sábado, 5 de novembro de 2011

Venda de importado cresceu 35%

O Estado de S. Paulo - 03/11/2011
 

De janeiro a setembro, 22,7% de todos os veículos novos vendidos no mercado brasileiro foram de modelos importados, num total de 610 mil unidades, número 35% maior que o de igual período do ano passado.
Os dados assustaram o governo federal que, em 16 de setembro publicou o Decreto 7.567 determinando o aumento de 30 pontos porcentuais para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis importados (que não têm 65% de conteúdo regional).
A maior parte desses veículos, contudo, foi importada pelas próprias montadoras, principalmente da Argentina e do México, países para onde as companhias instaladas no País também exportam.
A alta de 30 pontos porcentuais do IPI afetou mais os modelos trazidos por empresas que não têm fábricas no Brasil, principalmente as de origem asiática, como Kia Motors, Chery e JAC. Modelos de alto luxo cuja demanda não comporta fabricação local também vão recolher IPI maior. Estão nessa lista, por exemplo, carros da Porsche, Audi e BMW, entre outros.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), dos 657 mil automóveis importados no ano passado, apenas 105,5 mil foram trazidos pelas suas associadas.
Devolução. Antes da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que no mês passado determinou que a cobrança do IPI maior só poderá entrar em vigor na metade de dezembro, alguns veículos foram vendidos com o repasse do imposto, com reajustes de até 19% em relação aos preços anteriores à medida.
Os importadores se comprometeram em devolver a diferença aos consumidores, mas somente após a publicação da medida no Diário Oficial da União, para conhecer os procedimentos do ressarcimento, o que ainda não ocorreu./C.S.

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