sexta-feira, 4 de novembro de 2011

FAO cita Brasil como modelo de cooperativismo

Publicado em 03/11/2011 na seção noticias :: Versões alternativas: Texto PDF




As três agências das Nações Unidas de combate à fome lançaram no dia 31 de outubro de 2011, em Nova York, o Ano Internacional das Cooperativas: 2012. O projeto pretende incentivar essa prática em todo o mundo porque, com ela, pequenos agricultores conseguem se organizar e negociar preços melhores com grandes empresas. A Nações Unidas creem que esta é uma forma de combater a fome e aumentar a segurança alimentar no planeta. O projeto cita o Brasil como exemplo bem sucedido de cooperativas agrícolas.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), as cooperativas foram responsáveis por 37,2% doProduto Interno Bruto (PIB) da agricultura brasileira em 2009 e responderam por 5,4% do PIB do País naquele ano. A receita das cooperativas com exportações somaram US$ 3,6 bilhões em 2009.

O Brasil não é o único local onde as cooperativas prosperaram. Nas Ilhas Maurício, as cooperativas são responsáveis por 60% da produção agrícola. Além da FAO, o Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (IFAD, da sigla em inglês) e o Programa Alimentar Mundial (PMA) participam do projeto.

Segundo a FAO, as cooperativas são importantes fontes de melhoria de vida para pequenos produtores agrícolas e para suas famílias. Pequenos fazendeiros conseguem obter preços mais baixos quando compram juntos insumos agrícolas como sementes, fertilizantes e equipamentos. De acordo com as agências, as cooperativas também oferecem aos agricultores a oportunidade de atingir mercados que não seriam capazes de alcançar se trabalhassem sozinhos.

FAO afirma que, em 2008, as 300 maiores cooperativas do mundo de diferentes setores obtiveram receita de US$ 1,1 trilhão, "comparável à de muitos países grandes", segundo a agência. Naquele ano, segundo a FAO, as cooperativas de todas as áreas geraram 100 milhões de empregos, 20% a mais do que as companhias multinacionais. A agência acrescenta que as cooperativas permitem o desenvolvimento sustentável do emprego no meio rural e permitem que os pequenos agricultores tenham acesso a treinamento e a avanços tecnológicos no campo.

Durante todo o ano de 2012, as agências da ONU de combate à fome prometem levar aos pequenos agricultores informações que mostrem os benefícios das cooperativas e o seu impacto no desenvolvimento socioeconômico, ajudar governos e autoridades a incluir os pequenos agricultores nas leis, projetos e políticas para o setor e promover o diálogo entre cooperativas, agricultores, governos e instituições de pesquisa em busca das melhores formas de desenvolver esta prática.

FONTE

Agência de Notícias Brasil-Árabe

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