Produtores de soja adotam medidas para evitar prejuízos, em função da estagnação do mercado. Enquanto os maiores importadores do grão brasileiro recuam e aguardam por preços ainda mais atraentes, agricultores estocam o produto, à espera de uma recuperação que traga mais lucro. Em outubro, a soja era negociada a R$ 56,00 no porto. Já nos últimos dias, o preço caiu para R$ 48,00.
Com as incertezas na zona do euro, investidores europeus deixaram de apostar nas commodities e a China espera maior queda nos valores. De acordo com o analista de mercado Farias Toigo, as previsões até dezembro de 2011 são pessimistas.
"O que poderia vir junto com essa tragédia do mercado financeiro seria a entrada da safra sul-americana tendo uma produção do Brasil e da Argentina. Principalmente isso impulsionaria mais os preços para baixo e, dependendo do câmbio, poderia baixar bem mais os valores também no nosso mercado" estima.
O produtor José Helmuth Steffen, de Santa Rosa, Rio Grande do Sul, antecipou o plantio do grão, em função das previsões do fenômeno La Niña. Ele afirma que negociou um terço da lavoura em agosto e agora segura as vendas por causa da diminuição no preço da saca.
"A gente tem um patamar, regula muito do custo de produção. E, geralmente, temos um parâmetro de quanto custará o produto final. Quando chegam nesses números que projetamos, nós vendemos" diz.
No Brasil, a recuperação do dólar impediu uma queda ainda maior nos preços. Porém, para alguns produtores de soja, a valorização da moeda norte-americana pode trazer custos mais altos.
"Existe a contrapartida, com essa crise em cima do euro, está valorizando o dólar index, que é uma cesta de moedas. Então, o mercado está se posicionando mais para o dólar e, com isso, afeta a gente aqui também. Com essa alta, nós fazemos a conversão por Chigaco e isso dá uma certa travada no preço. Se não, eles cairiam muito mais. O produtor que não se precaveu de providenciar insumos, de fazer o red na época certa , ou deixou em aberto o dólar, terá um prejuízo na hora em que for fechar esse câmbio. Tudo porque vai encarecer os custos de produção dele", explica Toigo.
FONTE
Canal Rural
Cristiane Viegas - Jornalista
Com as incertezas na zona do euro, investidores europeus deixaram de apostar nas commodities e a China espera maior queda nos valores. De acordo com o analista de mercado Farias Toigo, as previsões até dezembro de 2011 são pessimistas.
"O que poderia vir junto com essa tragédia do mercado financeiro seria a entrada da safra sul-americana tendo uma produção do Brasil e da Argentina. Principalmente isso impulsionaria mais os preços para baixo e, dependendo do câmbio, poderia baixar bem mais os valores também no nosso mercado" estima.
O produtor José Helmuth Steffen, de Santa Rosa, Rio Grande do Sul, antecipou o plantio do grão, em função das previsões do fenômeno La Niña. Ele afirma que negociou um terço da lavoura em agosto e agora segura as vendas por causa da diminuição no preço da saca.
"A gente tem um patamar, regula muito do custo de produção. E, geralmente, temos um parâmetro de quanto custará o produto final. Quando chegam nesses números que projetamos, nós vendemos" diz.
No Brasil, a recuperação do dólar impediu uma queda ainda maior nos preços. Porém, para alguns produtores de soja, a valorização da moeda norte-americana pode trazer custos mais altos.
"Existe a contrapartida, com essa crise em cima do euro, está valorizando o dólar index, que é uma cesta de moedas. Então, o mercado está se posicionando mais para o dólar e, com isso, afeta a gente aqui também. Com essa alta, nós fazemos a conversão por Chigaco e isso dá uma certa travada no preço. Se não, eles cairiam muito mais. O produtor que não se precaveu de providenciar insumos, de fazer o red na época certa , ou deixou em aberto o dólar, terá um prejuízo na hora em que for fechar esse câmbio. Tudo porque vai encarecer os custos de produção dele", explica Toigo.
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Canal Rural
Cristiane Viegas - Jornalista
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