terça-feira, 1 de novembro de 2011

Desmatamento ainda cresce em dois Estados


Autor(es): Por Tarso Veloso | De Brasília
Valor Econômico - 01/11/2011

Mato Grosso e Rondônia, dos nove Estados que constituem a Amazônia Legal, ainda registraram alta no desmatamento de janeiro a setembro deste ano, na comparação com igual período de 2010. No Estado do Mato Grosso, o aumento foi de 72%, e em Rondônia, 23%.
O desmatamento na Amazônia Legal em setembro caiu 43,31%, se comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2011, a área degradada somou 253,8 km², forte queda em relação aos 447,7 km² desmatados em 2010. A Amazônia Legal é composta pelos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins e parte do Maranhão.
Pelo segundo mês consecutivo houve redução expressiva do desmatamento. "Tivemos o menor agosto e o menor setembro da história. Foi o setembro verde", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. De janeiro a setembro deste ano, houve redução de 1,5% no desmatamento - de 1.862 km² para 1.835 km². "A fiscalização do Ibama na Amazônia será mantida, inclusive no período de chuva. Não haverá desmobilização. Estamos com força total, cerca de 250 homens do Ibama na floresta neste momento", disse a ministra do Meio Ambiente.
Além do desmatamento da Amazônia Legal ter caído, o ritmo de degradação em Unidades de Conservação (UC) federais voltou a diminuir no ano passado. Em 2010, a área desmatada nas UCs foi de 2,08% do total do bioma. Em 2009, havia sido de 4,07%.
O número de unidades em que foram registrados desmatamentos também caiu. Em 2000, eram 132 áreas. Em 2010, apenas 48 unidades registraram áreas de desmatamento. Apesar da queda no número de UCs que registram desmatamento, houve concentração dos locais que mais destroem a vegetação. De acordo com dados do Inpe, 75% do total desmatado no ano passado estava em 12 unidades.

Desmate na Amazônia diminui

Autor(es): » Paula Filizola
Correio Braziliense - 01/11/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/11/1/desmate-na-amazonia-diminui

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, apresentou, ontem, nova análise do desmatamento na Amazônia. Em setembro deste ano, foram degradados 253,8km² de floresta, o equivalente a 30 mil campos de futebol. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número é 43% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. "Pelo segundo mês consecutivo, nós tivemos uma redução bastante expressiva. É a prova de que nossa estratégia tem sido eficiente. É o setembro verde", avaliou a ministra.
Mato Grosso foi o estado com maior registro de desmatamento em setembro último (110km²), seguido de Rondônia (49,88km²) e do Pará (46,94km²). A ministra Izabella Teixeira associou a prática principalmente à pecuária na região e ao plantio de soja. Mato Grosso é o estado que mais derruba árvores para garantir a produção do grão. De acordo com o monitoramento do Inpe, Tocantins teve 2,24km² de desmatamento e não foi detectado desmate no Amapá.
Gabinete de crise
"Toda a força do Ibama está em campo. Normalmente, o órgão reduziria a fiscalização agora nas chuvas. Mas, neste ano, os homens estão trabalhando em caráter permanente. Já são 25 frentes nas áreas consideradas críticas. Não há desmobilização alguma", explicou a ministra. Em maio deste ano, o Ministério do Meio Ambiente instalou um gabinete de crise  para combater o desmatamento em Mato Grosso, que registrou, de março a abril, 80% do total da devastação na região da Amazônia Legal.

Cerca de 55% da área desmatada se recupera na AM

O Estado de S. Paulo - 01/11/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/11/1/cerca-de-55-da-area-desmatada-se-recupera-na-am
 
Uma área de mais de três vezes o tamanho da cidade de São Paulo está em regeneração em Unidades de Conservação federais na Amazônia. Isso equivale a 55% da área desmatada antes de 2008 nessas áreas de preservação da floresta, segundo análise divulgada hoje pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Chico Mendes, responsável pela administração das Unidades de Conservação.
Com base em informações obtidas por imagens de satélite, o Ministério informa que a taxa de desmatamento em Unidades de Conservação caiu entre 2009 e 2010, de 4,07% para 2,08%. O porcentual é o mais baixo desde 2003, mas o movimento das motosserras no interior das áreas protegidas mostra picos de desmatamento em 2007 e 2009. Em 2010, foram desmatados 134 quilômetros quadrados nas áreas protegidas. Na Amazônia, os satélites registraram o desmatamento de 7 mil quilômetros quadrados.
Nas Unidades de Conservação, mais de 95% da floresta encontra-se preservada, de acordo com dados do projeto. A área desmatada é de 8.570 quilômetros quadrados, quase seis vezes o tamanho da cidade de São Paulo. O projeto TerraClass, coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), identifica o uso da terra em áreas já desmatadas e mostra que a chamada vegetação secundária alcança 45,13% do que havia sido desmatado. As áreas de regeneração com pasto somam mais 9,83%. Se computados os pastos sujos, as áreas em processo de regeneração da floresta alcançam 64%.
"É um porcentual bem maior do que o verificado na área não protegida da floresta", destaca Mauro Pires, diretor de combate ao desmatamento do Ministério do Meio Ambiente. Fora das Unidades de Conservação, a regeneração da floresta é de 20%, em média. O estudo indicou 4,76% da área desmatada ocupada pela agropecuária, e outros 2,39% são usados para atividades de mineração no interior das Unidades de Conservação.
Hoje, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também divulgou a redução em 43% do desmatamento na Amazônia em relação a setembro do ano passado. Até o final do ano, o governo divulga a taxa oficial de desmatamento, medida entre agosto de 2010 e julho de 2011. O número deverá mostrar um aumento em relação ao ano passado. Daí o esforço para mostrar que a alta a ser anunciada não indica uma tendência. O Estado do Mato Grosso lidera o ranking do desmatamento neste ano. No topo da lista dos Estados que mais desmatam, tomou o lugar do Pará. Rondônia também registrou alta em 2011.

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