terça-feira, 29 de novembro de 2011

Segundo a FAO, 25% do solo do planeta estão degradados

29/11/2011

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou ontem a primeira avaliação do estado dos recursos do planeta. No relatório "Estado de Recursos Terrestres do Mundo e Água para Alimentação e Agricultura", a ONU afirma que 25% de toda a terra está altamente degradada, com erosão do solo, degradação da água e perda de biodiversidade. Outros 8% estão moderadamente degradados, enquanto 36% encontram-se estáveis ou ligeiramente degradados. Os 10% restantes estão "melhorando".

A informação é do jornal O Estado de S. Paulo, 29-11-2011.

FAO alerta que a tendência de degradação deve ser revertida para alimentar a população mundial, estimando-se que teremos de produzir 70% mais alimentos até 2050. O documento pontua que a terra disponível já está sendo explorada de forma que às vezes diminui a produtividade. "As consequências em termos de fome e pobreza são inaceitáveis", disse o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf.


Terra degradada, problema global

Autor(es): Bettina Barros | De São Paulo
Valor Econômico - 29/11/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/11/29/terra-degradada-problema-global
 

Um quarto das terras agrícolas do mundo está "altamente degradado" devido à agricultura intensiva, segundo relatório da FAO, o braço para Agricultura e Alimentos das Nações Unidas. Isso significa pior qualidade do solo, menos recursos hídricos e mais erosão. O aumento da degradação, aliado à baixa disponibilidade de terras, impõe um "profundo desafio" para um mundo com necessidades cada vez maiores de alimentação, advertiu a entidade, com sede em Roma.
A produção agrícola triplicou entre 1960 e 2006. Mas a desaceleração na produtividade no campo está agora entre os principais "sinais de advertência" para a segurança alimentar. "Em muitos países, as conquistas na agricultura têm sido associadas a práticas de gestão que prejudicaram a terra e o sistema de água tão precioso às lavouras", disse a FAO.
Os países desenvolvidos usam em média 0,37 hectare para áreas agrícolas per capita, comparado aos 0,23 hectare em nações em desenvolvimento e ao 0,17 hectare em países pobres.


Produção global de alimentos precisa crescer 70% até 2050, aponta FAO

Afirmação da organização se baseia no fato de que população alcançará a marca de nove bilhões de habitantes

  • Filipe Domingues
A produção global de alimentos precisa crescer 70% até 2050 em relação aos níveis de 2009, pois a população deve alcançar nove bilhões de pessoas. A afirmação é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que divulgou, neste domingo, dia 27, seu relatório sobre os desafios para terras e água. A FAO destaca que a distribuição atual desses recursos não favorece os países que precisam produzir mais alimentos.
"A disponibilidade média de terras cultivadas per capita em países de baixa renda é menor à metade daquela dos países de renda elevada e a adequação das terras cultivadas para a agricultura é geralmente inferior", diz o relatório. Certos países com crescente demanda por alimentos também enfrentam grande escassez de terras e água.
O levantamento acrescentou que a maior contribuição para um aumento da produção agrícola está na intensificação da produção em terras já existentes. "Isso requer uma adoção generalizada de práticas sustentáveis de gerenciamento de terras e um uso mais eficiente da água na irrigação, por meio de mais flexibilidade, confiabilidade e adequação no tempo de irrigação", alertou o documento.
Os padrões atuais da produção agrícola precisam ser criticamente revisados, segundo a FAO, já que alguns sistemas de terras e águas enfrentam um risco de rompimento gradual, por causa da excessiva pressão demográfica e das práticas agrícolas insustentáveis. O documento acrescenta que as restrições podem ser agravadas por fatores externos como mudanças climáticas, competição com outros setores e mudanças socioeconômicas.
"Existe o potencial para expandir a produção eficientemente, para atender à segurança alimentar e à pobreza, mas limitando os impactos sobre outros valores do ecossistema", avalia a FAO, defendendo as práticas sustentáveis de gerenciamento de terras e águas. Tais práticas incluem a remoção de distorções nos incentivos à produção, melhorias nos sistemas de posse de terras, o fortalecimento das instituições voltadas às terras e às águas, o intercâmbio de conhecimento e um melhor acesso aos mercados.
Agência Estado

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