Autor(es): Mônica Scaramuzzo | De São Paulo |
Valor Econômico - 20/07/2011 |
Química: Grupos anunciam joint venture e retomam projeto de Santa Vitória, com aporte de até US$ 1,5 bilhão O projeto de Santa Vitória está avaliado em até US$ 1,5 bilhão, segundo apurou o Valor. Em 2007, quando esse investimento foi anunciado pela primeira vez, o grupo sucroalcooleiro Santa Elisa, de Sertãozinho (SP), foi apontado como sócio da companhia nessa empreitada. Em 2009, a usina, controlada pela família Biagi, passou por sérios problemas financeiros e foi absorvida pela francesa Louis Dreyfus, que não manifestou interesse de tocar o negócio. Desde então, o projeto ficou em "stand by". Sob novo formato, no qual Dow e Mitsui possuem cada uma 50% de participação, o complexo industrial de Santa Vitória vai sediar uma usina de etanol, que começa a ser construída a partir do terceiro trimestre deste ano, com capacidade para moer 2,7 milhões de toneladas de cana e produzir 240 milhões de litros de álcool. A expectativa, segundo Luis Cirihal, diretor para alternativas verdes e desenvolvimento de novos negócios para América Latina da Dow, é de que essa planta entre em operação a partir do segundo trimestre de 2013. A segunda fase do projeto terá uma fábrica integrada para a produção de biopolímeros. Cirihal explicou que o etanol produzido na usina será desidratado para compor o processo de plástico verde. As duas companhias pretendem produzir polietileno (PE). "Será uma fábrica em escala mundial", afirmou. O executivo não informou qual será a capacidade de produção dessa planta, tampouco o total de investimento. "Essa etapa já está em fase de estudos e deverá ser definida nos próximos meses", disse. Nos últimos cinco anos, outras companhias anunciaram projetos parecidos no país. No entanto, apenas a Braskem, do grupo Odebrecht, investiu de fato. A fábrica de plástico verde do grupo começou a operar no segundo semestre do ano passado na cidade de Triunfo (RS). O grupo já estuda a implantação de sua segunda unidade de PE na região Centro-Sul do país e analisa a construção de uma terceira fábrica, no caso de polipropileno (PP), a partir do etanol. Diferentemente do projeto da Dow, a Braskem compra o etanol de um grupo de usinas do Centro-Sul do país. O forte apelo no mercado internacional por matérias-primas sustentáveis tem impulsionado uma parte das indústrias químicas globais a investir nesses projetos. A Solvay também tem planos para esse segmento. No Brasil, a produção de álcool para as indústrias químicas já supera 1,5 bilhão de litros por ano. A expectativa é de que esses volumes dobrem nos próximos dois anos, de acordo com especialistas do setor. |
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Dow une-se à Mitsui para plástico verde
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