxas de juros, medidas de contenção ao crédito e ajuste dos gastos fiscais. - Em junho, o que se percebe é que o mercado de trabalho não contratou. Houve redução da população ocupada e desocupada. Então, o mercado de trabalho ainda não se prepara para a atividade maior do segundo semestre, o que acontece nessa época do ano - disse Cimar Azeredo, gerente da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), do IBGE. - Não se pode esquecer que, às vésperas de provas e férias, há uma redução da busca por emprego. Expansão da renda preocupa o BC Nas contratações frente a junho de 2010, o setor de serviços prestados às empresas foi o destaque. Em junho, foram mais 215 mil pessoas atuando no segmento, uma alta de 6,4% ante igual mês do ano anterior. Já a indústria - que perdeu a força na geração de postos no segundo semestre de 2010 - registrou quase metade desse contingente: 113 mil trabalhadores a mais do que em junho de 2010. - Com a expansão da renda dos brasileiros, especialmente na classe C, aumentou a demanda por serviços. E isso vem provocando contratações no mercado de trabalho. O que se pergunta é se isso é sustentável, já que a melhora nas condições de renda e trabalho estão fortemente ligadas à expansão fiscal e num crescimento pouco baseado em investimento. Além disso, a indústria perde o fôlego e já se fala em demissões no segundo semestre - pontuou Ruy Quintans, professor do Ibmec. A pesquisa do IBGE mostrou que os rendimentos foram maiores em junho. Na média, os trabalhadores (formais e informais) ganham, mensalmente, R$1.578,50, o que vem a ser uma alta de 4% sobre os ganhos de junho de 2010. O emprego doméstico é o que mais tem ganhos de remuneração: alta de 9,8%, elevando o rendimento para R$626,90. Para especialistas, a expansão da renda pode ainda ser uma sinalização de força do mercado de trabalho e, assim, pode preocupar o Banco Central. Na avaliação de Felipe Wajskop França, economista do banco ABC Brasil, ainda que os rendimentos apresentem crescimento mais modesto nos próximos meses, o risco de pressão na inflação deve manter o BC alerta, "justificando a extensão do aperto monetário até pelo menos sua reunião de agosto". Segundo Azeredo, do IBGE, o mercado de trabalho continua mais formal. Profissionais com carteira assinada já são 48,2% da população ocupada. E cita a indústria que contratou, no mês passado, 29 mil trabalhadores. - De um lado, o mercado de trabalho está mais formal. Do outro, há um contingente de profissionais com formação atuando em empregos abaixo da sua formação - acrescentou Quintans, do Ibmec. Com a perspectiva de aumento de produção para o segundo semestre, a taxa de desemprego pode recuar mais. Carlos Corseuil, economista do Ipea, não descarta a possibilidade de se atingir uma taxa abaixo de 6% este ano. Hoje, três regiões metropolitanas brasileiras (Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre) já estão com taxas de desemprego abaixo da taxa americana antes da crise (cerca de 5%). Mas, alerta, o desempenho da economia vai depender de elementos externos: - Há fatores que podem repercutir no nível da atividade, como incertezas na economia mundial. Além, é claro, de medidas para conter crédito - explicou. Azeredo ressaltou que o nível de ocupação atingiu 53,3%, um patamar que também é recorde. Porém, analistas ainda enxergam uma moderação no mercado de trabalho brasileiro. Relatório do Itaú Unibanco revela que a retirada de estímulos à demanda - como juros elevados, contenção ao crédito e ajuste dos gastos fiscais - já contribuem para uma moderação do mercado de trabalho. Contudo, o ritmo é insuficiente para reduzir de forma significativa os desequilíbrios entre demanda e oferta por mão de obra. A confiança do setor industrial na economia permaneceu estável em julho na comparação com o mês anterior, mas continua abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Segundo pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) deste mês alcançou 57,9 pontos - o mesmo de junho, mas 5,5 pontos abaixo do índice de julho de 2010. O resultado ficou abaixo da média histórica, que é de 59,6 pontos. O setor automotivo teve a maior queda de otimismo: recuando dos 64,2 pontos em julho de 2010 para os atuais 52,7. Em relação a junho houve leve recuperação, de 1,93%. O estudo da CNI atribui o baixo otimismo à percepção de que as condições de negócios pioram ante os últimos seis meses. |
Vagas com carteira desaceleram
Autor(es): agência o globo: Geralda Doca |
O Globo - 20/07/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/7/20/vagas-com-carteira-desaceleram |
No 1º semestre foram gerados 208 mil postos a menos que em 2010 BRASÍLIA. O emprego com carteira assinada desacelerou pelo segundo mês consecutivo em junho, quando foram criadas 215.393 vagas. No primeiro semestre, o saldo (diferença entre contratações e demissões) atingiu 1,265 milhão - uma redução de 14,12% em relação ao resultado obtido em igual período de 2010, ou 208.070 postos a menos. Ainda assim, graças ao desempenho do setor agropecuário, o resultado de junho foi o segundo melhor para o mês da série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), perdendo apenas para as 309.442 vagas de 2008, antes da crise financeira internacional. Em junho do ano passado, foram criados 212.952 empregos. Apesar do ligeiro aumento nas contratações no mês passado, à exceção do comércio (29.967 vagas) e da construção civil (30.531), todos os demais segmentos criaram menos postos de trabalho do que em maio. Foram abertas 75.227 vagas na agricultura, 53.543 em serviços e 22.618 na indústria de transformação. Na comparação semestral, os únicos setores que tiveram desempenho melhor neste ano foram serviços e agricultura. A queda mais acentuada foi verificada na indústria, de 38,09%. Comércio e construção civil recuaram 35,95%. Ministro mantém meta de três milhões de empregos formais Entretanto, para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o mercado não está desacelerando, mas crescendo menos e de forma diferenciada entre os setores. Apesar de o Banco Central elevar juros para frear o ritmo da atividade e conter a inflação, o ministro destacou que os dados do emprego revelam que a economia continua pujante. - Junho foi melhor do que junho do ano passado. É a prova inequívoca de que os empregos continuam crescendo no país - afirmou Lupi, que mantém a meta de criação de três milhões de empregos formais este ano. O Rio registrou seu melhor resultado para junho este ano, com 19.756 contratações. Os preparativos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, empreendimentos nos setores petrolífero e portuário e subsetores de serviços, como hotéis e restaurantes, explicam o desempenho. - O Rio vai ter um acúmulo de investimentos. Tem tudo para continuar sendo um grande puxador na geração de empregos - disse Lupi. Em termos absolutos, o melhor resultado do mês foi o de São Paulo, com 61.208 postos, seguido por Minas (45.021). Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste lideram as contratações. Devido ao melhor desempenho do agronegócio (cultivo de café e frutas cítricas, principalmente), as maiores oportunidades de emprego em junho ocorreram no interior. As regiões metropolitanas responderam por apenas 48.264 postos. Nos dados ajustados, que consideram informações prestadas ao Ministério fora do prazo (até o 7º dia útil do mês), a geração de empregos neste ano soma 1,414 milhão. Estão corrigidos os meses de janeiro a maio. |
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